16 de fevereiro de 2021

Porque amanhã, peixinho

 


Carnavaladas

Há coisas que comentadas e analisadas num contexto próprio, ganham mais substância. Ora como hoje é dia de Carnaval, e parece que nele ninguém leva a mal, será justo recordar aqui alguém, no caso a Sr.ª Directora da Direcção Geral de Saúde, Dr.ª Graça Freitas, que há cerca de um ano, quando a pandemia se instalava em Portugal, dizia taxativamente que era contraproducente o uso de máscara e que agora, com um sorrisozinho algo idiota, venha a aconselhar o uso de não de uma mas de duas, ou seja, dose dupla.

Este paradoxo, a juntar ao "estamos preparados", chavão então repetido pelo Governo e pela ministra da Saúde,  ficarão para a História como sinais de muitas decisões e considerações erradas e errôneas e que em muito ajudaram a explicar que o país tenha passado de exemplo "milagroso" ao top dos países com piores resultados no lidar da pandemia.

Diz-se que o positivo dos erros é a possibilidade de aprendermos com eles, mas no caso, infelizmente, parece que somos todos fracos alunos, a começar por quem nos vai liderando.

13 de fevereiro de 2021

Por mim, não!

Falo apenas por mim, pois claro, mas já não há paciência para ouvir tanto o presidente da república como o primeiro ministro a dar lições de moralidade sempre que renovam esta coisa banalizada do estado de emergência. 

Ver gente bem na vida, bem resolvida, melhor governada, com bons salários, melhores reformas, e com serviços de saúde disponíveis sempre que tossem ou espirram, a dar conselhos a quem na verdade sofre na pele os efeitos desta pandemia e desta desgovernação, dá que pensar.  A sua credibilidade é reduzida, mas cada um que lhes dê a que quiser. Por mim, pouca ou nenhuma, para além do óbvio respeito institucional que merecem, mesmo que fracotes.


12 de fevereiro de 2021

Meter água

 



É triste, frustrante e lamentável que situações cuja responsabilidade são de entidades públicas,  prejudiquem e transtornem terceiros, arrastando-se indefinidamente para além do tempo aceitável. Esta situação (e outras há) é recorrente na Rua de Trás-os-Lagos, que resulta de falta de limpeza das condutas e sargetas bem como da má realização de passeios, negligentemente rebaixados em zonas críticas. 

Este caso em concreto, que, como disse, é recorrente e acontece todos os anos, é um símbolo do desleixo e desinteresse no serviço pelo bem público e das pessoas. Por isso quando surgem slogans "Mais pelas pessoas" e "Primeiro as pessoas" e outros que tais, no mínimo dá que pensar. Entretanto, faria bem que, enquanto peão, por ali passasse alguém com responsabilidade para apanhar uma "boa banhada", como já vi a acontecer, infelizmente a quem não tem culpas neste cartório.

Para finalizar, o que se vê das fotos, é apenas uma amostra e com apenas uma pequena parte da água que ali se acumula, entrando dentro da Cave do prédio vizinho. Importa que alguém resolva este problema.

10 de fevereiro de 2021

Nota de falecimento

 


Faleceu António Oliveira Bastos, de 68 anos de idade (15 de Maio de 1952-09 de Fevereiro de 2021) da Rua da Leira.

Funeral na Quinta-Feira, 11 de Fevereiro de 2021, pelas 16:00 horas, com cerimónias na igreja Matriz de Guisande, indo no final a sepultar em jazigo de família no cemitério local.

Sentidos sentimentos a todos os seus familiares. Paz à sua alma! Que descanse em paz!

Os pinheiros do lado norte ganham musgo

Quando construí a minha habitação, cedi uma larga faixa de terreno para alargamento da rua e ainda tive que construir um passeio público devidamente pavimentado. Antes disso, quando a Junta decidiu pavimentar a rua, fui chamado a contribuir com um bom par de contos de réis, à moda antiga.

Para além disso, com a construção, paguei licenças e taxas de urbanização. Pago IMI, qual renda como se o Estado seja o proprietário.

Este tipo de encargos ou obrigações legais são extensíveis a todos quanto tenham que construir, salvo algumas excepções, muitas vezes com contornos pouco claros, já que não faltam casos ou exemplos de alguém que numa determinada tipologia de rua é obrigado a cumprir um determinado afastamento para garantir um perfil predefenido, mas que, em contrapartida, para a mesma rua, outros edificam sem esse respeito. Ele há coisas.

Em todo o caso, o que aqui se pretende abordar é que em regra quem edifica, cede terreno, paga taxas e ainda constrói à sua conta um passeio todo XPTO na frente do prédio. Todavia, e esta é uma regra quase geral, passados alguns anos esses mesmos passeios, cuja pertença é do domínio público, deixam de ter qualquer manutenção pelas entidades competentes e são mais que muitos os passeios em mau estado, com pisos irregulares e mesmo buracos, constituindo nalguns casos um perigo real para quem neles circula. Depois há passeios para todos os gostos e larguras, de meio metro, de um metro, de um metro e vinte, de um metro e meio, etc. Depois há-os com pavimento em cimento, outros em pedra de betão, outros em pedra de granito e até uns amarelos e outros vermelhos e outros apenas em terra.

Esta indiferença para com estas estruturas, está bem patente nas empreitadas de pavimentação de ruas do concelho. É importante e louvável o esforço que a Câmara Municipal tem feito no sentido de requalificar o pavimento de muitas ruas, na maioria dos casos destruídas pelas obras de redes públicas de águas e saneamento, abrangendo todas as freguesias, mas em regra, e com raras excepções, os passeios marginais onde existem são desconsiderados na requalificação e se mal estão, pior ficam. Mesmo nalguns casos, como em Guisande, por exemplo, a pavimentação passou acima dos velhinhos passeios com os naturais inconvenientes pelo galgamento fácil das águas pluviais.

A questão das drenagens das águas da chuva é outro suplício para os utilizadores das ruas e moradores, já que tanto a Câmara como as Juntas pouco ou nada fazem para resolver focos de constantes lagos de água em diversos locais por mau escoamento. É um vê se te avias no desleixo. Limpeza de sargetas e de canalizações é coisa que não existe ou apenas pontualmente quando o desleixo não dá para disfarçar e o trânsito quase fica interrompido.

Mas é esta a realidade. Pagamos taxas, impostos, imis e outros quejandos, mas depois na realidade esse esforço pouco retorno tem na manutenção dos nossos espaços urbanos e até mesmo a limpeza de ervas é coisa rara.