15 de agosto de 2023

Celebração

Neste dia e mês, há 34 anos (1989) a freguesia de Guisande sentava-se à mesa comunitária, montada na Utilbébé, para festejar as Bodas de Ouro Sacerdotais do Pe. Francisco Gomes de Oliveira. O tempo passa mas as memórias, as boas, permanecem.

Datas e factos - Festa do Viso 1982 - Florbela Queiroz




Florbela Queiroz é uma conhecida figura pública portuguesa, da área do teatro, sobretudo de revista, e televisão, com passagens pelo cinema e música, sendo que com uma popularidade nem sempre decorrente pelos melhores motivos, sobretudo por aspectos da sua vida pessoal e familiar. De facto ficaram conhecidos os casos de divórcios, a violência física e verbal que sofreu por parte do seu filho e nora e depois do caso em tribunal, o perdão e a aceitação ao filho e ainda a morte deste, em 2022, por ataque cardíaco. 

Seja como for, Florbela Queiroz, nascida em 1943, foi uma figura muito popular sobretudo nas décadas de 1960 a 1980, mas também pelos anos seguintes embora já num percurso descendente. A confirmar a sua popularidade desses primeiros tempos, em 1978 foi figura de capa do primeiro número da revista "Maria". O saldo da sua carreira artística é de facto muito positivo e reconhecida ao longo da mesma com vários prémios.

Com o seu segundo marido, Norberto de Sousa, lançaram por essa altura um disco que aumentou a sua popularidade e em face disso, para além da carreira paralela no teatro e televisão, onde era presença recorrente, a Florbela era figura de cartaz em festas e romarias. Foi o que aconteceu em 1982 quando com o marido actuaram na nossa Festa do Viso.

Nessa edição de 1982 a Comissão de Festas foi composta por:

Joaquim José Oliveira Santos – Outeiro

Domingos Alves Lopes – Viso

Domingos da Costa Azevedo - Quintães (não assumiu)

Albino Manuel Oliveira Ferreira – Pereirada

Manuel Flávio Oliveira Santos – Viso

Datas e factos - Festa do Viso 1983

Festa do Viso - 6, 7 e 8 de Agosto de 1983

Programa:

Sábado, 6 de Agosto:

- Durante o dia, música gravada.

- 21:30 horas: Rancho Folclórico Infantil "Os Fogueteiros de Arada" de Ovar, que alternadamente actuará com o conjunto "Arco Íris", de Cucujães.

Domingo, 7 de Agosto:

- 08:00 horas: Entrada da Banda Marcial do Vale.

- 10:00 horas - Missa solene com sermão e acompanhada pela Banda.

- 17:00 horas: Procissão solene acompanhada pela Banda.

- 21:30 horas: Actuação dos conjuntos típicos "Dimensão 4", do Porto e "Filhos da Madrugada", de Penafiel.

- Final: Fogo de artifício.

Segunda-Feira, 8 de Agosto:

- 10:00 horas: - Celebração de missa.

- 21:00 horas: Noite de folclore com os ranchos "Ceifeiras de Medas", de Gondomar e "Praça das Rendilheiras", de Vila do Conde.

- Final: Fogo de artifício.


- Nesta edição de 1983 a comissão de festas foi formado por:

Alberto Gomes da Costa – Reguengo

António Jorge da Conceição Pinheiro - Fornos (não assumiu)

Raimundo Cesário de Almeida – Lama

Lindolfo Martins Adegas – Pereirada (não assumiu)

14 de agosto de 2023

Datas e factos - Festa do Viso 1985

Festa do Viso - 3, 4 e 5 de Agosto de 1985

Programa:

Sábado, 3 de Agosto:

- Durante o dia, música gravada.

- 21:30 horas: Agrupamento musical "TEKOS".

Domingo, 4 de Agosto:

- 08:00 horas: Entrada da Banda Musical de S. Tiago de Lobão.

- 11:00 horas: Missa solena com sermão e acompanhada pela Banda.

- 16:00 horas: Procissão solene acompanhada pela Banda.

- 21:30 horas: Actuação dos conjuntos musicais "Super Band", de Vale de Cambra e "Oriente" de Arrifana.

Segunda-Feira, 5 de Agosto:

- 10:00 horas: - Celebração de missa.

- 21:30 horas: Noite de folclore com os ranchos de S. Romão do Coronado, de S. Tirso, e Lavradeiras da meadela - Viana do Castelo.


- Nesta edição de 1985 a comissão de festas foi formado por:

Sílvio Pinho da Rocha – Gândara

Joaquim Pereira de Almeida – Fornos

Alcino Resende dos Santos – Casaldaça

Alexandrino dos Santos Correia – Outeiro

Maria de Fátima Pinho da Silva - Outeiro

Maria de Fátima Conceição Moreira - Casaldaça

S. Cipriano de Parada - Louredo

 

A fotografia de cima é do ano de 1969, defronte da capela de S. Cipriano de Parada, lugar da freguesia de Louredo. Abaixo, uma foto mais recente.

Esta actual capela, de estilo incaracterístico, com elementos pretensamente neo-góticos, foi edificada em 1963 no lugar de uma mais antiga e modesta, a que o saudoso pároco Pe. Acácio Freitas descreveu como "...capelinha de dimensões diminutas. Pode albergar o celebrante, os acólitos e cerca de umas vinte pessoas mal acomodadas".

Em muitos lugares deste nosso interior português é possível ver muitas capelas que foram sendo edificadas em lugar de outras mais antigas e modestas, mas quase sempre com fracos resultados estéticos, não passando de umas tristes contruções sem qualquer elemento marcante, muitas vezes com ares de um simples anexo ou habitação, a que se diferencia a sua utilização pela colocação de uma cruz ou de um pobre campanário.  Apesar disso, dessa pobreza de estilo e de arte, quase sempre se mantém a devoção das gentes locais aos santos nelas invocados, que em dia de festa à volta delas se juntam e partilham vivências e convivências e matam saudades, principalmente quando se é emigrante e nuns curtos dias de fárias se regressa às raízes. Essas capelas, são, pois, elementos importantes e agregadores, principalmente em aldeias remotas.

13 de agosto de 2023

Nossa Senhora da Boa Fortuna - Borralhoso

 

Uma das particularidades com a Nossa Senhora da Boa Fortuna, que se venera na capela do Viso, aqui em Guisande, é o facto de relativamente perto de nós, precisamente no lugar de Borralhoso, da freguesia de Fermedo, concelho de Arouca, existir também uma capela com a mesma invocação. Além do mais, habitualmente a festividade em sua honra ocorre precisamente no primeiro Domingo do mês de Agosto, coincidindo a data com a da nossa própria festa.

Com esta particularidade e de algum modo uma coincidência, seríamos levados a pensar se alguma delas exerceu influência sobre a outra. Todavia, a capela original em Borralhoso, demolida e substituída há já alguns anos por uma de traça mais moderna e incaracterística, diga-se, foi edificada em 1885, por isso posterior à data de construção da capela do Viso em 16 anos, já que esta foi terminada por 1869.

Entretanto, neste ano de 2023, a nossa festa do Viso foi antecipada uma semana, por razões conhecidas e devido à data da Jornada Mundial da Juventude, e a festa em Fermedo foi adiada, pelo que assim tive a oportunidade de fazer a visita à capela e à festa para assistir à procissão.

Alguém me havia dito que para além do nome comum, Senhora da Boa Fortuna, as imagens também seriam muito parecidas. E de facto, a ter em conta a imagem usada no cartaz da festa, é exactamente igual, mas como as aparências iludem e nem sempre o que parece é, na realidade a imagem no cartaz da festa em Borralhoso corresponde à imagem da senhora em Guisande, de resto de minha autoria. Por conseguinte a imagem da capela de Borralhoso é em tudo diferente, como se pode comparar pelas fotos que ilustram este artigo.

No meio de tudo isto, não se percebe como é que alguém elabora e imprime um cartaz sem ter esta situação em consideração, bem como da parte da Comissão de Festas se permita uma situação destas. O seu a seu dono e as imagens usadas nos cartazes ou nos chamados santinhos, que se colocam junto das caixas de recolha de esmolas, devem ser as correspondentes ás existentes nas próprias igrejas ou capelas. Já aqui em Guisande, há alguns anos, não no cartaz mas nos santinhos, se cometeu essa asneirada, ao usar-se a imagem de um Santo António que não o de Guisande. E mesmo quanto ao nosso Santo António, deve usar-se sempre o existente na capela e não o que está na igreja.

Fica bem o seu a seu dono, para além da elementar coerência. A Senhora da Boa Fortuna de Borralhoso certamente que perdoará esta falha, o ser confundida com a do Viso, mas convém que não se abuse, porque, de facto, não fica bem e nem há necessidade, mesmo que em rigor, Nossa Senhora, Maria, Mãe de Jesus, seja uma só, independentemente da invocação e do aspecto que lhe damos.




Manuel e Ângela - 50 anos de matrimónio

 


Manuel da Conceição Gonçalves e sua esposa Ângela Ferreira, do lugar da Gândara, celebraram matrimónio há 50 anos, em 12 de Agosto de 1973, por isso com Bodas de Ouro Matrimoniais. Uniram-se na igreja matriz de S. Martinho de Argoncilhe, terra natal da Ângela.

Não é para todos atingir tal meta de vida em comum e será cada vez mais raro já que os casamentos e compromissos matrimoniais, pelos modernos tempos que correm, são embarcações frágeis, cascas de noz, que naufragam facilmente com umas ligeiras brisas, quanto mais com tempestades e vendavais próprias do dia a dia entre dois seres humanos, por vezes tão diferentes.

Sendo assim, porque é gente boa, gente nossa, os nossos parabéns e votos de continuação  na caminhada diária, sendo que sabemos que não é fácil e ninguém é perfeito nem há manuais ou livro de instruções para um casamento duradouro e frutificador. Mas está na compreensão da imperfeição, das limitações e fragilidades, no respeito e tolerância mútuas o segredo de um matrimónio longo. No fundo o trazer à prática o compromisso perante Deus cimentado nos opostos das circunstâncias, na saúde e na doença, na prosperidade e na pobreza, na alegria e na tristeza. Mas, hoje os deuses são notários e conservadores civis e, isto  cá para nós, com o devido respeito por quem pensa diferente, sem a componente sacramental e sacralizadora da união, têm a mesma importância que a celebração de um contrato de compra de um carro, de uma casa, ou de uma ovelha. 

Bem hajam, Manuel e Ângela, e parabéns!