21 de setembro de 2021

Saber das novidades

Nestes tempos de campanha eleitoral, tem aumentado o número diário de visitas neste nosso espaço. Tem rondado o milhar de pessoas que por aqui passam com regularidade para saber novidades da terra.

Certamente que a esta frequência não é alheia a presente realidade da campanha eleitoral já que no próximo Domingo o eleitorado escolherá quem os representará nos órgãos de Poder Local. Nada, pois, mais natural que muito do eleitorado pretender saber ideias e opiniões.

No entanto, e quanto a campanha eleitoral, este nosso espaço porque pessoal não está sujeito nem obrigado a critérios de isenção e imparcialidade, pelo que naturalmente se reserva no direito de manifestar directa ou indirectamente apoio ou simpatia por uma ou outra força ou lista ou personalidade concorrentes. 

Apesar de tudo procuramos no geral  ir publicando alguma da propaganda que nos vai chegando às mãos, até porque é sempre importante que todas as opções de escolha sejam analisadas e equacionadas. Assim é a democracia.

Posto isto, naturalmente que cada um dentro da sua liberdade e de forma esclarecida faça a melhor escolha. O resto são cantigas!

Iniciativa Liberal à Câmara

 



20 de setembro de 2021

Assim não vale!

O tempo já era de desfolhadas e depois de um café no Américo após o jantar, o Jorge Beto lá desafiou a malta para ir dar uma volta "à caça" de gajas e que o destino seria lá para os lados de Pessegueiro ou da Costa Má, na freguesia do Vale, então uma espécie de minas de Salomão no que à riqueza de desfolhadas dizia respeito.

Alguma da malta, como o Tonico do Mota e o Geraldino Flores, ainda torceram o nariz porque a saída naquele sexta-feira estava programada lá para os lados dos Lameiros em Escariz, onde a Fatinha da Inha e as primas diziam que ía haver desfolhada da rija, com regueifa e tudo" Mas, seja! Pés ao caminho, como quem diz, arrancaram as V5 do Jorge Beto, onde na traseira do curto selim se acomodaram as nádegas largas do Geraldino, e a do Tonico do Mota com o Nando do Neca a fazer de lastro. O Fonseca lá seguiu na sua Fórmula 1, preta e luzidia como uma azeitona, levando na pendura o magricelas do Zé Trovincas, então ainda sem ordes de pôr ao relento da noite a Florett do pai, que assim ficava descansada e envolta num lençol de flanela. 

Só que em vez do costumeiro caminho, o raio do atazanado Jorge Beto decidiu atalhar e ali a seguir ao Clemente, para os lados da Manguela, em Louredo, guiou as motorizadas pelos caminhos fundos da zona da Lousa e Cegufe, então como hoje, uma espécie de Amazônia de pinheiros, giestas e tojo. Escusado será dizer que, sem GPS e sem Apps a indicar o caminho, inteligências electrónicas que nessa época nem eram pensadas, andou-se para ali a queimar shell e a derreter pistões a percorrer às voltas e mais voltas uma espécie de labirinto de Creta, de caminhos estreitos, fundos e lamacentos, onde para além das luzes dos faróis da maquinaria não se vislumbrava um palmo à frente do nariz naquele denso breu de pinheiros. Ao fim de meias horas e já com as torneiras dos depósitos na posição de reserva, lá se chegou aos confins da Costa Má, envolta num nevoeiro que mortalhava o lugar. A desfolhada, dentro de umas largas e cinzentas portas-fronhas, já ía avançada e pouco mais deu que para desfolhar por desfastio uma meia dúzia de espigas bichadas, daquelas que já estão disfarçadas no meio do folhedo.

Claro está que o olho da malta e sobretudo do Jorge Beto, não andava nas espigas mas nas Vicentas, três irmãs tão parecidas na falta de beleza que pareciam ter saído da mesma forma defeituosa. O Geraldino, esse arranjou lugar ao lado da mais nova, a Zéza e o Jorge Beto lá se encostou à mais velha, a Beatriz, e daqui a nada o seu rosto vermelho estava mais vermelho e feliz e já a carregar ao ombro cestos para dentro do canastro como se fora rapaz arregimentando na casa. 

O resto da malta, desconsolada, bem dava a volta com os olhos à roda da desfolhada, à procura de raparigas mas airosas, mas só dava de caras com velhos e velhas ou mulherio casadoiro já com as mãos moídas e os rostos cansados, porque a desfolhada começara bem cedo nas amplas leiras do lugar, numa colheita de luta de catanada de foucinha às canas e estrepes.

Fosse como fosse, o resto da noite avançou rápido, mas antes de dar o serão por encerrado o Tonico do Mota ainda quis  tirar satisfações com a jornada e dar o resto da volta, se não desse para Lameiros ou Goim, pelo menos por Cabeçais ou Mascotes. Mas a noite ia mesmo avançada e por cada alpendre ou quinteiro a que se passasse, as portas fronhas já estavam fechadas e os vizinhos que vieram ajudar já se esgueiravam aos pares ou solitariamente para casa, atalhando como fantasmas pelos caminhos fundos e escuros dos lugares.

No dia seguinte, ao balcão do Américo, a malta comentava a saída da véspera e o Geraldino, sempre na sua filosofia acertada, ou não frequentasse o Liceu na vila, lá sentenciou: - Foda-se! Andou a malta perdida e às voltas na selva, a limpar caminhos de carros de bois para ir à Costa Má à desfolhada com as gajas mais feias da freguesia do Vale! Assim não Vale!

O Jorge Beto, sério, não concordou com a classificação de "as mais feias do Vale", mas encolheu os ombros, até porque ninguém, principalmente, o Geraldino, precisava de saber que no final da missa no Vale, mais logo, combinara de se encontrar com a Beatriz.

Mas tudo não passou de uma gargalhada quase geral e dali a pouco a malta já ia a caminho do Café do Manel Paiva, apontada ao jogo de snooker ou das machinas, a abanar a pila pela rua acima, mijando e desenhando na estrada uma serpentina que só acabava ali para os lados do talho ou mesmo às portas da oficina do Matos. Com mais curvas que essa serpente, só mesmo as voltas da véspera nas matas da Lousa e Cegufe para chegar à Costa Má!

19 de setembro de 2021

Comeres...

 




Se um desconhecido lhe oferecer um saco com canetas e propaganda... isso é Impulse


Quando num belo Domingo de final de Verão tu começaste a almoçar um delicioso polvo assado no forno e interrompem-te tocando efusivamente a campainha, e quando percebes que é o folclore de uma campanha eleitoral e ficas com os fígados a palpitar e  os sovacos a transpirar, isso é... impulse.

Relax! Keep calm!

18 de setembro de 2021

CDS para fiel de balança?

 


Foi pena que há quatro anos o CDS não tenha apresentado lista à Assembleia da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. Poderia ter evitado uma maioria absoluta e ter servido de fiel de balança entre as opções do PSD e pS.

É positivo que agora concorra, mesmo sabendo quais os custos decorrentes da não participação há quatro anos.

17 de setembro de 2021

Bons indicadores

 





É certo  que ainda continuam a ser muitas as necessidades no nosso concelho, nomeadamente nas que decorrem das assimetrias que ainda são marcantes no nordeste do concelho, comparativamente com o restante território, bem como de uma excessiva centralização, mas no global, reconheça-se, já muito tem sido feito, nomeadamente no desenvolvimento económico a que se refere o indicador acima e que desemboca numa baixa taxa de desemprego, mas também uma melhoria notória na requalificação da rede viária, durante anos destruída pela instalação das redes públicas de águas, esgotos e gás. 

De resto, se alguma coisa foi realizada nestes quatro anos em Guisande ao nível das pavimentações, tal deve-se quase exclusivamente à acção e orçamento da Câmara Municipal. 
Não sendo, obviamente da responsabilidade da Câmara, há obras e melhoramentos a realizar, que já foram promessas postas no papel há sete e quatro anos, como a requalificação do Monte do Viso, requalificação da envolvente da igreja matriz e polo da junta, requalificação da envolvente do edifício da habitação social, etc. O esforço e empenho pela abertura e pleno funcionamento do Centro Social devem ser reforçados. O papel da Câmara Municipal é tão mais importante para uma freguesia quando esta é manifestamente ignorada pela Junta local a quem cabe primeiramente promover as obras da sua competência.

Assim sendo, num contexto geral, para a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, obviamente que o Dr.  Emídio Sousa tem tudo a seu favor, como a experiência e provas dadas, por isso, de longe, parece-me a mim, aquele que se se apresenta como o melhor dos candidatos a dirigir o destino do município durante os próximos quatro anos.

Creio que este seu terceiro mandato, naturalmente a ser confirmado ou não pelos feirenses nas eleições do próximo Domingo, será ainda de mais extrema importância para a consolidação do desenvolvimento do território. Até porque a ser reeleito será o seu último mandato e certamente quererá deixar consolidadas algumas das áreas que se consideram como importantes nos diversos índices de desenvolvimento do nosso território feirense. Há, pois, muito trabalho feito mas muito ainda pela frente.