2 de agosto de 2020

Festa do Viso - O assado...

 

Poderia ter vindo do "O Júlio", pois podia, mas não seria a mesma coisa. E isto porque há ingredientes que não se vendem, como o amor, o carinho e a tradição. A preparação do forno, o seu aquecimento, o embalar das assadeiras e a sua vigilância experimentada e paciente são coisas que não se aviam em cuvetes de alumínio.

O assado, de lombo de porco, de vitela, cabrito ou borrego, ou misto, preparado em forno a lenha, é de facto umas das tradições inerentes à celebração da festividade da Festa em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António. Modernamente, porque a coisa dá trabalho e canseira, já há quem prefira fazer a encomenda num restaurante, mas de facto, por mais bem aviado que fique, não é de todo a mesma coisa. Porque, cá, está, há valores, saberes e sabores que não se compram.

Seja como for, a refeição é apenas uma parte da festa e importará sempre valorizar as demais, como a partilha e convívio familiares. Sem eles, pouco ou nada feito e tudo perde sentido.




31 de julho de 2020

Festa do Viso 2020 - Comunicado da Comissão de Festas


Dadas as circunstâncias especiais por que estamos a passar, este ano a Festa do Viso só terá a celebração religiosa. 
No domingo, dia 2 de Agosto, teremos missa campal no Monte do Viso, às 09:30 horas com a presença dos andores da Nossa Senhora da Boa Fortuna e de Santo António. 
A capela do Viso ficará aberta após a missa para quem desejar visitá-la e fazer as suas orações, tal como a sacristia, para as pessoas que pretenderem contribuir para as despesas (tanto das mordomas como dos festeiros) da nossa Festa.
Pedimos a todos que cumpram com as indicações presentes no local e todas as instruções de segurança estipuladas pela DGS.
A Comissão de Festas agradece todo o apoio que nos foi dado pela população.

29 de julho de 2020

Festa do Viso 2020


Não fosse esta coisa dita pandemia da Covid-19, que, por ela própria e por muitas decisões e indecisões políticas nem todas acertadas, tem adiado e cancelado muita da normalidade que tínhamos como adquirida dentro de um estado de direito, e estaríamos já na semana que antecede a nossa Festa do Viso. Por esta altura o arraial já estaria em preparação, e estamos certos que seria uma boa festa, e com bom tempo, com a tradição e inovação que a Comissão de Festas pretendia implementar.

Foi pena, e é pena, não só, naturalmente, para Guisande, como para todas as aldeias que se viram privadas destes tão importantes eventos comunitários que são as festas e romarias.
Porventura, adivinhasse a Comissão de Festas e tivesse contratado o Bruno Nogueira, o Jerónimo de Sousa e a líder da CGTP e poderíamos ter a festa quase plena. Mas como não parecem ser artistas à altura das exigências da nossa tradição, nem sequer se pensou neles. A classe política e os artistas do status quo, têm outra classe e são-lhes permitidas excepções.

Seja como for, não tendo ainda informações, creio que será natural que pelo menos se realize a Missa com a solenidade possível para honrar Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António. Talvez uma procissão não solene pelo percurso habitual mas automóvel pelas ruas da freguesias. Quem sabe?

Vamos, pois, acreditar que para o próximo ano já será possível voltar à plena normalidade. É certo que ,pelo actual contexto económico, o ano que aí vem será difícil, mas certamente que a Comissão de Festas, que aceitou prolongar até lá o seu mandato, saberá com arte e engenho promover as iniciativas adequadas à angariação de receitas. A todos nós cabe-nos apoiar.


26 de julho de 2020

Varredura


A propósito de uma denúncia com fotografia (acima) que o Sr. presidente da Câmara de Santa Maria da Feira , Dr. Emídio Sousa, deixou na sua página do Facebook, entristecendo-se pelo abate de árvores "a varrer" num terreno marginal ao rio Uíma e junto ao trajecto da extensão do passadiço que irá ligar Lobão a Caldas de S. Jorge,  numa primeira vista, e desconhecendo as causas por parte do proprietário, de facto é de se lamentar.

Em todo o caso, convém lembrar que uma grande parte dos terrenos envolventes ao Uíma, nomeadamente em toda a zona conhecida por ribeiras, e de resto em todas as zonas de vale de qualquer rio ou ribeira, num passado não muito distante, os terrenos eram isso mesmo, ribeiras, campos de cultivo, com poucas árvores, eventualmente na bordadura dos ditos campos e na margem do rio, para sustentar videiras. Imaginemos que agora o proprietário pretende voltar ao cultivo. Pode não ser o caso, mas coloca-se a questão. Também me parece que alguma diversidade de ocupação (agrícola e florestal) ao longo do passadiço pode ser positiva.

Também não sei se foi feito e se o terreno em questão abrange o novo passadiço, mas se sim, nos protocolos de cedência ou venda das parcelas, deveria ser acautelada a preservação das árvores e manta vegetal, não só na galeria do rio como até determinado afastamento. Mas, como referi, não conheço esta situação em concreto, suas causas e motivações, pelo que é apenas uma reflexão com algumas questões.

Mas sim, numa primeira impressão, afigura-se como injustificável esta varredura, sem qualquer sensibilidade ambiental.

Colheita de Sangue 25 de Julho 2020 - Resultados


Na sessão de colheita de sangue que decorreu ontem, 25 de Julho, no Monte do Viso, nas instalações do Centro Social, compareceram 52 pessoas, tendo sido consideradas 41 dádivas efectivas, 1 eliminada e 10 adiadas.
Por comparação de algumas anteriores sessões, em Julho de 2018 passado, ocorreram 53 presenças e 38 dádivas.
Em Janeiro de 2017, 53 presenças e 38 dádivas.
Em Julho de 2017, 44 presenças e 35 dádivas.
Em Janeiro de 2016, data da primeira recolha no Centro Cívico, inscreveram-se 56 pessoas e efectivadas 37 dádivas
Em nome de todos quantos vão beneficiar, obrigado. Um agradecimento especial também ao Centro Social e a todos quantos colaboraram na organização deste evento.

24 de julho de 2020

Quanto mais o chegam para lá, mais ele chega para cá



Já o escrevi por aqui, não será pelo meu voto que o CHEGA e o seu André Ventura terão qualquer protagonismo político neste país, mas também terei dito que a forma como tem sido combatido, igualmente com posições de intolerância política e posicionamentos extremistas, é precisamente o que lhe está a dar força. Se mesmo com vários tiros nos próprios pés e com uma imprensa a canalizar-lhe um combate cerrado, o Ventura e o Chega chegam aos 7%, igualando, imagine-se a esquerda moralista dos novos bons costumes, como será se conseguir ser mais adulto e menos radical em algumas das suas posições? É certo que as sondagens valem o que valem, dizemos sempre, mas esta elaborada pela Universidade Católica para a RTP e jornal Público, dá indicações do que de facto pode vir a acontecer em próximas eleições.

Por conseguinte, ponham-se a jeito, continuem a fazer-se valer de extremismos em vez de posições mais condizentes com a realidade do país e depois queixem-se e venham para aqui partilhar capas da Sábado e da Visão, petições públicas para sua abolição e outros flash-backs. Depois apanham estes "pontapés nos tomates". É que deve doer.

Ainda ontem, li na imprensa, que um qualquer artista de 39 anos, com cadastro, perseguiu e violou sob ameaça de facalhão uma mulher de 41 anos, sua vizinha. Imagine-se, o juiz já o libertou. Espero que enquanto esteve a aplicar as medidas de coacção, a torturante apresentação diária às autoridades, não estivesse sob o efeito de um qualquer anestesiante oral. É destas coisas que o Chega se alimenta, e se só fosse só por isto, convenhamos, com toda a razão.

Como diria o guru da pandemia, "Tenham senso".