13 de junho de 2024

Postal do Dia - Os Ministros Extraordinários da Comunhão


Creio que quem vai frequentando os serviços litúrgicos e pastorais da nossa paróquia sabe o que são os Ministros Extraordinários da Comunhão, abreviados por MEC´s. Não serão necessárias grandes explicações.

Na nossa paróquia temos cinco ministros: o António Conceição, o José Almeida, a Fernanda Eva Silva, a Lurdes Lopes e a Cisaltina Coelho, embora esta, por dificuldades de saúde, não tem estado a exercer. Foi também, de forma dedicada, o Alberto Gomes de Almeida, mas já partiu há uns anos (Outubro de 2012).

Muitos, de forma ligeira e pouco dados a ver para além do óbvio, pensarão que é serviço ou função de pouca importância, mas na realidade é mais do que isso. Desde logo porque como qualquer serviço à igreja, implica comprometimento e dedicação e com isso, tantas vezes, incómodos para o dia-a-dia das nossas coisas. Por isso é que são poucos os que se aventuram a assumir serviços na comunidade. Nada se ganha de visível, passa-se por se ganhar, e à perda de tempo soma-se, não raras vezes, fama indesejada sem proveito.

Os nossos Ministros da Comunhão, para além do que é mais visível e notório, o ajudar o pároco a distribuir a sagrada comunhão durante as missas ou a orientar a reza do Terço, têm sobretudo um papel e missão importantes que é a da visita domiciliária aos doentes, pessoas em idade avançada e em situação de fragilidade e de mobilidade e que assim aos Domingos têm a oportunidade de manter essa ligação de fé e comunhão eucarística. E resulta deste acto, também uma função social, afectiva e caritativa já que há sempre tempo e lugar para uma pequena conversa de ânimo e que tão bem faz a quem durante a semana está preso na sua própria casa ou remetido à cama. Só quem passa por elas é que valoriza estas situações.

Por conseguinte, no que diz respeito à apreciação e entendimento que possamos ter em relação às pessoas que noutras ou na nossa comunidade asseguram este serviço, devemos ter em conta a sua importância e dentro do possível saber prestar esse reconhecimento ou pelo menos não o menosprezar.

[foto: voz portucalense]

12 de junho de 2024

8 de junho de 2024

Visita Pastoral Interparoquial - Programa - Cartaz

 


Página online da comunidade interparoquial

 


Está activa a página online da comunidade interparoquial de Caldas de S. Jorge, Guisande e Pigeiros. 
É um projecto simples, despretensioso, numa plataforma gratuita, por isso sem quaisquer custos, mas pretende-se que, de forma eficaz, dentro do espírito sinodal que vivemos na Igreja,  seja um elemento de divulgação e partilha dos diferentes eventos e momentos que vão acontecendo nas dinâmicas litúrgica e pastoral das respectivas comunidades.
Agradece-se a partilha e naturalmente o acompanhamento regular até porque dela farão parte os habituais avisos dominicais. 
Está também publicado o cartaz do programa da Visita Pastoral Interparoquial que acontecerá na última semana deste mês de Junho.

7 de junho de 2024

Postal do Dia - O azulejo


Creio que nisto todos estaremos de acordo: Quando fazemos algo, de forma despretenciosa, a favor da nossa freguesia e comunidade, sem qualquer proveito que não o do simples prazer e gosto, é sempre bom ter do lado de quem recebe, algum eco dessa dedicação e que funciona assim como reconhecimento e incentivo.

Ora no contexto desta página que exige muita dedicação, mesmo algum custo monetário e muito tempo dispendido, frequentemente recebo esse reconheceimento, sobretudo de malta que está na condição de emigrante, em França e Suiça, e que quando regressam, sempre que me encontram, disso dão conta, de que seguem atentamente as novidades da freguesia por esta página.

Mesmo por aqui, sei que há visitantes frequentes e diários e que sempre que notam uma pausa nas publicações procuram saber pessoalmente o que é que se passa, pois habituados que estão não dispensam as "novidades" ou novos apontamentos sobre as coisas da nossa freguesia, do seu presente e do passado.

Assim foi, e um dia destes parou à porta da casa um desses visitantes frequentes, a dar conta de que já não publicava nada desde o dia 23 de Maio. 

Fiquei, pois, reconhecido por esse interesse e amizade e por ele e por todos os outros que diariamente ajudam a que esta minha/nossa página tenha médias de 500 a 1000 visitas diárias, uma boa parte da comunidade emigrante.

Obrigado a todos quantos valorizam este trabalho e o incentivam desta forma tão próxima, mesmo que nem sempre de forma assim reconhecida de modo tão pessoal e directo. Obrigado ao L.A.

E agora perguntarão pelo nexo da escrita com a fotografia e o título do artigo? 

Pois bem, considerando a quantidade de visitantes desta página, como analogia, cada um será um dos muitos azulejos que desde 1969 revestem a fachada principal da nossa bonita capela do Viso, dedicada à Senhora da Boa Fortuna e Santo António. Apesar de muitos, todos ali organizadinhos, a apanharem com o sol da tarde, há ali um azulejo em falta, e ele pode corresponder a um visitante da página que teve a amabalidade de me contactar pessoalmente para saber se havia algum problema comigo a ponto de nada publicar há quase três semanas. No fundo, muitas vezes basta um no todo para se fazer notar a diferença. É preciso é olhar com olhos de ver e perceber, como em tudo na vida, que o muito é feito de pouco.

6 de junho de 2024

Residência Paroquial - Plantas

 



Em 2018, por isso há 6 anos, a pedido do Pe. Farinha, então nosso pároco, procedi ao levantamento e desenho das plantas dos pisos da residência paroquial.

Para além deste trabalho, a título gratuito, fiz também o levantamento fotográfico dos elementos construtivos sendo naturalmente visíveis situações que mereciam na altura como agora, obras de requalificação.

É certo que a residência exteriormente tem bom aspecto, está relativamente bem conservada, até porque foram sendo realizadas obras, nomeadamente pinturas e colocação de caixilharias em alumínio, substituindo as antigas em madeira, mas interiormente padece de muitos problemas, até porque deve-se ter em conta que este tipo de construção antiga (e ela foi edificada originalmente por 1907), tem uma estrutura interior muito baseada em madeira, tanto nas paredes como nos soalhos, tecto e armação da cobertura.

Em todo o caso, costuma-se dizer que o dinheiro não chega para tudo e vai-se acorredendo às situações que em cada momento se consideram como mais necessárias e prementes, como agora com as obras no Salão Paroquial. Mas importa, a todos nós, comunidade, não desmazelar a conservação de um património que, mesmo sendo da esfera da Igreja, é de todos nós.

A residência paroquial de Guisande está recheada de apontamentos históricos interessantes, desde os relacionados à sua construção (por 1907), à sua alienação pela década de 1920 e posterior aquisição, com contornos ainda muito misteriores e que a seu tempo procurarei partilharei por aqui.

Para já, as plantas dos dois pisos da residência conforme existente e que não difere muito do que terá sido a planta original, salvo as obras que o Pe. Francisco foi fazendo, nomeadamente com a introdução de uma casa de banho e a sua ligação pela parte interior, com adaptação na zona da cozinha.

23 de maio de 2024

Ad perpetuam rei memoriam


Nesta vontade e gosto de por aqui partilhar coisas do nosso presente e passado comuns, fico sempre numa ambiguidade quanto à resposta em saber a quem tudo isto interessa. Aos da minha idade, alguns, aos mais velhos, poucos, aos mais novos, muitos? Aos mais velhos, que melhor identificarão certas coisas, determinadas memórias, ficará um gosto amargo e de saudade em recordar pessoas e tempos passados; aos mais novos, porventura, uma mera curiosidade a que provavelmente não darão valor, porque, por um lado alheios a coisas, pessoas e factos que não conheceram nem vivenciaram, e por outro lado também sem o bichinho da curiosidade e interesse em saberem e conhecerem o passado dos seus e da sua terra. E assim não sendo, o futuro será de esquecimento do passado.

Diz-se que só podemos gostar ou mesmo amar algo ou alguém se apenas deles tivermos um bom conhecimento. Ora sem a faísca do interesse e curiosidade em saber, pouco adiantará ao conhecimento.

Seja como for, do muito que com teias de aranha aqui partilho, é num sentido não de missão mas simplesmente de procurar registar e deixar indícios para memória futura, como que a dar sentido ao secular termo latino "ad perpetuam rei memoriam".

Neste contexto, sabendo que já tenho falado nisto, e as coisas vão sendo adiadas, mas de facto é minha intenção e propósito que parte destas coisas e outras mais, venham oportunamente a dar lugar a um livro de apontamentos monográficos. Está praticamente feito em termos de estrutura e conteúdo, mas falta concluir a parte de composição gráfica, para poupar algum gasto, e depois a publicação. Não sei quando será, mas vou dizendo que oportunamente, sobretudo se chegar a vontade necessária para concluir o que falta do processo, o que nem sempre é fácil porque muitas outras coisas se sobrepõem.

Posto isto e quanto a isto, é ir andando e esperando. Se não neste ano, porventura no próximo. Além do mais, há sempre novos (velhos) apontamentos a surgirem ou a merecerem actualizações.

Tal trabalho será, nem mais nem menos, uma forma clássica, em livro, de dar novamente sentido à locução "ad perpetuam rei memoriam". Pouco interesse terá no presente, mas talvez no futuro alguém lhe dê a devida importância, quem sabe em algum momento em que haja uma geração mais interessada no passado, raízes e origens dos seus e da sua terra. Quem sabe...