24 de junho de 2023

Sábado 24, mas que poderia ser Sexta 13

 

Mais um Sábado, pleno de Verão e com temperaturas a condizer, e mais uma jornada de caminhada por trilhos deslumbrantes. Há quem pague para neles correr e até andavam por lá alguns, uns eremitas sofredores num sofrimento que dizem prazeroso, mas hoje, como sempre, caminhamos de borla, sem dorsais e sem chips nas canetas, porque a natureza oferece-se plena, sem cobranças para além do deslumbramento e da sua fruição.

Em rigor foi uma revisita a este trilho por terras altas de S. Pedro do Sul, em plena Serra da Arada, pois já o havíamos percorrido há alguns anos, então em altura de início de Outono. E basta esse desfazamento temporal para que tudo, sendo igual, se mostre tão diferente.

Começo e términus na bonita aldeia do Candal, alcondorada nas encostas moldadas pelos rios  de Frades e Paivô, como pai e filho  de águas límpidas e cantantes que se hão-de unir ao Paiva.

No final, o retempero não foi longe, na aldeia do Espinheiro, com uma vitela assada no forno e posta também de arouquesa. O tempo pedia mais bebida que comida, mas tudo foi equilibrado e o ajuste de contas deu-se já na esplanada do Central em Mansores.

Boa jornada e com parte da habitual companhia mas também com novos velhos amigos. Um ou outro precalço, só para marcar na memória, e não fosse dia de S. João, 24, poderia ser uma qualquer Sexta-Feira 13, mas aí teríamos que ir a Montalegre dar conta das bruxas.

Na Fraguinha, o tempo era de festa e ficamos a saber (sempre a aprender) que há uma comunidade cabra, onde se juntam elas e eles, os cabrões, numa de love and peace. Um cheirinho a charros de alecrim e alfazema, daquelas que inebriam, misturado com cheiro a chulé e a sovacos, porque a noite foi longa e hoje há mais do mesmo. Tal como o Natal, Woodstock pode ser sempre que um homem e mulher quiserem. A coisa não fica barata, pois não, mas para estes trabalhos a malta sacrifica-se: Além do dinheirinho, umas xanatas nos pés, uma tshirt com o Che, cuecas nem precisa porque sempre são para tirar, e siga! Spunk, spunk, spunk!

No judgement land.



















































23 de junho de 2023

À vontade e à vontadinha

O que impressiona de todo este caso relacionado à imigração ilegal, tráfico de pessoas, exploração laboral e apanha ilegal de bivalves no estuário do Tejo, na zona do Samouco - Montijo, bem como noutras zonas do país, é a indiferença e incapacidade das nossas diferentes autoridades. Pois se então toda esta situação era conhecida de há muito, a envolver várias centenas de pessoas e de forma pública, visível e descarada, como é possível que a mesma perdurasse no tempo. Para que serve o SEF, as autoridades marítimas, ambientais e policiais? Não teria sido possível acabar com aquilo logo nos primeiros dias?

Com o aparato desta recente operação que conduziu à constituição de vários arguidos, supostamente da organização criminal, em rigor depois de feitas todas as contas, daqui a largos meses, poucos ou ninguém serão criminalizados. Mesmo por parte dos pobres imigrantes, compreendendo-se a sua situação de fragilidade, mas, porra, também eles, na sua larga maioria, sabiam desde o primeiro momento que estavam no país em situação ilgal e também a exercerem uma actividade igualmente proibida. Por conseguinte, largas dezenas ou mesmo centenas são também eles ilegais e que devem, quanto antes, serem remetidos à procedência. Mas em rigor, à larga maioria isso não vai acontecer e vão ficar por cá, já não às mãos dos supostos cabecilhas das redes mas ao encargo de todos nós. Mais uma vez o Zé Tuga vai ajudar a subsidiar gente ilegal e que exercia actividades ilegais.

Somos assim uns mãos largas, uns bonacheirões que deixamos que os imigrantes ilegais e respectivas redes de tráfico e ajuda à imigração ilegal andem por aí com relativo à vontade, ou mesmo à vontadinha. Podem ser pessoas pacíficas e que apenas pretendem melhores condições de vida do que a que viviam nos seus países, mas com este à vontade por parte das autoridades, bem que podiam ser todos terroristas e criminosos de primeiro grau que à rédea solta continuariam.

Assim não! Pessoalmente sou a favor da imigração, até porque somos um povo de emigrantes, mas de forma controlada, sustentada, integrada e que se saiba o nome, origem e morada de cada um. E, claro, com visto de residência com base em contratos dignos de trabalho digno.

Para além de tudo, custa a crer que tenhamos entre nós políticos e políticas que defendem o escancaramento das portas deixando entrar tudo e todos, sem qualquer controlo ou escrutínio. Podemos ser um país acolhedor mas não precisamos de andar sem cuecas de rabo no ar a apnhar sabonetes.

Não é pedir muito!

21 de junho de 2023

Meter água...

Um cliente da Indáqua Feira paga a sua factura com 15 dias de antecedência e nada recebe de juros. Pelo contrário, atrasa-se no pagamento da factura em apenas 1 hora, e porque a referência multibanco emitida não tem qualquer dia de prazo adicional, ao contrário de, por exemplo, outros serviços como a MEO, e permite-se cobrar juros de mora, mesmo que apenas o ridículo valor de 0,01 euros.

Há limites para a falta de bom senso e acima de tudo de pouca vergonha. Não é um bom relacionamento com o cliente. Mas isto, em grande ou em toda a parte, acontece porque este tipo de empresas concessionárias de serviços exclusivos permitem-se a arbitrariedades ou a estas desproporcionalidades.

Por conseguinte, uma empresa destas só pode merecer a desconfiança e pouco apreço por parte dos clientes.

20 de junho de 2023

Quando a genialidade é interrompida demasiado cedo

Wolfgang Amadeus Mozart [Salzburgo - Áustria, 27 de Janeiro de 1756 – Viena, 5 de Dezembro de 1791], foi um dos maiores compositores clássicos da história, que faleceu aos 35 anos. Sua morte prematura privou o mundo de um gênio musical em pleno desenvolvimento. Mozart, mesmo com idade tão jovem, deixou um legado extraordinário de obras-primas em uma variedade de gêneros musicais, mas sua morte interrompeu um potencial ilimitado de criação. Sua música, caracterizada pela beleza, complexidade e inovação, influenciou gerações de compositores e continua a encantar e inspirar até os dias de hoje. Imaginar o que Mozart poderia ter composto se tivesse vivido mais tempo é uma fonte de constante fascínio e lamentação para os amantes da música clássica, de que me incluo.

Carlos Paião [Coimbra, 1 de Novembro de 1957 — Rio Maior, 26 de Agosto de 1988], um talentoso cantor e compositor português, faleceu aos 30 anos. Tal como Mozart, embora em diferentes tempos,  estilos e diemnsões na arte musical, deixou uma marca indelével na música popular portuguesa com suas letras inteligentes, melodias cativantes e performances carismáticas. Carlos Paião foi uma figura única e irreverente na cena musical portuguesa, e sua morte prematura foi sentida profundamente por seus fãs e pela indústria musical como um todo. Suas canções alegres, como "Playback", "Pó de Arroz", "Cinderela" e tantas outras, são clássicos intemporais que capturam a essência do seu talento artístico. A perda de Carlos Paião representou a interrupção de uma carreira em ascensão, privando-nos de sua criatividade contínua e do potencial de influenciar novas gerações de músicos em Portugal.

Quando músicos talentosos como Mozart e Carlos Paião morrem jovens, perdemos não apenas suas obras-primas imediatas, mas também a oportunidade de testemunhar seu crescimento artístico e suas contribuições futuras. A música é um processo contínuo de exploração, evolução e experimentação, e é profundamente triste quando essa jornada é abruptamente interrompida. O legado deixado por esses músicos talentosos é inegável, mas é impossível não imaginar o que mais eles poderiam ter realizado e como suas obras poderiam ter evoluído ao longo do tempo.

A partida precoce de artistas geniais como Mozart e Carlos Paião serve como uma recordação permanente da fragilidade da vida e da perda imensurável do legado artístico e musical que poderia representar caso vivessem muitos mais anaos. Para além da genialidade do que ficou escrito, quantas mais obras primas ficaram por escrever e deliciar todos quantos apreciam a arte musical?

Sem dúvida que nas devidas distâncias e particularidades, a memória e a influência desses músicos talentosos permanecem vivas, mas também carregam a dor daquilo que poderia ter sido, deixando-nos com um senso de perda profunda e uma lembrança da efemeridade da vida.

19 de junho de 2023

Factos e perguntas - Condecorações e motos


Facto: O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou esta quinta-feira o Rei Carlos III do Reino Unido, em Londres, com o Grande-Colar da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, anunciou a Presidência. 

Pergunta: A que propósito? O que é que de relevante para o nosso país fez sua excelência o king Charles III? Não teria sido mais proveitoso condecorar um trolha ou pedreiro que por este país fora ajudam a construir casas e muros?

Facto: Um tal de Miguel Oliveira, corredor de motos, parece que ficou em 10.º lugar numa corrida de GP na Alemanha.

Pergunta: E porque é que a imprensa portuguesa continua a dar tanto destaque a alguém que ou desiste ou faz lugares longe do pódio? Bem sei que já fez umas classificações engraçadas, mas no geral e em média, parece-me, a coisa não merece notícia quanto mais destaque. Mas deve ser algo muito importante para a nação, assim como noticiar que o Al-Nassr do Ronaldo jogou com o Al-Fateh ou que o tenista português João Sousa somou a 9.ª derrota consecutiva.

Enquanto isso, o Quim da Nanda fez equipa com o Inácio dos Diluentes e venceram o 10.º Torneio de Sueca do Café Primavera e nem uma noticiazinha em roda-pé. Como dizia o Calimero: - Mas é uma injustiça, pois é!