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8 de junho de 2018

Certificação da F&%#$)/%#


Bonito exemplar de uma saborosa F&%#$)/%#

Parece que anda por aí alguma celeuma à volta do processo de certificação dos fabricantes de fogaça no concelho de Santa Maria da Feira. Atento ao que tem vindo na imprensa, parece-me que há razões de fundo de ambos os lados, mas parece-me, igualmente, que há também algum quase fundamentalismo inerente, sobretudo aquele que em princípio impedirá e penalizará o fabrico e venda de fogaça (com tal designação) não certificada a próprios produtores do próprio concelho. É que nestas coisas corporativistas e de confrades, bem sabemos como,  sob o proteccionismo da lei,  é fácil resvalar para uma posição de poder face aos desalinhados, Bem sei que tudo foi feito dentro das normas regulamentares e legais e que o assunto até esteve em discussão pública, dela não se registando oposição. De resto, na realidade quase ninguém toma conhecimento destes procedimentos legais, de avisos e editais, não passando de formalismos burocráticos.

Mesmo que legais e regulamentadas, as certificações de produtos, alimentares e agrícolas, não deixam de ter alguns vícios de criação de elites, de interesses locais, de clubes e outros alinhados. A invocada defesa dos produtos e dos consumidores, uma coisa tão bonita, muitas vezes não passa de panegíricos e argumentos legais para justificar o injustificável ou legitimar alguma injustiça.

Num tempo em que se privilegiam cada vez mais as liberdades e garantias, sobretudo quanto às escolhas pessoais, não faz sentido algum que os consumidores deixem de ter a liberdade de escolher de comprar e consumir o que querem, certificado ou não. É que antes da certificação já havia fogaça e esta é um património colectivo e não do município, de algum agrupamento ou associação de fabricantes ou de alguma bucólica confraria. A apropriação desse património, (mesmo que dentro dos procedimentos legais) para com ela retirar ou condicionar esse direito a fabricantes com historial, só porque não alinharam no clube, por dificuldades financeiras (fala-se em valores exorbitantes), logísticas ou de mera opção, parece-me, no mínimo, injusto. Compreende-se e aceita-se (tal como outros produtos de origem ou denominação geográfica específicas) que este património e a sua produção se confinem ao território da Feira, mas que se condicione alguns dos produtores feirenses e localizados no próprio concelho, só porque fora do clube dito agrupamento, é que me parece pouco natural.

Apesar das virtudes de princípio de uma certificação e concretamente quanto ao produto fogaça, e não as ignoro ou relevo, estas por si só não garantem a qualidade intrínseca quanto ao gosto particular por parte de cada um dos consumidores e apreciadores. Não há laboratório que o garanta, porque gostos não se discutem, nem quanto ao que vestimos, nem quanto ao que comemos. Por outro lado, a não certificação não significa que um fabricante experiente e com história na arte não produza uma fogaça de qualidade mesmo que não certificada, quiçá de melhor qualidade e sabor do que a que venha a ser certificada. Aceito, óbvia e naturalmente, que não se venda com equívocos quanto a certificada ou não certificada, de modo a que o consumidor compre informado da diferença, mas que se impeça de vender com o nome de "Fogaça", mesmo que não de "Fogaça da Feira", acho uma injustiça, porque pode defender, seguramente, o interesse de uma dúzia de fabricantes alinhados num agrupamento ou mesmo de alguns confrades iluminados, mas também seguramente em detrimento de centenas ou milhares de consumidores. É que estas coisas ditas certificadas não ficam mais baratas a quem as compra, e tudo, vire-se e revire-se, resume-se ao dinheirinho. Aquele selinho vai ter um "preço".

Se na prática vai ser assim, ou não, veremos. Por mim, continuarei a comprar a "Fogaça", mesmo que sem o pingarelho da "Feira", no sítio do costume, certificada ou não, chame-se-lhe fogaça, fogacilha, fogaçona ou outra qualquer designação como um ilegível F&%#$)/%#, porque tanto quanto se saiba, a certificação não é ingrediente nem segredo de confecção e por isso diferenciadora. Supor que só a certificada assegura o cumprimento das boas práticas de confecção e garantia de qualidade é um pressuposto subjectivo e de passagem de menoridade a quem a  fabrica com igual qualidade desde há décadas. De resto parte-se do princípio legal que todos os fabricantes da indústria de pastelaria e panificação já cumprem as regras de higiene e qualidade. Ou estas vão passar a ser exclusivo dos fogaceiros certificados?
Pelo que dizem, para quem não alinhar no clube ou no agrupamento, a ASAE vai ser chamada como polícia a fazer cumprir os bons costumes e a assegurar a moralidade.
Esperemos que as notícias que se vão lendo estejam exageradas e que na verdade vai-se respeitar a liberdade tanto na venda como na compra e que os consumidores comprem informados e cientes da diferença, mas que acima de tudo, comprem, como sempre, a fogaça, com ou sem selo, até porque o selo não será comestível, suponho.

Um gato não deixa de ser gato só porque não é persa ou siamês. Mas lá virá o dia em que, não estando certificado, terá que ser vendido por lebre.

18 de maio de 2018

Caminhada - "Pela tua saúde mexe-te" - 2018


Terá lugar neste Domingo, 20 de Maio de 2018, entre as 08:00 e 12:00 horas a caminhada "Pela tua saúde mexe-te", integrada no Programa Andar a Pé 2018, uma organização do Pelouro da Educação, Desporto e Juventude da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, em parceria com a Associação Grupo Amizade Tempos Livres e Educação para a Paz e com a ACAL - Associação Cultural e Artística de Lourosa.
O destino será Santa Maria da Feira. Para quem da nossa zona nordeste pretender participar em conjunto, o ponto de partida está marcado para as 08:00 horas em Lobão, junto à sede da União de Freguesias, partindo dali para a sede do concelho.

26 de fevereiro de 2018

C.D. Feirense, o primeiro dos últimos



Futebolisticamente falando, nunca fui simpatizante do C.D. Feirense. E obviamente não é de agora, mas de há muito, quando no concelho ainda da Vila da Feira, simpatizava primeiramente com o U. de Lamas e, apesar de rivais entre si, seguindo na preferência o Lusitânia de Lourosa. Claro que por esses tempos, todos estes clubes eram clientes regulares da então 2º Divisão Nacional o que dava outra dimensão e interesse à rivalidade. Pelos meus 16 anos, ao domingo à tarde, ia com frequência à bola, com meu primo e meu tio, e vem daí, ou mesmo de antes, a simpatia pelo U. de Lamas e alguma "aversão clubista" ao Feirense.

É certo que o C.D. Feirense foi sempre o mais forte e importante clube e equipa de futebol no nosso concelho, e bastará recorrer ao seu histórico e ao facto de por diversas vezes ter já militado na divisão principal do nosso futebol. Por isso, remexendo nas minhas velhas colecções de cromos dos anos 70, como a das imagens acima, lá está o clube feirense de azul e branco, com nomes como Portela, Cândido, Seminário, Dário, Bites, Germano e tantos outros, de bigodaça ou de farta cabeleira, como era regra por esses anos.
Mas, talvez por perceber que pelos idos anos 70 e por aí fora foi sempre o clube protegido do sistema, o que colhia recorrentemente mais apoio da Câmara Municipal, em detrimento dos demais, a minha simpatia clubística nunca pendeu para o clube da sede. Se hoje ainda há um forte centralismo à volta do castelo, nesses tempos era mais descarado, de resto em alinhamento com o que era natural noutras cidades e vilas deste nosso país. Era o tempo dos sacos azuis e outros quejandos em que o apoio ao futebol, mesmo o da terrinha, era um trampolim para a política e para vantagens eleitoralistas.

Em todo o caso, reconhecendo a importância e a dinâmica do C.D. Feirense não só no contexto municipal mas até mesmo nacional, naturalmente que fico satisfeito e até com orgulho que o nosso concelho tenha um clube na divisão principal e que por lá ande muitos e muitos anos, mas que sou simpatizante, não sou. 
Infelizmente, depois de na época anterior ter tido uma bonita e meritória classificação, neste momento a equipa está a passar por uma fase menos boa e que a tem conduzido aos últimos lugares da classificação geral e já em zona de despromoção, por isso o primeiro dos últimos. Se no jogo de logo à noite o Moreirense, hipotéticamente, vencer ou mesmo empatar em Alvalade o Sporting, o C.D. Feirense passará a ser o lanterna vermelha.

Esperemos que consiga voltar aos resultados positivos e que no final da época possa continuar na I Liga. Afinal, o Manta não pode passar de bestial a besta apenas de uma para outra época. Mesmo sem ser simpatizante, estou naturalmente a torcer pelo êxito da equipa.

14 de fevereiro de 2018

Vem aí o papão



Ainda há semanas foi anunciado que o Governo pretendia rever as leis de modo a acabar com as práticas agressivas de cobradores de dívidas, como as conhecidas pelo "homem do fraque". Por conseguinte, da ideia base, as empresas que se dediquem à cobrança de dívidas fora do contexto dos tribunais não poderão utilizar "métodos de cobrança e recuperação que sejam opressivos ou de intrusão, nomeadamente utilizando viaturas, indumentária ou materiais de comunicação que, pelo conteúdo da mensagem transmitida, procurem embaraçar ou transmitir uma imagem negativa do devedor".

Este projecto de lei teve a discordância do PSD, CDS-PP e PCP, a  manifestaram-se contra este projecto do PS sobre a cobrança extrajudicial de créditos vencidos por entenderem que legalizaria a procuradoria ilícita, invocando, inclusivamente, a discordância já manifestada pela ministra da Justiça. Com uma oposição maioritária à ideia do PS, parece que a mesma terá baixado para a comissão da especialidade, mas confesso que perdi o rasto ao assunto. Certamente que um dia destes voltará a ser tema do dia.

Até lá, tudo continua na mesma, e apesar de condenados com alguma frequência pela forma agressiva com que pretendem fazer cobranças, vão continuar por aí os "homens dos fraques".

A propósito, ou não, soubemos por estes dias que a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira acordou com a Autoridade Tributária a celebração de um protocolo segundo o qual esta entidade passará a efectuar a cobrança coerciva do serviço de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e da Taxa de Rede, entre outros, a partir de 1 de Março de 2018. Deste modo, os munícipes que tenham valores em atraso, referentes aos citados tributos, poderão evitar a execução fiscal, efectuando o seu pagamento voluntário junto dos serviços do município até à referida data.

Qualquer cidadão que procura cumprir em tempo as obrigações para com o Estado e o Município e a empresas prestadores se serviços, não deixará de se sentir indignado com esta solução. Podemos percebê-la, mas algo despropositada, porque bem mais "agressiva" do que o "homem do fraque", porque implacável e cega e actuando não só sobre dívidas substanciais mas como também sobre trocos. E de resto, injusta, porque bem sabemos que o Estado cobra juros de mora por horas de atraso no pagamento de um qualquer imposto ou taxa, mas permite-se a não os pagar por dívidas de anos a contribuintes.

20 de novembro de 2017

Quem anda à chuva, molha-se

Claro que percebo, mas creio que numa altura em que a falta de chuva está a tornar-se dramática para todo o país e de modo especial em algumas regiões interiores, com elevados custos para o Estado, para os municípios e população em geral, de modo particular os agricultores, fica mal, mesmo muito mal, ouvir um responsável pela organização do evento "Perlim" em Santa Maria da Feira, mesmo dizendo compreender a importância da chuva, a desejar que nos dias do evento não chova, ou seja, que em vinte e poucos dias entre Dezembro e parte de Janeiro não chova (não vá molhar a criançada e estragar o negócio, isto digo eu).
Mais valia estar calado, porque é lamentável que o diga publicamente aos microfones de uma rádio. Que faça a apologia de gnomos e outras fantasias próprias de criancinhas de quatro anos, vá que não vá, mas que esqueça a realidade do mundo real e o drama da falta de água é que já não nos parece próprio da realidade. 
Mas isto sou eu a pensar, que prefiro mil vezes a água a um qualquer Perlim pim pim solarengo.

14 de setembro de 2017

"Favas contadas" ?

Pela propaganda aqui publicada, ficamos a saber que o Partido Socialista fará a apresentação oficial dos seus candidatos  às eleições autárquicas 2017 para o concelho de Santa Maria da Feira apenas no próximo dia 17 de Setembro, pelas 15:00 horas em Santa Maria de Lamas. Por isso, já praticamente na véspera do início da campanha oficial que decorrerá de 19 a 29 de Setembro já que de acordo com o artigo 47.º da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais, "o período da campanha eleitoral inicia-se no 12.º dia anterior e finda às 24 horas da antevéspera do dia designado para as eleições".

É certo que em 15 ou 12 dias dias faz-se muita campanha. Mas, seja por estratégia ou por dificuldades nas listas, a verdade é que (principalmente para as freguesias) parece um arranque um pouco tardio e algo misterioso quando se sabe que a principal concorrência há muito tempo que deu a cara e iniciou a pré-campanha.
No que à nossa União de Freguesias diz respeito, até ao momento não se conhecem as pessoas que integram a lista do PS (e já agora do CDS com excepção ao cabeça-de-lista e CDU), ao contrário do que já se sabe em freguesias vizinhas, como nas uniões de freguesias de Caldas de S. Jorge e Pigeiros e Canedo, Vale e Vila Maior e mesmo em Romariz.
Em todo o caso, ainda há muito tempo, mas transparecem sintomas de alguma impreparação e até mesmo de uma máquina partidária desafinada. Tudo isto, porém, terá pouca ou nenhuma relevância se os responsáveis e candidatos socialistas estiveram a fazer contas a "favas contadas" e por isso sem necessidade de uma forte, ampla e longa campanha. Será assim?

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - XVI




23 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - VI


O Sr. Manuel Faria Plácido Resende, mais conhecido por Sr. Plácido, uma das carismáticas figuras da Feira, dono da não menos emblemática Casa Plácido, um bazar no centro da Feira, onde se vende de tudo um pouco, é o mandatário honorário da candidatura do CDS em Santa Maria da Feira. 

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - V


A ideia não é nova nem inédita, mas é interessante e digna de registo. É uma das propostas da candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. A plataforma pode ser acedida aqui.

9 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - IV

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - III

A reforma administrativa imposta em 2013 extinguiu 10 das 31 juntas de freguesias do nosso Concelho, o que veio acrescentar dificuldades no que diz respeito à mobilidade, principalmente da população idosa, devido à extinção de diversos serviços administrativos.
Fomos contra essa reforma administrativa e continuamos contra uma decisão que consideramos prejudicial para os feirenses. Temos propostas concretas para reverter alguns dos problemas causados por essa reforma!

Margarida Rocha Gariso - Candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira - in página de candidatura no Facebook

5 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo II

Por estes dias, na Rádio Clube da Feira, ouvi Margarida Gariso, a candidata à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, pelo Partiudo Socialista, entre outras acusações a algumas das políticas do actual executivo camarário, liderado pelo recandidato Emídio Sousa, a abordar a questão do abastecimento de água. Disse o que considero serem algumas verdades, mas rematou dizendo que na negociação com a Indáqua a Câmara tem sido fraca, em contraponto com uma posição de força adoptada para com os contribuintes e consumidores, ou seja, "fraca com os fortes e forte com os fracos".
Nem tudo o que a candidata disse será exactamente como o dissem mas pela parte que me toca, e como muitos milhares de feirenses, tendo sido obrigado a pagar pela medida grande os ramais de ligação e agora vendo que outros deixaram de pagar, não posso deixar de estar de acordo. Mas pior do que isso, é o facto dos consumidores que pagaram os ramais serem agora penalizados com o aumento das tarifas tendentes à compensação à Indáqua por agora deixar de se encher comas taxas dos ramais. Não é novidade nem afirmado por qualquer Zé Ninguém que o preço da água no nosso concelho é do mais alto praticado na área metropolitana do Porto. Posto isto, tem razão quem o afirma e denuncia estas "mãos na carteira", seja a Margarida Gariso, o Zé da Esquina ou Toninho das Iscas. A razão é sempre ele própria.

3 de agosto de 2017

O que se vai lendo e ouvindo - Viagem Medieval

Em véspera do arranque de mais uma edição da Viagem Medieval, ouvi na Rádio Clube da Feira, o Dr. Emídio Sousa, presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, naturalmente a exaltar as virtudes do evento, da sua internacionalização e do seu impacto na economia no concelho e na região. Também referiu que o evento é uma oportunidade para muitas associações e colectividades do município para ali arrecadaram as receitas necessárias às suas actividades anuais.
No que se refere à questão das associações, certamente será verdade. Infelizmente, não custa acreditar que a larga maioria das colectividades fica de fora do generoso bolo e as que participam serão repetentes, não largando, literalmente, o osso do que sobra das dezenas ou centenas de porcos vendidos em sandes, o que não surpreende quando um dos vários critérios da selecção será o da "experiência", ou seja, quem a não tiver, nunca terá oportunidade para a vir a ter a não ser por obra e graça da divina vontade de alguns organizadores. Quando assim é, quando se sabe que a coisa gera muito muito dinheiro, está assim criada a cola que agarra alguns interesses e mesmo dirigentes.

28 de julho de 2017

Bloco de Esquerda a falar direito


Já começou a campanha para as autárquicas de 1 de Outubro próximo. As caixas de correio já começaram a receber as propostas. O Bloco de Esquerda, que apresenta o jovem Luís Miguel Sá como candidato â Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, distribuiu um pequeno panfleto em que nos pergunta, no singular, se sabíamos de uma série de coisas que supostamente são sinais de uma má gestão da actual Câmara PSD. Mas pela parte que me toca, respondendo ao Luís Sá e ao seu colega deputado da Assembleia da República,  Moisés Ferreira, sim, sabia de algumas dessas coisas, desde logo  a questão das tarifas sociais da água e da privatização das águas (que já vem de longe). Mesmo que não referido no panfleto, mais sabia da tremenda injustiça relacionada com o pagamento dos ramais, em que uns pagaram pela medida grande e outros que deixaram de pagar. Como se não bastasse esta injustiça e descriminação, os que  pagaram ainda têm que pagar a diferença por outros já não pagarem.
Se isto não é meter água...

25 de julho de 2017

Bandeira em exposição





Bandeira processional de Nossa Senhora da Boa Fortuna - Guisande. Está patente no Museu Municipal do Convento dos Lóios, em Santa Maria da Feira, numa exposição de arte sacra dedicada a Maria, uma homenagem do município de Santa Maria da Feira à devoção secular do povo português, em particular das gentes do território, à padroeira de Portugal, Santa Maria, neste ano em que se comemora o centenário das aparições em Fátima. A exposição  reúne um importante espólio artístico proveniente das 32 paróquias do concelho, composto por  46 peças – esculturas, pinturas e têxteis – de grande valor artístico, que podem ser apreciadas até 15 de outubro. A visita é gratuita.

Esta exposição, realizada no ano em que Portugal celebra o Centenário das Aparições de Fátima e a canonização dos beatos Francisco e Jacinta Marto, é uma homenagem do Município de Santa Maria da Feira à devoção secular do povo português, em particular das gentes do território, à padroeira de Portugal, Santa Maria.

Organizada pela Câmara Municipal, em parceria com Vigararia de Santa Maria da Feira, Missionários Passionistas da Feira e Santa Casa da Misericórdia da Feira, esta exposição é mais um exemplo da estreita parceria do Município com as 32 paróquias do concelho.

Local: Museu de Convento dos Lóios – Santa Maria da Feira
Horário: 9h30» 18h00 [3ª a 6ª] e 15h00» 17h30 [sáb. e dom.]
Entrada: gratuita
Contactos: tel. 256 331 070 ou e-mail museuconventodosloios@cm-feira.pt

17 de julho de 2017

"Tachos", "gamelas" e outras quinquilharias

Na sexta-feira passada, 14 de Julho, decorreu no Europarque um jantar-comício do PSD, com a presença de Pedro Passos Coelho, no qual foram apresentados todos os candidatos às eleições para a Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias/Juntas de Freguesia. 
Como a casamentos e a baptizados vão os convidados, não o tendo sido, eu não participei. De resto, sem hipocrisia, também não iria se convidado fosse.
Em todo o caso, soube por quem lá foi, que Emídio Sousa, actual presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e candidato à mesma nas próximas eleições de 1 de Outubro, por mais ou menos palavras, terá dado um elogio aos candidatos às Assembleias/Juntas de Freguesias, por se disporem a trabalhar em prol das comunidades e das pessoas a troco de quase nada, referindo que os tesoureiros/secretários ganhariam pouco mais que 240 euros por mês, não chegando para pagar despesas com telemóvel e gasolina. É uma verdade o que referiu Emídio Sousa, o que lhe fica bem ao reconhecer essa dedicação de muita gente que integra as juntas no nosso concelho, mas poderia ir mais longe e em contrapartida referir que existem alguns presidentes de Junta a ganhar um valor a rondar os dois mil euros (dependendo do nº de eleitores, se a tempo inteiro e em regime de exclusividade), o que não é nada mau, e, no lado oposto, ainda pessoas com cargos de vogais, como o meu caso, em que apenas ganham senhas de presença nas reuniões de Junta (uma ou duas por mês, normalmente) e sessões da Assembleia de Freguesia (normalmente 4 por ano). Tudo somado (reuniões de Junta e sessões de Assembleia de Freguesia), um vogal ganhará em média 50 euros por mês, ou seja, 600 euros por ano, afinal pouco mais que um ordenado mínimo, ainda sujeito a IRS. Esta situação desproporcional é obviamente mais flagrante quando um vogal tem responsabilidades e tarefas ao nível de qualquer outro elemento da Junta e que no caso de um representante de uma freguesia de uma União, tem que enfrentar toda uma população nas suas diferentes necessidades, exigências e reclamações e ainda o atendimento semanal ou mesmo quase permanente.
Seja como for, a situação é o que é, mesmo que erradamente ainda haja muita gente que considere este cargo de vogal como de "gamela" ou de "tacho". Fica-se com a fama, mas, no caso, sem proveito.
Por estas e por outras desconsiderações, o incentivo a trabalhar pelos outros de forma quase voluntária e ate mesmo com prejuízo efectivo, é obviamente reduzido. Ainda há, pois, muito caminho a percorrer no sentido da compreensão e valorização do exercício da cidadania, sem rótulos de oportunismo, de "tachos", "gamelas" e outras quinquilharias.

Nota: Sobre este assunto do vencimento enquanto vogal da Junta, já havia feito um esclarecimento em Fevereiro passado, com o respectivo comprovativo.

10 de julho de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - I

"Mais no marketing, menos nas pessoas"

Luís Sá é o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas de 1 de Outubro de 2017. Em entrevista dada ao jornal semanário "Terras Notícias", entre outras considerações menos positivas para com o actual exuecutivo PSD, liderado por Emídio Sousa, sublinha que "..a autarquia tem como prioridade o marketing em detrimento das pessoas".

Critica, igualmente o modelo empresarial seguido pelo executivo PSD: "O Bloco de Esquerda quer fazer em Santa Maria da Feira aquilo que está a fazer no país. Queremos criar mais emprego, mais rendimento para as pessoas, aumentar os apoios sociais e melhorar a qualidade de vida de todos. Pretendemos aplicar tarifas sociais para baixar o preço da água e queremos construir mais espaços verdes e de lazer, promovendo uma melhor mobilidade no Concelho. É também nossa ideia melhorar os serviços públicos e cortar nas rendas e nos negócios que têm sido lesivos para a população e que muito pesam no orçamento da Câmara Municipal".

É evidente que o candidato Luís Sá debita as orientações habituais do Bloco de Esquerda e de quem naturalmente pretende contrariar a posição e a política de quem está no poder. É natural que assim algumas das suas considerações sejam exegeradas, porque é sempre bem mais fácil falar de fora. Seja como for, no que diz respeito à consideração que dá título à sua entrevista ao "Terras Notícias", creio que há por ali um pouco de verdade. Efectivamente é notório o grande gasto que a Câmara tem em situações de marketing, sobretudo ligado aos grandes eventos que promove de forma centralizada, como o caso da Viagem Medievel, Imaginárius e Perlim. Se essse gasto tem sido um investimento com retorno, não temos dúvidas que em grande parte sim, mas se esse retorno tem beneficiado de forma homogénea o território, para além da sede do concelho, aí já me parece que não totalmente, e isso constata-se em muitas freguesias, incluindo a nossa de Guisande e a União onde se insere, com muitas pequenas e simples coisas por resolver, algumas abaixo do custo de produção de algumas simples publicações de marketing e um qualquer outdoor. 

Em resumo, o investimento em marketing promocional não é negativo quando visa um retorno para as pessoas e para um território, como um todo, e não apenas para algumas pessoas ou entidades e quase sempre para os mesmos sítios. Há por isso muitas coisas a melhorar, pequenas e grandes, e essas não se resolvem apenas com a venda da imagem  de um concelho ou de uma sede que orbitam à volta do castelo. Já é, pois, tempo de se efectivar o chavão de campanha "Mais pelas pessoas". Bem sabemos que slogan de Emídio Sousa para as eleições que se aproximam é "O concelho À FRENTE", mas num amplo território como o de Santa Maria da Feira também há realidades laterais e até mesmo atrás. Seguir em frente, sim, mas também olhando para os lados e para o retrovisor. Em algumas ruas da nossa União, e nomeadamente em Guisande, seguir apenas em frente pode descambar em alguns grandes buracos no meio da rua ou em zonas alagadas com águas pluviais a convidar à inversão de marcha. Há, pois, que resolver estes "pequenos grãos de areia" na engrenagem, para então, poder seguir-se em frente. E para isto não é preciso marketing.

26 de junho de 2017

Gente sem nome



Estamos quase no final do mandato autárquico, com eleições agendadas para 1 de Outubro próximo. Apesar disso, no sítio oficial da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, a informação institucional sobre a União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande, continua incompleta, apenas com a indicação do presidente da Junta. Faltam, pois, os nomes dos restantes elementos do executivo bem como da Assembleia de Freguesia. Para além do mais, está desactualizada a informação quanto ao sítio oficial da Junta.
Não fica bem esta omissão e desactualização, que se estende à freguesia de Arrifana, já que será suposto pensar-se que a Câmara tem pessoal  específico para estas funções ligadas à sua página oficial. O facto de ambas as freguesias terem tido eleições intercalares não é, obviamente, desculpa para a desactualização.

Haja luz

Depois de um apagão parcial na iluminação pública do concelho de Santa Maria da Feira, que durou quatro anos, justificado pelas restrições financeiras decorrentes do aumento do IVA de 6% para 23% pelo governo PSD-CDS, e que afectou um pouco mais que nove mil postes, no final do ano de 2016 o presidente da Câmara, Dr. Emídio Sousa, anunciou o fim das "trevas" ao garantir que a iluminação pública então desligada iria ser religada e que simultaneamente iria ser feito um significativo investimento na iluminação com tecnologia LED.
Cá por Guisande, volvidos seis meses, apesar de já ter saído a público a notícia de que a EDP deu por concluída a totalidade da religação, a verdade é que ainda se contam vários (muitos) postes com lâmpadas sem luz. Quanto às de tecnologia LED, por cá nem vê-las.
Enquanto membro da Junta, durante estes quase três anos de mandato, efectuei dezenas de reportes de situações de avarias e lâmpadas desligadas/avariadas. Infelizmente, apesar de um papel de fiscalização que não me compete e que deveria ser garantido pela própria EDP, a verdade é que as reparações das muitas situações foram sendo sempre feitas a conta-gotas e algumas delas só ao fim de vários e insistentes pedidos. Poucas foram as situações resolvidas com brevidade.
Quanto à tecnologia LED, aqui em Guisande já não será concerteza aplicada neste mandato, embora já instalada em alguns locais da nossa União de Freguesias, nomeadamente em Lobão. Por cá, as "trevas" ainda continuam até porque continuamos a ter vários troços de arruamentos ainda sem iluminação como é o caso da Rua da Igreja junto ao limite com Louredo, Rua da Ribeira, entre o lugar de Estôse e o lugar de Azevedo-Caldas de S. Jorge, Rua da Quintão, Rua de S. Sebastião, entre outras, bem como pontos ainda com reduzida ou insuficiente iluminação como é o caso da zona da rotunda na Cruz de Ferro que, pela importância viária e com comprovado rótulo de local de acidentes, mereceria uma melhor iluminação.
Até que haja luz plena, há, pois, ainda um caminho a percorrer (às escuras).