29 de maio de 2020

Pilatos cumpre as normas da DGS


Rezam as crónicas que o conhecido Bairro da Jamaica, no Seixal (um dos 200 bairros ilegais na Grande Lisoa), está com um preocupante foco de infecção de Covid-19, aparentemente em transmissão nos cafés.

Ora todos sabemos que os cafés estiveram encerrados até há poucos dias. Mas é claro, que o Bairro da Jamaica é um caso especial em que por lá não entra a polícia e quando entra é desautorizada por um presidente tretas. Assim é um mundo próprio, uma espécie de enclave, intocável, com muralha de tijolo, que sobrevive e resiste a tudo o que é norma, lei, regulamento. Mas, pelos vistos, não resiste ao vírus.

Creio que ouvimos todos, por estes dias, em horário nobre da TV, um suposto líder de uma associação dos moradores do bairro clandestino/ilegal dito da Jamaica, a dizer que a maioria dos moradores não trabalhava, o que nos pode levar inocentemente a perguntar, então vivem do quê?

Mais disse ainda que o pessoal como não trabalha vai para os cafés, e novamente a inocente pergunta, mas então se não trabalham, se não têm rendimento, vão para o café só para fazer sala?

Disse ainda que o pessoal não tem dinheiro para comprar máscaras. Pois, para cerveja e máscaras é mais difícil.

Mais disse que muita gente que anda pelo bairro não é de lá. Serão então turistas, a apreciar a paisagem? Deve dar movimento aos cafés, o que é bom.

Depois faz confusão aqueles edifícios em tijolo assente por aprendizes de pedreiro e repleto de antenas parabólicas, sendo que é normal já que todos sabemos que a MEO, a NOS e a VODAFONE são uns amigos e adeptos das borlas.

Tanta coisa que havia a dizer sobre o contexto desde característico bairro, mas hoje em dia apontar o dedo a alguém ou a alguma comunidade que tenha a pele mais pigmentada é mote para acusação de racismo e xenofobia, como se exigir que o respeito pelo cumprimento das normas, das regras e da lei por parte de todos seja um sacrilégio. Vão por aí, que vão bem!

Perante isto, todas as entidades, desde o Estado à Câmara do Seixal, vão lavando as mãos como fez Pilatos, de resto o que até está na moda e é recomendado pela DGS. 

Mendicidade com marketing


Noutros tempos, ditos da velha senhora, eram comuns os mendigos e deficientes, uns verdadeiros, outros disfarçados, outros oportunistas, ambos a mendigarem e a pedirem esmola, ora pela porta, ora pelas feiras e romarias, apelando à caridade humana a troco de uma prece apressada ou apenas de um estender de mão.

Certo é que, passados 46 anos após a revolução do 25 de Abril, são largos milhares os portugueses que vivem na pobreza e passam fome. O Banco Alimentar, esse pedinte colectivo, tem dado mostras do aumento dos casos de pedidos, sendo que, pela tal vergonha, serão a ponta do icebergue.

Envergonhadamente, esta realidade tem sido disfarçada, mas perante um Estado consecutivamente incapaz de cumprir as garantias de Abril, a mendicidade continua em força, só que agora de forma mais sofisticada e mesmo persistente, através dos meios de comunicação social. 

Mas com excepção destas, para muitos ideólogos, "minudências", o país porta-se como se vivesse à rica, recebendo a esmo "emigrantes" e "refugiados", que na maioria dos casos, mesmo que apenas com o pretexto de saltar para uma Alemanha ou Inglaterra, só contribuem para aumentar o número de pobres e dependentes da caridade ou de apoios em cash.

Devemos ser solidários, concerteza, mas juntar pobreza e precariedade à pobreza não serve a ninguém. Mas há quem ache que sim e porque fica bem cumprir cotas. Já diz o velho ditado que quem não tem dinheiro, não tem vícios.

17 de maio de 2020

Zona ribeirinha do rio Inha


A Zona Ribeirinha do Rio Inha, na freguesia de Canedo (entre a ponte da EN 222 e o rio Douro), está requalificada desde há algum tempo e mostra-se como um espaço muito positivo e apetecível, ideal para umas caminhadas e pescadores. 

O seu percurso, está ainda sem saída. Fala-se que há ideias de lhe dar continuidade pela margem sul do rio Douro, até ao lugar de Porto Carvoeiro, também em Canedo, o que lhe acrescentará uma extensão de cerca de 2,4 Km, mas certamente que não será fácil nem barato, sobretudo devido ao declive abrupto da margem.

Seja como for, o actual percurso, com cerca de 1/3 em pavimento e a restante parte em terra com rodados em paralelos de granito,  tem cerca de 1,3 Km o que de ida e volta comporta 2,6 km, praticamente todo plano.

No entanto, do que vimos, percebe-se que a zona tem alguns problemas. Desde logo o facto de não dispor de saída alternativa, também pelo acesso ser por rua estreita e ainda por não dispor de zonas de fácil manobra, tendo uma onde termina o pavimento mas invariavelmente ocupada por carros. Os espaços de estacionamento são poucos. No verão, com tempo seco, o percurso em terra tenderá a levantar poeira com o trânsito automóvel o que naturalmente incomodará que ali estiver. Pelas características da parte interior do percurso (encosta muito íngreme e xistosa,  há também o permanente risco de queda de pedras.

Em suma, se não for aplicada alguma regra e sinalização, há uma forte susceptibilidade de confusões no trânsito automóvel, sobretudo em fins de semana e no Verão. Ainda hoje verifiquei confusão na parte terminal com carros a inverter a marcha e a gerar-se complicações.

Importaria que o trânsito automóvel fosse condicionado ou até mesmo proibido, mas certo é que, pelas características da margem, não há grandes alternativas para um parque condizente e capaz de atender às necessidades em alturas de "ponta".

O local é obviamente interessante, com o rio Inha na realidade afogado pelo rio Douro e pelo efeito da albufeira da Barragem de Crestuma-Lever, mas sobretudo vocacionado para pescadores e caminhadas. Para outro tipo de fruição, como convívios, merendas e piqueniques não me parece indicado nem será esse o seu objectivo.

Por outro lado, infelizmente, ambas as margens estão povoadas dos incaracterísticos eucaliptos, o que empobrece a bio-diversidade. Na encosta paralela ao percurso, algumas plantas características (vi alguma lavanda, gilbardeira, campánulas, musgos, "sedum albums" e fetos) mas no geral muito infestadas por acácias (austrálias) e eucaliptos. 

Em resumo, um espaço muito positivo mas não adequado para um fruição de muita gente.







15 de maio de 2020

Rio Inha e outras questões




Num dos meus apontamentos relacionados à freguesia de Guisande, a que designo de "Historiando", já me referi à figura de Pinho Leal Augusto Soares d'Azevedo Barbosa, nomeadamente à referência que faz à nossa freguesia na sua obra "Portugal Antigo e Moderno", de 1873. 

Por outro lado falei da incongruência que o autor fez relativamente à Capela de Santo Ovídio, dando-a como pertencente a Guisande, mas também a Lobão, na descrição que faz sobre esta freguesia vizinha.
Apesar da inegável importância da obra de Pinho Leal, todavia parece estar pontilhada de situações omissas, dúbias e mesmo incorrectas. Não, é, pois, uma obra que se possa consultar como fidedigna e rigorosa, de resto porque já afectada pelos naturais efeitos do tempo decorrido. Continuará certamente a ser uma referência documental e histórica,  mas simultaneamente a carecer das devidas e necessárias ressalvas.

Apesar dessas nítidas imprecisões, ou mesmo incorrecções, parece que não falta por aí quem transcreva partes da obra de Pinho Leal e as dê como fidedignas, numa aparente falta de confirmação, histórica nuns casos e geográfica noutros.

Para além da referida incongruência quanto à Capela de Santo Ovídio, atentos à descrição que na sua mesma obra faz do nosso mais ou menos conhecido rio Inha (um dos principais cursos de água do nosso município), são também diversas as patacoadas do autor, de certo modo mais surpreendentes porque chegou a ter residência durante alguns anos no lugar do Carvalhal, freguesia de Romariz, portanto bem próximo da zona por onde nasce, corre e desagua. Pela proximidade deste elemento geográfico tinha o dever de conhecer melhor, ou pelo menos não cometer os erros que cometeu.

Pinho Leal descreveu o rio Inha, afluente do rio Douro, nos seguintes termos, a páginas 394 do Volume III: “Tem seu nascimento n’uns pequenos arroyos que vem do Monte do Castêllo, freguezia de Escariz, concelho de Arouca. Passa próximo a Cabeçaes (ao O.), regando as freguezias de Escariz, Fermedo, Romariz, Valle, Louredo, Gião e Canedo (sendo a primeira, segunda e quinta do concelho de Arouca e as mais do da Feira, e fazendo nas duas ultimas trabalhar fabricas de papel). 

Desagua na esquerda do Douro, no sítio da Foz do Inha, a 1 km abaixo de Pé de Moura, e a 24 km a E. do Porto. Tem 18 km de curso. Faz mover muitos moinhos, e traz algum peixe, miúdo mas muito saboroso, em razão de correr arrebatado por entre pedras. Tem algumas pontes de pau e uma boa de pedra, no Cascão. 

Dá-se n’este rio uma singularidade. Logo abaixo da tal ponte do Cascão (que é próximo da aldeia de S. Vicente de Louredo) é a fábrica de papel da Lagem. A margem esquerda é da freguezia de Gião, concelho da Feira, e a direita é da de Louredo, concelho de Arouca, e, como a maior parte do edifício da fábrica está construído sobre o rio (que é muito estreito) pode um indivíduo (ou uns poucos, estando em linha) estar de pé no meio de uma sala, e ter metade do corpo na comarca da Feira e a outra metade na comarca de Arouca. (…). O Inha recebe vários ribeiros, por uma e outra margem.” .

Como a seguir procurarei esclarecer, nesta descrição do Rio Inha, Pinho Leal tem várias imprecisões ou mesmo erros crassos.

De resto, pesquisando na Internet pelas referências a este curso de água, afluente pela margem esquerda do rio Douro, são mais que muitas as imprecisões a seu respeito, e que se repetem e replicam mesmo em sítios que pela sua relevância deveriam ter mais algum cuidado e rigor na informação prestada, sobretudo no que concerne ao local onde o Inha nasce bem como quanto às freguesias por onde passa ou corre.

De facto, repetidamente é referido que o rio Inha nasce na freguesia de Escariz, concelho de Arouca, o que é correcto, mas de forma generalizada que no lugar de Cimo da Inha, o que é incorrecto. Este lugar existe na freguesia de Escariz, mas na realidade o Inha junta-se umas centenas de metros mais a montante, reunindo os arroios ou nascentes da encosta poente do monte do Castêlo (formação que se localiza entre o lugar da Abelheira-Escariz e a freguesia de Mansores, mas também conhecido por Monte da  Abelheira.

Neste aspecto particular da origem da nascente, o atrás referido Pinho Leal, fez a descrição certa porque na realidade o rio Inha forma-se a partir de pelo menos três principais linhas de água que escorrem da encosta nascente do referido monte; Uma mais a norte, que desce de perto da Capela de Nossa Senhora da Conceição da Abelheira e corre pelo lugar de Alvite de Cima, outra mais a sul, no lugar da Gestosa, próxima do Restaurante "Relvas" e uma terceira ainda mais a sul, que vem das imediações do alto do lugar das Alagoas e que passa pelo lugar de Alvite de Baixo e que se junta ao trecho formado pelas duas primeiras um pouco abaixo da igreja matriz de Escariz, próximo dos lugares da Leira e Outeiro dessa freguesia. Daqui para baixo, está formado o Rio Inha, o qual naturalmente vai engrossando com os seus pequenos ou médios afluentes em ambas as margens, até que desagua no rio Douro, entre as freguesias de Canedo-Santa Maria da Feira e Lomba-Gondomar, entre as fozes do rio Arda, a nascente e a do rio Uíma, a poente.

O rio Inha é indicado como tendo um comprimento de aproximadamente 18 Km, com orientação predominante de sul para norte. No seu curso superior, tem uma orientação de nascente para poente mas junto à ponte no lugar do Londral muda de orientação de sul para norte, que praticamente mantém até à foz.

Para além da freguesia de Escariz, concelho de Arouca, onde nasce, passa por territórios ou serve de fronteira nas freguesias de Fermedo (zona a poente dos lugares de  Cabeçais e Mascotes), Romariz (lugares de Carvalhal e Reguenga), Louredo (no limite com a freguesia do Vale, nos lugares de Santa Ovaia e Mouta e ainda no limite entre Parada-Louredo e Vale), Vale (lugares de Oliveira, Cedofeita, Póvoa, Pena, Pessegueiro e Serralva), Canedo e Lomba-Gondomar onde entre estas ali desagua no Rio Douro. O troço final do rio Inha é relativamente amplo pois beneficia do efeito da albufeira da barragem de Crestuma-Lever. 

Os principais afluentes do rio Inha são pela margem esquerda a ribeira da Mota (que nasce em Guisande na encosta poente do monte de Mó), a ribeira de Tozeiro, e pela margem direita, o rio Amieira, ou ribeira da Lavandeira, que drena todo o vale de Fermedo e ainda o ribeiro de Mourão que drena encostas da serra do Camouco entre Rebordelo - Canedo e Vizo - S. Miguel do Mato.

Este atrás referido rio Amieira não está devidamente referenciado, sendo que num ou noutro elemento aparece relacionado ao troço que capta as águas das vertentes da serra do Camouco e serra de Parada, dos lugares de Rebordelo a norte, Vizo e Covelas a nascente e Parada, Belece e Mosteirô a sul.

Na minha modesta opinião, o seu troço principal, porque o mais comprido e com maior caudal, é aquele que nasce a sul  captando as águas das vertentes a norte do monte Coruto e atravessa todo o vale da freguesia de Fermedo, passando ainda um pouco a nascente da igreja matriz de S. Miguel do Mato prosseguindo o seu curso para norte em vale encravado, contornando pelo nascente o lugar de Parada-Louredo e então depois reunido-se e engrossando com as águas dos lugares de Rebordelo, Vizo e Belece..
O Amieira encontra-se com o Inha um pouco a sul da ponte que o atravessa na estrada que liga os lugares de Pessegueiro-Vale a Rebordelo-Canedo, conhecida como ponte da Carvalhosa.
Este rio Amieira em Fermedo é conhecido por rio ou ribeira da Lavandeira.

Regressando à descrição de Pinho Leal sobre o rio Inha, foi asneira da grossa dizer que o mesmo passava por território da freguesia de Gião e que tinha uma ponte do Cascão, junto à fábrica de papel da Lage (Lagem), contando até uma "singularidade" a esse propósito.

Ora, Pinho Leal confundiu aqui grosseiramente o rio Inha com a ribeira da Mota. A ribeira da Mota, essa sim, divide território de Louredo e Gião e junto à antiga fábrica de papel tem a conhecida ponte do Cascão que integra a Estrada Nacional 326. É um erro crasso, ainda, porque a ribeira da Mota só encontra o rio Inha já na freguesia de Canedo, a nascente do lugar do Louzado-Canedo e entre os lugares da Inha-Canedo, a norte, e Serralva-Vale, a sul.

O que espanta nisto, é que alguns "autores" da actualidade insistam em citar e divulgar asneiras e  assimilar dados pouco ou nada rigorosos, só porque se entende que citar uma fonte antiga dá ares de coisa importante.

Nunca é tarde para corrigir o que se apresenta como errado, até porque sabemos que tendencialmente uma mentira ou uma asneira contada muitas vezes pode passar a ser considerada como verdade.

14 de maio de 2020

Palhaçadas

Falando sem papas na língua, e respeitando naturalmente quem tem opinião contrária, estou-me borrifando, para não dizer cagando, para o desfecho da nossa 1ª Liga de Futebol. Podem até até já terminar e dar o título ao F.C. do Porto, como anular a época, ou, como parece que vai ser, concluir o resto dos jogos, mesmo que à porta fechada. Aliás até devia ser com a porta e com as janelas. Tudo fechado!

Em todo o caso, de todas as soluções, a mais aberrante é sem sombra de dúvidas aquela que, como a que foi adoptada para a 2ª Liga, atribui títulos, subidas e descidas, sem que se tenham concluído todos os jogos. Pode, pois, ser uma decisão administrativa mas nunca  de verdade desportiva. Um campeonato é uma competição de regularidade em que todos jogam contra todos. Não cumprir estes requisitos, é obviamente uma farsa para não dizer uma palhaçada. Quantos títulos, subidas e descidas não se têm decidido nos últimos minutos e mesmo segundos na última jornada?

Para além do mais, o disparate é ainda maior quando não há uniformidade para o desfecho de todas as competições, nomeadamente as do futebol profissional. Porquê uma decisão para a 2ª Liga e outra totalmente diferente para a 1ª Liga? Falta de tomates nos decisores?

13 de maio de 2020

Rua do Outeiro e outras


Aquando da minha passagem pela Junta da União de Freguesias (2014/2017) (infelizmente infrutífera quanto às minhas expectativas), desde cedo reportei ao executivo a necessidade de pela parte de Guisande, repavimentar, se não algumas ruas completas, pelo menos alguns dos troços em nítido mau estado.

Já depois de uma visita do executivo camarário ao território da União de Freguesias, o que aconteceu em Abril de 2016, e perante a abertura que o Sr. Presidente da Câmara demonstrou face à necessidade imperiosa de lançamento de uma 4ª fase para novas repavimentações (até então tinham sido lançadas 3 fases), e por isso solicitando este que fossem indicadas e formalizadas pela Junta as principais necessidade para ver o que era possível considerar, acabei por indicar à Junta, logo pós essa visita, uma relação do que então considerava como prioritário quanto a Guisande.

Concretamente:
"No que a Guisande diz respeito, e sem pretender estar a indicar ruas completas, que seria o desejável, há pelo menos uma meia dúzia de situações que acho que deveriam ser consideradas, nomeadamente:

- Rua Cónego Ferreira Pinto e Rua da Igreja, o troço entre o cruzamento com a Rua Nossa Senhora de Fátima e entroncamento com a Rua de S. Mamede, numa extensão total a rondar os 400 metros. Este troço tem muito trânsito e passa pelo edifício da Junta, edifício da escola e liga à igreja e cemitério.

- Rua do Jardim de Infância – Fornos - Troço de cerca de 100 metros de extensão, que liga a Rua 25 de Abril com a Rua da Estrada Velha e que dá ligação à Rua de S. Miguel. Mesmo no troço entre Guisande e Lobão há um troço de cerca de 30 metros que mereceriam uma repavimentação. É uma estrada também muito movimentada e que assegura uma ligação com Lobão e serve o edifício do Jardim de Infância de Fornos. Serve ainda várias habitações. Está em muito mau estado e já tenho recebido queixas de moradores. Creio que esta também é uma ligação importante na União pois liga Guisande a Lobão e a Gião e com a pavimentação já prevista da Rua de S. Miguel seria uma oportunidade de se ficar com uma boa ligação.

- Rua da Leira. Troço entre a rotunda da Leira/Rua Nossa Senhora de Fátima e Rua da Ramada, com uma extensão de cerca de 100 metros. Está em muito mau estado e já tenho recebido queixas de moradores. É uma rua com muito trânsito pois liga o lugar de Azevedo/Caldas de S. Jorge. Este troço serve muitas habitações inseridas numa pequena urbanização. É também uma das situações urgentes e que, pela Câmara ou pela Junta deverá ser considerada.

- Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna – Cimo de Vila – Troço com uma extensão de cerca de 100 metros entre o entroncamento com a Rua das Barreiradas e quase até ao entroncamento com a Rua de Cimo de Vila, entrada nascente. Também serve várias habitações e também tenho recebido queixas de moradores.

- Rua das Barreiradas – Quintães - Troço com uma extensão de cerca de 100 metros, a partir do entroncamento com a Rua das Quintães. Também serve várias habitações e está bastante degradado.

- Rua de Santo António – Viso – Pelo menos o troço entre o cruzamento da Rua Nossa Senhora da Boa Fortuna e entroncamento com a Rua do Caminho Novo, numa extensão de cerca de 200 metros. Serve bastantes habitações e está bastante degradado. Claro que o ideal seria a totalidade da rua que liga até ao Monte do Viso, mas como o restante troço é de largura reduzida e mereceria um alargamento será naturalmente uma situação e intervenção a estudar noutro contexto.

Estas, a meu ver, são as situações mais urgentes e degradadas em Guisande e que naturalmente deveriam ser contempladas ou pelo menos indicadas para a sua eventual inclusão. Grosso modo totalizam cerca de 1 Km porque na maior parte dos casos que indiquei são troços de cerca de 100 metros, mas que em muito ajudariam a melhorar a qualidade dessas ruas e ligações."

Também a Rua do Outeiro, pelo menos em cerca de 100,00 m logo a seguir à parte parte pavimentada a norte no âmbito das obras da A32, já havia sido indicada e sinalizada como de intervenção urgente dado o seu estado.

De todas as situações por mim então indicadas, apenas a primeira, a que se refere aos troços da Rua Cónego Ferreira Pinto e Rua da Igreja, foi realizada ainda no anterior mandato.

Todas as situações restantes não foram tidas em conta, mesmo que por mim indicadas directamente ao pelouro camarário. Mesmo a pedir pouco, nada foi considerado.

Agora, três anos passados sobre o actual mandato, a Rua do Outeiro já está a ser repavimentada, o que se regista e louva, tendo em conta o estado deplorável, sobretudo na metade norte, e sabendo-se que tem bastante tráfego proveniente de e para a zona de Louredo e Vale. Também estará a ser repavimentada a parte da Rua da Leira contornando para a Rua da Ramada. Ainda bem, já que era outra das necessidades.

Quanto às restantes situações, que se agravaram decorridos três anos, seria importante serem consideradas ainda nesta mandato, mas é esperar para ver.

Festa do Viso 2020 cancelada



COMUNICADO

No actual contexto da pandemia da Covid-19, que tem vindo a condicionar os diferentes sectores da sociedade, tanto de carácter económico como religioso, desportivo, cultural e social, têm sido anunciados cancelamentos de diversos eventos, nomeadamente os relacionados com festivais e romarias. Por um lado pelas restrições de confinamento e distanciamento social que têm vindo a ser impostas pelo Governo e autoridades de saúde, bem como também por condicionalismos decorrentes dos apoios financeiros de que necessitam muitos dos referidos eventos, nomeadamente as festas religiosas e populares.

Nesta situação, a Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António – 2020, viu-se também confrontada com as limitações e restrições impostas, tendo desde o início do mês de Março vindo a suspender todas as iniciativas de angariação de fundos. 

Neste cenário, percebe-se que a realização da nossa Festa do Viso não poderá ser realizada nos moldes habituais e com a grandiosidade que queríamos proporcionar e que estava programada. Todos os contratos com artistas foram já suspensos e adiados para o próximo ano, pelo que da parte da Comissão de Festas existe a vontade de continuar em funções de modo a poder realizar a festa de 2021, certamente já dentro da normalidade.

Até lá, a Comissão de Festas vai continuar atenta à situação e às determinações do Governo e da Direcção Geral de Saúde, para perceber se aquando da data da celebração da festa, no primeiro Domingo de Agosto de 2020, será pelo menos possível concretizar a festividade na sua componente religiosa e ainda que de forma mais ligeira, com alguma animação e convívio, pelo menos no Sábado e Domingo.

Em todo o caso, o que se vier a fazer, mesmo que de forma mais improvisada, será sempre dentro do que for possível e de acordo com o respeito pelas determinações das autoridades e que vigorem na ocasião.

Vamos, pois, continuar atentos à evolução da situação e quando se justificar daremos novas indicações de modo a que a população em geral e habituais patrocinadores possam estar actualizados.
Até lá, temos o dever de respeitar e cumprir as recomendações quanto à forma como devemos em cada momento enfrentar e lidar com a pandemia.

A Comissão de Festas reitera assim a sua disponibilidade e vontade em retomar o projecto logo que possível, nomeadamente a angariação de fundos de modo a poder festejar em 2021 com toda a normalidade, alegria e bairrismo a nossa tradição da Festa do Viso.

Continuamos, pois, a contar com o apoio de toda a comunidade e patrocinadores e na esperança de que rapidamente possamos todos festejar e conviver plenamente sem riscos de saúde.



Bem hajam!
A Comissão de Festas 2020/2021

Carlos Santos de Almeida
Johnny Almeida
Micael Silva
Xavier de Almeida Baptista 
Maria Inês de Jesus Santiago
Juliana Alves da Silva