20 de agosto de 2023

Panis et circenses, sufficiunt

Quando percorro uma certa freguesia vizinha, seja de carro, de bicicleta ou como ainda hoje a correr, pergunto-me se esta terra tem alguma coisa parecida com uma junta de freguesia que cuide e trate das suas coisas mais elementares, para além de registar uns cães ou mandar abrir as covas para quem falece, mesmo que a cobrar por isso? A resposta a mim próprio é de dúvida e não de certeza, porque pelo menos por aquilo que é dado a observar, pelo aspecto de abandono e desmazelo dos espaços públicos, ruas, valetas e passeios, parece que não, que não tem.

Mas tem, concerteza, porque de tempos a tempos lá vai havendo eleições e alguém, por vezes repetidamente, acaba por vencer. Mas volto a perguntar a mim mesmo quais são os critérios dos eleitores que escolhem aqueles que serão eleitos? Pela sua capacidade de fazerem bem, em prol de todos, com qualidade e competência, ou no caso e como no caso, em contexto de uniões de freguesias, por alguém que trata melhor da sua do que a  dos outros? Talvez sim, talvez não. Em rigor, por mais que nos digam que a fantástica democracia é isto mesmo, que somos todos nós a escolher e a legitimar quem nos representará, a verdade é que isso é mais ou menos uma treta, poque na realidade 51 decidirão sempre por 49. Dirão, concerteza, que é na aceitação dos 49 pela escolha dos 51 que reside a virtude da democracia. Será, pois será, até porque em rigor não há sistemas alternativos perfeitos, mas para qualquer um dos 49, será indiferente que sejam 51 a decidir por si ou se apenas 1. 

Em todo o caso, não há volta a dar nestas equações e continuará a ser assim até que o povo queira. Por isso, e tomando como exemplo de que nem vale a pena citar nomes, até porque é chapéu que facilmente encaixa em várias outras cabeças, os eleitores das freguesias maiores, mesmo que sem essa objectividade e propósito, decidirão sempre o que fazer com as menores, incluindo o seu esquecimento, já para não dizer desprezo. 

Mas, verdade se diga, esta minha interrogação e dúvidas, que poderão ou não ser partilhadas por outros, no geral não preocupam, porque, mais arroba menos quintal, somos pouco exigentes e havemos sempre de marcar o nosso voto em gente de boa vontade mas incapaz, honrada mas ineficaz, no que toca a esta coisa de gerir os interesses comuns de forma justa, equilibrada e proporcional e até no princípio de reduzir a velocidade de quem vai à frente para que os mais atrasados se aproximem e todos possam caminhar à mesma velocidade. 

Ao fim e ao cabo,  para manter esta pouca exigência do povo,  bastará à maioria que na devida medida não lhes falte o pão e o circo, tal como já há  mais de dois milénios os romanos tinham como orientação para governar Roma e o resto do império. Por isso, no geral, lá vamos nós todos contentinhos com pulseiras nos pulsos abastecer-nos das nossas doses de pão e circo e assim vamos andando acomodados, pelo menos pouco exigentes com quem nos deve servir num sentido de cidadania de todos para todos e não de alguns apenas para alguns. A quem interessa que uma rua esteja esburacada há longos meses, se não é a nossa rua ou por ela não temos necessidade de transitar? A quem interessa que alguém deixe uma obra pública inacabada durante longos meses, num laxismo e desresponsabilização, quase mesmo num desprezo absoluto pelos contribuintes e cidadãos? A quem interessa que os orçamentos se esvaiam significativamente em pão e circo?

As nuvens são macias e dizem que doces, pelo que a muitos pouco importará descer à terra,  à dureza da realidade. Assim sendo "panis et circenses, sufficiunt".

19 de agosto de 2023

Carlos Cruz - Apresentou livro com biografia de Justino Cruz

 


Decorreu na tarde de hoje a apresentação pública do livro de autoria de Carlos Cruzadas (Carlos Cruz), no qual traça a biografia de Justino Cruz, um ilustre filho da terra, de Labercos - Lomba - Gondomar, seu conterrâneo e parente. O biografado é emigrante de longa data na Alemanha, com uma forte ligação ao mundo da filatelia, ou seja, do coleccionismo de selos postais, sendo nessa área um reconhecido especialista, não só nesse país germânico mas também em Portugal,  tendo sido co-fundador do Clube Filatélico Português, em 1975, e seu presidente honorário desde 1995. Detém a medalha honorária da cidade de Estugarda - Alemanha.

Apesar de ilustre e reconhecido entre os seus pares, o autor, Carlos Cruz, considerou que era de justiça trazer esse reconhecimento exterior também para junto das suas humildes origens, ou seja na sua aldeia natal. Daí o livro e o registo biográfico.

Foi assim, num clima muito intimista e informal que decorreu a apresentação, enriquecida com leitura de poesia e momentos musicais. No final, depois das palavras de reconhecimento do biografado, que também se expressou em alemão para alguns dos presentes vindos da Alemanha, aconteceu o tradicional Porto de Honra e venda de exemplares do livro e sessão de autógrafos e dedicatórias por parte do homenageado.

Para mim foi prazeroso estar presente e, sem contar, tive o privilégio de ser convidado pelo Carlos a ler um poema. 

Mesmo que sem sermão encomendado e de forma muito espontânea, aproveitei o ensejo para deixar algumas palavras onde procurei enaltecer o momento e os intervenientes, o Carlos e o Justino, lembrando aos presentes o orgulho e importância que devem ter por esses filhos da terra. O Carlos, como disse, mesmo que já com mais anos de vivência na freguesia de Guisande do que na sua terra natal, nunca de desprendeu das origens, das raízes e cepa da árvore que o moldou naquilo que é na sua génese. Quando muito, foi um ramo transplantado para Guisande e dessa forma continua a dar frutos em dois terrões diferentes.

Por conseguinte, salientei que uma terra pode ter coisas bonitas mas vale essencialmente não por aquilo que é mas por aquilo que tem e nesta equação as pessoas e os seus valores são o mais importante. Resulta disso, mesmo que em funções e rumos de vida diferenciados, o Carlos e o Justino, ambos Cruz, representam o que de bom pode ter uma terra, os seus filhos, as suas árvores humanas. Uma comunidade deve, pois, cuidar das suas árvores para que delas resultem frutos comuns e partilhados. 

É certo que, infelizmente, estas coisas nem sempre são apreciadas pela generalidade das pessoas e tantas vezes mesmo por quem, pelas suas responsabilidades e deveres institucionais, deveriam olhar de forma positiva e valorativa e serem elas próprias os cultivadores destes momentos e guardiões desses testemunhos para a posteridade. Mas, apesar dessa insensibilidade, importa avançar, mesmo que remando contra algumas correntes e ventos adversos. Como um rio, interessa sempre chegar ao mar.

Parabéns, Carlos!|












18 de agosto de 2023

Vamos lá ver...o bife à Zé de Vér

 


Andava eu a encharcar abundantemente as raízes de tudo quanto era árvore de citrinos cá no quintal, e são apenas oito, para depois lhes aplicar o Garbol, quando o telefone estremeceu no bolso. Era o Geadas, a convidar-me para irmos comer um bife ao Zé de Vér, em Escariz, a pretexto de estar ele na reforma, eu de férias e sobretudo para pormos a conversa em dia. - Não tenho nada marcado - disse-lhe - pelo que pode ser. - Mas é melhor reservar, porque estamos em férias e os emigrantes querem passar por lá como quem passa por Fátima, a marcar ponto. - Ok! Então liga! É melhor, é!

Lá liguei, e já por especial favor, por ser apenas mesa para dois, e à conta de que disse que era primo de gente que por lá é tida em conta, lá ficou reservada a mesa para as 19:30 horas. -Mas não se atrasem! Recomendou alguém do lado de lá. Não nos atrasamos, porque apanhou-me o Geadas pelas 19:00 horas pelo que ainda não era a hora marcada na capela de Ver, que vai ter festa este fim-de-semana, e já estávamos a estacionar o Mercedes. Cá fora, já alguma malta a aprontar-se, outros à espera de gente para compor grupos e encontros marcados.

Quem frequenta esta popular casa de pasto, uma designação que nos faz pensar que somos ovelhas ou gado bovino, mas que é antigo e bem tradicional, sabe que por ali não se esperam luxos, guardanapos de pano com monograma bordado, nem mesas separadas nem outras merdices de gourmet onde o bife servido no tamanho de um selo sai a 500 euros o quilo. Para malta dessa finura é melhor nem passar à aldeia, quase sempre a cheirar a vacaria ou a silagem. Assim, dali a nada  fomos arrumados na ponta da mesa onde ao lado já se aviava um casal a batalhar num bife maior que a travessa. 

Agarramo-nos a umas azeitonas galegas, pequeninas mas saborosas. Entretanto, acomodados mais alguns esfomeados, lá fizemos o pedido: - Um bife grelhado para os dois! Para beber, porque fazia calor, uma caneca das grandes de maduro branco, bem fresquinho. Dali a pouco chegou o bife, que parecia um chapéu de três bicos, grande, espalmado, com boa cor e a cheirar a grelhado. Tenro e passado no ponto.

A acompanhar, umas batatas fritas, toscas, cortadas à foice, mas saborosas. Sem verdura, apesar de por esta época ser tradição feijão de vagem, como no Inverno são os grelos. Mas importava dar conta do recado do bife e as vagens verdes e viçosas, cultivadas naquelas hortas generosas, ficaram para outros, até porque as tinha comido em casa, ainda ao almoço.

E lá fomos comendo e pondo a conversa em dia. Ao nosso lado, saiu o casal  já farto e ainda a levar para casa. Logo de seguida, toalha de papel na mesa e mais uma dupla pronta para o mesmo. Entretanto a sala foi-se enchendo de grupos, com muito mulherio, novas e velhas, ao contrário do que era habitual noutros tempos, quase exclusivo para machos. Por ali parecia um coreto com uma banda de música desafinada, mas em vez das bocas nos trombones, trompas e clarinetes, a encherem-se de garfadas de bife de arouquesa e canecadas de vinhaça.

O bife lá foi desaparecendo, como o gelo no Pólo Norte, e pouco sobrou, apenas umas pequenas aparas que se trouxeram, porque cá em casa o cão pesa 50 quilos. Ainda se pediu mais meia porção de batatas cortadas à foice e foram-se.

Passamos ao lado da sobremesa, que seria, como de costume, talhadas generosas de queijo e de marmelada, numa combinação de Romeu e Julieta, cortadas pela mesma foice que cortava as batatas e apenas se pediu café, gostoso, por sinal. 

Já no balcão do café o Geadas não quis que eu pagasse e parte que comi e na velha tradição de que quem convida paga (coisa que não se aplica aos modernos casamentos), pelo que lá pediu a conta, feita ali mesmo em cima do jornal, sem prova dos nove ou real, mas nem foi preciso porque por 30 euros comemos um bife do tamanho da fome de quatro trolhas.

Lá regressamos, nas calmas, porque o litro de vinho branco fresco e de boa qualidade, tinha ido todo. E pusemos mais alguma conversa em dia, e só nos lamentamos de já não sermos gente nova e por isso a importar haver algum regime e cuidado com a boca e exercício (e por isso hoje de manhã já corri 15 km), porque não fosse assim, marcávamos, como alguns que cá conhecemos, mesa diária no Zé de Ver.

Mas, passe o exagero, até ver, come-se bem e relativamente em conta no Zé de Ver. É claro que o bife é mesmo assim, uma lotaria, e porque há gado como as pessoas, ruins e nervosas, por vezes a coisa dá em tudo menos em tenrura, mas compreende-se. Mesmo o bacalhau, que anda caro comó caralho, por ali é quase sempre grande  e bom, seja cozido, frito ou grelhado.

O serviço, as instalações e a mobília não são, seguramente, de 5 estrelas, e há por ali mais barulho que num festival de heavy metal, mas talvez mereça uma meia estrela, e mesmo assim, porque a comida é de 6 estrelas,  não faltam por ali clientes a encherem a tasca, entre gente pobre e remediada, que também têm direito a meter o dente na xixa. Comem por ali doutores e engenheiros,  mesmo que naquela de para fotografarem o bife e dizerem nas redes sociais que já lá foram, a modos de quem vai a Paris ou a Punta Cana. Alguns desses doutores são mais pobres que os pobres que por ali comem, mas isso já são outras histórias, lendas e narrativas, como costuma dizer o Joel Cleto.

Chegados a casa, concluímos que a conversa voltou a ficar como dantes, desactualizada, e por isso um dia destes, quiçá pela Santa Eufêmia (15 de Setembro), vamos ter que voltar à casa de pasto do Zé de Vér, mas dessa vez talvez com o bife frito e de cebolada, como manda a tradição da Santa Eufêmia. Talvez a conversa volte a ficar em dia. Talvez!

Festas por aí - Santo Ovídio e Nossa Senhora da Natividade - 2023

 


Festas por aí. Santo Ovídio, Senhora da Guia e S. Lázaro, em Ribeiro - Lobão e Nossa Senhora da Natividade em Vila Seca - Louredo. Ambas as festas com muita tradição, devoção e vivência comunitária. 

Os artistas da música, mesmo que alguns vão a todas, esses em rigor pouco contam para o que realmente interessa. E também para quê trazer artistas da primeira liga do campeonato pimba se não temos arraial para eles? Vamos andar a pedir um campo aos vizinhos? 

Um pouco como a história do político demagógico que prometeu a construção de uma ponte numa certa aldeia, perante a observação dos locais de que por lá não passava qualquer rio, e como tal não fazia sentido prometer uma ponte, ele, o demagógico, manteve a postura de grandeza e de rajada prometeu também fazer um rio.

Há gente e terras assim: Com a mania de grandezas constroem uma ponte mesmo não sendo necessária e para que possa ter alguma utilidade também mandam fazer um rio.

Tanto a festa a Santo Ovídio como à Senhora da Natividade, estão repletas de tradição e fazem parte das memórias colectivas das populações de Lobão e Louredo bem como, por ser terra vizinha de ambas as freguesias, também de Guisande. Não precisam, pois, das grandezas de tais "pontes" e "rios". Basta serem elas próprias.

17 de agosto de 2023

Padre Delfim Augusto Guedes

 


Delfim Augusto Guedes, nasceu no lugar da Leira, na Casa do Ferreiro, na freguesia de Guisande, em 14 de Março de 1889. Era filho de Manuel Augusto Guedes, ferreiro de profissão, natural da freguesia de S. Jorge de Caldelas e de Rosa Gomes da Silva, doméstica, natural de Guisande.

Era neto paterno de Bernardo Guedes e de Maria Henriques, do lugar de Azevedo, de S. Jorge de Caldelas e neto materno de Manuel da Silva e de Margarida Gomes, do lugar da Leira, de Guisande.

Foram seus padrinhos de baptismo, em 18 de Março de 1889, Inácio Francisco e Custódia Gomes da Silva, do lugar dos Valos, freguesia de Fiães.

Ingressou no seminário do Porto e recebeu o presbiterado a 12 de Novembro de 1911, em Remelhe, durante a expulsão do bispo D. António Barroso. 

Foi durante vários anos pároco de Santa Eulália de Sanguedo, concelho de Vila da Feira e de seguida paroquiou a freguesia de S. Jorge de Caldelas (Caldas de S. Jorge), terra natal de seu pai, a partir de 28 de Setembro de 1939, sucedendo ao Pe. José Inácio da Costa e Silva, este natural de Pigeiros, que resignou nesse ano, seguindo depois, em 1943,  para a freguesia de Escariz - Arouca, onde faleceu em 1961 e ali foi sepultado no cemitério local, tendo sido muito estimado pelos seus paroquianos. A foto que ilustra este apontamento foi recolhida da respectiva lápide.

1 - Nota à margem:

Sobre este sacerdote, aquando da sua paroquialidade em Escariz - Arouca, José António Rocha, no documento intitulado "A Senhora da Abelheira", inserto no Lusitânia Sacra, 2ª série, Tomo 19-20 (2007-2008), a páginas 449, narra como lhe tendo sido contado pelos locais um episódio que considerou anedótico, mas que numa perspectiva sociológica ou de história das mentalidades, dizia muito. Assim, lá por Escariz dizia-se que o Pe. Delfim (ali pároco entre 1943 e 1961) não era muito devoto da capela da Senhora da Abelheira (porventura pela polémica da sua história e fundação) e que a ela se referia depreciativamente como "...lá em cima do monte". Ora por volta de 1960, numa celebração na dita capela da Abelheira, quando a missa estava a "santos" lançaram os tradicionais foguetes, sendo que um deles caiu sobre o telhado, furando-o e ferindo o pároco na cabeça, tendo sangrado..

Fosse ou não "castigo divino", certo é que a partir dessa data o padre não terá voltado a maldizer a capela.

Nota: Sendo que faleceu em 1961, verdade se diga, o Pe. Delfim também não teve muito mais vida para continuar a depreciar a capela da Abelheira. Não se consta que tenha morrido por causa do episódio do foguete, de resto um acontecimento algo mitificado e lendário, como reconheceu o atrás referido autor José António Rocha.

2 - Nota à margem:

Ainda sobre o Pe. Delfim Guedes, contou-me em vida o avô materno de minha esposa, Belmiro Gomes Henriques, do lugar da Igreja, que o formato da cúpula da torre da nossa igreja matriz de Guisande, em pirâmide de oito faces, se deveu ao pai do referido padre, o qual custeou as obras de remodelação da torre da igreja, que até então era mais baixa e aproximadamente esférica, na condição prévia de ser igual à da torre da igreja da freguesia de Sanguedo, onde ali paroquiava o filho.

Contou-me ainda a propósito, o Sr. Belmiro, que até então o formato da cúpula da torre da nossa igreja fazia lembrar um forno pelo que era alvo de troça das pessoas das freguesias vizinhas, que frequentemente se metiam com os de Guisande, questionando: - Então, vai haver fornada? - Já tiraram o pão do forno?

Resumo:

O Pe. Delfim Augusto Guedes, foi, pois, uma figura com relevância, mas quase ignorada e desconhecida na nossa freguesia, sua terra natal. Não surpreende, pela distância temporal sobre a época em que viveu, mas também porque a sua vida sacerdotal foi toda passada fora de Guisande, mesmo que em paróquias próximas.

Mais gostaríamos de saber e escrever sobre este sacerdote, mas fica para já este apontamento, que de algum modo, lhe faz a devida evocação.

Dia do padroeiro - S. Mamede

 


Hoje, Quinta-Feira, 17 de Agosto, é dia de S. Mamede, padroeiro de muitas paróquias portuguesas (65), incluindo a nossa de Guisande. 

Por cá, a evocação do santo e da data, será feita com a celebração de uma missa pelas 20:30 horas, seguindo-se a procissão ao redor do adro e da alameda frontal à igreja matriz.

Tempos houve em que era dado maior destaque à festividade deste nosso antigo padroeiro, mas desde há muitos anos que a evocação é feita de modo muito simples, sem grande alarde, porventura mais a gosto do santo. 

O facto da data ser a meio de um mês tradicionalmente de férias, também não ajuda a grande participação. Mas mais do que isso importa ter S. Mamede como nosso guia e protector e daí, certamente, receptivo a intermediar as nossas orações.

Oração a S. Mamede:

Virtuoso São Mamede, santo protector e intercessor, neste momento, dirijo-me a ti com humildade e esperança em meu coração. Tu que és conhecido por tua força e coragem em tempos difíceis, peço que me acompanhes em minha jornada.

Que a tua luz ilumine meus caminhos, guiando-me nas decisões e escolhas que devo fazer. Concede-me a serenidade para enfrentar os desafios da vida e a sabedoria para compreender os desígnios divinos.

Inspira-me, São Mamede, a seguir teus passos de fé e devoção, buscando sempre a verdade e a rectidão em todas as minhas ações. Em momentos de aflição, que eu sinta a tua presença acalmando meu coração e renovando minha confiança.

Peço a tua intercessão junto a Deus, para que minhas preces sejam ouvidas e atendidas de acordo com a Sua vontade. Conforta-me nas horas de tristeza, fortalece-me nos momentos de fraqueza e concede-me a graça da paz interior.

Amém!

16 de agosto de 2023

Ecovia do Arda - 2.ª Fase

 


À Ecovia do Arda, em Arouca, foram acrescentados cerca de 3,50 Km e inaugurados no início deste mês de Agosto. Fica assim ainda mais interessante este equipamento adequado a boas caminhadas e corridas. 

Este novo troço, que como disse dá continuidade ao até aqui existente e que, se iniciado no centro da vila de Arouca, terminava na zona da Várzea, prolonga-se agora até ao lugar da Ribeira, na coordenada 40.915629, -8.333774, já próximo da ponte sobre o Arda. 

Um percurso com algum passadiço em madeira, na parte inicial na Ribeira, algum gradil metálico na zona de passagem do viaduto sobre o Arda, junto ao geo-sítio da Pedra Má, mas maioritariamente em pavimento térreo, marginado o rio e o troço da variante e  mesmo parte dele sob o próprio viaduto. É diversificado, com algum sobe e desce e com muitas sombras. 

Na caminhada de hoje, a ida e volta do referido troço corresponderam aproximadamente a 7,00 km. A minha próxima experiência será percorrê-lo em corrida.

Ficam de seguida alguns dos muitos apontamentos fotográficos: