25 de setembro de 2017

Realidades...

Estamos em período de campanha eleitoral para as próximas eleições autárquicas que têm lugar já no próximo Domingo, 1 de Outubro. 
Como é sabido, já não faço parte de qualquer lista concorrente e por conseguinte a minha intervenção no acto eleitoral será apenas de mero eleitor.

Para além das minhas opiniões e pensamentos pessoais que tenho publicado e partilhado publicamente neste meu espaço, de uma forma independente tanto quanto possível, mesmo com todos inconvenientes pessoais decorrentes, tenho procurado abster-me de tomar partido por A ou B. Apesar disso, não como um apelo ao voto mas apenas à reflexão, gostaria que os eleitores, de modo particular os guisandenses, para além das suas próprias análises, decorrentes do seu legítimo pensamento, pelo menos tivessem em conta as enormes dificuldades que o ainda actual executivo da Junta teve neste seu curto mandato de três anos. Ninguém de boa fé, da esquerda à direita, pode fazer uma análise ponderada, objectiva e isenta se de forma deliberada omitir ou esquecer  a realidade. E a realidade, independentemente do estilo e modo de acção da Junta, que será sempre questionável, traduziu-se num conjunto de graves dificuldades decorrentes dos compromissos financeiros transitados forçosamente das extintas Juntas de Freguesia de Guisande e Gião. Houve por isso necessidade de pagar dívidas e cumprir compromissos da responsabilidade alheia ao actual executivo, em montantes substanciais. Nesse contexto, o dinheiro deixou de poder ser canalizado em obras e traduziu-se em dificuldades na contratação de pessoal e de serviços. Foi necessário reduzir subsídios e suprimir no primeiro ano algumas iniciativas populares como o Passeio/Convívio dos Seniores e outras regalias. Foi, em suma, um mandato de contenção e de redução de algumas expectativas que eram legítimas no início.

Para além das dificuldades objectivamente financeiras por pagamento forçado do desmando de terceiros, esta Junta teve que lidar com a nova realidade administrativa e todas as questões práticas e legais inerentes à mudança. Desde o sistema informático integrado até à administração de cemitérios bem como do registo de património e inventário e outros mais aspectos de gestão e funcionamento, este foi um processo que gastou tempo e recursos. É certo que no geral a casa está quase arrumada, mas ainda muito falta fazer, nomeadamente na uniformização de sinalização, toponímia e outros pontos inerentes a uma nova entidade. É um processo quase constante.

Em todo o caso, pessoalmente saio obviamente desiludido porque nem de longe nem de perto as coisas correram como tinha perspectivado. Mesmo com as dificuldades referidas era possível fazer mais, melhor e diferente. Mas um exagerado centralismo presidencial e nenhuma autonomia aos directos representantes das freguesias não o permitiram. Não há como o desmentir.

Finalmente mas não menos fundamental e concorrente para as dificuldades da ainda actual Junta, o facto de este mandato ser mais curto, já que dos quatro anos normais e expectáveis, um foi gasto sem resultados práticos numa gestão corrente e com uma Comissão Administrativa limitada nas suas competências.
Mesmo com as diversas dificuldades, financeiras e de organização decorrente da reforma administrativa, estou certo que com mais um ano de mandato pela frente, haveria tempo e disponibilidade para fazer mais obra, incluindo pavimentações de algumas ruas ou destas nos troços mais degradados e rotinar com regularidade outros aspectos como as limpezas das ruas e espaços verdes e manutenção de equipamentos.

Esta é a realidade que posso testemunhar e, como disse, será de má fé ou de memória curta quem fizer uma análise à actividade da actual Junta sem ter estes importantes factores em conta. Não que sejam apenas desculpas, mas por terem sido efectivos e indesmentíveis.

Quanto ao resto, quanto à legitimidade de todas as listas e pessoas concorrentes a um novo mandato, quero acreditar que todos são capazes, competentes e interessados pelo desenvolvimento futuro da nossa união das freguesias e da sua população. As diferenças podem ser de estilo ou de projectos. Que façam, uma vez escolhidos pelo povo, pela vida e que não defraudem as expectativas.

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - XXI




Propaganda do CDS-PP para as eleições autárquicas do próximo dia 1 de Outubro. Sob o lema MAIS, Domingos Correia, candidato do partido centrista à Assembleia de Freguesia de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, traça as principais linhas orientadoras do seu programa.
Recorde-se que o CDS, tanto nas eleições de 2013 como nas intercalares de 2014 elegeu um elemento, pelo que a repetir-se pode vir a funcionar como eixo decisivo na formação do futuro executivo. Mas isso são contas que cabe ao povo sentenciar. Mas sim, é importante a participação de mais partidos para além da habitual bi-polarização PSD-PS. Igualmente importante teria sido o aparecimento de uma lista independente. 

24 de setembro de 2017

A sineta da capela de Nossa Senhora da Boa Fortuna no monte do Viso


A construção da capela dedicada a Nossa Senhora da Boa Fortuna e a Santo António, erigida no alto do monte do Viso, remonta a 1869. À passagem do seu centenário, em 1969, teve profundas obras de restauro e conservação, realizadas antes do Verão desse ano, ainda antes da festa (primeiro Domingo de Agosto). 

Não conheço documentos sobre os objectivos e pormenores que levaram à edificação da capela, mas creio pessoalmente que existirão algures, faltando fazer essa pesquisa. Isto porque apesar de já com mais de 150 anos, é de uma época em que já havia a preocupação de documentar. Ademais, tendo em conta a sua função e mesmo as dimensões significativas para uma capela, é de acreditar que também tivesse que ter o prévio parecer, autorização e despacho da Diocese e do Bispo relativamente ao culto. Por outro lado, ainda, quando em 1969 se realizaram obras que incluiram o revestimento da fachada com azulejos foi incluída a inscrição ou referência à passagem do centenário. Ora essa data teria que, obviamente, ser conhecida de alguém e com base em elementos escritos porque à data poucas seriam as testemunhas vivas.

É, pois, um trabalho de pesquisa que está por fazer e seria de facto interessante saber os vários pormenores, sobre o motivo, quem mandou construir, quem pagou, quem construíu e até mesmo quem decidiu da escolha da invocação a Nossa Senhora da Boa Fortuna, que não é nem era muito vulgar.

Um dos elementos identificadores e característicos da nossa capela, para além da fachada revestida  a azulejo em tom creme com contornos e imagens de Nossa Senhora e Santo António em verde, é o seu arco encimado por um cruzeiro em granito e dentro do qual está instalada uma sineta.  Este elemento, designado na arquitectura religiosa como arco sineiro, está edificado sobre o vértice superior central da fachada principal.

Já muitos não se lembrarão, sobretudo os mais novos, mas originalmente e até às referidas obras em 1969, tal arco sineiro não existia, mas apenas o cruzeiro em granito. Também não existia o revestimento da fachada em azulejo, o qual foi colocado nesse ano por oferta do benemérito António Alves Santiago, da Casa do Santiago, das Quintães.

Se não me falha a memória de criança, que ainda se recorda das obras, tenho a ideia (a confirmar) de que até essa data a sineta estava instalada numa estrutura de ferro sensivelmente na parte central da cobertura, na zona da transição da nave principal para a nave da capela-mor, sendo accionada por uma corda ligada directamente ao compartimento poente da sacristia (divisão que em dias de festa do Viso é ocupada pela Comissão de Festeiros), junto à reentrância onde há uns anos a comissão assentava o pipo de vinho com que, servido a copo, brindava quem ia pagar a promessa.

Remonta, pois, a 1969 a construção do arco sineiro e a mudança da sineta a qual todavia continuou a ser accionada manualmente por um cabo acedido a partir da sacristia no local atrás referido. Não era tarefa fácil fazer tocar a sineta pois o sistema manual não era muito prático e exigia algum esforço.

Já pelos anos 70, ao arco sineiro foram afixadas umas três cornetas (altifalantes) para propagar o toque do relógio então instalado na sacristia, o qual ainda hoje funciona. Actualmente já não fará sentido o funcionamento e a função de tal relógio, que bate a cada quarto de hora, bem como as cornetas que são apêndices que desfeiam o arco sineiro, mas por lá vão estando.

Foi pena que nas obras posteriores, nomeadamente em 2003 quando se procedeu à reformulação da estrutura da cobertura e reconstrução do coro, não se tivesse desmontado este sistema ou pelo menos mudado as cornetas para um local com menos impacto visual, eventualmente na zona mais central da cobertura. Em todo o caso, como se disse, este relógio sonoro toca a cada quarto de hora e é ouvido em quase toda a freguesia, dependendo da direcção do vento e já há muitos anos que é companhia de quem vive a contar as horas.

Também em 2016, o arco sineiro sofreu uma intervenção, sendo ligeiramente alteado de modo a ajustar o sistema mecânico de accionamento da sineta anteriormente instalado.
Sineta, no nosso dicionário, significa pequeno sino e porque é feminino, tem um simbolismo de coisa delicada, maneirinha.

Sobre a sineta da capela do Viso, existe uma espécie de rivalidade ou disputa antigas com a freguesia de Lobão, já que os guisandenses reclamam que a capela de Santo Ovídio em tempos pertenceu a Guisande (e de facto pelo menos uma parte, a nascente, do actual arraial está em território de Guisande)(*) e por sua vez os de Lobão defendem-se argumentando que não, e que a sineta existente na capela do Viso seria a que pertencia à capela do santo mártir e bispo lendário de Braga, advogado das dores de ouvidos e dos maridos infiéis, e que terá sido roubada pelos de Guisande pela calada de uma noite de breu.

Obviamente que a parte que ao roubo ou desvio da sineta diz respeito é pura mentira ou mera brincadeira, já que na sineta da capela do Viso, para quem quiser tirar dúvidas, existe uma gravação em baixo relevo, feita no próprio momento da fundição, com uma legenda que se refere à Senhora da Boa Fortuna. De facto, como se pode ver na foto abaixo, a sineta, do lado nascente, tem fundida a data, 1874, e as iniciais NSBF - G, referentes a Nossa Senhora da Boa Fortuna - Guisande. Mas estes antigos dizeres tornaram-se lendários e fazem assim parte do nosso folclore.

Por esta data, 1874, fica-se a saber que a sineta só foi instalada na capela cinco anos após a sua construção (1869).


Nesta foto abaixo, datada de 5 de Junho de 1969, por alturas da Comunhão Solene, vê-se a procissão a descer o Monte do Viso a caminho da Igreja. Apesar de pouco nítida, observa-se o monte do Viso na sua forma antiga, ainda com a rua central, em terra batida, bem como a capela ao fundo, ainda sem o tal arco sineiro mas apenas o cruzeiro em granito e a fachada ainda sem o azulejo.

Tudo indica, pois, que as tais obras acima referidas se realizaram durante o resto do mês de Junho e Julho. Creio que por esta altura da Comunhão Solene já estariam terminadas as obras na parte interior, nomeadamente o restauro/pintura dos altares e colocação do revestimento do tecto.


(*)Ainda a propósito da capela de Santo Ovídio, apesar desta ser considerada como implantada em território de Lobão, no lugar do Ribeiro, no limite com o lugar da Gândara da freguesia de Guisande,  certo é que os mais antigos guisandenses reiteradamente foram defendendo que a mesma sempre esteve totalmente em território de Guisande.

Prova disso, ou equivocado, certo é que Pinho Leal, no seu "Portugal Antigo e Moderno" de 1873, a páginas 370 do vol. III, referindo-se a Guisande  diz  que "...tem uma capela dedicada a Santo Ovídio onde se fazem três festas no ano, muito concorridas. A quem tiver padecimento nos ouvidos, tem (segundo a crença da gente d´aqui) um óptimo remédio. É furtar uma telha e levá-la de presente a este santo; fica logo bom e a ouvir perfeitamente. É medicamento muito experimentado e aprovado pela gente da terra da Feira. A telha há-de ser furtada senão não o vale".

Mas admite-se que Pinho Leal (que casou com Maria Rosa de Almeida, do lugar do Carvalhal, freguesia de Romariz, onde construiu casa e nela ali morou) tivesse feito confusão porque na sua descrição referente à freguesia de S. Tiago de Lobão também lhe atribui a pertença da capela do Santo Ovídio. Não nos parece, pois, que a capela fosse meeira das duas freguesias vizinhas nem que existissem duas distintas capelas sob a mesma invocação. Seja como for, essas referências de Pinho Leal, mais do que dissipar dúvidas, porventura aumentou-as.

Certo é, todavia, que parte do actual arraial envolvente à capela, a sua zona a nascente onde se engloba o cruzeiro, está em território de Guisande, mesmo com a mudança indevida e ao arrepio da legalidade de um dos marcos de fronteira localizado no entroncamento do caminho antigo com a actual Rua Nossa Senhora de Fátima. Basta traçar uma linha recta entre os marcos mais próximos para se tal comprovar.

De resto, tal como acontece no lugar de Azevedo, em que a freguesia de Caldas de S. Jorge se apropriou de uma ampla parcela do lugar de Estôze, reclamando-a como sua a pretexto de não perder uma parte das habitações ali edificadas entre os anos 80 e 90, os anteriores e sucessivos presidentes de Junta dessas freguesias nossas vizinhas nunca quiseram admitir a apropriação indevida de território mesmo que desmentidos perante factos. Daí que este tipo de disputas sejam antigas e comuns a muitas outras freguesias por esse nosso Portugal fora, e que invariavelmente não têm solução a não ser por imposição administrativa dos tribunais, o que raramente acontece. Em todo o caso, é tudo Portugal.

É verdade que hoje as freguesias de Lobão e Guisande fazem parte da mesma União de Freguesias, juntando-se a Gião e a Louredo, mas estas raízes de identidade  e território geram rivalidades e estas hão-de perdurar por muitos e muitos anos. Por isso, a par da sineta, a localização da capela de Santo Ovídio será sempre um tema de discussão sem fim e que de algum modo enriquece o portefólio das nossas histórias e lendas.

Olhares - Capela do Viso e sineta





Capela do Viso e sineta. São horas da andança e da mudança...

Noutros tempos, tocava todos os domingos, logo pela manhãzinha, bem cedo,  a chamar o povo, ainda dorminhoco, a subir ao monte do Viso para assistir à missa das sete. O padre Francisco, ainda fresco, já subira ligeiro pelas Quintães e Barreiradas fora e o Ti Franklim, antecipando-se-lhe, já entrara na sacristia a puxar pela corda do badalo, fazendo-o martelar num ritmo incerto, pelo seu cansaço, na preguiçosa sineta. Tlim, tlim, toca o franklim, Tão preguiçosa que mais tarde foi preciso mecanizá-la, quase castrá-la, sim porque agora já não é o pobre badalo a acariciar o cobre, resignado por isso a uma figura de corpo presente e impotente, enquanto pelo lado de fora, um martelo cilíndrico e impessoal chega-lhe a roupa ao pêlo quando é preciso anunciar a missa, poucas vezes, diga-se.

Pobre badalo, longe já dos tempos em que, conta-se, numa noite de S. João alguém o fez trabalhar umas horas a fio, quando lhe amarraram uma corda a uma cabra inquieta, surripiada de um qualquer curral. Houve quem, estremunhado, se levantasse para ir apressado à missa sem hora marcada ou mesmo a acudir a algum improvável incêndio, dada a inquietação e insistência com que o raio do badalo martelava na sineta. Outros tempos, mas o badalo ainda ali está, desde 1874, para confirmar esta e outras histórias. É só perguntar-lhe.

Nota: Mas sim, a sineta, conforme se vê pela fotografia acima, ainda tem um sistema que lhe permite balançar e assim ser tocada pelo badalo, mas parece que tal tarefa tem sido incumbida ao martelo exterior.

23 de setembro de 2017

Outono...


Parecendo que não, já estamos no Outono. Tempo de colheitas, vindimas, castanhas, diospiros, romãs e nozes. Tempo de mais roupa no corpo e cobertores cama. Tempo em que um vinho do Porto sabe melhor que uma cerveja e uma camisola de lã melhor que uma t´shirt.

22 de setembro de 2017

Abonos dos eleitos locais 2017



Considerando que estamos em vésperas de eleições para as autarquias locais, terá algum interesse informar o seguinte: A nossa União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande tem para estas eleições de 1 de Outubro de 2017 um total de 9577 eleitores inscritos, o que faz dela a segunda maior freguesia do concelho de Santa Maria da Feira. Na tabela dos abonos dos eleitos locais está integrada no escalão entre 5000 e 10000 eleitores. Assim sendo a nossa Junta e todas em igual condições de número de eleitores é composta por 5 elementos, em que o presidente da Junta, a tempo inteiro em regime de exclusividade terá direito a um abono mensal de 1449,76 euros a que acresce 422,17 euros mensais para despesas de representação, por isso um total de 1871,93 euros, acrescidos ainda de dois subsídios extraordinários a receber em Junho e em Novembro (férias e 13º mês), o que totaliza um valor de 26207,02 euros anuais e  104828,08 euros nos quatro anos do mandato. Convenhamos que nada mal num país em que o actual ordenado mínimo nacional mensal é de 557,00.

Nota: (até ao momento em que escrevo esta informação não consegui confirmar se nos subsídios extraordinários também se reflecte o valor das despesas de representação. Creio que não, até pela leitura da tabela acima, pelo que a ser assim aos valores anuais acima indicados terá que se fazer a respectiva dedução (3377,36 euros no mandato), o que de resto é irrelevante face ao valor total a auferir no mandato).

Por sua vez, tanto o secretário como o tesoureiro da Junta recebem um abono mensal de apenas 244,24 euros. Já os demais vogais, os parentes pobres da coisa, recebem somente um valor de 21,37 euros por cada senha de presença nas reuniões de Junta e nas sessões da Assembleia de Freguesia. A ter em conta o número de reuniões estipuladas no actual mandato, duas reuniões de Junta mensais (o mínimo regulamentar será uma reunião), o valor mensal a receber por um vogal totaliza a pequena fortuna de 42,74 euros. Sempre que ocorre uma sessão da Assembleia de Freguesia (mínimo de quatro ordinárias por ano), os vogais recebem mais 21,37 euros por cada sessão. Em números redondos receberá um vogal a fortuna de 600,00 euros anuais ainda sujeitos a IRS. Considerando que o actual mandato está encurtado, sendo apenas de 3 anos, significa que um vogal recebe da Junta pelos três anos menos que o presidente recebe num único mês. Parece anedota mas é a verdade.
Estes são os números muito diferentes de quem, mal informado, eventualmente considera que tantos os vogais como os secretário e tesoureiro ganham pelo menos um ordenado mínimo mensal. É caso para se dizer que neste caso fica-se com a fama mas sem o proveito.

Em resumo, vistas as coisas apenas pela parte financeira, a que muitos chamam de "gamela" ou "tacho", esta coisa de fazer parte de uma qualquer Junta em rigor apenas interessa a quem exerce o cargo de presidente. O resto, secretários, tesoureiros e sobretudo os vogais, é paisagem, muita boa vontade, amor à camisola, amor à freguesia e voluntarismo. Muito voluntarismo. Vale pelo menos o conforto do exercício de um acto de cidadania, o estar ao serviço dos concidadãos mesmo que com efectivo prejuízo.

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - XX


Momento da campanha do Partido Socialista na União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande