7 de julho de 2023

É bom saber: Locadora, locatária e locação

A diferença entre uma entidade locadora e uma locatária está relacionada aos papéis desempenhados por cada uma das partes em um contrato de locação.

A locação é um contrato em que uma das partes, a locadora, cede o uso e gozo de um bem para a outra parte, a locatária, mediante o pagamento de um valor acordado. Esse contrato estabelece as condições e os direitos e deveres de ambas as partes durante o período de locação.

A locação pode abranger diversos tipos de bens, como imóveis (casa, apartamento, loja comercial, quarto,), veículos, equipamentos, máquinas, entre outros. O contrato de locação deve especificar as características do bem, o prazo de duração da locação, o valor do aluguel, as responsabilidades das partes em relação à manutenção do bem, as condições de rescisão do contrato, entre outros detalhes relevantes.

Locadora: A locadora é a pessoa física ou jurídica que possui um bem disponível para alugar. Ela é a proprietária do bem e tem o direito de alugá-lo a terceiros. Por exemplo, em um contexto de locação de veículos, a locadora seria a empresa que possui os carros disponíveis para aluguel.

Locatária: A locatária é a pessoa física ou jurídica que aluga o bem da locadora. Ela é a parte interessada em utilizar o bem por um período determinado, em troca do pagamento de um valor acordado. No exemplo da locação de veículos, a locatária seria a pessoa que aluga um carro de uma locadora para utilizar por um período específico.

Em resumo, a locadora é a proprietária do bem que está sendo alugado ou arrendado, enquanto a locatária é a pessoa que aluga ou arrenda o bem da locadora para utilização temporária.

6 de julho de 2023

Ano Internacional da Juventude - 1985

Está na ordem do dia o evento da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá na cidade de Lisboa já na primeira semana do mês de Agosto deste ano de 2023. Espera-se a presença do papa Francisco e a participação de mais de um milhão de jovens peregrinos provenientes de todo o mundo. Antes, uma semana, decorrerão as pré-jornadas em que largos milhares de jovens serão distribuidos pelas diferentes dioceses  e paróquias, mesmo em contexto de convivência com famílias de acolhimento, num contacto mais próximo com as realidades de cada comunidade. Cá por casa estou igualmente à espera de acolher dois desses jovens.

Nesta onda relacionada à juventude, aos seus desafios e anseios, salta-nos à memória um importante acontecimento também relacionado aos jovens de então, onde me incluia, concretamente o Ano Internacional da Juventude em 1985. De resto, dentro da sua comemoração, em 31 de Abril realizou-se em Roma - Itália, no Vaticano um Encontro Mundial de Jovens e que de certo modo veio dar lugar às jornadas mundiais da juventude, com a primeira edição a ocorrer no ano seguinte (1986), também em Roma.

O Ano Internacional da Juventude (AIJ), ou Internation Youth Year (IYY), decorreu em 1985 e teve como objetivo central abordar questões e problemas relacionados com os jovens a nível internacional. Esta iniciativa foi proclamada pela Assembleia Geral da ONU e assinada a 1 de Janeiro desse mesmo ano pelo então Secretário-Geral, o peruano Javier Pérez de Cuéllar.

Durante todo o ano de 1985, ocorreram várias actividades em todo o mundo, sob a coordenação do Secretariado da Juventude do Centro para Desenvolvimento Social e Negócios Humanitários, com sede em Viena, Áustria. Mohammad Sharif dirigia esse Secretariado e também ocupava o cargo de Secretário Executivo do Ano Internacional. O evento foi presidido por Nicu Ceauşescu, filho do ditador romeno, Nicolau Ceauşescu.

Embora não tenha organizado eventos específicos sobre este tema, o Secretariado para o Ano Internacional da Juventude contribuiu para o sucesso deste acontecimento, através da colaboração na realização de diversos encontros, tendo como lema "Participação, Desenvolvimento e Paz".

O principal evento da ONU durante o Ano Internacional da Juventude foi o Congresso Mundial da Juventude, organizado pela UNESCO, realizado em Barcelona de 8 a 15 de julho de 1985. Neste congresso, foi emitida a Declaração de Barcelona, um importante documento que resultou desse encontro.

Por cá, recordo-me de participar em vários eventos promovidos a nível vicarial e diocesano, incluindo a realização de um festival da canção de temática a propósito, onde também fiz parte do grupo de jovens cá da paróquia, tendo então a nossa canção vencido a nível vicarial, com o festival realizado na paróquia do Vale e depois com direito a participar na final a nível diocesano num encontro memorável para os largos milhares de participantes que decorrer no Palácio de Cristal no Porto, em 30 de Junho de 1985. A canção vencedora dessa grande final foi a de Arouca pelo Grupo de Jovens de Rossas.

Ainda hoje alguém partilhou um vídeo dessa jornada no Porto onde lá estamos a actuar. Pena que a imagem seja de fraca qualidade mas mesmo assim revela-se um precioso tesourinho. Nessa altura não havia nas mãos de cada jovem, como hoje, potentes telemóveis com câmaras de fotografia e vídeo. Bons tempos! 

Mas sendo que os músicos, onde me incluia, com o Higino, o Mário Silva, o Rui Santos e o Quim do Lago, estão mais discretos, já as raparigas, a São Almeida, a Laida Moreira, a Guida Cardoso e a Preciosa Gonçalves, estão bem mais expostas. Bons tempos!


Na foto acima, eu e o Mário Silva a acompanharem à viola a actuação do grupo de Gião no festival ocorrido no Salão Paroquial da freguesia do Vale.

Nas fotos abaixo, momentos da actuação no Palácio de Cristal, no Porto.




Boas memórias, desde logo porque também eu era jovem, ainda a cumprir serviço militar obrigatório, mas apesar de decorridos quase 40 anos os jovens, embora com realidades e contextos diferentes, mesmo tendo tudo e não tendo nada, continuam a ter pela frente desafios sociais, culturais, religiosos mas também existenciais. Enfim, é uma luta que não termina e que dará sempre pano para mangas para anos internacionais, jornadas da juventude e outros eventos que tais, sem que algum dia sejam atingidos todos os desafios que se colocam permanentemente e em cada instante aos jovens. Estes, como eu e muitos da minha geração, acabarão por envelhecer e em rigor, talvez pela natureza das coisas, daqui a 40 anos parecerá novamente que nada mudou.

Mas, de minha parte e relativamente ao AIJ ficam a memória e os testemunhos de um ano e acontecimentos marcantes. Creio que indelevelmente  sucederá o mesmo para os actuais jovens que daqui a semanas viverão a Jornada Mundial da Juventude 2023.


5 de julho de 2023

Não me batas que eu quero bater-te

Todas as guerras são irracionais, tanto mais aquelas que, como a que se trava na Ucrânia, resultam de invasões injustificadas e apenas com argumentos políticos militares e geo-estratégicos.

Temos assim de forma objectiva uma guerra com um país invasor, a Rússia, e um país invadido, a Ucrânia, que com toda a legitimidade se defende.

Mas para além de toda a irracionalidade e horrores, há a linguagem, a comunicação e a propaganda em que naturalmente ambas as partes procuram tirar proveito da sua influência, com informação ou contra-informação, dramatismo e desculpabilização.

Ora dessas informações e comunicados, a Rússia tem utilizado uma retórica que para além de não colher, porque sem razões objectivas para a invasão, é no mínimo ridícula. Senão, veja-se: Actua como país invasor e apesar disso critica os países ocidentais por ajudarem a Ucrânia a defender-se. Ou seja, considera que deveria ter o campo e portas abertas para poder invadir e avançar a seu bel-prazer até ao ponto de subjugar a nação e torná-a uma parcela sob o seu domínio militar e político.

Por outro lado, usando mísseis e drones tem atacado com regularidade  cidades e alvos civis, sem qualquer critério militar, ceifando vidas inocentes, incluindo idosos e crianças, e fá-lo não só com a total impunidade de potência invasora, mas com toda a naturalidade. Pelo contrário, qualquer acção em território russo, mesmo que esporádica e sem consequências, porque de resto só demonstrariam a incapacidade e vulnerabilidade próprias do seu aparelho militar, bradam ao mundo que se tratam de actos terroristas. Ou seja, a Rússia acha legítimo atacar de forma indiscriminda com meios reconhecidos como desproporcionais mas, imagine-se, não quer ser atacada. As nações que têm ajudado a Ucrânia ficam assim num dilema de ajudar podendo complicar a solução de paz, ou não ajudar e ficarem a assistir impávida e serenamente a uma agressão desproporcional. Este é o dilema que de algum modo também é nosso, de cada um de nós.

É certo que o apoio dos países europeus e dos Estados Unidos tem contribuído para que a Rússia não atinja os objectivos que supôs conseguir em meia dúzia de dias após a invsão, mas também ajuda a que o conflito se prolongue e que a escalada da guerra possa descambar para algo mais grave e global, como de resto o diz ameaçadoramente a retórica do Kremlin e suas figuras.

Não sabemos, de facto, qual será o desfecho e para quando, mas não há dúvida que esta guerra e seus envolvimentos são um vulcão activo que tanto pode adormecer como entrar numa espiral de destruição massiva.

Oxalá que não e que, mesmo que pelo cansaço, as coisas venham a parar e a criarem-se condições para o que for possível da paz, mesmo que podre, e de seguida a reconstrução da Ucrânia sendo que as feridas e cicatrizes essas serão permanentes e perdurarão por séculos.

3 de julho de 2023

Acolhimento de jovens peregrinos

Cá na paróquia de Guisande seremos uma das famílias de acolhimento de dois jovens peregrinos durante a semana que antecede a Jornada Mundial da Juventude, que como se sabe ocorrerá na cidade de Lisboa na primeira semana do mês de Agosto.

Os programas que ocuparão os jovens que acorrerão ao nosso país na semana que antecede o evento, designam-se de Pré-Jornadas ou Dias nas Dioceses e comportam vários momentos a nível da Diocese, Vigararia, comunidade inter-paroquial e famílias de acolhimento, adequados às suas realidades e inspirados em cinco pilares: Acolhimento, descoberta, missão, cultura e envio.

Em rigor, enquanto família de acolhimento não temos total disponibilidade, porque ainda em tempo de trabalho e por isso com horários preenchidos, mas com alguns ajustamentos será possível receber dois jovens, até porque durante o dia eles andarão ocupados por outros lados no âmbito do programa. 

É certo que a nossa freguesia não é das grandes mas facilmente podemos identificar umas 20 a 30 famílias que, querendo, teriam todas as condições para acolherem jovens em suas casas, porque objectivamente com disponibilidade, porque muitos já reformados ou pré-reformados, com boas instalações e no geral com os filhos já fora, por isso com quartos desocupados.

Apesar disto e dos constantes apelos que na nossa paróquia vêm sendo feitos desde há meses, parece que o resultado em termos de famílias aderentes está muito aquém do que seria expectável e desejável levando os responsáveis a ponderar improvisar situações de alojamento em grupos, que podendo remediar, não serão, contudo, as mais adequadas sob o ponto de vista da importância do contexto de inter-acção entre famílias e jovens.

É pena, mas em boa verdade também não supreende, pois em rigor, de um modo geral, as pessoas fogem das responsabilidades e compromissos como o diabo da cruz.  Por natureza, não somos dados a voluntarismos nem a partilhas e o expectável enriquecimento mútuo, para os jovens peregrinos estrangeiros e famílias de acolhimento, não é permissa que vá à missa da larga maioria dos que teriam de facto disponibilidade e instalações. A fraca aderência fala por si. Oxalá que a coisa ainda se componha sendo que por imperativos de programação o prazo já é reduzido.

Mesmo que com pena, há que entender esta retracção de muitas das nossas famílias que teriam todos os requisitos para o acolhimento mas que por motivos que se devem respeitar optaram por não aderir à experiência e aos apelos. 

Como diria um filósofo pragmático: - É o que é! Em terra árida não se espera colher morangos.

A França é de há muito uma nação multi-racial e multi-cultural e já nem sei se em rigor tem algo de si própria, de gaulsesa, de nacionalista. Neste efervescente caldo social, cultural e até religioso, tem este país um histórico de manifestações que supera qualquer outro país, desde as mais curriqueiras às mais violentas, incluindo as que por estes dias têm feito parte das notícias, com milhares de jovens e adolescentes e até crianças em actos colectivos de puro vandalismo que ultrapassam em muito o direito pacífico à manifestação, destruindo tudo à sua frente. Não há motivo algum, memso a morte de alguém às mãos da polícia, que justifique este tipo de reacções que penalizam não só o Estado como milhares de cidadãos que nada tiveram a ver com o caso que em teoria despoletou estes actos criminosos.

Tenho para mim que reacções criminosas, quase terroristas, porque isto é tudo menos manifestações, deviam ser tratadas como tal, mesmo que para o efeito - apetece dizê-lo - fosse necessário disparar a matar. Passe o exagero e a desproporção, mas doutro modo, apenas com métodos e procedimentos politicamente correctos a coisa não vai lá. Algumas bastonadas, gás lacrimogénio e canhões de água e as habituais e várias detenções, em rigor não dão em nada nem fazem pensar duas vezes os inssurectos. As detenções às centenas são apenas um faz-de-conta e daqui a poucos dias não haverá um único que permaneça detido e os condenados eventualmente vão ter que fazer umas horas de serviço comunitário que em rigor nunca cumprirão.

É nestas alturas e nestas reacções de puro vandalismo, destruir por destruir, que desejamos que a França fosse uma China. Para o bem e para o mal, os regimes democráticos não sabem lidar com as massas quando é necessário impor a disciplina, a autoridade, a lei e a ordem. Por conseguinte, este tipo de reacções e manifestações violentas e destruidoras são apenas um dos frutos da árvore do politicamente correcto, onde até os mais ordinários e vis criminosos têm direito a ser tratados como se fossem pacíficos e honoráveis cidadãos.

Assim sendo, que aguentem!

2 de julho de 2023

LIAM Guisande - Peregrinação da Familia Espiritana 2023



O núcleo da LIAM Guisande encontra-se  neste fim-de-semana, 1 e 2 de Julho de 2023, a participar na  tradicional  Peregrinação a Fátima da Família Espiritana, a qual decorre sobre o lema “A nossa missão é a dEle”

Programa:

Sábado, 1 de julho

17:30 Saudação a Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições

18:15 Missa, na Basília da Santíssima Trindade

21:30 Rosário e Procissão de Velas, no Recinto

23:00 Vigília de Oração, na Basílica de N. Sra. do Rosário

Domingo, 2 de julho

07:00 Via-Sacra, nos Valinhos

10:00 Rosário, na Capelinha das Aparições

11:00 Missa, no Recinto

15:00 Sessão Missionária, no Centro Paulo VI

1 de julho de 2023

Universo

 


Fosse quem fosse

Que concebeu o sol

E o mantém firme nos céus,

Foi, é claro, um génio.

Alguém com posse

De estrelas no rol,

Só pode, mesmo, ser Deus

Do hélio, do hidrogénio.

Que mistério, o universo:

O sol, a noite, o dia,

Luz, trevas, pó, gás!

Poema de um só verso,

Como do nada a teoria,

Do Big Bang, lá atrás.


A.Almeida - 01-07-2023