11 de dezembro de 2023

Vem aí uma guerra civil e a democracia está por um fiozinho

Vai engraçada a campanha interna no PS - Partido Socialista que decidirá o candidato a próximo primeiro ministro da nação lusa. Não sigo nem é assunto que me ocupe, mas como a televisão tanto nos mostra destas coisas como os reclames de perfumes e de outras lamechices do Natal comercial, sempre vou, mesmo que sem querer, ouvindo algumas coisas. 

O poeta Manuel Alegre convidado para o plantel dos opinadores, terá dito que "a democracia está em risco". Não ouvi nada para além do título de rodapé da televisão mas deduzo que encontra ele em Pedro Nuno Santos o garante da continuidade da nossa democracia. Não sei a que democracia se referia o poeta de Águeda, se à democracia como ele a concebe ou se a democracia em que o povo e o eleitorado é quem decide, mesmo que, a seu contragosto, numa viragem ao centro direita ou direita. Ou serão os de esquerda e dela da extrema, mais democratas que os do centro e da direita? Que raio de ideologias estas que compartimentam estas coisas de quem é mais ou menos. Se é democracia, que se respeite a vontade da maioria, mesmo que quem decida seja o Zé da Esquina.

Já Eduardo Cabrita, o ex-ministro que gostava de viajar em velocidade acima da regulamentar, sempre a assapar nas auto-estradas com o seu pópó e a arrastar literalmente que se atravessasse à frente, também disse que "a direita está em guerra civil" e que o salvador da pátria é Pedro Nuno, o messias dos tempos modernos.

Isto mesmo sem tiros e bombardeamentos está a ficar um pouco extremado. A democracia está em perigo e a direita está em guerra, dizem! Está dado o mote para quem tem que decidir pela cabeça dos outros e não pela sua. Pela parte que me toca, como decido pela minha cabecinha, com o devido respeito, quero mandar esses políticos anunciadores do apocalipse e do armagedeão à merdinha com uma giga.