11 de dezembro de 2023

A casamentos e a baptizados...

Bem sabemos que não podemos nem devemos ir a um serviço religioso, no caso uma missa vespertina ou dominical, com excessiva pressa e já a pensar no almoço ou jantar. Mas como em tudo, há horários, rituais e ritmos que nos levam a pensar na normalidade e não na aleatoridade na duração dos mesmos. Pelo menos eu, considero que 45 minutos é tempo mais que adequado à duração normal de uma missa vespertina ou dominical. Mesmo que contando com um pequeno e justificável atraso do celebrante e uma ou outra divagação na homilia ou repetição de eventos nos avisos finais, vamos até admitir que possa durar 50 minutos ou mesmo, por excesso, uma hora. Até aqui, podemos compreender e entender. Já não me parece razoável, contudo, que sem qualquer aviso prévio, uma missa incorpore serviços adicionais, como uma celebração de bodas de ouro e ou de prata matrimoniais ou ainda um baptizado. E isto e desde logo porque é velho o ditado de que a "casamentos e a baptizados vão os convidados".

Não deixei, pois, de ter reparado que na missa deste sábado em Guisande, precisamente por ter um baptizado e o aniversário do Grupo de Jovens, em vez dos tais 45/50 minutos habituais, ou até uma hora, a missa tenha demorado para lá de uma hora e meia. Ora é tempo excessivo e isto é inconveniente sobretudo quando para lá da hora expectável de duração temos, como foi o meu caso, compromissos pessoais e afazeres programados e não é de bom tom nem fica bem abandonar a missa antes de ter terminado.

Hoje em dia em que todo o nosso tempo anda a ser medido e controlado ao minuto, não é positivo este descontrolo ou imprevisibilidade de tempo. Compreendo que a incorporação de um serviço extra como o de um baptizado é interessante sob um ponto de vista de vivência e partilha comunitária, mas, porém, dentro do possível, importará ser avisado com antecedência para não haver surpresas e participar informadamente quem realmente acha que quer e pode sujeitar-se a um tempo para além do tido como normal. 

Vem aí uma guerra civil e a democracia está por um fiozinho

Vai engraçada a campanha interna no PS - Partido Socialista que decidirá o candidato a próximo primeiro ministro da nação lusa. Não sigo nem é assunto que me ocupe, mas como a televisão tanto nos mostra destas coisas como os reclames de perfumes e de outras lamechices do Natal comercial, sempre vou, mesmo que sem querer, ouvindo algumas coisas. 

O poeta Manuel Alegre convidado para o plantel dos opinadores, terá dito que "a democracia está em risco". Não ouvi nada para além do título de rodapé da televisão mas deduzo que encontra ele em Pedro Nuno Santos o garante da continuidade da nossa democracia. Não sei a que democracia se referia o poeta de Águeda, se à democracia como ele a concebe ou se a democracia em que o povo e o eleitorado é quem decide, mesmo que, a seu contragosto, numa viragem ao centro direita ou direita. Ou serão os de esquerda e dela da extrema, mais democratas que os do centro e da direita? Que raio de ideologias estas que compartimentam estas coisas de quem é mais ou menos. Se é democracia, que se respeite a vontade da maioria, mesmo que quem decida seja o Zé da Esquina.

Já Eduardo Cabrita, o ex-ministro que gostava de viajar em velocidade acima da regulamentar, sempre a assapar nas auto-estradas com o seu pópó e a arrastar literalmente que se atravessasse à frente, também disse que "a direita está em guerra civil" e que o salvador da pátria é Pedro Nuno, o messias dos tempos modernos.

Isto mesmo sem tiros e bombardeamentos está a ficar um pouco extremado. A democracia está em perigo e a direita está em guerra, dizem! Está dado o mote para quem tem que decidir pela cabeça dos outros e não pela sua. Pela parte que me toca, como decido pela minha cabecinha, com o devido respeito, quero mandar esses políticos anunciadores do apocalipse e do armagedeão à merdinha com uma giga.

9 de dezembro de 2023

Centro Social - Assembleia Geral a 29 de Dezembro de 2023


Esta assembleia marcada para o próximo dia 29 de Dezembro de 2023, pelas 20:00 horas é deveras importante pois da sua ordem de trabalhos faz parte a eleição para os corpos gerentes para o quadriénio de 2024/2027. 

Como tem sido divulgado, por força dos estatutos o actual presidente da Direcção, Joaquim da Conceição Santos, não poderá concorrer ao mesmo cargo. No entanto, mostra-se disponível para ajudar em qualquer processo de transição para uma nova Direcção.

Esta é uma oportunidade para os sócios, sobretudo os mais jovens, aparecerem e demonstrarem o seu interesse e colocarem-se com novas capacidades e dinâmicas à frente dos destinos da Associação do Centro Social. 

É tempo e lugar para outros virem mostrar como é que se pode fazer mais e melhor, candidatando-se e sujeitando-se à escolha dos sócios.

De minha parte, que de há dois mandatos faço parte dos actuais corpos gerentes como secretário da Mesa da Assembleia, tal como já o tenho referido por aqui, terminarei as funções e não farei parte de qualquer lista. O lugar fica disponível para outros, quiçá mais empenhados e capazes. A freguesia está cheia de gente boa, capaz e ansiosa por fazer parte destas coisas de trabalhar à borlix ao serviço dos outros e da comunidade. Haja esperança que apareçam interessados e dinâmicos. 

8 de dezembro de 2023

Comeres 08122023

 



Vitela assada no forno, com legumes - Rabanada de vinho passada na frigideira

7 de dezembro de 2023

Natal sempre, mas do verdadeiro

 


Entrados em Dezembro e com o início do Tempo do Advento, como caminho de preparação para o dia grande e renovado do Natal, em que Jesus renasce como modelo de um caminho novo, já estamos em contagem decrescente. Ao Natal mercantilista e mesmo desprezado nos seus valores constituintes, como se fora apenas um banal entretenimento e comércio, há que responder com a preservação dos bons velhos e sempre actuais valores do Evangelho.

A imagem acima é da coroa do Advento feita cá por casa. Simples e com os elementos vegetais tão tradicionais, incluindo o azevinho e outras bagas cá do próprio jardim.