12 de abril de 2023

Necessidade ou modo de vida?

Quem frequenta com regularidade os espaços comerciais da freguesia de Canedo, nomeadamente o Continente-Bom Dia, já terá reparado que anda por ali um indivíduo jovem, supostamente de nacionalidade romena ou marroquina, a pedir junto ao parque de estacionamento. De forma insistente e recorrente. Já o vi à porta do estabelecimento "Alvorada", também no Intermarchê, mas mais frequente no Continente. E isto já há mais de dois anos. Quando alguém o questiona e procura saber porque é que está ali naquela situação a pedir, utiliza vários argumentos, conforme a situação. Já foi um irmão entre 10, órfão, pai de filhos doentes, quando começou a guerra na Ucrânia era um pai que pedia para trazer a mulher e as filhas para Portugal, etc, etc. Pessoalmente já lhe ofereci trabalho de pedreiro ou trolha, porque todos os empreiteiros têm falta de mão-de-obra, mas naturalmente não mostrou interesse. Porque será?

Ainda nesta Sexta-Feira, feriado, estava novamente no Continente. Pois bem, espantem-se, ou não, no dia seguinte, no Sábado, estava junto à porta do Pingo Doce no centro de Arouca, novamente de mão estendida.

De facto não dá para perceber como é que estes indivídos, continuam durante anos neste esquema de incomodar as pessoas a pedirem de forma insistente e recorrente sem que, aparentemente, sejam incomodados pelas autoridades. Está em Portugal de forma legal? Tem passaporte e contrato de trabalho? Onde e com quem vive? É apoiado por que instituições? 

Não sei se as autoridades saberão responder e espanta este aparente estado de indiferença porque se percebe claramente que é um modo de vida parasita e oportunista, eventualmente parte de uma rede e só assim se percebe que hoje em Canedo, amanhã em Arouca e depois, porventura em Castelo de Paiva ou outro qualquer local. Por isso, vai andando neste esquema de vida que deve ser rentável.

Faz parte da nossa formação sermos caridosos e ajudarmos quem precisa, mas neste e noutros casos percebe-se que há ali apenas um modo de vida parasita de quem realmente não quer trabalhar. Veja-se que ainda há poucos dias, em Braga, alguns indivíduos marroquinos, alguns ilegais e outros em situação de precariedade, quando confrontados pelo segurança do espaço onde pediam,  ameaçaram-no com faca. Um dos "pedintes" terá sido detido e supostamente remetido à procedência. Supostamente, porque no entretanto não espantaria que por cá fique ainda a viver à custa dos contribuintes. 

Em resumo, tanto ou mais que por este tipo de situações, espanta principalmente a indiferença das autoridades de segurança e da Justiça, porque vê-se que as situações continuam por resolver e com elas gera-se naturalmente alguma insegurança para além do inconveniente das pessoas serem constantemente abordadas.