10 de setembro de 2020

Nota de Falecimento

 


Faleceu Manuel da Conceição e Silva (Nel da Mira), de 67 anos (15 de Julho de 1953 a 10 de Setembro de 2020). Natural de Real - Castelo de Paiva, residia na Rua de Estôze, N.º 396 - Guisande.

O funeral ocorrerá na próxima sexta-feira, 11 de Setembro, pelas 16:00 horas, na igreja matriz de Guisande, indo no final a sepultar em jazigo de família.

Sentidos sentimentos a todos os familiares, particularmente à sua esposa e filhos.

9 de setembro de 2020

A ditadura dos números

Dizem as fontes da DGS que em Agosto deste ano morreram 8866 pessoas em Portugal, um número que representa um acréscimo de 506 em relação à média deste mês nos cinco anos anteriores. 

É uma tendência que vem de trás e o mês de Agosto não foi excepção. Portugal está a registar um excesso de mortalidade face à média dos últimos anos, mas este não é explicado pela doença Covid-19. 

De resto em Agosto terão morrido 87 pessoas directamente relacionadas com a pandemia. 

Ou seja, o Governo e a Direcção Geral da Saúde continuam apenas a dar importância às mortes por Covid enquanto que continua sem admitir que estes acréscimos resultam na sua larga maioria pela rotura do SNS e pela redução dos cuidados de saúde primários, suspensões e adiamentos de consultas, exames e cirurgias, no que é uma política totalmente errada. Todas as doenças contam mas esta "xenofobia" estatal diz-nos que não. 

Por este andar vamos chegar a Novembro ou Dezembro e o Governo, como já será ridículo justificar a coisa com as vagas de calor, vai virar-se para as vagas de frio. Ou até talvez culpará o Pai Natal.

Assim vamos indo num faz de conta, em que à comunicação social amestrada importa dar destaque apenas aos "casos". O resto não conta. Pode-se morrer, seja do que for, mas não convém que seja de Covid.

8 de setembro de 2020

Toques de Midas, petinga, peixinhos da horta e outras chulices

 

Circula por aí, nas redes sociais, pois claro, a imagem (acima) de um talão de uma despesa no famoso café Magestic, na cidade do Porto, com um absurdo valor aplicado a dois cafés, um descafeinado e  duas garrafas de 1/4 de água sem gás.

Pela data, parcial, deduz-se que a coisa não é de agora o que é de supor que de lá para cá a coisa ou manteve-se ou mesmo aumentou. É claro que, supondo que a imagem não está manipulada, é de facto um valor absurdo face aos preços tidos como correntes, mas nestas coisas quem quer experienciar coisinhas fofas e jetsetianas tem que pagar e não bufar.

Ainda há dias, por sugestão de alguém e pela experiência de "conceito", decidi um jantar a dois num já popular restaurante moderno, dito winebar, localizado numa aldeia recentemente requalificada e por isso num contexto ou cenário com o bucolismo apetecíveis, tanto mais que o fim de tarde ia quente, adequada a comer na esplanada. 

O tal "conceito" é o de comer ou degustar tapas, em rigor petiscos e entradas. Mas porque a coisa é "fina", e embalada como tal, comer petinga, pexinhos da horta e ovos estrelados, só porque com uns pós de perlim-pim-pim, e com um toque gourmet, coisa de "chefs", a coisa é cobrada ao preço do melhor caviar e filé mignon.

Assim, para muitos restaurantes, como cafés e afins, vocacionados para uma certa classe endinheirada, nada como o dom do toque de midas e facilmente da merda se faz ouro, como quem diz, da petinga e peixinhos da horta se fazem uma "experiência interessante num conceito moderno". 

Em suma, cada vez mais vale o antes parecer que ser. E nós gostamos disso, gostamos de ser fodidos, desde que seja algo de magestic.

Paga Quim!

2 + 2 = 4

O Costa, o nosso ministro primeiro, lá veio para a comunicação social avisar que: "Não podemos repetir o confinamento. O país não aguenta". Só mesmo o Costa para nos dizer que 2 + 2 são quatro. Sozinhos não chegávamos lá.

Todavia, sendo que é uma verdade `"la palisse", não deixa de ser paradoxal e mesmo irónica porque na realidade e em bom rigor o país já não aguentou o primeiro confinamento. Desemprego, falência de empresas, perdas de rendimento, resseção económica, aumento do défice, aumento da dívida pública, etc, etc, . Enfim, um autêntico desastre perpetrado pela classe política com a carneirada a obedecer de mansinho.

Mas as grandes trapalhadas estão agora a começar, desde já com as tais regras da DGS, nomeadamente para as escolas. Como disse alguém, mandar parar o país, fechar escolas e empresas, foi fácil. O difícil é agora reabrir com organização e sem trapalhadas.

Mas, e esta é uma frase batida, "somos mais que merecedores deste tipo de políticos". Mas, pelo menos que não nos façam de anjinhos.

[foto: expresso]

4 de setembro de 2020

Sineta do Viso - Um toque de juízo

 







Custa a acreditar, não fosse a imagem de baixo, mas certo é que antes das obras de requalificação da Capela do Viso, em 2003, a sua sineta estava pintada. De facto o trolha ou pintor, certamente que vendo que sobrava tinta da pintura da parte da madeira, vai daí e decidiu pintar a sineta. Por sua iniciativa, ou por pior mandante, não se percebeu que com a camada de tinta era diminuída a capacidade de vibração e daí por muito tempo a sineta produzia um toque choco.

Felizmente, alguém com um toque  de juízo apercebeu-se da aberração e removeu a espessa camada de tinta da sineta, trazendo à luz a cor natural do metal e com isso um toque mais vibrante.

Coisas, que podem parecer insignificantes mas que fazem diferença e que dão sentido ao velho rifão popular: "Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?" 

1 de setembro de 2020

O Tiririca

O Costa, o António, nosso ministro primeiro, lá vem de novo com o fantasma e ameaça de crise política, caso os seus já habituais parceiros da esquerda não lhe façam as vontades.

Nitidamente o homem  não se dá bem quando o contrariam e como num filme do Charlot, é tudo em tons de cinza. Mas ao contrário do cómico do bigodinho e chapéu de coco, não tem piada nenhuma porque nunca ninguém gostou de meninos birrentos. Como diria, e bem, Jerónimo Martins, líder do PCP, abanar essa bandeira da "crise política" ainda antes das negociações do próximo orçamento, já é um mau princípio.

Em todo o caso, creio que  a dita "crise política" é apenas um eufemismo para enganar tolos, porque em democracia não há lugar para esses maus humores. Ou um Governo tem condições para governar, por maioria absoluta ou por acordo parlamentar, ou então, se não, não governa e há lugar a novas eleições e delas surgirá um novo Governo, mesmo que seja mais do mesmo como a pescadinha com o rabo na boca.

Portanto, qual o problema? Mais custos com eleições? Pois claro, mas quanto a isso o povo já está habituado a esses encargos, porque a democracia, imagine-se, tem custos.

Assim sendo, que se aguente e mostre o que vale em tempo de vacas magras, mesmo que com o leite a jorrar da gorda teta da UE, ou então, desista e venha o próximo. Em caso de novas eleições, pode até reforçar a sua posição, mas mesmo assim, como dizia o Tiririca, pior do que está, não fica. Por outro lado, aplica-se também o velho rifão popular " Para melhor está bem, está bem; Para pior já basta assim".