26 de setembro de 2021

Mudança sem surpresa

Ainda de forma oficiosa, o Partido Socialista terá ganho as eleições para a Assembleia da União das Freguesia de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. David Neves, que soube ser persistente e construtivo nos dois anteriores mandatos, colhe os frutos e será assim o próximo presidente da Junta. No momento ainda sem informação se com ou sem maioria absoluta.

Quanto a Guisande, ainda com resultados a confirmar, como se esperava face a um mandato do executivo do PSD que deixou a freguesia completamente esquecida,  com naturalidade venceu sem surpresa o partido Socialista, David Neves e Celestino Sacramento.

Resultados em Guisande somados nas duas mesas de votos: 

PS: 348

PSD: 254

CDS-PP: 23

BE: 16

CDU: 14

Brancos: 18

Nulos: 23

Inscritos: 1198

Votantes: 701

Abstenção: 41%

Para a Câmara Municipal venceu igualmente sem surpresa o PSD e Emídio Sousa em Guisande o que se estende de forma esmagadora no geral do concelho. Venceu igualmente Emídio Sousa e o PSD no cômputo da nossa União de Freguesias no que resulta na importância de colher lições sobre o que esteve em causa e o que falhou para o PSD na eleição para a Junta quando os sinais de descontentamento eram mais que muitos e notórios. Não deixa de ser significativo que de todas as anteriores Juntas PSD apenas a da nossa União de Freguesias tenha passado para o PS.

Números ainda passíveis de confirmação.

Ainda com informação oficiosa, o PS venceu em Guisande e em Lobão, tendo em Gião e Louredo vencido o PSD. Ainda a confirmar, tudo indica que o resultado em Guisande terá dado um contributo para a vitória de David Neves.

Distracção?

A campanha eleitoral serve, entre outros propósitos, dar a conhecer as forças concorrentes aos diferentes órgãos autárquicos. Do que fui vendo, cá pela nossa pobre União de Freguesia, as campanhas no geral foram frouxas e pouco ou nada esclarecedores. Todavia, dessa pobreza, surpreendeu-me que apenas no altura de fazer a cruzinha no boletim de voto, tenha constatado que à Assembleia da nossa União de Freguesias também concorria a coligação CDU - Coligação Democrática Unitária. É que durante todo o período de pré-campanha e campanha, não tomei conhecimento de qualquer elemento nem qualquer panfleto de apresentação. 

Admito que pudesse andar distraído a ponto de ter passado ao lado da campanha da coligação liderada pelo PCP, mas parece-me que com tal discrição é difícil obter resultados com algum significado. Assim é mais difícil.

Uma festa bem carota

Nunca percebi o interesse dos diferentes canais de televisão em irem cheirar onde os dirigentes dos partidos e seus candidatos vão votar e para deles ouvir uma dúzia de lugares comuns como o incentivo à participação para baixar a abstenção, pois dela têm medo porque os enfraquece.

Melhor dito, eu percebo o interesse editorial da coisa, não percebo é que isso seja interessante e relevante para o cidadão comum.

Adiante. Entretanto nessas reportagens, registei que alguns dos dirigentes, candidatos e recandidatos, como Fernando Medina, em Lisboa, fizeram questão de dizer que as eleições autárquicas são "a festa da democracia".

Não sei qual é a ideia de festa do Medina, se engloba Zés Pereiras, cantores pimba, fanfarras, pistas de carrinhos, barracas de farturas, etc, mas sei que esta "festa" custa ao país e aos contribuintes qualquer coisita como a rondar os 50 milhões de euros. Somos assim, no que toca a festas, uns mãos-largas a gastar à tripa farra. Pois claro, a cidadania sobretudo dos partidos e de quem integra as mesas de voto, não é propriamente desinteressada e de louvável trabalho voluntário, porque isto de trabalhar para aquecer já teve melhores dias. 

A democracia é pois uma festarola bem carota e nisso é mesmo democrática, pois todos pagam mesmo os que nela não participam. Sem direito a um chupa-chupa, fartura ou churro polvilhado de canela.

24 de setembro de 2021

Culturalmente

 


Confesso que sou um pouco céptico em relação à política da Cultura no nosso concelho. Eventualmente de pé-atrás desde que em 2004, fazendo parte da Comissão da Festa do Viso vi a Câmara Municipal recusar o pedido de um apoio para trazer à freguesia e à Festa duas Bandas Filarmónicas, no que então era uma novidade com décadas. Nem 10 euros. Não foi por isso, naturalmente, que as bandas deixaram de ser contratadas, mas de facto fez mossa esse desinteresse manifestado pela Câmara de então pelo evento maior da freguesia.  Mas nessa altura reinava um presidente cinzento e o desfecho do pedido não podia ser colorido. Mas deu que pensar e ainda faz espécie.

Além do mais, céptico igualmente em relação ao formato de cultura para massas de que resulta a Viagem Medieval, Perlim, etç. 

No geral, porém, mesmo não alinhando em muitas das acções e eventos nem sendo de todo consumidor de eventos de massas, reconheço que tem sido feito um esforço pelo executivo de Emídio Sousa no plano cultural e que mesmo esses eventos para massas trazem notórios ganhos económicos ao concelho, pelo menos a parte dele e sobretudo à sede. 

Espera-se, pois, que este Plano Estratégico seja ambicioso e não seja tanto baseado em recreio mas mesmo em cultura, e menos formatado à medida das associações do costume que papam o grosso do orçamento. Porventura um plano e política que ajude a implementar e reactivar associações que já tiveram melhores dias mas que pela falta de apoios e infra-estruturas acabaram por hibernar ou mesmo extinguir-se. Simplificação e desburocratização nas candidaturas também ajudará. 

Novo ciclo

 


Ambiente...

 

O tipo da TAP

 


Não é de todo um político que me inspire confiança e as borradas na TAP e não só, ainda com os tiques de mandão têm sido mais que muitas. Apesar disso, para esta personalidade à esquerda da esquerda, parece haver poucas dúvidas que estará na linha da frente para suceder a António Costa. Ademais, estas participações na campanha das autarquicas, como esta que o levará logo pelas 19:00 horas ao pavilhão da Corga, têm sido vistas pelos analistas como um preparar do terreno junto das bases. 

Não surpreenderá, pois, que um dia destes tenhamos que gramar o PNS, já não como segundo ministro mas como primeiro. 

Coisas da política a fazerem juz à cantiga "Quanto mais me bates..."