14 de novembro de 2017

Chover no molhado


À água, como à saúde, de resto como a muitas outras coisas, só lhe damos importância quando dela temos falta. Com um ano de 2017 quase sem chuva e com um outono armado em verão, não surpreende que os especialistas declarem Portugal em estado de seca, seja ela severa ou extrema. 
Uma grande parte do país, como os agricultores e criadores de gado nas zonas interiores e Alentejo, está já a sofrer na pele e na carteira as consequências. A outra parte, quase não a sente porque, como dizia há dias o Ministro do Ambiente, apesar de tudo a água continua a estar acessível nas torneiras dos portugueses.
Não admira, assim, que regressem as velhas campanhas a apelar à poupança da água, esse precioso e insubstituível bem para a sobrevivência de tudo quento tem vida.
Perante esta caristia de água, andamos todos quase a pedir, até mesmo aos santinhos, que a chuva faça favor de cair e se possível em abundância para reforçar nascentes, fontes, poços, furos e encher regatos, albufeiras e rios. 
Mas isto é por agora porque em circunstâncias normais ficamos todos aborrecidos quando chove, porque complica as nossas vidas, porque é chata, perigosa para a condução e para quem trabalha ao ar livre, porque estraga planos de viagens, de férias, de idas à praia, piqueniques, casamentos, etc, etc.
Vamos, pois, esperar que de facto a chuva venha quanto antes, na justa medida se possível, mas quando ela é abundante, mesmo que excessiva, convirá sempre pensar na falta que faz e por isso dar-lhe o valor que merece.

7 de novembro de 2017

Livro de apontamentos sobre o Padre Francisco Gomes de Oliveira


É um projecto, ou pelo menos uma intenção antiga, despontada logo nos anos imediatos à sua morte (em 1998), o elaborar um pequeno livro baseado em alguns apontamentos, biográficos e muitos de carácter pessoal, sobre o saudoso ex-pároco de Guisande, o Pe. Francisco Gomes de Oliveira. 

A ideia tem estado parada, embora com muito material já compilado e escrito, e sempre que encontro alguma disponibilidade tenho estado a acrescentar conteúdo, a passar a limpo e a esquematizar a sua estrutura. Digamos que tem estado a ser cozinhado.

Tive intenção inicial que o mesmo se concretizasse pela evocação dos 20 anos de falecimento mas tornou-se impossível. 
Por outro lado, a determinada altura achei por bem reorientar o objectivo do livro. Será um conjunto de apontamentos históricos e sócio-culturais sobre a nossa freguesia e paróquia em que naturalmente o Pe. Francisco terá um espaço significativo.

Seja como for, será sempre um livro de edição de autor, por isso custeado a expensas próprias a não ser que surja algum apoio mais institucional que deva considerar mas que, em princípio não pedirei.

A ver vamos se será possível essa concretização com a brevidade possível.

Por isso, siga em frente a ver no que dá.

6 de novembro de 2017

Escolas em Guisande, uma triste realidade


Tem sido uma fatalidade, mas a freguesia de Guisande há já alguns anos que não tem qualquer escola em funcionamento. Vai subsistindo, como amostra, o Jardim de Infância de Fornos. 
No entanto recuando a 1990, por isso há menos de trinta anos, relatava o jornal "O Mês de Guisande" em Outubro desse ano, o seguinte: 

"Foi aberto em finais de Setembro o novo ano escolar. Em Guisande começaram a funcionar 10 salas de aula assim distribuídas: Ensino Pré-Primário: Jardim de Infância do lugar da Igreja, com a professora Maria João, 25 crianças; Jardim de Infância do lugar de Fornos: (sem informação, mas seguramente com pelo menos mais 15 crianças). Ensino Primário: Escola da Igreja, com a professora Maria Lúcia Valente, 20 alunos, com a professora Maria Eugénia Silva, 15 alunos, com a professora Maria Célia Giro, 20 alunos e com a professora Maria Marilda Ferreira, 20 alunos; Escola do Viso: Com o professor Carlos Alberto Letra, 18 alunos e com a professora Maria Teresa, 22 alunos.

Em resumo, 40 alunos na Pré-Escola e 115 na Escola Primária. Quantos seremos hoje, somando os que andam dispersos por escolas de outras freguesias? Não, não façam contas porque será sempre uma triste realidade. Alguma responsabilidade política, certamente, mas sobretudo o contexto de uma nova realidade de centralismo dos equipamentos escolares e a crescente baixa de natalidade.