30 de julho de 2017

1ª Noite de Fados do Centro Social

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Tal como anunciado, decorreu ontem, 29 de Julho de 2017, nas instalações do Centro Social S. Mamede de Guisande, a 1ª Noite de Fados. O evento teve como objectivo a angariação de receitas mas também proporcionar o convívio entre associados e familiares e ainda a oportunidade de fruição de um momento cultural e recreativo com a interpretação do fado, um género musical do agrado geral dos portugueses.

O salão do Centro Cívico esteve cheio, num ambiente acolhedor e agradável. No final do lauto e farto jantar as antigas salas de aulas ficaram à luz das velas e em silêncio cantou-se bom fado. Excelentes músicos (Daniel Gomes, na guitarra portuguesa e Jorge Serra na viola) e muito bons fadistas (Mafalda Campos, António Baptista e David Xavier). Uma noite memorável, certamente a repetir.

De registar a presença de David Neves, presidente do Rancho Folclórico de S. Tiago de Lobão (em cuja sede na Tabuaça decorrem com regularidade noites de fados), o qual com a sua experiência colaborou com o Centro Social na organização do evento, nomeadamente a assegurar a presença do grupo dos músicos e fadistas. Também na parte final, o presidente da Junta da União de Freguesias, José Henriques, marcou presença associando-se ao evento.

Parabéns ao Centro Social e à sua Direcção, incansável em todos os momentos da organização do evento. Parabéns também a todos os que de forma voluntária e gratuita ajudaram, nomeadamente cozinheiras e serventes de mesa. A todos um bem-haja pela sua disponibilidade e boa disposição. Parabéns, naturalmente a todos os participantes no jantar, pois para além do custo inerente ao mesmo, com boa comida e com fartura, contribuíram para a angariação de alguma receita que reverterá para as necessidades do Centro Social, ainda com elevados compromissos  financeiros e à espera de apoios de entidades oficiais bem como do despacho do acordo de cooperação com a Segurança Social, de modo a iniciar a sua regular actividade para o qual foi concebido, o de estar ao serviço da comunidade e das pessoas, sobretudo dos mais idosos.

Recolha de Sangue no Centro Cívico

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O Centro Cívico do Centro Social S. Mamede de Guisande acolheu ontem, 29 de Julho, mais uma recolha de sangue. Entre as 09:00 e as 13:00 horas compareceram 44 pessoas das quais foram recolhidas 35 dádivas.

Infelizmente entre nós o número de dadores e de dádivas tem caído significativamente nos últimos anos, por vários factores, incluindo a forte emigração mas também o desinteresse que se notou a partir da altura em que o Estado cortou algumas das compensações de que gozavam os dadores, nomeadamente na isenção de taxas moderadores nas unidades de saúde e acesso a hospitais. É certo que a isenção foi reposta em Abril de 2016 mas alguma má informação e algum desabituamento têm contribuído para uma redução do número de quem dá sangue de forma gratuita e voluntária. Por outro lado, as equipas de recolha foram sendo reduzidas em função do número de participantes mas isso tem gerado algum atraso no tempo médio de recolha o que naturalmente desagrada e desincentiva os dadores. Pessoalmente, na última recolha em Janeiro, estive quase duas horas no processo entre a inscrição e dádiva.

Em Guisande, de um número que já andou próximo da centena e meia, nos primeiros tempos, nesta última recolha, como atrás se disse, apareceram 44 participantes dos quais 35 resultaram em dádivas. Em Janeiro deste ano foram 53 os participantes para 38 dádivas. Em Fevereiro de 2016, data da primeira recolha no Centro Cívico, foram 56 para 37.

28 de julho de 2017

Colheita de Sangue - Este sábado, 29 de Julho de 2017


Amanhã, Sábado, 29 de Julho de 2017, das 09:00 às 13:00 horas, será realizada mais uma colheita de sangue nas instalações do Centro Social de Guisande, no Monte do Viso. Venha doar sangue e doar vida.

Brincar aos títulos

Foi o jornal "Terras da Feira", um semanário de prestígio no nosso concelho durante pelo menos três décadas  e que de semanário cresceu até chegar ambiciosamente a tri-semanário.  No entanto, normalmente quando se dá passos maiores que as pernas, os tropeções são consequência e daí o jornal ter recuado novamente a semanário, numa descida que não augurava bom desfecho. Assim, num enredo de interesses de propriedades, de proprietários e de títulos, comum a tantas empresas em dificuldades, de um dia para  a noite passou a ser o "Terras Notícias" e passados poucos meses a coisa voltou a dar uma volta e já é o "N-Notícias da Terra". Não tarda terá outro título qualquer e eventualmente a pertencer a outra qualquer empresa. Em muitos casos semelhantes, na imprensa ou em outras áreas de negócios, estas alterações consecutivas não são mais que o princípio do fim. Fosse eu anunciante, assinante ou mesmo leitor assíduo e não me agradariam de todo estas mexidas e as consequentes perdas de identidade e referência, por mais que se apregoe o contrário com promessas de renovada imagem e dinâmica.
Felizmente, e como contraponto a este vai-e-vem, vamos tendo por cá, no concelho, um jornal centenário, o "Correio da Feira" que apesar das naturais alterações de estrutura social-empresarial e exigências de mercado, vai continuando fiel a si próprio e a prestigiar a imprensa regional concelhia e até nacional, já a caminho dos 130 anos. 

Bloco de Esquerda a falar direito


Já começou a campanha para as autárquicas de 1 de Outubro próximo. As caixas de correio já começaram a receber as propostas. O Bloco de Esquerda, que apresenta o jovem Luís Miguel Sá como candidato â Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, distribuiu um pequeno panfleto em que nos pergunta, no singular, se sabíamos de uma série de coisas que supostamente são sinais de uma má gestão da actual Câmara PSD. Mas pela parte que me toca, respondendo ao Luís Sá e ao seu colega deputado da Assembleia da República,  Moisés Ferreira, sim, sabia de algumas dessas coisas, desde logo  a questão das tarifas sociais da água e da privatização das águas (que já vem de longe). Mesmo que não referido no panfleto, mais sabia da tremenda injustiça relacionada com o pagamento dos ramais, em que uns pagaram pela medida grande e outros que deixaram de pagar. Como se não bastasse esta injustiça e descriminação, os que  pagaram ainda têm que pagar a diferença por outros já não pagarem.
Se isto não é meter água...

26 de julho de 2017

Construção da Escola da Igreja






O edifício da Escola Primária da Igreja foi construído e terminado no ano de 1969. Tal data está assinalada numa pequena placa de mármore disposta sensivelmente a meio da fachada principal, conforme fotografia acima. 
Pessoalmente, fiz a primeira classe na Escola Primária do Viso e já a segunda classe  e seguintes frequentei-as na nova escola da Igreja apesar de morar a dois passos da escola do Viso. Fui para lá no ano escolar de 1970/1971, por isso quase a estrear.

Infelizmente não são conhecidos documentos relacionados com a construção, sendo que o projecto obedeceu a um modelo tipo e que por essa época era generalizado e seguido um pouco por todo o país, de resto como aconteceu com a Escola Primária do Viso (edificada entre o final dos anos 40 e princípios dos anos 50), também ela com projecto de modelo tipo aplicado em todo o país, embora com as adaptações de dimensionamento de acordo com a população escolar, havendo edifícios com uma sala, com duas (como a do Viso), com três, quatro e até seis.

Nos dias que correm, seria normal que a construção de um edifício escolar, mesmo que da responsabilidade do Ministério da Educação ou da Câmara Municipal, merecesse o interesse, acompanhamento e referências documentais por parte da respectiva Junta de Freguesia. Todavia, pesquisando no livro de actas da Junta de Freguesia de Guisande em exercício nesse referido ano de 1969, em que era presidente António Alves Santiago, apenas encontrei umas ligeiras referências à construção da Escola Primária da Igreja. Trata-se da acta datada de 12 de Janeiro de 1969, a qual é toda ocupada com o assunto da escola. O documento, que abaixo se reproduz, é legível, mas em resumo diz que "...pelo presidente foi dito que no dia nove do corrente mês principiou a terraplanagem para o edifício escolar no sítio indicado pelo Sr. Engenheiro da Câmara, no lugar da Igreja, sítio muito arejado e bom; é empreiteiro desta obra o Sr. Joaquim Marques Lopes do lugar do Picôto da freguesia de Argoncilhe, empreiteiro com muita competência, ficando todo o serviço bem feito e seguro. O edifício já terminou de pedreiro no dia oito de Março, seguindo-se os trolhas e carpinteiros, que dentro de pouco tempo estará concluído todo. Fica um  belo edifício e num sítio muito aprasado."

Como se vê, as referências mesmo que ocupando toda a acta, são muito vagas mas pelo menos fica-se a saber o nome do empreiteiro para além da consideração do sítio como "arejado" e "aprasado". Há ali, no entanto, uma contradição de tempo já que é referido que a obra de pedreiro ficou terminada no dia 8 de Março quando a acta é de 12 de Janeiro, por isso uma data anterior. É uma contradição que só se justifica como tendo a acta sido lavrada já depois de Março embora reportada a Janeiro. É uma possibilidade já que a periodicidade e regularidade das reuniões de Junta  nesses tempos não eram rigorosamente cumpridas. Eram realizadas quando desse jeito.

A escola na altura era obviamente nova e com linhas modernas para o padrão da época. Tinha um jardim frontal e uma zona de recreio bastante ampla, em terra batida, a qual foi cimentada muitos anos depois. Claro está que no início, eram os próprios alunos quem tratavam da manutenção e limpeza semanais, varrendo-se as salas e o terreiro do recreio, limpando-se as instalações sanitárias e cuidando do jardim. Existia também uma cabine com a bomba do poço que alguns alunos tinham que girar a grande roda para encher o depósito de água para serviço dos sanitários. Claro que era uma brincadeira pois aproveitava-se o balanço da roda para fazer uma espécie de baloiço. Outros tempos, em que as empregadas de limpeza (hoje pomposamente técnicas auxiliares ou técnicas operacionais) eram uma raridade.

Nos anos seguintes foram sendo feitas algumas obras bem como a construção da parte do Jardim de Infância (nos anos 90). A cabine do poço e respectiva bomba foram posteriormente removidas.

Infelizmente, por más políticas caseiras e decréscimo da população escolar, como quem diz das crianças, tanto a escola do Viso como da Igreja ficaram sem alunos, deslocados para Louredo e Lobão. Apenas subsiste uma amostra de alunos no Jardim de Infância no lugar de Fornos.

Do mal o menos, o emblemático edifício da escola do Viso está aproveitado e integrado no Centro Cívico, bem como parte da escola da Igreja está entregue por protocolo a uma associação local, sendo que aqui o desejável é que seja ocupado e dinamizado plenamente por outras colectividades da freguesia, nomeadamente a Associação "O Despertar". Veremos o que reserva o futuro para estes equipamentos que marcaram gerações, onde lá aprendemos e brincamos e de certa forma moldamos muito do que somos hoje como pessoas e cidadãos.

Actualização a 11 de Novembro de 2018:
A sala até aqui vaga, do lado nascente, será ocupada pelo Banco Solidário, dinamizado pelo Grupo Solidário de Guisande e inserido no Fórum Social da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, com inauguração prevista para o próximo Domingo, 18 de Novembro.



25 de julho de 2017

Bandeira em exposição





Bandeira processional de Nossa Senhora da Boa Fortuna - Guisande. Está patente no Museu Municipal do Convento dos Lóios, em Santa Maria da Feira, numa exposição de arte sacra dedicada a Maria, uma homenagem do município de Santa Maria da Feira à devoção secular do povo português, em particular das gentes do território, à padroeira de Portugal, Santa Maria, neste ano em que se comemora o centenário das aparições em Fátima. A exposição  reúne um importante espólio artístico proveniente das 32 paróquias do concelho, composto por  46 peças – esculturas, pinturas e têxteis – de grande valor artístico, que podem ser apreciadas até 15 de outubro. A visita é gratuita.

Esta exposição, realizada no ano em que Portugal celebra o Centenário das Aparições de Fátima e a canonização dos beatos Francisco e Jacinta Marto, é uma homenagem do Município de Santa Maria da Feira à devoção secular do povo português, em particular das gentes do território, à padroeira de Portugal, Santa Maria.

Organizada pela Câmara Municipal, em parceria com Vigararia de Santa Maria da Feira, Missionários Passionistas da Feira e Santa Casa da Misericórdia da Feira, esta exposição é mais um exemplo da estreita parceria do Município com as 32 paróquias do concelho.

Local: Museu de Convento dos Lóios – Santa Maria da Feira
Horário: 9h30» 18h00 [3ª a 6ª] e 15h00» 17h30 [sáb. e dom.]
Entrada: gratuita
Contactos: tel. 256 331 070 ou e-mail museuconventodosloios@cm-feira.pt