7 de agosto de 2023

Vergado ao peso da própria espada

Está relativamente bem documentado, até mesmo pelo Fernão Lopes, cronista contemporâneo, ainda por outros autores posteriores, e que mesmo já ouvi da boca do erudito historiador José Hermano Saraiva, que D. João I, para além da forma muito peculiar com que foi aclamado rei de Portugal, foi muito fraquinho no que toca a feitos de cavalaria. Teve melhor desempenho noutras áreas e o melhor legado deste filho bastardo feito rei pelas Cortes de Coimbra, foi a sua ínclita geração, como a chamou Camões.

Sendo certo que interviu na peleja ou batalha de Aljubarrota, na tarde de 14 de Agosto de 1385, que cimentou a independância face a Castela, teria muitas dificuldades em suster o peso da própria espada e num confronto com um nobre castelhano, Álvaro Gonçalves de Sandoval, só não foi morto graças à intervenção salvadora e corajosa do cavaleiro Martim Gonçalves de Macedo, que quando o castelhano se preparava para desferir o golpe mortal na cabeça do fraco rei caído de joelhos, lhe arrancou a maça que quebraria o crâneo ao ex- Mestre de Aviz. De resto este salvamento da morte certa valeu a Martim Macedo generosas recompensas e doações de terras por parte do resgatado à morte.

Em resumo, no manejo da espada ou da adaga, o Mestre de Aviz, apenas fez figura no acto cobarde quando assassinou a sangue frio o desamparado Conde Andeiro no Paço Real.

Mas a estas coisas nem sempre damos destaque porque em regra as desconhecemos e esta e outras figuras da nossa História, que se mostraram fraquinhas, são recorrentemente polidas e pintadas com cores de valentes guerreiros que marchavam destemidos à frente das suas tropas. 

Também na vida e em muitos aspectos dela, com alguma recorrência e similaridade, vamos vendo por aí uns arremedos de nobres e reis com ares de valentões, a fazerem poses de durões, mas que na realidade não passam de umas tristes amostras. De resto a História está repleta destes embustes e até o filme de animação 3D, o Shrek mostra-nos um príncipe minúsculo, o Lord Farquaad, enfiado numa imponente e brilhante armadura. 

Hoje, como no passado, há ridículos que se mantêm.

Senhor do Bonfim - Festa

 



Conforme o panfleto acima, distribuido durante o peditório, vai ser realizada no dia 17 de Setembro próximo uma singela festa em honra do Senhor do Bonfim, com o programa expresso no próprio documento. Por conseguinte, pelas 09:00 horas sairá da capelinha a procissão em direcção à capela do Viso onde será celebrada missa. 

Parece que haverá ainda uma parte de entretenimento musical conforme cartaz a que ainda não tive acesso.

Em todo o caso, a história impressa no interior do referido panfleto procura dar um esclarecimento sobre a origem da construção da capelinha, mas torna-se confusa porque não se sabe quem está a falar na primeira pessoa. Por outro lado, de um modo um pouco caricato mistura uma história de lobos que não tem nada a ver com a capela e com o assunto.

Falei a este propósito com o André Silva, um devoto do Senhor do Bonfim e interessado nestas histórias e origens de coisas antigas relacionadas à nossa freguesia. Assim, fiquei de ajudar ao esclarecimento. 
Pois bem, a história não é contada pelo André, nem poderia ser, pois a sua mãe tem uma bonita idade mas não seguramente mais de 100 anos, caso tivesse, como é escrito, nascido em 1917.

De facto a autora do testemunho sobre a origem da capela foi a D. Maria Isaura C. Resende Borges, da Casa do Loureiro, na Barrosa (esposa do Dr. António Ferreira da Silva e Sá,  falecida em 2015, tendo sido recolhido e escrito pelo André quando ela ainda era viva. A referência à data de nascimento da mãe foi feita posteriormente ao André por um seu filho (Francisco Borges de Sá).

Já quanto à história dos lobos, que apareciam lá para os lados do sítio de Casinhas, nada tem a ver com o assunto da capela e terá sido impressa por alguma desatenção, pois estando ambos os apontamentos juntos, quem o mandou fazer e quem o imprimiu não percebeu que estavam fora de contexto e foi tudo impresso de rajada.

A intenção foi boa mas houve esse descuido o que faz-nos ter em conta que é sempre bom haver algum cuidado nestas coisas, antes de as imprimir, sobretudo quando as andamos a distribuir.

Mas, aparte esta curiosidade que aqui se esclarece, para quem naturalmente ficou confuso, é de enaltecer o esforço e voluntarismo de quem se predispôs a organizar a singela festa.

Quanto à história da origem da capelinha do Senhor do Bonfim, um destes dias voltaremos a ela porque é interessante.

O Sr. Manuel Alves que também é senhor Neca





Isto de falar dos outros, tanto mais quando ainda são vivinhos da silva, tem que se lhe diga, porque quem o faz corre o risco de ser injusto ou então excessivamente simpático, o que alguns dirão de lambe-botas. Mas assumo o risco e o que a seguir escreverei resulta apenas da minha percepção e experiência pessoais ao longo de muitos contactos e testemunhos, mais privados ou circunstanciais. E mais do que isso, com sinceridade, porque sem obrigação ou propósito de qualquer outra natureza.

Estou a falar do Sr. Manuel Alves, ainda entre nós apesar da sua já linda e avançada idade. A caminho dos 91 anos já que nasceu a 21 de Agosto de 1932. Uma pessoa quando é muito conhecida, pode ter vários nomes e o Sr. Manuel Alves é tratado de diferentes formas, como apenas Sr. Alves, Sr. Neca ou ainda por Nequita. Ainda Nequita do Viso ou Neca da Loja, por herança dos tempos em que em Casaldaça tinha uma mercearia e tasca. Ainda, não raras vezes, como o Neca da Tina, como é típico dos portugueses relacionar o nome do homem ao da esposa ou vice-versa.

Pessoalmente trato-o por Sr. Neca. Conheço-o desde que ainda criançola descia várias vezes do Viso a Casaldaça à mercearia da Sr.a Amélia. Nunca foram os meus pais clientes da farta mercearia do Sr. Neca, mas mesmo assim era frequentada por mim, porque que mais não fosse para comprar alguma coisa que no momento estivesse em falta na mercearia ao lado. Além do mais, mesmo já em adolescente, muitas vezes aos domingos à tarde alí íamos como gente grande merendar, um pirolito, umas zeitonas, amendoins ou então, quando com algum dinheiro inesperado no bolso, uma sandes de queijo. À fartazana! Também a comprar cromos da bola e dos cowbóys.

Mas, queira-se ou não, o Sr. Neca por um conjunto de razões é uma personalidade muito singular na nossa comunidade e freguesia e de algum modo um seu património ainda vivo mas que perdurará para o futuro. Como se sabe e já o disse, durante muitos anos exerceu a profissão de comerciante explorando a mercearia e tasca em Casaldaça, que a tomou das mãos da Sr.a Conceição e do Sr. Domingos "Patela",  e mais, tarde encerrada porque em edifício arrendado, mudou-se para o lugar do Viso, onde ainda vive, e ali continuou sobretudo com a afamada confecção de boa broa de milho e regueifa doce à moda de Guisande, aproveitando as mãos laboriosas e o saber da esposa de há 70 anos, a senhora Tina. Infelizmente tudo tem um fim e devido às limitações impostas pelo peso da idade, também essa actividade acabou há já alguns anos. Felizmente, no que toca à regueifa, creio que passou alguns segredos à minha prima Cilita. Mas ficam as memórias da azáfama, sobretudo em vésperas de Páscoa com o forno a parir deliciosas regueifas que gente de muito lado procurava.

Para além disso, o senhor Neca foi regedor na freguesia, no período que antecedeu o 25 de Abril de 1974, então um cargo que conferia respeito e autoridade e que a representava e no exercício do qual me contou algumas engraçadas histórias. Pano para outras futuras mangas. Foi por pouco tempo, é certo, e numa época em que os regedores já perdiam importância face à criação e proliferação pelas zonas rurais de postos da GNR, como aqui por perto em Canedo. Logo após o 25 de Abril de 1974 e assente a poeira da revolução, criadas as condições para as primeiras eleições autárquicas, o Sr. Manuel Alves fez parte como presidente da Junta de Freguesia de Guisande de 1982 a 1989, em represnetação do PSD. Mesmo depois disso, e perdidas as eleições em 1989 para o Partido Socialista, voltou a recandidatar-se mesmo que, já noutra dinâmica, não tivesse logrado a reconquista. 

Fez ainda parte da Comissão Fabriqueira e era pessoa muito considerada pelo saudoso pároco Pe. Francisco Gomes de Oliveira.

Foi autarca e presidente de Junta num período muito específico e singular, ainda num contexto muito particular e com uma forma de gerir nem sempre de forma mais escrutinada e com as contas porventura sem o rigor dos actuais tempos, de resto o que era prática em muitas pequenas autarquias, no que se dizia vulgarmente ser de contabilidade de mercearia, mas apesar disso, foi um período em que quase tudo estava por fazer e era preciso desbravar caminho. Mesmo que nem sempre da melhor forma e passível de conbtraditório, a verdade é que durante o seu período de governação fez-se muita obra, com abertura de várias ruas, como as ligações a Louredo e a Gião, que não existiam, alargamentos, pavimentações, melhoramentos vários, etc. Fez-se a sede da Junta, construiram-se os jardins de infância de Fornos e Igreja, fizeram-se obras nas escolas primárias, ampliou-se o cemitério, etc, etc.

Pessoalmente tenho a maior das considerações pela sua pessoa e pelo seu passado mesmo que em determinadas alturas, principalmente quando fazíamos parte do jornal "O Mês de Guisande" tivéssemos tido um papel de escrutínio e tantas vezes de crítica e de algum modo responsáveies pela mudança política. Mas nesse aspecto foi sempre o Sr. Neca de um grande sentido democrático e nunca tomou as coisas a peito, deixando na política o que era da política, o que nem todos foram capazes de fazer pelo que ainda subsistem alguns ódios de estimação que só servem para dividir mesmo em momentos e objectivos comunitários.

Por várias vezes convidou-me a participar em listas a eleições mas sempre recusei por mera opção de não envolvimento na política, mas revela a confiança que tinha nas minhas simples capacidades. Em algumas situações mais pessoais foi sempre de uma enorme consideração, respeito e seriedade. Por diversas vezes ofereceu-se para me ajudar em diversas situações e quando foi preciso não deixou de o fazer e apoiar.

Por conseguinte, estas simples palavras sobre o Sr. Neca, são apenas um reconhecimento pessoal do seu papel e do seu contributo de cidadania na freguesia, mesmo reconhecendo que, como eu e cada um de nós, não é perfeito e terá também e certamente os seus pecados e omissões. Obviamente que pode haver que tenha uma percepção diferente mas, como seres imperfeitos que somos pela nossa própria humanidade, todos estamos sujeitos a análises menos simpáticas e até tantes vezes injustas ou desonestas. Quem de algum modo se envolve em actos ou acções de cidadania, infelizmente e como desmotivação, acaba por merecer mais críticas do que merecimentos. Isto não é novidade e na nossa própria comunidade, apesar de bons exemplos e de muita gente reconhecedora, o que não falta é desconsiderações e em grande parte por pessoas que nunca nada fizeram. Daí a velhinha sentença de que só não erra quem nada faz. Não surpreende, por isso, que não faltem por aí artistas que nunca erraram na vida, na justa medida de que nunca nada fizeram a favor dos outros e da comunidade onde se integram.

Sendo assim, e porque felizmente ainda anda por aqui, parecem-me ser justas estas simples palavras sobre o nosso Sr. Neca. Não me levará a mal. Bem haja por tudo quanto fez.

Jornada Mundial da Juventude 2023 - O deve e o haver

Quem por estes dias foi acompanhando, lendo, ouvindo e vendo, sobretudo pela televisão (e uma palavra de parabéns pelo trabalho fantástico da RTP), o decorrer da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, no nosso Portugal, só pode ficar com a certeza de que globalmente tudo correu bem, superando todas as expectativas, tanto ao nível da participação como da concretização do programa.

Nada, porém, é perfeito, e o tempo que se fez sentir principalmente no Sábado e Domingo, com temperaturas elevadas, naturalmente que se reflectiu em desconforto para os largos milhares de jovens, porque para além da exigência do programa, tiveram que tentar dormir em condições difíceis e fazer longas caminhadas entre os diferentes pontos. Já depois de terminado o programa, ainda mais deslocações a pé e o enfrentar de longas esperas pelos transportes em avião, combóio e autocarros, e ainda a duração dos mesmos. Mas, enfim, nada que o coração cheio de motivação proporcionada por quem vivenciou a jornada nos diferentes locais do programa, não ajude a superar, e depois do merecido descanso, serão mais notórias e límpidas as experiências e vivências. Como me disse ontem o Pe. António Jorge ao final da tarde, "...cansadinhos mas cheios de felicidade".

Acredito que para todos os jovens e mesmo para quem apenas acompanhou pela comunicação social em geral e pela televisão de forma particular, foi um evento marcante e que por muitos anos perdurará na memória individual e colectiva.

Agora é tempo de fazer contas e balanços. Já foram sendo feitos, nomeadamente pelo Papa Francisco durante a sua conferência de imprensa em plena viagem de regresso a Roma, e com intervenções avulsas do presidente da república, primeiro ministro, membros do Governo e do clero, mas certamente que com tempo serão feitas contas e balanços mais rigorosos.

Apesar disso, e da percepção geral de que tudo correu bem, do reconhecimento internacional, do importante impacto que representa para o país como reforço do lastro económico sobretudo no sector do turismo, naturalmente que se vão levantar vozes contrárias, juntando-se a algumas que durante o evento aqui e ali foram ouvidas ou que a imprensa deu espaço, bem como outras que estrategicamente estiveram caladas mas que se farão ouvir entretanto. Dirão que  foram gastos escandalosamento 80 ou 100 milhões, quando ninguém se impressiona ou escandaliza com uma transferência de um vulgar jogador da bola por 100, 120 ou 200 milhões, que sendo dinheio dos clubes é também em larga medida dos contribuintes e do país. Mas é sempre assim e não faltou nem faltará quem pretenda misturar alhos com bogalhos e a menorizar ou mesmo ressalvar  a árvore no meio da floresta.

É claro que nestas coisas, é importante a contenção, gastar o apenas necessário e quaisquer ostentações desmusaradas e desproporcionais devem ser sempre limitadas, mas enquanto portugueses, para além de mostrarmos ao mundo que sabemos organizar grandes eventos, somos igualmente mestres a fazer disparates, como o caso dos estádios de futebol aquando do Europeu de Futebol em 2004 e que deixaram uma herança de elefantes brancos ao abandono ou utilizados esporadicamente só para não esquecermos que existem. 

No caso tão falado do palco do Campo da Graça, teria sido possível gastar muito menos. De resto os demais placos mostraram que era possível gastar menos com o mesmo efeito visual e funcional. Ainda bem que reduziram os gastos mas poderiam ter ido mais além, embora o tempo já fosse escasso para grandes alterações.

Alguns sectores também fizeram questão de continuar a mexer na ferida dos abusos sexuais, como se ela tenha sido esquecida, o que não foi, a começar pelo próprio Papa Francisco. Importa de facto não esquecer esta triste realidade e tudo fazer para quem nem um único caso fique por justiçar e reparar, ou que volte a acontecer, mas importa igualmente analisar a coisa como um todo. Infelizmente estes casos não são exclusivos da igreja católica e é horrendamente transversal a muitos sectores, como todos os dias somos confrontados pelas notícias de novos e antigos casos. 

Para além de tudo, apontamos o dedo à Igreja, quase esquecendo que os casos de pedofilia e abusos sexuais e morais acontecem tantas vezes no seio da própria família, com crianças a serem abusados por progenitores e familiares. Resulta desta ideia, de que este é um caso grave e que importa combater por todos os meios e com políticas e acções que previnam. Todavia, fazer crer que este é apenas um pecado grave da Igreja é fazê-lo de uma forma discricionária e é em si mesma uma fraca atitude. Pode-se não gostar da Igreja, dos padres, dos cristãos, dos católicos, ou seja lá do que for, mas ignorar igualmente o importante e fundamental papel da igreja no plano espiritual, mas sobretudo social, e tanta e tanta gente boa que se entrega de corpo e alma a causas e a pessoas desprotegidas e vulneráveis, é demonstrar ignorância e apenas uma premeditada repulsa facciosa. E não falta e nunca faltarão acérrimos opositores. É a lei da vida e nem sempre somos capazes de analisar as coisas de forma imparcial.

Neste contexto, a Igreja, no caso a católica, tem que, de facto, admitir e curar os seus pecados, ser mais aberta para tudo e todos e no geral acolher e passar à prática tudo quanto por estes dias foi dizendo por palavras objectivas e claras o Papa Francisco. Em muitos sectores da Igreja, nomeadamente nas células paroquiais, já muito está e vai sendo feito, mas importa ampliar porque os desafios são muitos e grandes. Não ser capaz de fazer isto é deixar para trás o combóio e, pior do que isso, é deixar a sociedade navegar sem objectivos e valores morais e humanistas que conduzam ao bem geral de todas as sociedades e povos, enfiam, da humanidade em toda a sua diversidade de raças, culturas e religiões, mesmo para quem não é crente.

É um lugar comum dizê-lo, mas de facto urge que todos os aspectos positivos decorrentes desta Jornada Mundial da Juventude não caiam em saco roto, em terra infértil, e que entretanto, pousada a poeira e caídas as canas dos foguetes, fique na memória apenas como mais um evento como se fosse apenas um qualquer festival musical, um woodsotck católico, como alguma imprensa sensacionalista o prognosticou, a mesma que escreveu que "jornadas mundiais começam com zaragata entre peregrinos num bar". 

A ver vamos se será a sociedade, no geral, capaz de vir a colher frutos deste enorme evento, católico, cristão mas sobretudo ecuménico. Naturalmente que todos esperamos que sim e creio que mesmo que daquele milhão e meio de jovens se apenas 10% for capaz de frutificar nos diferentes contextos onde se envolvam, já terá valido a pena.  

Rumo a Seul em 2027!

FV2023 - Momentos

 








6 de agosto de 2023

Festa do Viso 2023 - Momentos




















Quem se importa?

Quando um evento de entretenimento se transforma num parque de diversões a cobrar bilhete e  impede o cidadão comum de usufruir do direito constitucional à liberdade de circulação de um amplo espaço público, que é de todos, e tanto mais em zona nobre de uma vila ou cidade, não por duas ou três noites mas por duas semanas, algo está mal ou pelo menos e seguramente desproporcional. Mas há quem se entusiasme e regozije por isso e até ajude à festa. 

Não surpreende, pois, que, sendo assim numa suposta democracia, seja demasiado fácil implementar as ditaduras. A História está repleta desses guias ou manuais de como o bem fazer.

Falta-nos sentido crítico, porque em nome do políticamente correcto e porque parece bem às hordas, vamos andando, já amestrados, a toque de caixa, e tudo nos parece normal mesmo se privados de valores essenciais em nome do não sei de quê e das quantas. 

Tum, tum, ta, ta, tum, tum, tum, ta, ta, tum! - Acerta o passo, ó 21!