5 de abril de 2018

Janela de oportunidade

Por vezes certas coisas só se conseguem num momento próprio, muito específico, no que modernamente caiu em voga dizer-se como "janela de oportunidade" ou "timing certo". Ora nesta fotografia, a tal janela de oportunidade surgiu em 2013, após um incêndio que varreu o terreno  sobranceiro ao lugar da Igreja, pondo o mesmo a descoberto e permitindo este olhar, esta perspectiva sobre a igreja matriz e envolvente. 
Hoje, passados cinco anos, já não será possível repetir (talvez com um drone), pois entretanto os eucaliptos cresceram em bom ritmo e já voltaram a povoar densamente o terreno, o que de algum modo nos diz que tudo quanto ardeu no país de forma dramática com os incêndios do ano passado, dentro de poucos anos voltará a estar renovado, essencialmente quanto a eucaliptos. Claro que há espécies que se perderam de forma irreparável e outras que só daqui a pelo menos duas décadas poderão ter portes com alguma imponência. A natureza tem este dom de renovar-se e transformar-se mesmo que nem sempre volte a ser como dantes.

4 de abril de 2018

Dia dos Moinhos Abertos 2018


No próximo dia 8 de Abril de 2018 (Domingo) o moinho de Chão do Rio (Rio Meão) e o moinho do Casqueira (margem do rio Uíma - Lobão) vão estar abertos ao público para visitas guiadas e demonstração de funcionamento, no âmbito do "Dia Nacional dos Moinhos (7 de Abril) e da iniciativa nacional “Dia dos Moínhos Abertos de Portugal 2018”.

É pena que na freguesia de Guisande, dos vários moinhos, nenhum tenha condições de funcionamento e de testemunho de um passado não muito distante. Para um ou outro exemplar (como os das fotos abaixo)  nem seria difícil e dispendiosa a sua recuperação, mas faltará vontade de donos e/ou consortes e  sobretudo apoios das autarquias. Com a actual situação administrativa, não nos parece que haja lugar a romantismos porque a tónica é gostar (e gastar) mais dos filhos do que dos enteados. Mas haja esperança neste "levar a água ao nosso moinho".


Fotos acima: Moinho do Loureiro, na margem esquerda da ribeira da Mota - Guisande


Moinho Velho - Reguengo - ribeira da Mota 

3 de abril de 2018

Cumpriu-se a tradição


Cumpriu-se a tradição pascal na nossa freguesia de Guisande. Depois de uma Semana Santa marcada pelas habituais cerimónias religiosas, no Domingo, abençoado com sol, o Compasso saiu à rua, com três equipas, uma delas liderada pelo Juiz da Cruz, o Sr. Arménio Silva, do lugar da Gândara, que foi acompanhado pelo pároco Pe. Arnaldo Farinha.
Ontem, Segunda-Feira, teve lugar o tradicional Almoço do Juiz da Cruz, que pelo quinto ano consecutivo decorreu no Restaurante Pomar, na freguesia de Gião. Participaram cerca de 90 convivas, incluindo o Pe. Farinha e o Sr. Juiz da Cruz. Tudo decorreu dentro da normalidade. 
Parabéns a todos quantos contribuíram para a dinâmica desta tradição que, apesar de os tempos serem marcados por outras distracções, ainda continua a merecer a dedicação e interesse da generalidade da nossa comunidade. Para além de tudo, continua a ser um forte elo de ligação e convívio familiar e comunitário.
Ficamos já espera do próximo ano, em que será Juiz da Cruz o Sr. Orlando Santos, do lugar de Fornos.

Nota de Falecimento


Faleceu Belmira Toscano de Oliveira e Silva (53 anos). Estava emigrada em França, esposa de  Humberto da Silva Ferreira Neves, de Gândara - Guisande.
Velório na Capela Mortuária de Guisande na Quarta-Feira, dia 04 de Abril de 2018, com chegada do corpo às 10:30 Horas. As cerimónias fúnebres terão lugar na  Igreja Matriz de Guisande, na Quarta-Feira, dia 04 de Abril de 2018, pelas 17:00 Horas, indo no final a sepultar no cemitério local.
Sentidos sentimentos a todos os familiares. Paz à sua alma!

30 de março de 2018

Feliz Páscoa 2018


Ilustração: Américo Almeida

Paixão



Na correria dos dias nem sempre damos atenção aos pormenores, porque estes quase sempre são isso mesmo, pormenores ou coisas pequenas, e nos tempos que correm, em sentido contrário, valorizamos tudo o que seja em grande e à grande, até se possível "à francesa". 
Mas há pormenores, simples olhares, que no tempo e no contexto próprios ressaltam da sua natureza discreta e agigantam-se no significado, ou, se quisermos,  na mensagem que transmitem, porque, acreditem, há alturas em que as pedras falam. Creio que é o que acontece com os baixos relevos de cruzes que ornamentam o granito antigo das  fachadas da igreja matriz de Santa Eulália - Arouca. São várias as cruzes, certamente numa alusão às estações da Paixão de Cristo, com um grupo a representar a cena final no Calvário, a meio da fachada norte. E nesta Semana Santa, este olhar ganha um sentido próprio, distinto.
A igreja, um bonito monumento, com alguns traços e elementos que a remetem para a sua origem ou estilo medieval. Está implantada num local pacato e recatado, com um interessante enquadramento no topo de uma alameda de tílias e plátanos, mas com uma envolvente a  nascente e parte a sul algo desmazelada, porventura a merecer mais atenção da Sé e de autarcas.