07/10/2025

Guisande - Aproxima-se a mudança


A data das eleições autárquicas será já no próximo Domingo, 12 de Outubro. Estamos, pois, a escassos dias de terminar a campanha eleitoral.

A nossa freguesia, como outras que almejaram a desagregação, está numa fase importante, já que Guisande voltará a ser independente, depois de um lesivo período de 12 anos numa união de freguesias que nada acrescentou, tendo sido objectivamente prejudicada, sem investimento em obras e melhoramentos compatível com pelo menos 1 milhão e 800 mil euros (contas por alto para o período de 12 anos), sabendo-se que antes da união a nossa freguesia já gerava anualmente orçamentos de 150 mil euros de receitas, por isso já não contando com a majoração das receitas da união de freguesia logo no primeiro ano nem com o aumento das receitas por parte da Câmara Municipal. 

Para aqueles que porventura ainda defendem as vantagens da união de freguesia, deixo o desafio de fazerem contas face ao que foi feito do orçamento da união de freguesia nos útlimos 12 anos, sendo que no primeiro mandato (apenas de 3 anos) até terá sido aquele em que mais se gastou em Guisande, desde logo com o pagamento das dívidas herdadas, num valor de cerca de 150 mil euros.

Neste contexto, a nossa freguesia está a poucas semanas de passar a tomar conta dos seus destinos, passando a ser gerida por guisandenses e todas as receitas nela aplicadas e já não a ser prejudicada em favor de outras freguesias, como efectivamente aconteceu. A panaceia de a União de Freguesias servir para mitigar assimetrias, foi isso mesmo, uma panaceia, uma descarada ilusão. Não só não foram limadas essas diferenças como até acentuadas.

Olhando agora para as duas únicas listas concorrentes, do PDS e PS, lideradas por Johnny Almeida e Celestino Sacramento, figuras que me merecem simpatia e consideração, tem sido notória uma grande diferença na dinâmica de campanha. Desde logo, Johnny Almeida fez uma apresentação pública da sua lista aos guisandenses, em Guisande, enquanto que Celestino Sacramento apenas o fez ao nível municipal, em Santa Maria da Feira.

Nas redes sociais tem sido notória uma maior dinâmica na lista do PSD. Pelo PS, vejo pouco destaque e sem grande imaginação, em que os próprios componentes da lista aparecem como apoiantes da mesma.

No porta-a-porta, o PSD tem-no feito em equipas enquanto que pelo PS tenho visto apenas alguns elementos sozinhos, desgarrados, incluindo um elemento que não fazendo parte da lista tem feito campanha em nome dela, fazendo promessas e mais promessas, mesmo que sem legitimidade para as fazer, deixando adivinhar que caso vença o PS poderá ser essa pessoa a fazer o papel  de presidente. Espero bem que não. Seria um retrocesso e algo nunca visto, alguém não eleito e nem sequer a integrar a lista, a fazer de presidente, de secretário ou tesoureiro ou seja lá o que for. A sua ligação a uma Junta de má memória e de pesadas dívidas para a União de Freguesias não deve ser esquecida. A memória não pode ter perna curta.

Apesar de tudo, bem sabemos que as campanhas a este nível local, valem o que valem. Podem valer muito, pouco ou nada. Por outro lado, se há eleitores que se vendem por pouco, por uma promessa de vantagem ou de outra natureza, ou até pela dimensão da campanha, a maioria ainda pensa pela cabeça própria e é capaz de decidir em função de valores e factores que considera como importantes.

Posto isto, está-se a esgotar o período de campanha e depois, no próximo Domingo, será a vez dos eleitores, esses, sim, a decidirem, bem ou mal, de acordo, ou não, com as percepções ou peso da campanha ou das figuras que fazem parte da lista, nomeadamente os três primeiros.

Por mim já decidi em quem votar. Será ou não uma decisão acertada? O tempo o dirá. Apesar disso, tenho, por enquanto, procurado ter alguma imparcialidade e não me pronunciar de forma directa, mesmo que tenha o direito de me declarar a favo de A ou B, com ou sem justificação. Se o farei, ou não, até ao final da campanha, é uma decisão minha. Espero que não venha a ser necessário até porque nem acho que isso seja relevante ou que possa influenciar quem quer que seja.

Espero, isso, sim, elevação e civismo no resto da campanha e que a aquipa vencedora, o Johnny Almeida ou o Celestino Sacramento, sejam capazes de fazer um trabalho competente, dinámico, até inovador, de proximidade, de união e e com muito rigor e transparência na gestão e contas. É pedir muito? 

Pela parte que me toca, independentemente de quem venha a formar Junta, estarei disponível para apoiar e colaborar, desde que útil e solicitado, mas também estarei atento e  a apontar o foco para o que entender não corresponder a uma boa gestão, e para o que considerar como desleixo e incompetência.