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23 de junho de 2022

Marco dos quatro concelhos



O "Marco dos Quatro Concelhos" é um sítio amplamente referido e conhecido como correspondendo ao local de junção dos limites dos territórios dos concelhos de Santa Maria da Feira (freguesia de Canedo, Vale e Vila Maior), pelo poente, Arouca (S. Miguel do Mato), pelo sul, Castelo de Paiva (Pedorido, Raiva e Paraíso), pelo nascente e Gondomar (Lomba), pelo norte. Localiza-se nas coordenadas 41°00'06.8"N 8°23'24.3"W ou 41.001888, -8.390090.

O local pode ser acedido mais facilmente  a partir do lugar do Viso, na freguesia de S. Miguel do Mato, mas também pelo estradão que sobe pelo lugar de Rebordelo, em Canedo, ou mesmo pelo lado da Inha,  Labercos ou mesmo por Pedorido a partir das localidade da Póvoa.

O sítio, com base pavimentada, é composto por dois elementos em granito: O marco, uma espécie de pilar, com quatro faces, em cada uma delas com a inscrição de um dos quatro concelhos, apoiado numa base aproximadamente quadrangular e encimado por um elemento piramidal. Ainda uma mesa em granito ladeada por quatro bancos também em granito, um em cada lado.

Os actuais elementos foram reimplantados em 14 de Maio de 2004, supondo-se que no lugar onde noutros tempos existiriam elementos semelhantes mas desaparecidos.

As informações sobre as origens são escassas ou inexistentes. Por isso, eventualmente baseado em factos, mas já numa quase espécie de lenda, diz-se que em tempos antigos ali se reuniam ocasionalmente os administradores dos quatro concelhos para tomarem entre si decisões que a ambos dissessem respeito. A mesa, então seria redonda e não quadrada como a actual.

Não parece crível que pudessem existir assuntos do interesse simultâneo dos quatro concelhos, mas certamente, que enquanto territórios confinantes, teriam assuntos a tratar se não com todos, pelo menos com algumas das partes. Talvez sobre estradas ou caminhos comuns. Nesses tempos antigos pouco mais haveria a combinar.

Todavia e apesar de se designar de "Marco dos Quatro Concelhos, a verdade é que não existe um ponto único e comum aos quatro municípios. É certo que os limites estão muito próximos mas não são coincidentes num único vértice. De resto, por exemplo, Santa Maria da Feira não chega sequer a confinar com Castelo de Paiva.

A ter em conta os limites administrativos constantes em alguma cartografia, os atrás referidos elementos, o marco e a mesa, estão implantados na sua totalidade em terreno da freguesia da Lomba, do concelho de Gondomar, embora muito próximo do limite deste concelho com Santa Maria da Feira e logo de seguida a Arouca.

Por conseguinte, o local e os seus elementos são notoriamente simbólicos, e de facto localizados muito próximos entre os diferentes limites mas, como se disse, não coincidentes, apesar de essa ser uma ideia propagada e tida como verdadeira.

O local fica próximo do marco geodésico do Sobreiro ou Cabeço do Sovereiro, a uma altitude de aproximadamente 470 m. Sem os eucaliptos que predominam  nesse monte do Sobreiro e da serra do Camouco ou monte de Meda, que se interligam, é possível avistar paisagens longínquas, icluindo, do lado norte, trechos do rio Douro.

Tenho fotos próprias do lugar, que já visitei em várias ocasiões, a pé, de jipe e de bicicleta, mas utilizo, no entanto, pelo seu significado, uma foto de autoria do Pe. António Machado, ex-pároco de Caldas de S. Jorge, numa visita que em 2010 fez ao local com o saudoso Pe. Domingos Moreira, nessa altura já em estado de debilidade (faleceu em 10 de Janeiro de 2011).

1 de fevereiro de 2022

80 mil cabritadas

 

Quando uma nossa foto de um prato num bom restaurante é por nós partilhada e visualizada 80 mil vezes, fica-se a pensar que 80 mil bocas ficaram a salivar. 

O Restaurante, é o Pedrógão, em Moldes - Arouca, pequeno, familiar, mas grande na qualidade e ambiente e sabores. Não é barato, pois, não, mas se fosse era apenas mais um com comida convencional e andadeira para o dia-a-dia. Tudo tem um preço.

15 de setembro de 2019

"S. Vicente, nem terra, nem gente"


"S. Vicente, nem terra, nem gente". Certamente que pelas freguesias vizinhas de Louredo, desde logo Guisande, muitos conhecem e sabem de cor e salteado este estribilho. E de um modo geral o mesmo é entendido como pejorativo, isto é, com um sentido negativo, mas sem lhe conheceram os fundamentos.

Contudo, este estribilho, quase como um ditado do povo desta nossa zona, foi eloquentemente explicado pelo saudoso Pe. Acácio Freitas, que foi pároco de S. Vicente de Louredo, no prefácio da sua monografia sobre a freguesia que paroquiou, desde 23 de Novembro de 1958 até aos seus últimos dias, e na qual foi sepultado. 

Ora segundo a sua explicação,"S. Vicente, nem terra, nem gente" tinha origens no facto de esta freguesia ter sido durante séculos propriedade de mosteiros e de conventos (daí o "nem terra") e que na ganância feudal dos rendimentos e exploração do povo e dos trabalhadores num regime de quase escravatura assentava o "nem gente".

O clérigo rematava que com a extinção das ordens religiosas foram arrumados os senhores e entidades proprietárias de Louredo pelo que assim o povo tomou posse das terras que cultivava deixando de pagar as rendas e foros, ficando livre desses e outros "jugos" que de tal modo alcançou a sua libertação. Dessa mudança de estado e de espírito e recuperação do empreendimento em prol do progresso pessoal mas também comunitário,  o autor da "Monografia de Louredo" concluía que em oposição ao estribilho original e negativo o actualizado e fiel era o de "São Vicente, boa terra e boa gente".

É certo que não se esperaria uma apreciação diferente de uma comunidade e terra que foi sua casa durante quase sessenta anos, mas pela parte que me toca, concordo em absoluto e tenho uma simpatia e consideração global pela freguesia e comunidade de Louredo. Fosse possível e imperiosa uma União de Freguesias a dois, pessoalmente não hesitaria em escolher Louredo como parceira. Infelizmente, neste aspecto de união de freguesias, por cá as coisas não correram nem têm corrido bem e todos saíram a perder com uma união a quatro, pesada e desequilibrada. 

Infelizmente, apesar de passos que foram dados nesse sentido e de alguns indícios de possível mudança pela parte governamental, tudo indica que não será fácil pelo que o mal feito dificilmente será desfeito, obviamente que para prejuízo de todas as freguesias envolvidas.

Como numa certa cantiga, nestas como noutras asneiradas de gente dita graúda, "o povo é que paga". Apesar do rumo da história no sentido do respeito pelas pessoas, comunidades e culturas, parece que mesmo pelos nossos dias ainda vigora uma certa "posse" por parte de certos "mosteiros" e "conventos", com a teimosia destes em fazer das suas boas terras e boas  gentes, "nem terras nem gentes".

8 de setembro de 2019

Concertando...








Concerto de Órgão de Tubos, por Rui Soares - Igreja Matriz de Santo André de Mosteirô - Santa Maria da Feira.

1 de setembro de 2019

Por terras de Santiago






Igreja Matriz de Santa Marinha de Palmaz, no concelho de Oliveira de Azeméis. Por aqui, o nosso ilustre conterrâneo, Pe. António Alves de Pinho Santiago, paroquiou de 30 de Agosto de 1963 a Julho de 2018, sendo que a despedida desta paróquia e comunidade aconteceu em Setembro de 2018. 

Para além de Palmaz, desde 1993 acumulou também a paroquialidade da freguesia de Travanca, também de Oliveira de Azeméis. Foram, pois, muitos e longos anos ao serviço das duas comunidades e que por isso as marcaram de forma positivamente indelével.

Quando visitamos Palmaz, a igreja encontrava-se encerrada, pelo que não pudemos observar e fotografar o seu interior. Fica para uma próxima visita. Em todo o caso teve significado estar perto de um local e templo marcante para uma ilustre figura guisandense.

31 de agosto de 2019

Com a língua de fora...




Muitas voltas, a subir e a descer serras mas, imagine-se, faltava-me ainda fazer a subida de Vale de Cambra à Senhora da Saúde, pela Estrada Nacional 328 em direcção a Sever do Vouga. 
Pois bem, foi hoje de manhã. Para os 6,3 Km de subida muito dura foram 28 minutos. Nem muito nem pouco, foi o que se pode arranjar. Mais rápido só de motorizada. Em todo o caso, e falo para quem percebe da poda e já fez o percurso (ena, tantos), a gestão não terá sido a melhor, pois poderia ter poupado forças no primeiro terço e atacado com ganhos no último. A chegada em 10 minutos ao corte para a Junqueira foi desgastante pelo que, de forma mais contida, deveria ter sido em 13 ou mesmo 15. Com a gestão certa, o que só se consegue com algumas idas e melhor conhecimento de cada troço, mesmo com este motor fraquinho (relação idade/peso), penso que será possível fazer a subida nos 25 minutos, quiçá um pouco menos. 
Fica o desafio para a próxima, quiçá com menos peso e quem sabe se com o Brandão a fazer companhia.

30 de agosto de 2019