27 de junho de 2021

Pela encosta sul da Freita por Arouca e Vale de Cambra - 15 Km

 
































Num dia quente, de céu bem azul, 15 Km pela encosta sul da Freita, por terras de Arouca e Vale de Cambra. Um trilho não oficial com passagens pelas aldeias de Merujal, Ribeira, Póvoa dos Chões, Paço de Mato e Carvalheda. 

Duro quanto baste com quase mil metros de desnível acumulado e com amplas e verdes paisagens. A repetir.


24 de junho de 2021

Deix a´der!

O Doutor bem se queixa, mas já não há nada a fazer. As coisas são como são e os tempos são outros. Há quem os pinte como melhores e quem os esconjure como piores. 

As velhas lutas de jovens ao oferecer novas dinâmicas à aldeia, tiveram o seu tempo, deram os seus frutos, mas as árvores estão já sem o o vigor da seiva nova. Já não se pintam siglas no meio da estrada ou nas paredes caiadas, não se fazem desenhos com xixi pela estrada abaixo, nem se distribuem porta a porta as notícias da aldeia.

Assim, esperar que uma tonelada de areia do rio caiba no atrelado da motorizada do Pintas, será pedir de mais.  Talvez, sem pedir muito, um frigorífico rebentado caído de um 3º Andar.

O que vai dando é a actividade do polegar e do indicador a acariciar o clitóris dos ecrãs tácteis, numa necessidade permanente de orgasmos digitais porque o mundo e arredores está ali, concentrado naquele rectângulo mágico. Até o Nóquinhas ali vem postar as novidades da horta e do pomar e o que mastiga nos lanches.

Por isso o Doutor que se deixe de saudosismos porque por ora este estado das coisas está para dar e durar. Mesmo na política e na cidadania, cada vez a rede traz menos peixe, mesmo com a malha apertadinha. Depois da escolha, entre fanecas, salemas e verdinhos, sobram alguns jaquinzinhos que a mando de alguns  espadartes vão fazendo de moços de recados, passando licenças a canídeos e encaixando com um sorriso amarelo as queixas dos fregueses descontentes clamando impropérios aos espadartes fugidios.

De todo este vale de lágrimas é certo que a aldeia vai ficando cada vez mais mole e insonsa como uma posta de pescada servida no Lar de  Santa Ana, e que o Nóquinhas, esfarelada com ovo, tem como almoço saudável.

Em resumo, não há nada a fazer. Como dizia o outro, que Deus o tenha, "...deix a´der!"

Contentinhos

E pronto! Lá ficamos todos contentinhos com o apuramento para os oitavos de final da competição do Europeu de Futebol 2020.

Ficamos em terceiro lugar no Grupo F, atrás da França e Alemanha, mas lá estamos! Num jogo que quase só deu penalties (3 dos quatro golos), conseguimos o empate milagroso com a França. 

Os últimos 10 minutos foram deploráveis com ambas as equipas a não arriscarem e a limitarem-se a trocar a bola nos seus meios campos. O público bem que assobiou mas teve que gramar com este futebol de faz-de-conta. É sempre deplorável para quem paga ver esta coisa fraquinha, mas tanto mais quando estavam ali duas supostas candidatas ao título.

Segue-se a Bélgica, em Sevilha. 

23 de junho de 2021

Dia delas, ó João!

 

Podem ser em qualquer dia, mas diz a tradição que nesta noite é que elas sabem. É certo que o S. João anda murcho com esta coisa da pandemia, mas mesmo assim não se deve esquecer a tradição de boa sardinha a molhar o pão.

O Nóquinhas dos Anzóis aproveitou e foi de bicicleta a Mansores e comprou lá uma dúzia. Entre a dos mares de Espinho ou Peniche, o Nóquinhas prefere a de Mansores.


Neste tempo de Covid

O S. João já manda nada;

É o Costa quem decide

Por onde pasta a manada.


Faz abundante a pesca,

Ó meu riquinho S. João,

Dá-nos a sardinha fresca

Regadinha no bom pão!


A de Espinho é bem fixe,

Bem gostosa de sabores.

Não é fraca a de Peniche,

Mas melhor a de Mansores.

Afinal de contas, é uma questão de contas

O Nóquinhas dos Anzóis agora também anda de bicicleta. Bom para ele porque assim vai mais veloz para onde tem que ir. Poupa na gasolina e absorve os benefícios da actividade física. Além disso, quanto para mais longe for, também por aqui ficamos todos mais saudáveis. 

Entretanto, o país vai estando ocupado e distraído com o Europeu de Futebol 2020 que afinal é o 2021. Portugal defronta hoje, Quarta-Feira, no último jogo do Grupo F, a selecção da França, num jogo que pode decidir o apuramento ou não das duas selecções. 

Como no totobola, será um jogo de tripla, mas no final até pode ser que, por enquanto, ambas as selecções fiquem satisfeitas. O empate servirá a ambas, mesmo que no outro jogo do grupo a Alemanha vença a Hungria. Isto é, à partida deste grupo uma das selecções poderá ser apurada pela via de um dos quatro melhores terceiros lugares. 

Afinal de contas, é uma questão de contas mas estas só se fazem no final.

20 de junho de 2021

Equilíbrio e rotatividade

Só para lembrar que lá para final de Setembro, início Outubro, deste ano, vai haver eleições autárquicas. Parece que cá pela nossa União de Freguesias está já definida a lista do PSD bem como o representante da freguesia de Guisande. A seu tempo a coisa será divulgada com pompa e circunstância.

Para lá das dificuldades naturais que a lista vai ter na campanha, pelo menos cá na terrinha, desde logo como explicar e justificar aos guisandenses o que parece injustificável, o porquê de nada de digno de registo ter sido feito neste mandato que está a terminar, importará por ora, digo eu, que, finalmente, o elemento representante da nossa freguesia venha, caso vença, a ocupar o cargo de secretário ou tesoureiro, isto porque de há muito, mesmo sem necessidade de adivinhos, que está definido o de presidente. 

Parece-me, e parecerá a  muita gente, que por uma questão de justiça, equilíbrio e, vá lá, rotatividade, depois de dois mandatos acomodados com cargos de vogal, sem qualquer peso e competências, será legítimo esperar que no alinhamento da lista o representante de Guisande possa vir a ser secretário ou tesoureiro. Não será pedir nada de mais e qualquer pessoa perceberá isto como algo perfeitamente mais que natural. De resto, sendo quem é, reúne seguramente as capacidades e competências para o cargo.

O contrário, ou seja, novamente e pelo terceiro mandato remeter o candidato de Guisande ao lugar de vogal, será  mesmo um desrespeito para com a freguesia, ainda que até admitindo que o representante não tenha exigido cargo nem faça disso questão. Guisande e Louredo também são da União e depois de dois mandatos com elementos no papel de voluntariosos moços de recados, têm a legitimidade de ter cargos com mais expressão. Afinal o conceito de união, tem aqui este significado de equilíbrio e justeza.

A propósito, quando integrei a lista nas eleições intercalares de 2014, aceitei com naturalidade e sem reticências o lugar de vogal, uma vez que era esse o alinhamento já definido na lista concorrente em 2013. Tratava-se do primeiro mandato e era aceitável e natural que nesse ponto de partida os lugares seguissem a ordem de importância em número de eleitores. Já em 2017, com o segundo mandato, seria expectável que por rotatividade a Guisande coubesse um cargo de secretário ou tesoureiro. Não o tendo sido, é agora, na terceira eleição, mais que justo que o seja.

A ver vamos se haverá esse natural bom senso. Será mau de mais o contrário.

11 contra 11 e no final volta a ganhar a Alemanha

Tal como no jogo  de Sub-21, a Alemanha ontem voltou a "puxar as orelhas" a Portugal. Não que sejamos meninos mal comportados mas porque, regra geral, somos fraquinhos, porventura fortes juntos dos fraquinhos. 

O nosso pobre futebol, que de forma surpreendente, quase milagrosa, conquistou o Europeu de Futebol em 2016, pode ser premiado uma vez, mas esperar que tal aconteça duas vezes já será milagre a mais. Pode ter sido mais que suficiente contra uma selecção magiar em Budapeste, mas contra adversários com o calibre da Alemanha, França, Espanha e Itália, a coisa fica bem mais difícil. Ainda Bélgica, Holanda, Inglaterra, etc.

Posto isto, e porque ainda temos todas as possibilidades de avançar para os oitavos de final da competição, até mesmo perdendo o último jogo da fase de grupos, pasme-se, temos que jogar bem melhor para poder avançar na prova e mostrar os galões de campeão europeu, mesmo que isso valha pouco pois bem sabemos como o conseguimos (a jogar pouquinho, pois claro).

Vamos, pois, derrotar a França, nem que seja com a ajuda do S. Patrício e um novo coelho da cartola, mesmo que não esteja lá o Éder.