4 de outubro de 2017

Verdes e maduros

Ainda em análise aos resultados eleitorais de Domingo passado, em concreto para a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, há um caso paradigmático sobre o qual importará tecer algumas considerações. Trata-se da lista concorrente composta pelos partidos PCP e PEV (Partido Comunista Português e Partido Ecologista "Os Verdes"), conhecida por CDU, Coligação Democrática Unitária.

Pela parte que me toca, que gosto de recolher e guardar em arquivo material de propaganda dos diferentes partidos ou coligações, não vi e por isso não li um único panfleto, por mais simples que fosse. Na caixa-de-correio, uma habitual amiga de quem faz campanha, nada lá caiu da parte do PCP-PEV. Soube com antecedência que a cabeça-de-lista seria uma mulher mas nunca lhe descobri o nome, de onde era ou o que fazia. Também não ouvi as suas propostas e projectos para a União de Freguesias, porque no debate ocorrido na antena da Rádio Clube da Feira não apareceu, não dando qualquer justificação. Mesmo quanto aos nomes, gostaria de ter sabido quem da freguesia de Guisande integrava a lista mas apenas soube por consulta da lista no próprio dia de eleições.

Penso que esta forma de concorrer por concorrer será algo a roçar o desrespeitoso para com o eleitorado. Mesmo que se saiba que normalmente por aqui a sua expressão eleitoral é quase nula (18 votos em Guisande e 125 na União), seria lógico e de bom senso que alguma campanha se fizesse, nomeadamente para dar a conhecer as pessoas que integravam a lista. Era o mínimo exigível.
Assim, esta situação não dignifica quem participa na lista nem quem, de algum modo, tem responsabilidades na sua elaboração. 

Quando assim é...