27 de janeiro de 2018

Colheita de sangue 27/01/2018


Na jornada de colheita de sangue realizada hoje, 27 de Janeiro de 2018, no Centro Social, no Monte do Viso, contabilizaram-se 44 presenças e 38 dádivas. Por comparação, em Julho do ano passado, ocorreram 53 presenças e as mesmas 38 dádivas.

Tempos houve em que na nossa freguesia  estes valores eram pelo menos a triplicar. Vários factores têm contribuído para uma redução substancial dos dadores a participar, mas mesmo assim continua a ser um número significativo. Agradece-se a todos quantos participaram, tanto dadores como organização. Bem hajam!

Pão, pão, queijo, queijo

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24 de janeiro de 2018

Colheita de Sangue - Este sábado, 27 de Janeiro de 2018

No próximo Sábado, 27 de Janeiro de 2018, das 09:00 às 13:00 horas, será realizada mais uma colheita de sangue nas instalações do Centro Social  S. Mamede de Guisande, no Monte do Viso.
Num período em que novamente têm sido noticiadas carências de sangue nas nossas unidades hospitalares, ganha uma acrescida importância a generosidade dos dadores.
É certo que os dadores têm sido desconsiderados pelas entidades estatais, o que em muito tem contribuído para um decréscimo das dádivas, mas importa não ficar indiferente a esta necessidade cívica e porque dessa generosidade todos podemos vir a beneficiar. Por isso, venha doar sangue e doar vida. 


22 de janeiro de 2018

Criancices, censura e hipocrisia



Está instalada a polémica à volta do novo programa de entretenimento da estação televisiva SIC, SuperNanny. Creio que já todos saberão como funciona pelo que me escuso de estar a explicar. Grosso modo é alguém que se substitui aos pais na tarefa de educar e com métodos mais ou menos discutíveis procura "pôr na linha" algumas crianças problemáticas, daquelas que batem e insultam os paizinhos, entre outros mimos filiais. A própria SIC justifica-o como sendo "...um programa educativo que ajuda pais e mães a educar os seus filhos com a finalidade de corrigir os problemas de conduta". Apesar desta justificação, não é nem mais nem menos que um típico programa de lixo, um reality show, onde de algum modo se explora a vida alheia e com uns condimentos televisivos se serve fresco aos consumidores ávidos deste tipo de conteúdos.

A polémica à volta do primeiro episódio traduziu-se num rol de críticas e tomadas de posição de algumas entidades, nomeadamente a Comissão Nacional de Protecção de Direitos das Crianças e Jovens (CNPDCJ), a Unicef, o Instituto de Apoio à Criança, bem como vários especialistas, que alertaram ao longo da última semana que o programa viola os direitos das crianças. Estas críticas e recomendações de suspensão do segundo episódio, caíram em "saco roto" e a SIC transmitiu o programa, tornando-se, como fruto proibido, o programa mais visto no respectivo horário.

Pessoalmente, na minha humilde e leiga opinião, há de facto matéria que deve merecer crítica e por isso contenção, desde logo o facto de se estar a expor uma criança e o que isso poderá representar no seu futuro quanto à sua reserva de intimidade, sabendo-se que na actualidade com as ferramentas da internet e das redes sociais, o que for publicado acaba irremediavelmente por ser guardado e  partilhado, nem sempre por pessoas com boas intenções, ficando permanentemente esse rasto. Os efeitos ou consequências futuras podem de facto ser  nefastas e adversas. 

Há, por outro lado, outras questões paralelas, subjectivas ou objectivas, de direito ou de ética, que podem ser discutidas, como a questão da família da criança receber dinheiro como contrapartida à cedência da imagem dos filhos e a sua legitimidade para disporem destes como sua propriedade, sendo que responsáveis por elas, Mas parece-me que por parte das entidades referidas, para além de algumas razões de princípio e de fundo, diria até de bom senso, há também e sobretudo muita hipocrisia e muita censura, esta própria de outros tempos. Hipocrisia porque nunca se viu qualquer reacção deste tipo de entidades quanto à exploração permanente das criancinhas noutro tipo de exposição pública e mediática, nomeadamente a participação em filmes, novelas, espectáculos e reality shows televisivos nas áreas das suas habilidades e talentos, cantigas, culinárias, etc, etc. 

Parece-me que com mais este exemplo, mesmo que supostamente num regime de plena liberdade e garantias, estamos a atravessar um período de alguns excessos de zelo fascizantes, tratando criancinhas como adultos e adultos como criancinhas. A coisa já começou nas limitações aos fumadores, agora ao consumo de sal e açúcar, venda de snacks, etc, etc. Não tarda a termos uma Comissão de  Censura a determinar o que podemos comer, beber e vestir, o que nos leva a concluir que estamos já a ser educados por uma SuperNanny hipócrita, autoritária e censuradora, nem mais nem menos que o Estado e algumas das suas instituições. 

15 de janeiro de 2018

Agremiação de interesses individuais


Li na Rádio Renascença que "o antigo presidente do PSD Luis Marques Mendes defendeu que o líder parlamentar social-democrata deve colocar rapidamente o lugar à disposição, uma vez que o partido elegeu um novo presidente, Rui Rio".
Recorde-se que Hugo Soares, bem como o vice-presidente Luís Montenegro, entre outros, declararam o seu apoio a Pedro Santana Lopes na recente corrida eleitoral para a presidência do partido laranja. Certamente que Hugo Soares acabará por tomar essa posição de colocar o lugar à disposição a Rui Rio até porque é naturalmente expectável. De resto, não sendo Rui Rio deputado, precisa de ter no Parlamento uma voz de sua confiança e que seja naturalmente a sua extensão. Não nos parece que qualquer um dos que esteve declarada e empenhadamente do lado oposto possa reunir essas condições de confiança. 
As coisas são como são e embora seja politicamente correcto dizer-se que findas as eleições há que reunir e unir o partido, a realidade seguramente não será bem assim e as diferentes facções estão ali, sempre fracturantes, até porque é velhinho o ditado de que "quem não está comigo está contra mim". Alguns dos "perdedores" estarão já a contar os dias para o pós-eleições legislativas de 2019, para, caso não vença o PSD, o que será altamente provável, "fazerem-lhe a cama". Rui Rio sabe disso e, para além do sério aviso a Miguel Relvas, disse-o logo no discurso de vitória ao afirmar que o PSD não é um clube de amigos ou agremiação de interesses individuais. Creio que Rui Rio sabe quem tem e quem são e não quererá ter "amigos" destes do seu lado, ou pelo menos em lugares de importância. Porém, numa postura de líder, e até porque a sua vitória não foi esmagadora, poderá e quererá também dar mostras de pretender sarar já as feridas que ficam sempre de uma luta, mesmo que interna, e assim renovar a confiança em Hugo Soares como líder da bancada parlamentar do PSD. A ver vamos.