26 de janeiro de 2020

Ao toque de clarim, é festa em Louredo





Na simplicidade, até porque o mês é avesso a festas, S. Vicente Mártir, que não o Ferreira, tem a sua festividade a 22 de Janeiro. Em Louredo, quando não ao Domingo, no Domingo seguinte, como hoje.

25 de janeiro de 2020

A porta que importa abrir



Da Sr.ª Lúcia, sobra a saudade. Que Deus a tenha! Do Ti Alcino, ainda por cá na caminhada da vida. Permitir-me-á que partilhe um momento que certamente foi de felicidade para ambos, então jovens, acabados de casar. Foi em 20 de Outubro de 1962, num Outono soalheiro. Por esses dias, estava eu a espernear,  para ver a luz dali a poucos dias.

Não deixa de ser curioso que o Ti Alcino esteja a abrir a porta do carrão conduzido pelo saudoso Elísio Santos, que os aguardava, sabendo-se que na sua profissão, como ajudante de motorista e revisor da empresa de transportes de passageiros "Feirense", tenha, pode-se dizer, levado a vida a abrir as portas  a senhoras, como bom profissional e cavalheiro. Até mesmo nos muitos passeios de autocarro que organizou, ajudou a abrir as portas dos fundos para o assalto aos farnéis.

Gente nossa. Gente boa!

21 de janeiro de 2020

Os sebastiões dos nossos dias


Depois da devoção ao mártir S. Sebastião, que hoje em dia em grande parte vai-se confundindo com uma coisa doce chamada fogaça, porque como humanos tendemos a valorizar mais o estômago que o espírito, a semana de trabalho começa nesta Terça-Feira, bem fria,  por isso mais curta. 

Assim, retomam-se as rotinas, cada um na medida da sua vida, desde crianças aos mais velhos. Uns, poucos e cada vez menos, para a creche, outros, também cada vez menos, para a escola, outros para o trabalho e outros, também poucos, para lares, porque os nossos idosos, podendo mexer-se, mesmo queixando-se dos ossos,  preferem a horta, o quintal, o jardim, para se irem ocupando. É compreensível pois são as suas zonas de conforto, como agora é moda dizer-se. Muitas vezes numa zona de conforto desconfortável porque na solidão, é certo, que se disfarça quando o tempo vai de feição e o sol é companhia permitindo deambular por entre flores e legumes, mas que se melancoliza quando a chuva os retém entre quatro paredes. 

Mas são opções e se a alguns não resta outra solução, a outros há a alternativa de frequentarem o Centro Cívico e ali encontrarem companhia entre outros semelhantes e com isso, na partilha da amizade e dos males e memórias muitas vezes comuns, certamente o dia passará melhor. Mas, como disse, são opções a quem nem todos recorrem, sendo que o essencial é que cada um esteja onde melhor se sinta, mesmo que isolado em casa, bem como é importante que exista alternativa.

Certamente que as agora gerações mais novas terão no futuro outro entendimento quanto a usufruírem desse espaço de convívio e partilha, o que será natural ,pois em grande parte tudo passa por forças culturais e identitárias que nos moldam. Cada um no seu tempo. Os nossos pais têm uma matriz, nós temos outra.

Neste sentido, e para que exista essa alternativa na nossa freguesia, não há como negar o apreço a todos aqueles que no processo de levantamento do nosso Centro Social têm desde há longos anos, lutado com esforço e dedicação para que as nossas gentes, querendo, possam usufruir de um espaço comunitário, de partilha e convívio inter-geracional, que ajude a alegrar os dias numa fulcral etapa do natural declínio da vida. Calha a todos. 

Nem sempre apoiados, nem sempre compreendidos, nalguns aspectos e por alguém até criticados e censurados, é de justiça salientar nomes como os de Joaquim Santos e Celestino Sacramento, mas muitos outros, claro, que têm, contra muitas dificuldades, tanto na freguesia como de entidades institucionais, aguentado o barco, na esperança que dias melhores  virão, não tanto para eles, mas para a comunidade e sobretudo para as gerações mais velhas.

Como em muitas situações na vida e na História, tais actos e obras só lhes serão valorizados postumamente. Mas se até Jesus foi maltratado na sua Nazaré, não surpreende que mesmo nos dias de hoje, salvo as devidas diferenças e distâncias, ainda hajam alguns "mártires", alguns "sebastiões", não com a dimensão do S. Sebastião, pois não, mas na nossa medida de gente pequena, em que as setas que se nos cravam no peito não sendo mortais, são dolorosas pela indiferença e mesmo pela desconsideração.

Bem hajam!

19 de janeiro de 2020

Oliveira


Vista poente do lugar de Oliveira, da freguesia do Vale. Do aglomerado urbano, destaca-se a torre da capela dedicada a S. Tomé.




Tesourinhos da bola


Quando a bola é apenas um pretexto para momentos de amizade, convívio e partilha. Mas os anos, o tempo, fazem das suas. Uma dúzia de anos tem um peso do caraças.