24 de outubro de 2023

Pe. António Jorge, de parabéns

O nosso pároco Pe. António Jorge Correia de Oliveira está neste dia 24 de Outubro, de parabéns. Completa  55 anos de vida. 

Fazemos votos de um dia  de feliz aniversário e que a data se repita por muitos e bons anos e que Deus o conserve também por muitos anos à frente da Sua Igreja.

Parabéns!

23 de outubro de 2023

Rio Arda e seus afluentes

 

Clicar sobre o mapa para aceder a grande formato

O rio Arda é um rio português, afluente da margem esquerda do rio Douro. Nasce na União das Freguesias de Arouca e Burgo, concelho de Arouca. O seu percurso desenvolve-se nos concelhos de Arouca e Castelo de Paiva e desagua na freguesia de Pedorido.

O rio Arda resulta da confluência de três linhas de água: do Ribeiro de Gondim, que nasce em Gamarão de Cima e Gondim, a cerca de 3 km a noroeste da vila de Arouca, a 691 m de altitude e que se junta ao rio Marialva, que nasce na encosta poente da serra da Senhora da Mó, a 711 m de altitude e que atravessa canalizado parte do centro da vila.

Já na zona do parque da feira e a sul do convento junta-se a ribeira de Silvares e a partir dessa confluência segue como rio Arda.

Tem uma extensão de aproximadamente 35 Km e drena uma bacia hidrográfica de aproximadamente 168,00 Km2.

Na zona de Arouca, nas freguesias de Burgo, Santa Eulália e Várzea corre em zona de vale plano mas no restante traçado desenvolve-se encaixado entre encostas abruptas mas irrigando por sistema de levadas vários campos em socalco ao longo das suas margens. Tem ao longo do seu percurso vários moinhos sendo que a maior parte já em desuso ou mesmo em ruína.

Tem como principais afluentes:

Na margem esquerda:

Ribeira de Silvares

Ribeira de Arneira

Rio Urtigosa

Ribeira da Bogalheta

Ribeira de Miraves

Ribeira de Enxurdes

Ribeira dos Bogalhos

Ribeira do Borralheiro

Ribeira de Mansores

Ribeira de Vales ou Rio Mau

Ribeira de Mosteirô

Ribeiro das Couves

Ribeira de Lázaro

Ribeira da Murteira


Na margem direita:

Rio Marialva

Ribeiro de Gondim

Ribeira de Monte Moção

Ribeira de Tropeço

Ribeira de Seixido

Ribeira de Folgosinho

Ribeira de S. Mamede

Ribeira de Almansor

Ribeira do Fôjo (ou da Gardunha ou de Serradelo)


Nota: o mapa é de nossa autoria, pelo que com direitos reservados.

22 de outubro de 2023

A Sr.ª Iria e o Pe. José Oliveira

 



Decorreu na manhã deste Domingo, 22 de Outubro, o funeral da Iria Santos da Conceição. Foi uma longa vida (96 anos) que teve a graça de receber de Deus.

Pela data e horário, esperava eu que fosse mais participado pela comunidade. Talvez por ser de poucos conhecida (excepto os mais velhos) e por há longos anos viver em Lisboa.

Pessoalmente também não gosto de funerais, por razões óbvias, porque de pesar e tristeza, seja pela partida mais ou menos esperada ou inesperada de familiares ou de gente nossa, da nossa comunidade.

Assim, até por razões de trabalho e com os horários dos funerais pouco adequados a quem tem horários e compromissos de emprego, também não participo em todos mesmo que de uma forma ou outra, procure transmitir os sentimentos aos familiares, sobretudo aos mais chegados.

Apesar disso, e sem qualquer ponta de moralismo, porque sou fraco exemplo, verifico que para além dos mais velhos da nossa comunidade, e dos familiares por razões óbvias, nos funerais na nossa comunidade quase não se vê a participação de jovens ou mesmo adultos na casa dos 35/50 anos. Ora se em dias de semana há uma natural justificação, já em dias de fins de semana, sábados e domingos, a razão é menos válida.

Claro que cada um faz como quer e nestas coisas em nada somos obrigados. Liberdade acima de tudo. Mas se entendemos a participação num funeral como um gesto de solidariedade fraterna para com gente da nossa comunidade, em momentos de dor, perda e tristeza, então neste aspecto, no geral estamos a ser pouco solidários e participativos. Ainda não é caso para tanto, mas a este ritmo, não tardará que as cerimónias de exéquias sejam só participadas por familiares e um ou outro amigo mais chegado, dos falecidos ou dos familiares.

Em todo o caso, em Guisande, mesmo havendo notoriamente gente que não vai a funerais, no geral ainda são bastante participados no que denota ainda um espírito positivo de fraternidade comunitária, respeito e solidariedade pelos seus elementos.

Quanto à Sr.ª Iria, conversei com ela pessoalmente umas três ou quatro vezes, algumas por telefone e quem a conhecia sabe que tinha a tendência de nos prender e de um assunto simples falava-se largos minutos.

Das duas últimas vezes que falamos, uma por telefone e outra pessoalmente, como então eu fazia parte da Junta da União de Freguesias, confessou-me que gostaria de ver atribuída à actual Rua dos Quatro-Caminhos, da Gândara ao lugar de Azevedo, o nome do Pe. José Oliveira, por ter ele nascido ali no lugar da Gândara, bem ao lado do caminho que hoje é a tal rua.

Pela minha parte considerei a proposta e até disse que achava muito bem, já que o Pe. Oliveira foi uma figura notável da freguesia, mesmo que desconhecida para as actuais gerações. Na altura, como mero vogal sem quaisquer competências, transmiti o assunto ao presidente que, alegando dificuldades e transtornos na mudança, não mostrou interesse. Poderia, pelo menos, ter tentado e promovido a consulta aos moradores, que com legitimidade poderiam ou não concordar com a mudança e aceitar ou não os inconvenientes dela, nomeadamente pela actualização de dados de morada em diferentes instituições. Ficou, pois, por concretizar essa possibilidade e vontade proposta pela Sr. ª Iria e que, também concordando eu com ela, de algum modo seria de justiça por relembrarmos o nome, vida e obra do Pe. José Oliveira, um filho da terra, gente nossa.

Nunca é tarde, seja pelo nome da rua ou por outra iniciativa, para dar destaque a essa figura nascida no lugar da Gândara.

Mas, em abono da verdade, fica aqui partilhada essa vontade manifestada de forma interessada pela Sr. Iria. Mesmo que não tivesse sido concretizada, da sua proposta e vontade saberá disso, estou certo, o Pe. Oliveira.

Que Deus a guarde!


Entrevista de Elísio Mota - Factos e curiosidades


Em Setembro de 1982, o saudoso Elísio Mota, então presidente do Centro Cultural e Recreativo "O Despertar" de Guisande, concedeu uma entrevista ao jornal "O Mês de Guisande", traçando um resumo da história e actividades da associação. 

Falou da origem do nome "O Despertar", falou da actividade da secção de teatro e das actuações com sucesso nas freguesias de Vila Maior e Milheirós de Poiares e do subsídio recebido da Câmara Municipal da Feira (7.440,00 escudos anualmente).

Enalteceu o espírito de camaradagem que se vivia entre os elementos do grupo e a sua vontade de fazer coisas pelo desenvolvimento da freguesia, até aí estagnada no movimento associativo, cultural e recreativo e o desporto resumido ao futebol.

Falou igualmente da realização da Festa do Emigrante em 1977 com  a organização de um prova de atletismo em diferentes escalões e que reuniu 500 atletas. Falou da atleta que então estava inscrita na Federação (a Isaura Lopes). Falou dos muitos troféus, taças  e galhardetes conquistados pelos atletas de "O Despertar" em várias provas de atletismo.

Abordou o evento das Mini-Olimpíadas concelhias e a participação da associação no mesmo, que por esses tempos tinha muita importância concelhia. Posteriormente a associação viria a conquistar inúmeros troféus e pódiuns nessas provas.

Falou também dos projectos que tinha em mente para a promoção de outras disciplinas desportivas (como basquetebol, andebol e voleibol) mas que para tal ser possível faltava um rinque polidesportivo ( o que só veio a concretizar-se vários anos mais tarde e mesmo assim não coberto e que hoje está abandonado e degradado).

Bons tempos. Infelizmente, factos já um pouco ou totalmente esquecidos, que importa, digo eu, relembrar aos mais novos que, naturalmente, por razões óbvias não se lembram nem deles têm memória.

21 de outubro de 2023

Trail do Viso - Inscrições esgotadas

A organização do Trail do Viso comunicou que o limite imposto para  as inscrições foi atingido ainda antes do prazo concedido, tanto para a prova de trail (16 Km) como para a caminhada (8 Km), o que demonstra a boa aderência dos amantes deste tipo de provas.

Como anteriormente noticiado, será já no próximo Domingo, 29 de Outubro, no monte do Viso. O evento abre portas às 07:00 horas e até às 08:30 decorre o levantamento dos kits de participação. Depois pelas  09:00 horas será dada a partida para a prova de trail  e 15 minutos depois inicia a caminhada.

Parabéns à organização, à equipa do Guisande Trail Running, pelo esforço e preparação do evento.

Nota de falecimento


Faleceu Iria Santos da Conceição Mota, natural de Gândara -  Guisande, e que de há anos vivia em Lisboa. Nasceu em 29 de Julho de 1927, pelo que tinha 96 anos. Era viúva de Reinaldo Ferreira da Mota.

Irmã de alguns guisandenses, nomeadamente a Elvira, a Conceição, esposa do Sr. Arménio e mãe do Artur Costa, a Isaura, esposa do Belmiro Lopes, o António, o Alcides José e o Manuel, estes dois últimos já falecidos.

Não temos grandes pormenores sendo que, ainda de forma não oficial, temos a indicação de que o  funeral será amanhã, Domingo, 22 de Outubro de 2023, pelas 11:30 horas  em Guisande, sendo sepultada no cemitério local. 

Actualizaremos esta nota e confirmaremos logo que tenhamos dados oficiais.

Sentidos sentimentos a todos os familiares. Que Deus, que lhe deu a graça de uma vida longa,  a tenha em eterno descanso.


Actualização posterior: Confirma-se a data e hora do funeral.

20 de outubro de 2023

Não gosto do mar, pronto


Tenho uma paixão pelos rios mas não tanto pelo mar. Nunca gostei dessa massa monstruosa, caminho ondulante de embarcações e marinheiros, sempre em tempestade e raramente em bonança. Tragou ao longos dos tempos, desde que o homem em frágeis canoas se aventurou a passar da orla das praias, uma infinidade de gente, em exploração, em recreio, em trabalho, em guerra. Quantos corpos e esqueletos de embarcações jazem nas suas profundidades?  Mas, em contraponto, tenho um fascínio pelo mesmo, mesmo que apenas de relação apenas visual e poética.

Como dizia Pessoa, 

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Apesar do significado profundamente poético, a verdade é que o mar nunca foi nosso nem de ninguém, porque indomável. 

Na praia, que todos gostamos quando os calores apertam, basta-me que me chegue aos tintins. Mesmo que fosse um exímio e intrépido nadador não arriscaria mais do que a distância de sentir os pés em terra e mesmo assim, di-lo a experiência, é demasiado risco. Mais vale um cobarde vivo que um corajoso morto, é sentença que aplica-se na perfeição na nossa relação com o mar quando toca a desafiá-lo.

Apesar disso reconheço a sua importância para a vida e para na Terra, da forma como regula o clima e todas essas coisas mais ou menos aprendidas nas escolas. 

Mas mesmo assim, a relação do homem com o mar, com o oceano vasto, foi sempre temerosa, de respeito. Alguns, muitos, dizem que de fascínio, quase de enfeitiçamento, mas mesmos esses, não raras as vezes, pagam com a própria vida essa ligação.

Há coisas assim, tão grandes, imensas, que a nossa relação com elas ou é de fascínio ou temor, porque um e outro estão sempre interligados.

Assim em jeito de análise, algumas considerações por essa nossa contradição permanente em relação ao mar, ao oceano.

O fascínio e o temor pelo mar ou oceano são sentimentos profundos e contraditórios que têm fascinado a humanidade ao longo da história. Esses sentimentos reflectem a complexidade e a imprevisibilidade dos mares, bem como a profunda ligação entre os seres humanos e a água.

Fascínio:

1. Beleza natural: O oceano é conhecido por sua beleza impressionante, com suas vastas extensões de água azul profunda, praias de areia branca e uma rica diversidade de vida marinha. A beleza natural do mar muitas vezes atrai as pessoas para a costa e as inspira.

2. Mistério e descoberta: O oceano cobre grande parte da superfície da Terra e, no entanto, grande parte dele permanece inexplorada. As profundezas marinhas escondem uma infinidade de segredos e mistérios que a humanidade ainda não desvendou.

3. Fonte de recursos: Os oceanos fornecem uma abundância de recursos, incluindo alimentos, energia, minerais e até mesmo rotas de comércio. As atividades marítimas desempenham um papel fundamental na economia global.

4. Recreação e turismo: Muitas pessoas têm um fascínio pelo mar devido às atividades de lazer que ele oferece, como natação, mergulho, surf e passeios de barco. O turismo costeiro, os cruzeiros, também representam uma indústria significativa e em crescimento.

Temor:

1. Poder destrutivo: O mar tem o potencial de ser incrivelmente destrutivo, especialmente em tempestades e tsunamis. Inundações costeiras, erosão e perda de vidas são ameaças associadas ao poder do oceano.

2. Isolamento e solidão: No alto mar as pessoas podem sentir-se isoladas e solitárias, longe da civilização e da ajuda. Isso pode gerar sentimentos de temor e vulnerabilidade. Estes ingredientes foram motivo de obras literárias e de cinema como o Robinson Crusoé, de Daniel Defoe, que explora as situações de naufrágio e sobrevivência em terras desertas e isoladas colocando o homem em extrema solidão e perante os elementos.

3. Desconhecido e incontrolável: A imprevisibilidade do oceano, com suas correntes, tempestades e mudanças climáticas, cria uma sensação de incontrolabilidade que pode causar ansiedade e medo.

4. Mitos e lendas: Muitas culturas têm mitos e lendas que retratam o oceano como um reino misterioso e habitado por criaturas sobrenaturais. Essas histórias contribuem para a aura de temor em torno do mar. São mais que muitos os seres míticos ou de ficção associados ao oceano como o Kraken, as sereias, o bíblico Leviatã, Kelpie, Moby Dick, o nosso Adamastor, etc.

5. Impacto ambiental: À medida que a humanidade compreende melhor o impacto das actividades humanas nos oceanos, como a poluição e a pesca excessiva, cresce o temor pelo estado de saúde dos ecossistemas marinhos e o seu futuro. As alterações climáticas, o degelo nos polos e a consequente subida dos mares e inundações de zonas costeiras estão na ordem do dia das preocupações da humanidade.

Em resumo, o fascínio e o temor pelo mar ou oceano são reflexos da complexidade e da dualidade desse ambiente. Enquanto o oceano inspira admiração por sua beleza e vastidão, ele também gera temor devido ao seu poder e à sua capacidade de desafiar o controle humano. Esses sentimentos continuam a influenciar a nossa relação com o oceano e a forma como o exploramos e o protegemos. Continuamos assim com uma relação de temor e fascínio.