11 de setembro de 2025

Sim, vou à apresentação do Johnny Almeida (e à do Celestino, se houver)

Nestas coisas não sou melhor nem pior que os outros. Não recebo nem quero dar lições de moral.

Mas em muitas questões, nomeadamente na política, procuro ter uma visão aberta e tanto comungo alguns dos valores tradicionalmente ligados à esquerda, como também de vários valores mais relacionados à direita. Sou pelo concenso, moderação e equilíbrio. Não alinho em extremismos e fundamentalismos, mesmos os ideológicos. De resto, faz-me confusão ver alguns que se apregoam como democráticos e defensores da democracia, a terem posições extremadas, como se apenas eles os donos e senhores da razão e porteiros das estradas que conduzem ao lado certo.

Neste sentido, tanto mais numas eleições locais, para a nossa freguesia, com pessoas nossas conhecidas e amigas em ambos os lados, faz-me confusão que alguns se entrincheirem nos seus redutos, afastados dos outros como se estes com sarna.

Quando queremos votar de forma esclarecida, sem fundamentalismos ou apenas pelo partidarismo, será importante analisar ambas as listas e seus projectos e ideias e ouvir o que os cabeças-de-lista têm a dizer. Claro que nestas apresentações dispensam-se os lugares comuns de quem vem de fora, das estruturas partidárias, as quais, quase sempre esquecem as freguesias fora destes contextos de eleições.

Neste pensar e sentir, é minha intenção assistir neste Sábado, no Monte do Viso, pelas 18:30 horas, à sessão de apresentação do Johnny Almeida, pelo PSD, ouvir da boca do próprio o que tem a dizer e quais as suas ideias e projectos paraa  freguesia, bem como da sua equipa.

Mas também, obviamente, participarei na apresentação do Celestino Sacramento, se esta se vier a realizar - o que para já nada se sabe.

Sondagem / Inquérito às eleições autárquicas em Guisande - 2025 - Primeira análise


O Inquérito aqui lançado ontem, já teve 36 participações apesar de mais de 200 visualizações.Todavia, para um dia, não deixa já de ter alguma relevãncia.Assim, mesmo que ainda com pouca representatividade, permite já traçar algumas conclusões e perfil do eleitor guisandense. Vamos à análise de cada questão e peso das respostas:

1. Peso do partido político /candidatos

63,9% afirmam que o partido não é decisivo e 91,7% votam pela capacidade/personalidade dos candidatos.

Isto indica uma clara tendência de personalização da política local, onde as qualidades individuais superam a lógica partidária. Apesar disso, na nossa freguesia é ainda reconhecido um eleitorado mais velho muito arreigado, mesmo fundamentalista, valorizando o partido em detrimento da qualidade dos candidatos do lado oposto.

2. Idade dos candidatos

Apenas 25% consideram a idade importante.

Mas, quando questionados directamente, 66,7% preferem candidatos mais jovens.

A idade por si só não pesa, mas há uma preferência por renovação geracional, possivelmente ligada a novas ideias ou a maior energia. De resto é uma percepção normal já que mesmo em Guisande os jovens já são detentores de formação superior e mesmo com licenciaturas, por isso com capacidade e saber. Pelo contrário, pelo contexto da evolução da nossa sociedade ao nível da Educação,  os mais velhos, mesmo que com experiência e saberes, têm naturalmente menor formação académica.

3. Experiência política e formação

58,3% valorizam experiência em cargos autárquicos.

Já a formação académica/profissional (33,3%) e a área profissional (25%) são pouco relevantes.

A experiência prática pesa mais do que os diplomas. O eleitorado valoriza o envolvimento e provas dadas em funções locais, não apenas em currículos. 

4. Envolvimento cívico

75% consideram o envolvimento comunitário um factor decisivo.

A proximidade real com a freguesia é vista como fundamental, mais até do que idade, profissão ou formação. Esta situação é compreensível, já que, naturalmente, quem presta serviço de cidadania em grupos ou movimentos na freguesia e paróquia têm uma acção mais visível e por isso geram maior confiança e valorização.

5. Prioridades locais

Arruamentos lideram (38,9%) como principal necessidade de obras.

Seguem-se espaços desportivos e sede da Junta (ambos 16,7%), e zonas religiosas (13,9% cada).

A prioridade clara é infraestrutural e funcional (estradas/acessos), acima de património ou cultura. Pode resultar daqui uma percepção de que as intervenções nos espaços envolventes a equipamentos religiosos devem merecer apoio de outras entidades, como a Câmara Municipal, e não apenas da Junta de Freguesia.

6. Expectativas da futura Junta

Proximidade e envolvimento (41,7%) e obras/melhoramentos (38,9%) quase empatados.

Limpeza (11,1%) e cultura/desporto (8,3%) ficam em segundo plano.

Os eleitores querem uma Junta ativa e próxima, com foco em infraestruturas básicas.

7. Avaliação da União de Freguesias

Apenas 2,8% avaliaram como “bom”.

Metade (50%) acha “mau” e 47,2% “razoável”.

Existe forte insatisfação com a gestão anterior, o que abre espaço para a renovação. Apesar disso, é difícil perceber uma relação da gestão do PS pu do PSD já que ambos governaram a União de Freguesias.

8. Perfil desejado para os candidatos

Proximidade/inovação (38,9% cada) são igualmente valorizados.

Humildade/seriedade (11,1%) e promoção de valores (11,1%) são secundários.

Espera-se alguém dinâmico e próximo, capaz de executar projetos concretos.

9. Perceção sobre os partidos (PSD/PS)

63,9% acham que os partidos só aparecem em época eleitoral.

Reforça a visão de que o partidarismo é secundário e há distância entre estruturas concelhias e a realidade local.

10. Cabeças de lista

PSD: 41,7% consideram boa escolha, mas 38,9% acham que havia melhor opção.

PS: 41,7% acham que havia melhor opção, 25% que foi uma boa escolha.

Tanto no PSD como no PS há divisão e algum descontentamento com as escolhas feitas. É notório que ambas as listas tiveram dificuldades na sua composição, com recusas de várias pessoas. Estas dificuldades resultam também de um alheamento e descrédito da classe política e nem os partidos revelam interesse pelas comunidades para além dos perídos eleitorais. Por outro lado, 12 anos numa União de Freguesias contribuiram para uma erosão dos valores identitários junto dos mais jovens.

11. Confiança nos candidatos principais

61,1% confiam em Johnny Almeida ou Celestino Sacramento.

36,1% preferem esperar para ver.

Existe confiança moderada, mas também cautela: expectativas altas, mas prudentes. 

Por outro lado, pode haver reservas fundadas já que o elitorado também procura estbelecer confiança e uniformidade de qualidade com base em toda a lista, ou principalmente nos três primeiros elementos e não apenas no cabeça-de-lista.

12. União pós-eleições

69,4% acreditam que a freguesia ficará unida depois das eleições.

Predomina o optimismo quanto à coesão social, independentemente do resultado.

13. Intenção de voto

97,2% dizem que vão votar.

Demonstra forte mobilização cívica, o que pode ser decisivo para a legitimidade da nova Junta. Se esta tendência se verificar, significa que pode baixar a abstenção e com isso uma maior participação e também uma maior imprevisibilidade.

Resumo final:

O eleitorado de Guisande vota mais em pessoas do que em partidos.

Prefere candidatos jovens pelo seu dinamismo, de preferência experientes e próximos da comunidade.

As infraestruturas básicas (arruamentos) são a maior prioridade.

Há insatisfação com a gestão anterior, mas também optimismo quanto ao futuro.

Tanto no PSD como no PS enão é claro um concenso sobre a escolha dos cabeças de lista.

A taxa de participação tende a ser muito elevada (97%), mostrando grande interesse na mudança local.


Se ainda não votou VOTE AQUI

10 de setembro de 2025

Autárquicas 2025 - Guisande - Sondagem / Inquérito


Costuma-se dizer que as sondagens valem o que valem, mas também é certo que podem ser um indicador de intenção de voto ou de escolha. Neste sentido, abro aqui uma sondagem onde os guisandenses com direito a voto podem responder a algumas questões que podem ajudar a traçar um retrato do eleitorado e suas percepções.

Inicialmente pretendia apenas abrir uma sondagem com a simples questão quanto à intenção de voto, se no Johnny Almeida, pelo PSD, ou se no Celestino Sacramento, pelo PS.  Todavia, sabendo do que a casa gasta e das limitações técnicas do sistema que podem fazer com que votem eleitores fora de Guisande, ou mesmo sem idade de voto, ou ainda, quem souber, votar várias vezes, contornando as verificações do sistema, optei por não lançar a sondagem nesses moldes pois assim poderia ser, em muito, desvirtuada, e isso não seria positivo para qualquer um dos candidatos nem para o objectivo pretendido, isto é, de forma rigorosa, com isenção e apenas uma escolha por eleitor.

Por conseguinte, a presente sondagem nem é tanto isso, mas antes um inquérito, em que se procura traçar um retrato geral e perceber o entendimento e percepções dos eleitores guisandenses, mesmo daqueles que ainda sem idade para votar mas com um entendimento claro e futuros eleitores, por isso os adolescentes.

Neste inquério, a cada questão é orbigatório responder com uma opção. As escolhas são registadas pelo sistema de forma anónima, pelo que não são colectados quaisquer dados pessoais e nem mesmo eu, o autor, saberá quem vota. O sistema apenas faz a verificação do IP de modo a impedir ou a dificultar múltiplas escolhas na mesma origem.  Todavia, pede-se o favor dos participantes procurarem responder de forma consciente e honesta para que o resultado seja o mais real possível.


VOTE AQUI


Os resultados vão sendo exibidos e actualizados online conforme as votações, em número e em percentagem.

9 de setembro de 2025

Ó Santa Maria, Maria de Lamas ( e do Jorge Jesus)


Santa Maria de Lamas. No Domingo assisti à saída da procissão que por lá, tem horas certas de sair e, não sei por que motivos, deambula pelas ruas durante horas. Um exagero. Nem sempre mais é melhor, mas tradições são tradições, não se beliscam porque mexem com bairrismos.

O tapete na estrada já não é só de flores. É mais fácil moldar sal colorido do que dispor, uma a uma,  pétalas, a esvoaçar aos caprichos do vento.

A multidão aconchegava-se nas bermas, e mesmo sem exagerado calor procuram-se as sombras . Nas mãos os telemóveis são mais que muitos, a fotografar  para uma memória que não terá futuro porque raramente se guardam. Come-se sem ter fome.

Ao meu lado um casal típico, terra-a-terra. Ela redondinha, baixa, serena, sorridente obediente ao “chefe”. Ele, com falta de dentes, nariz adunco, de boné a tapar a careca e vestido a rigor para a procissão, com a camisola do clube da terra, e nas costas, sobre um qualquer número, o nome estampado de Jorge Jesus. Fico sem saber se o nome dele, se de algum jogador da terra, se o do treinador, o que foi do Benfica e Sporting e nos últimos anos tem andado por terras de camelos a navegar nos milhões.

Certo é que o homem, como trolha à moda antiga, não se calava, sempre a palrar, a debitar bitaites, com  caralhadas à mistura, ora a meter-se com algum conhecido que passava ou fazia parte da equipa dos andores, a sugerir uma cerveja, ora a replicar com a esposa: - Caralho, mulher, já não te disse que são 26 andores? Já os contei na igreja! Deixa de ser chata! - Foda-se!

Ao meu lado, outros vizinhos pareciam incomodar-se com este falatório e sobretudo com o vernáculo e encolhiam os ombros ou murmuravam entre dentes: - Pouca vergonha! Sinceramente…

Mas a procissão, lentamente lá foi desfiando os andores. Entretanto começa o sino a repicar e o “vizinho” falador lá disse para quem quis ouvir: - Olha, está a sair o andor da Senhora. É a ultima porque o sino começou a tocar!  É a senhora! Santa Maria de Lamas!

Certo é que, dali a instantes, ao passar o andor da Senhora, porventura o menos deslumbrante e florido dos 26, o “vizinho” adepto da bola, tira o boné, descobre a careca, e à sua passagem faz uma genuflexão demorada, sentida.

Todos os santos e santas que antes passaram, incluindo Jesus Nosso Senhor, chefe deles todos, não lhe mereceram qualquer veneração, mas antes um falatório entremeado de caralhadas. Mas a Santa Maria de Lamas, vá lá saber-se por que razões, dispensou toda a atenção e veneração.

Há coisas assim! Ficamos sem saber se é fé ou fezada ou se há  ali uma genuína devoção e se a Santa Maria, de Lamas ou de qualquer outro sítio, acode às preces destas criaturas singulares, intercedendo a Seu Filho, pelas suas misérias, a relevar as suas caralhadas e a dar-lhes sorte no que sejam as suas vidas, que hão-de ser dedicada à paixão do futebol, de beber umas cervejas e a impertigar-se com as mulheres que, talvez por igual devoção à Santa Maria, os vão aturando ou a planear, um dia destes, a mandá-los à merda!.

É mesmo assim: Por vezes o principal interesse numa procissão não é ver os santos a passarem, a beleza dos seus andores, a vaidade e o bairrismo de quem os transporta, comedidamente trajados ou de calções e chinelos como quem vai à praia ao Furadouro, da solenidade rubra do padre debaixo do pálio, ou das entidades civis que o seguem todas empertigadas, em vésperas de eleições, ou mesmo o acerto do passo da banda filarmónica e do sentimento das pesarosas marchas. O interesse pode estar simplesmente ao lado, numa qualquer figura típica ou singular, anónima ou com o nome de Jorge Jesus.

Como cantavam no conjunto típico "Esperança": - 

Ó Santa Maria, terra onde eu nasci, 

Quantas vezes lá fora, eu chorei por ti.

Trabalhando, rezando, por vezes cantando

Eu pensava em ti.

Ó quanto eu te quero, e tanto me lembras,

E quanto me queres e tanto me chamas,

Ó Santa Maria, Maria de Lamas ( e do Jorge Jesus)




8 de setembro de 2025

Algumas propostas, ideias e sugestões para a futura Junta de Freguesia

 


Algumas propostas, ideias e sugestões para quem vier a governar a Junta de Freguesia.

Considero que em sede de campanha eleitoral para uma Assembleia de Freguesia, devem todas as forças concorrentes e seus elementos, nomeadamente aqueles que, vencendo, assumirão funções executivas, estar receptivos a sugestões e propostas dos cidadãos, de modo a que possam, querendo e achando-as válidas, integrá-las nos seus programas ou nos planos  de actividades durante o mandato.

Também considero, e porque já fiz parte de uma Junta - mesmo que num papel menor, de vogal sem competências - que pelas dificuldades próprias de uma pequena Junta de Freguesia, sem grandes recursos financeiros e logísticos, não é possível fazer tudo o que se deseja, por mais válidas que sejam as ideias e os projectos. Importa, pois, mesmo que com alguma ambição, haver realismo.

Não obstante, também sei que há várias coisas, procedimentos, iniciativas e eventos que podem ser realizados sem grandes custos, dependendo apenas de vontade, dinamismo e acção.

Quanto às obras e melhoramentos, atendendo às características da freguesia de Guisande, não é difícil estabelecer as prioridades e o que deve ser feito. É a minha opinião mas creio que será também a de qualquer futura Junta:

- Obras e melhoramentos, arruamentos e espaços públicos: Onde se mostre necessário, nomeadamente:

- No monte do Viso:

Requalificação dos espaços envolventes da capela do Viso e arraial, requalificando espaços de circulação, passeios e espaços verdes. 

Não sendo uma prioridade, será de se equacionar o revestimento da bancada do terreiro, conferindo-lhe mais qualidade e estética.

No coreto deverá ser feita a obra de pintura da cobertura, que começa a mostrar desgaste e oxidação.

Ainda no monte do Viso, criar condições para o alargamento do troço da Rua de Santo António, do lado norte, onde em dias de eventos o trânsito flui com dificuldade. Creio que há condições para a concordância dos proprietários. De resto, este alargamento só não foi realizado no segundo mandato do PSD da União de Freguesias por manifesta falta de vontade da Junta, já que pelo final do primeiro mandato, eu próprio obtive a concordância dos proprietários de ambos os lados da rua e faltava apenas formalizar o protocolo com a Câmara..

- Na Igreja matriz e envolvente:

- Requalificação de toda a zona envolvente da igreja matriz e sede da Junta de freguesia. Será uma obra dispendiosa,  de mandato ou até para dois, e só com o apoio da Câmara Municipal será possível. Não obstante, se noutras freguesias foram investidos milhões, por justiça alguma verba deve haver para esta obra.

- Requalificação da zona onde existe os eco-pontos na zona do Ribeiro: Fosse eu a decidir e os ecopontos seria mudados para outro local na freguesia onde o impacto de uma má utilização e falta de civismo, não seja tão negativo face à proximidade da igreja matriz, a zona nobre da freguesia. Um espaço que me parece adequado será na Rua do Outeiro, junto ao cruzamento com a Rua da Igreja e Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna, ao lado da A32.

- Ponte da Lavandeira na Barrosa:

- Na ponte propriamente ditam considero que pelo pouco trânsito e de carácter local, não é uma prioridade significativa, mas havendo margem é de pensar no seu alargamento e rectificação da parte da estrada, essa sempre em mau estado, sobretudo do lado poente.

- Pavimentação de passeios públicos:

Há na freguesia vários troços de passeios públicos, nomeadamente na Barrosa e Quintães, já definidos com guias mas sem pavimentação. Sendo espaços públicos, devem ser devidamente tratados e pavimentados. Onde for possível, fazer o tratamento de algumas bermas de ruas, com meias canas em betão de modo a reduzir o crescimento de vegetação e a permitir um melhor escoamento de águas pluviais.

- Rua das Quintães:

Com negociação com o proprietário, e refazendo o muro de suporte, creio ser possível alargar a curva  mais apertada,  que estrangula a estrada e assim melhorar a circulação, incluindo de autocarros.

- Rua da Zona Industrial:

- Está mais que visto que esta estrada, a mais degradada da freguesia, não foi nem vai ser requalificada no presente mandato. A instalação das redes de água e saneamento foi sempre adiada, em detrimento de investimentos mais vistosos e já se percebe que vai ficar apara a futura Junta. 

- Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna:

Com o tempo a esgotar-se, em fim de mandato, também me parece que as sarjetas para escoalmento de águas pluviais  realizadas na Rua Nossa Senhora de Fátima, entre os lugares da Leira e da Gândara, e que ficaram sem os respectivos remates de pavimento, também irão passar ao lado do actual mandato e será mais uma herança para a futura Junta. Logo que possível deve fazer-se os remates porque como estão facilitam o acidente e ainda há semanas houve ali um despiste grave.

- Rua dos Quatro-Caminhos:

Por via das instalações de redes de águas e saneamento, algumas ruas apresentam depressões significativas, como a Rua dos Quatro-Caminhos. Importará chamar à responsabilidade a Câmara e a Indáqua para repor estas situações bem como adoptar uma política de exigência de bom acabamento em todas as intervenções pela concessionária nas ruas, pois invariavelmente os remates são feitos grosseiramente e assim se mantêm por meses e anos, ou com lombas, com depressões ou com rebaixos com arestas, como na rua das barreiradas e outras. Quem estraga deve consertar devidamente.

- Abrigos de passageiros:

Remodelar ou requalificar alguns abrigos de passageiros, vandalizados, deteriorados ou com aspecto de barracos, como no lugar de Estôze. Se necessários, requalifiquem-se. Se desnecessários, que se removam.

- Apoio ao Centro Social e Centro Cívico:

Como equipamento agregador e adequado a muitas das acções cívicas e comunitárias, é legítimo que a associação e o seu equipamento recebam apoios anuais adequados à conservação e subsistência. De que modo e em que peso, merecerá uma análise adequada e de acordo com a disponibilidade financeira da Junta, mas de modo justo equilibrado. Procurar envolver nesse esforço o município nomeadamente na alocação de um(a) funcionário(a). 

Mesmo para a própria Junta, procurar na Câmara e do seu quadro de pessoal. a alocação de um funcionário operativo, nomeadamente para serviço de coveiro e limpezas, des resto como já acontece na União de Freguesias..

- Associativismo: Guisande F.C., Guisande Trail Running, outros:

Apoiar todos os grupos, formais ou informais que tenham acções positivas no desenvolvimento de eventos e iniciativas que envolva a comunidade. manter e melhor por protocolos a utilização de espaços da Junta como pontos de encontro ou sedes dos grupos, como os já existentes.

Apoiar o Guizande FC: nomeadamente na limpeza e conservação do campo de jogos e instalações, também de forma equilibrada.

Face ao recuar da palavra dada pelo actual executivo da União de Freguesias quanto ao apoio à obra de instalação do relvado sintético, procurar forma e um plano de apoio, mesmo que pluria-anual para que a obra se faça, aproveitando a parte que à Câmara Municipal cabe apoiar.

Apoiar a continuidade da organização do evento do Trail do Viso, organizado pelo Guisande Trail Runnig e estudar a implementação de outros eventos similares no âmbito da prática desportiva, nomeadamente no aproveitamento das instalações do polidesportivo de Casaldaça, recentemente requalificada pela Câmara Municipal, mas a precisar de requalificação ao nível das instalações do balneário.

Para além das obras referidas e outras que se mostrem oportunas ou urgentes, bem como do apoio ao Centro Social e Centro Cívico e ao Guisande F.C., deixo algumas sugestões de algumas obras, melhoramentos e de pequenas mas significativas coisas e acções que gostaria de ver a futura Junta de Freguesia de Guisande a implementar ao longo do mandato. Concerteza que nem tudo poderá ser feito, mas há várias coisas que pelo seu baixo investimento podem perfeitamente ser concretizadas, até porque dependem apenas de vontade própria em agir e a capacidade de dinamizar:

Outras sugestões:

1 – Procurar requalificar o edifício da sede da Junta, dotar o mesmo com condições de acessibilidade ao piso do Andar, substituir a cobertura em fibro-cimento com amianto e dotar a fachada principal com elementos que emprestem uma estética de modernidade, como uma solução adoptada na sede da Junta em Louredo, por exemplo. Melhorar a qualidade de conforto térmico do edifício da sede da Junta, nomeadamente no salão de sessões de assembleia de freguesia e do espaço de arquivo e atendimento. Os móveis existentes na secretaria e arquivo já não se adequam a uma imagem de modernidade.

2 - Tratamento e organização do arquivo documental da freguesia e sua digitalização. Quando estive na Junta pude comprovar o mau estado do arquivo e acondicionamento de documentos importantes, como os livros de actas, antigos e mais recentes. Na altura já estava perdido um importante livro de actas, do período anterior à união de freguesias. Lamentavelmente, no acto da transmissão de poderes entre a Junta de Freguesia e a Comissão Administrativa, não foi feita a verificação da existência dos livros de actas e outros importantes documentos. Lamentável e injustificada essa perda. Alguém, com propósitos desconhecidos, tratou de o fazer desaparecer. Tlavez por algumas actas incovenientes. Creio que, volvidos oitos anos ainda não apareceu esse livro de actas, o que se lamenta e só por falta de controlo e defesa desses valores.

Também me apercebi que as actas das reuniões de Junta, mais recentes do paríodo anterior à União, estavam mal organizadas para além de elaboradas de forma muito básica e amadora, com assuntos importantes a serem registados de forma básica e resumida. Neste contexto, será importante adoptar critérios. procedimentos adequados e rigorosos na elaboração de actas, que devem ser tão exaustivas quanto possível e haver cuidado noutros documentos institucionais, de comunicação e imagem.

Será interessante começar a formar um acervo fotográfico de todos os aspectos da paisagem urbana e natural para memória futura, bem como procurar, mesmo que com doações ou autorizações de duplicação por parte de terceiros, de fotografias antigas da comunidade, que sejam um acervo e testemunho visual das nossas raízes. Se possível, com as devidas autorizações, formar um registo das nossas gentes, sobretudo dos nossos mais velhos, também para memória futura.

Procurar adoptar procedimentos de levantamento fotográfico de todas as obras, o antes e o depois, para registo futuro. De minha parte contribuirei com o que tenho.

3 – Em diálogo e concordância com a família proprietária, afixar uma lápide, em granito ou metálica, na fachada exterior da casa da Sr. ª Natália, em Casaldaça, a evocar que ali durante décadas existiu o principal Posto Escolar antes da construção da Escola Primária do Viso. Também na casa da esposa do Manuel Tavares do Viso, onde também funcionou uma escola de raparigas antes da Escola do Viso.

4 – Em diálogo e concordância com a família proprietária, afixar uma lápide, em granito ou metálica, na fachada exterior da casa na Rua Cónego Ferreira Pinto, em Casaldaça, anteriormente propriedade da Sr.ª Amália e agora de um sobrinho, o Sr. Agostinho, a evocar que ali durante vários anos funcionou a sede da Junta de Freguesia de Guisande, desde o 25 de Abril de 1974 até à edificação da actual sede da Junta.

5 – Criar um prémio ou evento anual de reconhecimento a uma figura ou grupo da freguesia que de algum modo tenha tido uma acção meritória na área da cidadania, defesa e valorização da freguesia, acção social, cultural, desportiva, recreio e entretenimento, etc.

O prémio para além da referência em Assembleia de Freguesia e atribuição de um voto de reconhecimento, poderia incluir um valor monetário, mesmo que simbólico, ou um qualquer elemento artístico a elaborar, como uma medalha, troféu ou diploma.

6 – Criar um evento anual de entretenimento e defesa e divulgação de gastronomia, promovendo um festival de sopas, que seriam elaboradas por pessoas mais velhas da freguesia e que integradas num evento de convívio e gastronomia seria alvo de escolha por um júri ou votação alargada entre os visitantes. Tentar promover a tradição da regueifa à moda de Guisande ou preservar as memórias associadas.

O evento teria um valor de entrada e pelo qual se poderia provar as diferentes sopas. Outros produtos como bebidas e sobremesas seriam vendidas e com receita para o Centro Social ou outra colectividade ou grupo a determinar. O prémio poderá ser monetário ou simbólico.

7 – Criar uns dois ou três elementos de geocaching, interligados, que permitam trazer gente praticante dessa actividade à freguesia e dar a conhecer alguns pontos ou património do nosso território.

8 – Promover concursos de arte com temas ligados à freguesia nos seus diferentes aspectos, como fotografia, desenho, poesia e prosa. Promover acções de arte urbana e de rua, apoiando pinturas ou murais em espaços desaproveitados, públicos ou privados, com concordância dos proprietários, com carácter efémero ou definitivo.

9 – Promover actividades recreativas direccionadas para o conhecimento da história da freguesia, património natural e edificado, junto da população e de fora da comunidade.

10 – Promover intercâmbios inter-freguesias, a nível do concelho e fora dele, com troca de experiências. Procurar, em parceria com as juntas de Lobão, Gião e Louredo, manter o formato da “Corga da Moura” como ponto de convívio inter-local e apoio às colectividades.

11 – Apoiar iniciativas de promoção à leitura e poesia bem como apoiar eventuais publicações de livros ou livretos de autores da freguesia.

12 – Envidar esforços junto dos jovens para reactivar a Associação Cultural da Juventude de Guisande e apoiar a activação do jornal mensal “O Mês de Guisande”, em papel opu formato digital. Apoiar os grupos e associativismo como o Guizande F.C. e Guisande Trail Running. Promover a utilização regular do rinque polidesportivo em Casaldaça.

13 – Incentivar programas de reconhecimento por intervenções de cidadania, como limpeza das ruas defronte das próprias casas, etc.

14 – Mesmo que sem qualquer filosofia de incentivo à natalidade, porque na realidade não resulta apenas com tais iniciativas, deve-se manter o programa similar levado a cabo pela União de Freguesias, que poderá ter a designação de “Bébés da nossa terra” com um valor monetário simbólico e um cabaz de produtos adequados aos primeiros tempos do bebé e da mãe.

15 – Na rotunda da Farrapa, no entroncamento da Rua Cónego Ferreira Pinto e Rua da Igreja, eliminar o cimentado, ajardinar e no centro plantar uma oliveira e dar ao espaço a designação de ´”Largo da Independência” em memória da obtenção da independência da freguesia em seguimento da desagregação da união de freguesia.

16 – Em parceria com o Guisande Trail Running, desenvolver esforços para realizar um percurso pedestre ao longo das margens da ribeira da Mota e mesmo pelo interior das matas, aproveitando caminhos e trilhos da freguesia, com sinalização e manutenção e limpeza regulares e fazer a sua promoção para um autilização de visitantes.

17 – No âmbito das actividades do Centro Social e Grupo Solidário, desenvolver iniciativas de proximidade e convívio dos nossos mais velhos, como apoiar a Ceia Solidária de Natal, manter o passeio convívio, promovendo visitas, convívios, tertúlias, etc. combatendo a solidão, isolamento e esquecimento Podem-se fazer coisas bonitas por pouco, mas apenas com o envolvimento de todas as forças vivas e paroquiais.

18 - Apoiar a organização da Festa do Viso e outras de carácter paroquial e comunitário.

Em resumo, outras mais sugestões poderiam ser aqui propostas, e cada cabeça sua sentença, mas enquanto comunidade devemos ser positivos e procurar desenvolver iniciativas diferenciadoras ou que pelo menos possam contribuir para uma comunidade mais inclusiva e solidária. Muitas delas, como justifiquei, envolverão poucos recursos financeiros mas antes vontade de fazer e capacidade de mobilizar e incentivar.


Guisande 7 de Setembro de 2025

Américo Almeida

Jogar às claras, olhos nos olhos


Para uma eleição para uma qualquer Assembleia de Freguesia, tanto mais numa pequena freguesia como a nossa ou similares, é das regras que é importante uma campanha de proximidade, porta-a-porta, para com realismo transmitir as ideias e os projectos e a forma como os concretizar. Importa dar-se a conhecer, ouvir opiniões, sugestões e até queixas, de modo a definir estratégias e soluções para, uma vez assegurada a eleição, passar à acção e dar respostas tanto quanto possível.

Em todo o caso, uma campanha de proximidade, porta-a-porta, deve ser feita pela equipa e sobretudo pelo líder, pelo cabeça-de-lista, aquele que, em caso de vencer as eleições, será indicado como presidente de Junta. É a ordem natural das coisas e de facto dá a cara e responde quem é o líder, a figura principal.

Ora quando assim não acontece, e à frente, sem se saber com que legitimidade ou a mando de quem, anda alguém que nem sequer faz parte de uma lista, por isso como um pau mandado ou arvorado por uma legitimidade que não tem, pergunta-se se isso é positivo ou negativo para o respectivo cabeça-de-lista e respectiva equipa e por, conseguinte, se para o resultado final? Tanto mais quando sem qualquer legitimidade e garantia de cumprimento, se procura aliciar com promessas de carácter privado em que nem sempre o bem público e comum é resguardado do benefício privado e particular.

Deve, pois, haver cuidado bastante neste tipo de tática, principalmente quando se constata que no passado não deu resultados e ainda por cima por parte de quem contribuiu  para uma pesada herança que outros tiveram de pagar à frente, por mais que  usados argumentos de negação, na velha máxima de que uma mentira dita muitas vezes passa a ser verdade.

Este pensamento é num contexto geral e cada um conclua o que quiser. Além do mais, quem vive estas coisas apenas com o fanatismo partidário não conseguirá fazer a destrinça. Afinal, o pior cego é o que não quer ver, diz o povo.

As campanhas eleitoraias, de um modo geral, não têm grandes segredos e devem basear-se na humildade, na capacidade de dar uma esperança fundada aos eleitores e num firme propósito de servir e estar próximo, mesmo que dentro dos condicionalismos e dificuldades de uma Junta de uma pequena freguesia. Não há milagres e quem já fez parte duma Junta sabe disso.

Não há nada para inventar e iremos mal quando cada um de nós não formos capazes de pensar e decidir pela nossa própria cabeça e capacidade de análise, mas apenas a não resistir a receber rebuçados ou outras coisas doces, que no futuro outros terão de pagar amargamente.

Haja, pois, de parte a parte, bom senso e nada de procedimentos rasteiros e manhosos, tantas vezes conspurcando a vida pessoal de quem se mete nestas coisas apenas com o propósito louvável de servir a freguesia e a comunidade. Não somos muitos pelo que todos são precisos e a unidade de uma comunidade como a nossa não ganha nada em dividir-se fora do jogo limpo e das regras de civismo e democracia.

Por isso, respeito, frontalidade, civismo e jogo às claras, sem alguém a minar ou a sabotar o terreno, deseja-se. 

Não recebo nem dou lições de moral a alguém, mas quando em 2014 andei literalmente porta-a-porta, dialogando com cada um e cada uma, a fazer campanha pelos valores em que acreditava em poder ajudar a freguesia na transição para a famigerada União, tive que lutar contra a má impressão em relação ao cabeça da minha lista, em que entrei como independente, bem como andar a esclarecer e a desfazer boatos e badalhoquices que alguém andava à frente e atrás a espalhar, mesmo com ataques e suspeitas de foro pessoal. Por isso sei do que falo e, em muito por isso, como gato escaldado, entendi desde a primeira hora que a solução para este ciclo seria uma lista independente, a unir, a não separar. Com pena minha, porque nessa condição poderia ajudar, não se foi por aí, antes pela forma habitual por via partidária, pelo que, de minha parte, desejo que a campanha seja o mais respeitosa  e clara possível, sem táticas manhosas, tão próprias de um tempo que já passou.  

Como qualquer um, na eleição vou ter que optar por uma das listas, porque votar em ambas é voto nulo, mas em ambas as listas tenho gente em quem confio e com reconhecido amor pela terra e capacidade. Outros, nem por isso e são meros desconhecidos ou desconhecedores da freguesia. Mas também aqui é necessária a inclusão e com isso uma possibilidade de haver uma maior ligação por parte de quem não a tem.Todos somos poucos.

Se em qualquer momento eu decidir expressar publicamento o meu apoio, será ao Johnny Almeida ou ao Celestino Sacramento, e não ao PSD ou ao PS. Será sempre uma decisão livre e pensada nas melhores opções e perspectivas, incluido capacidade de decisão, vigor nas acções, da qualidade das ideias e projectos,  mas sem nunca perder o respeito, consideração e estima pessoais  pelos que integram a outra parte. 

Haja, pois, respeito, porque todos devem querer o bem comum, o da nossa comunidade e das nossas pessoas. Táticas e campanhas manhosas, próprias do passado, não devem ter aceitação por quem se considera capaz de decidir por si próprio.

5 de setembro de 2025

Autárquicas 2025 - Guisande - Apoios ao PSD

 



Hoje em dia, com a importância das redes sociais, estas são veículos indispensáveis nas dinâmicas de campanhas eleitorais, tanto mais em contexto de eleições autárquicas em que há um conhecimento mais pessoal e local dos intervenientes.

Neste contexto, os diferentes partidos usam as redes sociais, nomeadamente o Facebook para fazer chegar as mensagens de apoio de diferentes pessoas. 

Em Guisande, a coisa começou tarde e tem sido o PSD, e o seu cabeça-de-lista Johnny Almeida a dar os primeiros passos na pré-campanha eleitoral. Pelo lado do PS e do Celestino Sacramento, seu cabeça-de-lista, ainda nada se viu, pelo que se aguarda.

Uma das primeiras pessoas a comceder o apoio público ao Johnny Almeida ao nível das redes sociais foi o Luís Bastos, engenheiro mecânico e director de produção, do lugar de Fornos. 

Por conseguinte, aos poucos, certamente iremos assistir a um desfilar de apoios de um lado e outro. O peso destes apoios vale o que vale, mas são sempre importantes e ajudam a passar uma ideia de dinâmica e de envolvimento entre os eleitores e os que se propõem a ser eleitos.