12 de dezembro de 2023

Reparação na Rua de Trás-os-Lagos

A Junta da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande procedeu ao melhoramento do pavimento da Rua de Trás-os-Lagos junto do entroncamento com a Rua Nossa Senhora de Fátima. Era uma necessidade de há muito pois o local encontrava-se em mau estado. É certo que ainda de forma provisória, pelo que certamente daqui a algum tempo voltará a ficar degradado, pelo que só a pavimentação geral e definitiva, incluindo a remoção do antigo pavimento, é que poderá resolver a coisa com maior consistência. Em todo o caso, registam-se a atenção e o esforço em pelo menos, para já, fazer a reparação. Parabéns!

11 de dezembro de 2023

Rebanho de cordeiros

Hoje li mais uma das habituais e sempre certeiras impressões escritas pelo escritor José Rentes de Carvalho, no caso sobre esta forma de ser da pandilha que de há décadas, revezando-se entre si, faz de conta que nos governa, quando na realidade é apenas um desgoverno desmedido, ainda e muito sujeito aos arbítrios dos interesses próprios e corporativos. Como diz o velho transmontano, "...fingindo que governam, os sortidos donos daquilo tudo, os que se dobram ajoelhados como escravos de galé. E ainda os jeitos, as luvas, o fatalismo, as vénias, a cunha, a subserviência para com os que estão acima, o desprezo para com os que dependem. O medo generalizado, os brandos costumes, as manhas, o respeitinho. Aquela inveja, que de tão extraordinária e corrente parece ser genética. A promessa raro cumprida, idem a sornice, o deixa para amanhã, a fatuidade, o valor das aparências, o gosto da rasteira."

Não poderia, pois, o José Rentes de Carvalho ter traçado melhor retrato deste pobre país de espertalhões e com a bonita idade que conta, 93 anos, diz já não ter tempo nem ilusões em mudanças e ver chegar novos amanhãs que durante anos esperançosamente esperou. 

O que se vai lendo, vendo e ouvindo na comunicação social, a propósito do estado da nossa Educação, do Serviço Nacional de Saúde em colapso, o caso da TAP e aeroportos, agora o caso que levou à dissolução do parlamento e convocatória de eleições legislativas antecipadas, o mal-cheiroso caso das cunhas para o tratamento milionário das gémeas brasileiras, à pressa naturalizadas, são exemplos factuais e bastantes que atestam este estado de podridão política e estrutural a que nem a figura do seu mais alto cargo da nação escapa. Mas como povo não temos emenda e no geral vamos andando como cordeiros obedientes atrás dos pastores do costume nesse papel de chefes, arvorados desde a data supostamente revolucionária em que a partir dela seria só democracia, paz, pão, povo desenvolvido, saúde e liberdade. O tanas!

Para o próximo Abril comemorar-se-á com pompa e circunstância e molhadas de cravos vermelhos, os 50 anos, o meio século passado sobre esse evento, mas na realidade as coisas continuam  e continuarão como sempre, modeladas por uns poucos ao sabor dos seus interesses e agendas. O resto é paisagem, um constante faz de conta, um mero e permanente simulacro de sociedade democrática, desenvolvida e civilizada. Mas, paradoxo, não falta quem goste de fazer parte deste rebanho seguidor, sem carneiros a tresmalhar, só com cordeiros mansos e humildes. 

Temos o que merecemos. Venha daí outra rodada!

A casamentos e a baptizados...

Bem sabemos que não podemos nem devemos ir a um serviço religioso, no caso uma missa vespertina ou dominical, com excessiva pressa e já a pensar no almoço ou jantar. Mas como em tudo, há horários, rituais e ritmos que nos levam a pensar na normalidade e não na aleatoridade na duração dos mesmos. Pelo menos eu, considero que 45 minutos é tempo mais que adequado à duração normal de uma missa vespertina ou dominical. Mesmo que contando com um pequeno e justificável atraso do celebrante e uma ou outra divagação na homilia ou repetição de eventos nos avisos finais, vamos até admitir que possa durar 50 minutos ou mesmo, por excesso, uma hora. Até aqui, podemos compreender e entender. Já não me parece razoável, contudo, que sem qualquer aviso prévio, uma missa incorpore serviços adicionais, como uma celebração de bodas de ouro e ou de prata matrimoniais ou ainda um baptizado. E isto e desde logo porque é velho o ditado de que a "casamentos e a baptizados vão os convidados".

Não deixei, pois, de ter reparado que na missa deste sábado em Guisande, precisamente por ter um baptizado e o aniversário do Grupo de Jovens, em vez dos tais 45/50 minutos habituais, ou até uma hora, a missa tenha demorado para lá de uma hora e meia. Ora é tempo excessivo e isto é inconveniente sobretudo quando para lá da hora expectável de duração temos, como foi o meu caso, compromissos pessoais e afazeres programados e não é de bom tom nem fica bem abandonar a missa antes de ter terminado.

Hoje em dia em que todo o nosso tempo anda a ser medido e controlado ao minuto, não é positivo este descontrolo ou imprevisibilidade de tempo. Compreendo que a incorporação de um serviço extra como o de um baptizado é interessante sob um ponto de vista de vivência e partilha comunitária, mas, porém, dentro do possível, importará ser avisado com antecedência para não haver surpresas e participar informadamente quem realmente acha que quer e pode sujeitar-se a um tempo para além do tido como normal. 

Vem aí uma guerra civil e a democracia está por um fiozinho

Vai engraçada a campanha interna no PS - Partido Socialista que decidirá o candidato a próximo primeiro ministro da nação lusa. Não sigo nem é assunto que me ocupe, mas como a televisão tanto nos mostra destas coisas como os reclames de perfumes e de outras lamechices do Natal comercial, sempre vou, mesmo que sem querer, ouvindo algumas coisas. 

O poeta Manuel Alegre convidado para o plantel dos opinadores, terá dito que "a democracia está em risco". Não ouvi nada para além do título de rodapé da televisão mas deduzo que encontra ele em Pedro Nuno Santos o garante da continuidade da nossa democracia. Não sei a que democracia se referia o poeta de Águeda, se à democracia como ele a concebe ou se a democracia em que o povo e o eleitorado é quem decide, mesmo que, a seu contragosto, numa viragem ao centro direita ou direita. Ou serão os de esquerda e dela da extrema, mais democratas que os do centro e da direita? Que raio de ideologias estas que compartimentam estas coisas de quem é mais ou menos. Se é democracia, que se respeite a vontade da maioria, mesmo que quem decida seja o Zé da Esquina.

Já Eduardo Cabrita, o ex-ministro que gostava de viajar em velocidade acima da regulamentar, sempre a assapar nas auto-estradas com o seu pópó e a arrastar literalmente que se atravessasse à frente, também disse que "a direita está em guerra civil" e que o salvador da pátria é Pedro Nuno, o messias dos tempos modernos.

Isto mesmo sem tiros e bombardeamentos está a ficar um pouco extremado. A democracia está em perigo e a direita está em guerra, dizem! Está dado o mote para quem tem que decidir pela cabeça dos outros e não pela sua. Pela parte que me toca, como decido pela minha cabecinha, com o devido respeito, quero mandar esses políticos anunciadores do apocalipse e do armagedeão à merdinha com uma giga.

9 de dezembro de 2023

Centro Social - Assembleia Geral a 29 de Dezembro de 2023


Esta assembleia marcada para o próximo dia 29 de Dezembro de 2023, pelas 20:00 horas é deveras importante pois da sua ordem de trabalhos faz parte a eleição para os corpos gerentes para o quadriénio de 2024/2027. 

Como tem sido divulgado, por força dos estatutos o actual presidente da Direcção, Joaquim da Conceição Santos, não poderá concorrer ao mesmo cargo. No entanto, mostra-se disponível para ajudar em qualquer processo de transição para uma nova Direcção.

Esta é uma oportunidade para os sócios, sobretudo os mais jovens, aparecerem e demonstrarem o seu interesse e colocarem-se com novas capacidades e dinâmicas à frente dos destinos da Associação do Centro Social. 

É tempo e lugar para outros virem mostrar como é que se pode fazer mais e melhor, candidatando-se e sujeitando-se à escolha dos sócios.

De minha parte, que de há dois mandatos faço parte dos actuais corpos gerentes como secretário da Mesa da Assembleia, tal como já o tenho referido por aqui, terminarei as funções e não farei parte de qualquer lista. O lugar fica disponível para outros, quiçá mais empenhados e capazes. A freguesia está cheia de gente boa, capaz e ansiosa por fazer parte destas coisas de trabalhar à borlix ao serviço dos outros e da comunidade. Haja esperança que apareçam interessados e dinâmicos.