6 de maio de 2023

Trilho do Rio Mau e Ribeiro de Cadeados - Penafiel

 


Sábado, 6 de Maio. O tempo prometia alguma chuva no início do dia mas também a abertura do céu a partir do meio da manhã. E assim foi: Um chuva ligeira no início do trilho, que não incomodou porque de algum modo o grupo estava preparado com vestuário para a enfrentar, mas logo depois dos primeiros metros da subida em calçada, ...ó roupa para que vos quero! Os guarda-chuvas dos mais temerosos eram apenas adereços para as fotografias românticas junto às cascatas.

Logo depois, a parte principal e mais interessante do trilho com descida ao Poço Negro do rio Mau e um pouco a montante, no seu afluente, a ribeira de Cadeados, as deslumbrantes cascatas. É certo que são mais imponente no Inverno e depois de chuvas generosas, mas mesmo assim deu para usufruir da sua beleza. Num dia de calor apetecerá um banho refrescante nos diversos poços de água transparente. Um sutiã de cor bordeaux ali abandonado dava a entender mergulhos saborosos.

De seguida a escalada técnica pela encosta e ajudada por cordas colocadas no trilho, a exigir cuidado porque muito íngreme e de pedra irregular e escorregadia. O grupo não tem cabras nem cabrões mas trepou bem. Depois o regresso a Rio Mau agora em descida.

O trilho não é muito extenso, apenas à volta de 8 Km, mas vale sobretudo pela descida ao Poço Negro e acompanhamento nas margens apertadas do rio Mau e seu afluente a ribeira de Cadeados, submersas numa frondosa vegetação e ladeadas por vestígios de construções ligadas à exploração mineira.

O habitual retempero já em terras de Paiva, na freguesia da Raiva, com uma económica mas saborosa refeição com rojões, feijoada de tripas e a abrir as saborosas papas de sarrabulho.

Mais uma bonita jornada de convívio, exercício físico e fruição da natureza e dos seus recantos, sem pressas, sem relógios a contar segundos, sem metas por transpor e sem preocupações por ritmos. O ritmo é o da natureza e o de saborear cada recanto, cada vista.

Para a semana há mais!

Ficam de seguida alguns dos muitos olhares.


























































5 de maio de 2023

É sexta-feira - Galambadas e monos

É sexta-feira, 5 do 5.

- O país ouviu o seu presidente a dar explicações sobre a tal "guerra" entre a presidência e o governo. Para muitos um ralhete sem consequências, para outros apenas uma forma de queimar politicamente o tal ministro Galamba o qual, reconheça-se, a partir daqui é um ministro queimado e fragilizado, mesmo que defendido pelo seu chefe. Política!

Sinceramente, a mim nem me aquece nem arrefece e penso mesmo que o castigo maior para este governo de trapalhadas é mesmo obrigá-lo a cumprir o mandato até ao fim ou que impluda sobre ele próprio.

- Quanto a futebol, parece que ontem o F.C. do Porto recebeu e venceu o Famalicão para a tal taça do Jamor, como lhe chama o Pinto da Costa. Viram-se negros para vencer a eliminatória e , como vem sendo hábito, abriu as hostilidades com mais um penaltie. Serão quê, uns três ou quatro jogos seguidos a carimbar penalties?

No final, as cordialidades do costume de Sérgio Conceição com os treinadores adversários. Onde é que já vimos este filme? Desta vez parece que no centro das "amizades" o Pepe, esse digno exemplar da sarrafeirice rasteira, terá sido alvo de "racismo" por um colega de profissão lhe ter chamado "mono".  De facto é uma ofensa grave pois toda a malta sabe que o "stéreo" é bem melhor que o "mono".

Já quanto a Sérgio, o costume, a festejar a berrar na cara dos adversários. Não é bonito nem desportivo mas faz parte do seu pouco carácter enquanto treinador. Como pessoa acredito que será boa gente e bom chefe de família. O problema é o futebol!

- Por estes dias, tomei conhecimento de um processo de contra-ordenação duma Câmara Municipal a um contribuinte do município, aplicando-lhe a coima de 500 euros. O crime: Subir o muro à face da rua, alterando o existente, mesmo que não ultrapassando a altura regulamentar. Em rigor nem o muro foi subido mas apenas substituida a parte da grade metálica por muro fechado. Mesmo que no entretanto e após o embargo o contribuinte submetesse o pedido de licenciamento procurando regularizar a situação que de boa fé entendia não carecer de licenciamento.

Na justificação da aplicação da coima, foi considerada "elevada gravidade da infracção", "elevada culpa do contribuinte" e "benefício de vantagem económica". 

Já agora acrescente-se que o muro original foi realizado depois de cedência de terreno para alargamento da rua, o que torna engraçada a questão do "benefício económico". 

Ou seja, analisados todos os factos, sendo legítima à luz da lei a aplicação da coima, e uma lei pode ser sempre iníqua, parece-me uma decisão desproporcional, tanto mais que esta prática de contra-ordenações é aparentemente arbitrária pois o que não faltam por aí é muros a serem alterados sem sinais de terem sido licenciados. Isto para não falar em construções que vão sendo feitas em terrenos classificados como não urbanos. Aos olhos de todos. Mas neste país sempre foi mais fácil castigar por pequenas coisas do que por grandes aberrações. 

- Por cá, na aldeia, tudo na mesma paz e serenidade. Reza-se o Terço do mês de Maio, há flores e rosas a perfumar os jardins.

4 de maio de 2023

Diário de Bordo - 04/05/2023

Meu querido diário: A nossa imprensa e os muitos comentadores da coisa política são unânimes a dizer que entre o primeiro-ministro e o presidente da república está aberta uma crise. Uns até lhe chamam mesmo de "guerra".

Dizem ainda que o António Costa brindou o país com uma telenovela fazendo concorrências às ditas. Que o tal de Galamba afinal só apresentou o pedido de demissão já depois de saber pelo seu chefe que não iria ser demitido. O António Costa não aceitou a demissão que havia combinado não aceitar e por isso a responsabilidade de ambos nessa  deplorável situação, como a classificou o Costa, vai morrer solteirinha. O presidente da república ficou amuado por Costa não lhe fazer a vontade e pelo governo continuar na "corda galamba" e o país ficar a apanhar galambuzinos". Irá reagir hoje, talvez a meio do telejornal. Se fosse o totobola jogava numa tripla.

Meu querido diário: Creio que, apesar de tudo, vou mais pela tese disto não passar de uma novela porque nesta altura do campeonato, com o mundo envolvido em guerras a sério, já não haverá quem forneça munições a S. Bento e a Belém. 

Por mim a coisa resolvia-se como na La Tomatina, essa festa espanhola de guerra de atirar tomates uns aos outros em Buñol - Valência. A coisa até sairia em conta pois parece que o tomate está até Outubro isento de IVA. Uma alternativa aos tomates, para esta luta em concreto, seria utilizar melões. Numa guerra de vegetais seriam uma espécie de mísseis hipersónicos.