14 de julho de 2018

Pequenas notas num dia de Julho com cara de Fevereiro

Pelos vistos, William Carvalho, médio do Sporting e da selecção nacional de futebol, que há anos que anda para ser transferido para colossos do futebol da Europa, afinal vai para perto, para o Bétis de Sevilha, salvo as devidas comparações, uma espécie de Paços de Ferreira do futebol espanhol.

- Com um Campeonato do Mundo transformado em campeonato da Europa, vai ganhar a França. Preferia que fosse a Inglaterra ou a Bélgica. Vou torcer pela Croácia, mas cheira-me que será mesmo para a França por mais que se torça o nariz à qualidade do seu futebol.

- E o presidente destituído quer voltar a ser presidente. Bruno de Carvalho parece que não aprendeu nada enquanto presidente do Sporting, ou então aprendeu mesmo bem para pretender voltar a ter acesso ao pote dos rebuçados. Vai voltar à carga. Faltará saber se ainda há 90% de sportinguistas, ou mesmo 30%, que voltem a dar-lhe a oportunidade de continuar na linha dos disparates de que não há memória no dirigismo desportivo lusitano. Há pequenos grandes déspotas que não têm emenda.

- Afinal, no Estado da Nação, percebemos que os eventuais problemas da geringonça, que vão agudizar nesta recta final, porque tanto o BE como o PCP não querem ser as locomotivas do sprinter António Costa Peter Sagan,  não está no travar, mas antes no desacelerar. Costa parece que aprendeu bem as regras de trânsito.

- Por cá, ainda não começou e já enfadonha de tanto ouvir falar da Viagem Medieval, de reis e rainhas, de pedros e inêses. Por mais que metam quadros da nossa História na coisa, prevalecerá sempre o festival da fêvera e do porco-no-espeto. Está-nos no sangue: Primeiro o estômago e só depois a sobremesa da cultura. Mas é um incontornável evento de ma$$as e isso é o que vale.

- Quase um ano depois das eleições de Outubro de 2017, as ruas da freguesia de Guisande receberam brigadas de corte que mais parecem brigadas de choque. Com tal ritmo e ligeireza na arte de roçar, toda a União de Freguesias será desbastada em dois meses, o que quer dizer que num ano poderemos ter seis rondas desta  "singular limpeza". Nada mal. 

- Está no ar, este fim-de-semana, mais uma Mostra de Artesanato, a 16ª, em Lobão, uma organização do Rancho Folclórico de S. Tiago de Lobão, um dos poucos eventos de qualidade na nossa União de Freguesias. Artesanato, Gastronomia e Folclore são motivos de sobra para uma visita.

12 de julho de 2018

Mudança de género na generalidade


Está no pico da actualidade o assunto da aprovação pelo Parlamento da nova lei da  mudança de género.  Pessoalmente não tenho grande opinião e é assunto que não me aquece nem arrefece. Mas sim, se há homens que se sentem mulheres, mesmo com um par de tomates, seja feita a sua vontade. Ou ao contrário, se há mulheres que se sentem homens, mesmo que tenham que usar sutiã, porque não? Que não seja por isso. 

De resto até acho que estes direitos deviam alargar-se a outras espécies. Por exemplo, o meu cão, há tempos que anda a chatear-me que quer mudar para galinha, desconfiando eu que com isso reclame o pleno direito de poder aceder à capoeira. Ora estou certo que se a coisa avançar por aí fora, não faltarão até raposas a querer mudar para galinhas e lobos para cordeiros. Com um pouco de sorte teremos até porcos a reivindicar o direito a  serem considerados senhores doutores e concorrer a eleições e também eles fazerem parte da casa da democracia e assim legislar tão importantes matérias a favor das tão discriminadas minorias. E o que não faltam neste país são minorias, para as quais há um filão legislativo por explorar. 

Brincadeiras à parte, há muito que se deixou de chamar os bois pelos nomes e não devemos estar admirados por mais esta. Outras virão. Ainda não somos Deus ou deuses mas já vamos dando cartas no que toca a mudar algumas configurações de fábrica que até aqui pensávamos serem próprias da natureza das coisas e dos seres. 

Mas esta é apenas a modesta opinião de quem não tem opinião. Ora se o ele tem direito a ser ela, e vice-versa, deixem que eu tenha direito a ela, à opinião, mesmo não a tendo.

Ilustração - Rosas - 12072018

a.almeida

10 de julho de 2018

Varrer o lixo para debaixo do tapete



Por estes dias a freguesia de Guisande tem sido brindada com algo parecido com uma limpeza de ruas, bermas ou valetas. Mas, em bom português, o que de um modo geral tem sido feito, chama-se "badalhoquice". Uma "badalhoquice" que fica tão mal a quem a faz como a quem a manda fazer, ou, não a mandando dessa forma, permita que assim se faça. Mesmo uma eventual desculpa que ainda faltará completar algum trabalho, não pega, pois não é admissível vários dias com esta sujidade mal sacudida para as bermas. O que se fez, de modo particular nas rotundas e canteiros, é de uma enorme falta de gosto e de mau profissionalismo, deixando naturalmente a população revoltada.

Em nome da falta de meios humanos e insuficiência financeira de uma qualquer Junta, não pode valer tudo. Guisande poderá ser uma sala modesta, mas dispensa que lhe varram o lixo para debaixo dos tapetes.

Situações como as que foram feitas na rotunda no cruzamento da Rua de Trás-os-Lagos com a Rua da Zona Industrial (foto acima), e outras mais, para além de passeios com os restos da "roça", à espera que seja o vento ou a chuva a completar o serviço,  não abonam em nada para a qualidade que se exige a qualquer serviço, seja ele de que natureza for. Ora qualquer serviço de limpeza deve limpar e não sujar. Que se continue a fazer pouco, percebi eu e já todos percebemos , mas pelo menos o pouco que se fizer que se faça bem. Não será pedir muito.

6 de julho de 2018

Centro Social - Workshops



Estão a decorrer nas instalações do Centro Social, no Monte do Viso, workshops de artesanato (pintura em tecidos) e costura. Aos poucos o grupo de participantes tem vindo a aumentar. 
São actividades interessantes de ocupação de tempos livres mas também de aumento de competências e valorização pessoal.
As aulas estão abertas a toda a comunidade.









3 de julho de 2018

A seara é grande e os trabalhadores são poucos

Ai esta  linda terra, solar rico e fecundo de outros tempos! De belas searas, já crescidas e maduras das quais o cereal pende generoso  de altos caules em espigas douradas.
Mas os trabalhadores tardam. São poucos e porventura mal mandados, não por eles, coitados, que  obedientes fazem o que lhes mandam, mas pelos vetustos senhores, donos das searas e das vinhas do reino, que vão desperdiçando talentos como figueiras que, por mais que se lhes cave à volta e afofe a terra com estrume de minhoca ou de cavalariça, pouco ou nada frutificam, produzindo apenas folhas, como se, fosse vinha, muita parra e pouca uva.
- Mandai, pois, senhor, trabalhadores para a vossa seara, que é mais que tempo! Bem sabemos que foram muitos os ímpios e pecadores, mas talvez nesta linda terra se encontrem 10 justos e, coitados, mereçam a vossa misericórdia e, quiçá, um figuito da vossa quase estéril figueira, que são poucos, e não devem ser desperdiçados como nozes por quem não tem dentes (pensareis na vossa infinita e iluminada sapiência).

Parábola da salvação!