29 de março de 2023

Os filhos da Putin

Andamos há mais de um ano, quase todos revoltados com a invasão e consequente guerra entre a Rússia e a Ucrânia e todos os dias ficamos chocados com as consequências, nomeadamente no que representam para os ucranianos e para a sua sociedade civil. Mas naturalmente também para os efeitos negativos para a própria Rússia, a invasora, desde logo pelos pais, esposas e filhos dos milhares de soldados que dizem já ter perdido a vida. Em consequência, mesmos os mais comedidos desejam que a esse filho da Putin lhe desse uma caganeira de tal ordem que o imobilizasse permanentemente em cima da sanita sem poder dar ordens aos seus, muitos, animais da guerra.

Infelizmente, prova-o a História, que os grandes déspotas e desiquilibrados, para além de lhes ser indiferente todo o sofrimento que provocam aos seus próprios povos e ao mundo em geral, são como os gatos e têm vidas longas. Raramente são condenados à posteriori e mesmo que o fossem poderiam viver 100 vidas que seria insuficiente para pagarem tamanha maldade.

Mas, ressalvadas as devidas distâncias, infelizmente a nossa sociedade, mesmo a dita ocidental e civilizada, anda cada vez mais preconceituosa e atada a uma vivência baseada em valores politicamente correctos que tresandam a ridículo e falta de bom senso. Como mero exemplo, atente-se no recente caso da reacção de alguns pais nos Estados Unidos com a mostra numa aula escolar da estátua de David, de autoria do reconhecido mestre da Renascença, Miguel Ângelo. A professora responsável pela ousadia de mostrar artem teve que se demitir. Coisa mais absurda e ridícula, tanto mais num país onde se vendem e compram armas como quem compra rebuçados na loja da esquina e onde têm uma cultura de cinema e televisão onde abundam a violência e pornografia. 

Serve este introdução para dizer que, apesar disso, o que não faltam por aí, por ali e por aqui, é gente indigna de ser classificada como tal. Autênticos filhos da Putin, pequenos ou grandes ditadores que vão andando na vida apenas para... (como é que hei-de escrever isto?)...para foder os outros! É isso! Apenas para foder os outros, como se a eles não devessem as elementares regras do respeito e civilidade.

Mas eu explico, com apenas dois exemplos: No lugar de Estôse, nesta nossa querida freguesia de Guisande, a Hortência herdou de seu pai umas pequenas leiras, em forma de meia-lua, na encosta do pinhal, com uma latada de videiras de vinho branco a toda a volta, constituída por esteios em betão armado. Infelizmente, porque as autoridades autárquicas, locais e municipais deixaram completamente de lado as responsabilidades de manter os velhos caminhos limpos,  livres e transitáveis, mesmo que para tractores, tornou-se quase impossível à Hortência poder chegar-se à beira das suas leiras para delas cuidar com regularidade. Assim, mesmo quando lá vai pelo final de Setembro ver se os castanheiros produziram castanhas, encontra muitos e grandes ouriços mas já sem as castanhas dentro a luzir,  porque, lá diz o velho ditado, quem mais perto está da fonte, mais vezes sacia a sede. Por isso, vizinhos ou passantes, encarregam-se, com tempo, da colheita como se deles fora o souto.

Face a esta dificuldade prática de acesso, passam-se meses sem que a Hortência por lá passe e naturalmente que as silvas vão tomando conta do espaço. Mas, seja como for, as leiras têm dono, são da Hortência, pelo que não são maninho. 

Ora por estes dias, a Hortência foi alertada por um vizinho das leiras para lá ir ver o que aconteceu: Foi e deparou-se com o trabalho de um qualquer filho da Putin, no caso um madeireiro, mau profissional, que abatendo os eucaliptos e carvalhos do prédio vizinho, do lado de cima, pela lei do menor esforço mandou algumas árvores para cima das leiras destruindo parte da latada, partindo esteios e arames e deixando o campo repleto de ramos de aucalipto e pinheiro.

Claro que a Hortência não foi tida nem achada para um prévio pedido de autorização, de desculpas ou mesmo algo a que cheirasse a uma  justa indemnização. Um filho-da-puta é sempre um filho-da-puta e por isso respeito e consideração pela propriedade dos outros é coisa que não preocupa a muitos. Acabado, mal, o trabalho, rabinho entre as pernas e deram de frosques os artistas. 

É claro que a Hortência, depois de algumas diligência chegou ao contacto e já falou com o proprietário do pinhal, em primeira análise o responsável directo. Ora este dizendo desconhecer o vendaval, comprometeu-se a passar no local para se inteirar e a pedir satisfações ao madeireiro, mas o mais certo é que este ainda se trave de razões e a coisa fique por ali. 

Bem pode a Hortência fazer queixa às autoridades e se ainda houver um pingo de respeito por parte da Justiça pela defesa da propriedade privada, a proprietária ou o madeireiro (depois que se entendam) hão-de pagar as cabras ao dono, como quem diz, no mínimo fazer a limpeza das leiras e repor a latada conforme estava antes de ser destruída. Mas isto de reclamar justiça, bem sabemos como é, porque formatada para ricos e jogos judiciais, pelo que é como diz o outro: "esperar sentado".

Dentro da mesma filosofia de filha-da-putice, por uma coincidência do caraças, um pouco a sul, à face do caminho que vai dar ás tais leiras da Hortência, na borda de um pinhal e mato, o dono terá mandado cortar o arvoredo a varrer, mandou revolver o terreno e fazer uma plantação de eucaliptos. Tudo bem e tudo legítimo não fosse, uma vez mais, a filha da putice de quem fez o trabalho, ter dado cabo de uns metros do caminho tornando-o intransitável, mesmo para um pequeno tractor, pois com a acção da maquinaria pesada ali ficaram uns enormes sulcos no caminho por regularizar, o que até teria sido fácil. Lá se deu o trabalho por concluido e repor o danificado, já fostes!

Dito e feito, em resumo, o que não faltam por aí é filhos da Putin ou mesmo, á letra, filhos-da-puta, sempre prontos a desrespeitar os outros. E tudo isso sem um assomo de vergonha ou peso na consciência. Portanto, mesmo que com guerras de outro calibre, não será tanto de surpreender que as coisas andem como andam, numa permanente falta de respeito, seja entre nações seja entre cidadãos.

É o que temos e as perspectivas de melhorias são reduzidas porque já há poucos ou nenhuns motivos para acreditar na bondade das pessoas.

Peço desculpa pela linguagem contudente, mas começa a faltar a paciência.

28 de março de 2023

À conversa com a máquina

Tenho estado a conversar com o tão falado ChatGPT, esse modelo de linguagem baseado em IA - Inteligência Artificial. E tenho conversado, não porque tenha perdido o juízo a ponto de dar conversa a uma coisa virtual, mas apenas porque quis fazer alguns testes para ter uma opinião pessoal mais avalizada sobre as suas capacidades.

Do que testei até agora, em várias áreas, incluindo aritmética, matemática, trigonometria e mesmo programação, não há dúvida de que a IA apresenta bons resultados, embora ainda haja algumas imprecisões, dependendo da matéria. Por exemplo, em geografia portuguesa, tem-se mostrado um autêntico desastre nos testes solicitados, com grandes calinadas, a meter os pés pelas mãos. Apesar dessas (ainda muitas) imprecisões, como ferramenta auxiliar em várias disciplinas, é de facto muito consistente. 

Como muitos analistas, não tenho dúvidas de que estamos perante uma mudança significativa na forma como podemos recolher informação e produzir trabalhos com recurso a este ambiente. De resto já estão identificadas dezenas de profissões que com esta ferramenta podem ter os dias contados.

Também me parece certo que se não forem adoptadas contra-medidas, facilmente passaremos a ter estudantes com aparentes bons resultados mas sem bases, porque sem trabalho e esforço e sem qualquer mérito intrínseco. Aplica-se aqui na perfeição a analogia de que hoje em dia não importará tanto, ou de todo, conhecer as bases, os conceitos e as regras de saber fazer contas e calcular fórmulas, mas apenas saber usar a calculadora. Portanto, mesmo que com eventuais normas de utilização e directrizes de análise e mesmo fiscalização e contra-testes, a verdade é que se abriu uma larga auto-estrada que pode ser usada a favor da lei do menor esforço. É um novo paradigma porque bem sabemos que o ser humano é exímio a optar pelo lado fácil. A ética, a deontologia e outros bonitos valores, são apenas pingarelhos e rendinhas para enganar tolos e gente que ainda acredita no lado bom dos maus.

Mas, em continuação, tenho testado, igualmente e sobretudo, os conceitos e pontos de vista de valores e princípios éticos e morais e aí não há dúvida que o ChatGPT é aquilo que os seus criadores e seus treinadores querem que ele seja. Está assim fortemente formatado numa perspectiva cultural, social e mesmo moral dos valores que vão sendo regra no mundo ocidental. Ele auto-denomina-se como imparcial e sem pré-posições, mas na realidade tem e muitas. É, nesse aspecto, muito preconceituoso embora nunca o admita. Discutir com a máquina, por exemplo, questões sobre a igualdade de género e liberdade sexual, adoptando-se uma posição um pouco mais conservadora ou mesmo esgrimindo pontos de vista que são comuns e aceites noutras sociedades, como na asiática e africana, o ChatGPT não muda a agulha e bate insistemente na mesma tecla. É como um adepto de futebol que esgrime todas as suas opiniões ou informações sob o ponto de vista do seu clube, por mais contrariado que seja. Nunca dará uma ponta de razão ao adepto adversário.

É pois, repito, aquilo que os seus criadores querem que ele seja. No ChatGPT não há lugar ao contraditório e a máquina apesar das suas potencialidades ainda demonstra que até chegar a um nível de contextualização, consciência e análise de auto-crítica a ponto de validar a argumentação contrária,  ser capaz de assimilá-la como aprendizagem e a fugir um bocadinho das regras tidas actualmente na sociedade ocidental como politicamente correctas, ainda estaremos a uma enorme distância. Em resumo, este ou outros modelos de linguagem baseados em Inteligência Artificial serão sempre o que os proprietários e criadores quiserem que sejam.

Seja como for, a coisa está aí para o bem e para o mal e o que já não faltam é empresas e ambientes tecnologicos a adoptarem a ferramenta, mesmo que na versão Plus, esta paga porque adaptada e melhorada às áreas e sectores que servirão.

A ver vamos. Por ora vou testando, mesmo correndo o risco de parecer tolo.

27 de março de 2023

A ressureição de Lázaro - Uma reflexão com três caminhos


Na liturgia do 5.º Domingo da Quaresma, que antecede o Domingo de Ramos, no Envangelho de S. João foi narrada a resssurreição de Lázaro, amigo de Jesus e irmão de Maria e Marta, na cidade de Betânia, próxima a Jerusalém, a cerca de 3 Km do lado nascente. (Na foto acima, o suposto local da entrada do túmulo de Lázaro).

Numa reflexão  poética, filosófica e teológica sobre o evangelho da ressureição de Lázaro, podemos considerar que o Evangelho da ressurreição de Lázaro, presente no livro de João, é um relato poderoso e cheio de simbolismo que nos convida a refletir sobre diversos aspectos da vida e da morte. De forma poética, filosófica e teológica, podemos explorar alguns desses temas.

Do ponto de vista poético, o relato da ressurreição de Lázaro nos apresenta imagens vívidas e cheias de emoção. Desde a dor e o sofrimento de Maria e Marta, que choram a morte do irmão, até a cena em que Jesus, após ter chorado junto com as irmãs, pede que removam a pedra do túmulo, a narrativa é permeada por uma forte carga emocional. A ressurreição de Lázaro, por sua vez, é descrita de maneira impressionante, com Jesus ordenando que o morto saia do túmulo, e Lázaro obedecendo.

Do ponto de vista filosófico, o relato da ressurreição de Lázaro pode ser interpretado como uma reflexão sobre a natureza da vida e da morte. A morte é uma parte inevitável da vida, e a ressurreição de Lázaro nos mostra que mesmo quando parece que a morte é definitiva, existe uma possibilidade de vida além dela. Essa reflexão pode nos levar a pensar sobre a importância de viver plenamente o presente, já que não sabemos quando a morte virá, e sobre a necessidade de aceitar a morte como uma parte natural do ciclo da vida.

Do ponto de vista teológico, o relato da ressurreição de Lázaro é uma demonstração do poder de Deus e da capacidade de Jesus de realizar milagres. A ressurreição de Lázaro é um sinal da presença divina na vida das pessoas e da possibilidade de salvação mesmo em situações extremas. Essa reflexão pode nos levar a pensar sobre a importância da fé e da crença em Deus, e sobre a esperança de uma vida eterna após a morte.

Em suma, o Evangelho da ressurreição de Lázaro nos convida a refletir sobre temas profundos e fundamentais, como a vida, a morte, a fé e a esperança. De forma poética, filosófica e teológica, podemos encontrar inspiração e significado nesse relato, que tem ressonância em todas as épocas e culturas.

Engolias a do David

O país do futebol está todo contentinho. A nossa selecção luso-brasileira lá despachou esses dois colossos do futebol europeu e mundial, o Liechtenstein e o Luxemburgo. Pena foi que a Islândia, que havia perdido por 3-0 com a Bósnia, aplicasse a chapa 7-0 à malta encravada entre a Suiça e Alemanha, ofuscando o nosso 4-0 caseiro.

Mas as coisas são como são, e com estas duas fantásticas vitórias sobre duas potências do desporto de pontapé na bola, podemos ter esperança de chegar à fase final. Entretanto temos que ter cuidados redobrados com as outras superpotências que integram o Grupo J mesmo que todas elas já com feridas de morte nas lutas entre si.

Por mim, fosse o tal de Martinez, tinha feito uma convocatória com malta dos distritais. Haveria de ser suficiente, digo eu!

No mundo das corridas de motas, outro desporto que excita muitos adeptos das duas rodas, um tal de Miguel Oliveira, parece que foi abalroado e teve que desistir. Uma decepção para os largos milhares que alheios a esta coisita chamada inflacção, rumaram de norte a sul para acompanhar a corrida no Algarve.

Boa segunda-feira e cuidado com aquele malta que tem horror a ver as minudências da estátua do David de Miguel Ângelo. Uma violência para a rapaziada do país onde se vendem armas com a mesma facilidade com que em Badajoz se compram caramelos e onde se fazem filmes onde a violência e pornografia se respiram como o ar fresco de uma manhã de primavera. Começo a perceber o filho da Putin: isto para ir ao sítio já só mesmo com um Armagedon.

Jornadas Mundiais da Juventude 2023 - Famílias de acolhimento


O Grupo de Jovens de Guisande continua até ao dia 15 de Abril a recolher candidaturas de famílias que estejam interessadas em acolher nas suas casas alguns jovens peregrinos oriundos de outros países e que irão chegar a Portugal entre o dia 24 ou 25 de julho e ficarão alojados nas várias dioceses para integrarem a semana das Pré-Jornada que decorrerá entre os dias 26 e 31 de julho.

O Grupo de Jovens de Guisande está disponível para esclarecer pormenorizadamente sobre o que é necessário para se ser uma família de acolhimento.

Para mais informações: 

910834341 

cop.guisande.porto@gmail.com 

24 de março de 2023

Abrir, tapar, voltar a abrir e voltar a tapar

Aqui em Guisande, a Rua de Trás-os-Lagos, no troço da Rua da Zona Desportiva até à Rua Nossa Senhora de Fátima tem estado em obras de instalação de redes de saneamento e abastecimento de água, coisa que dura há semanas e durará. 

Estas obras já deveriam ter sido realizadas aquando da instalação das respectivas redes públicas, aqui há uns anos, mas como a Indáqua só realiza obras onde vê interesse económico, deixando para trás ruas com poucas habitações mesmo que necessitadas dessas redes, a referida rua ficou sem tais infraestruturas.  Agora, porque parece que há necessidade de pavimentar a rua bem como a Rua da Zona Industrial (em estado reles), e como entretanto foram construídas algumas habitações, a coisa parece que foi considerada, faltando saber se à conta da Câmara se da Indáqua. Em última análise, não será nem de uma nem de outra entidades, mas dos contribuintes, porque nestas coisas ninguém faz nada de graça.

Seja como for, eu não sei se a forma de trabalhar e as normas técnicas recomendadas para a instalação de redes de águas e esgotos são as ali adoptadas, mas acho estranho que se tenha aberto a vala, colocado o ramal do saneamento, tapada e compactada a vala e posteriormente, uns dias depois, a mesma vala volta a ser reaberta, colocado o ramal da água e novamente tapada a vala. Será mesmo assim? A mesma vala precisa de ser aberta e tapada duas vezes? Ou será como aquela história de dois dedicados funcionários públicos a quem alguém estranhou que um abrisse uma cova e o outro a tapasse, assim sem mais nem menos. Interrogados sobre essa estranha forma de trabalhar, perguntaram-lhes porque assim precediam, ao que responderam que normalmente seriam três funcionários, em que um abria a cova, o segundo colocava lá uma árvore e o terceiro tapava a cova cobrindo assim as raízes da planta, mas como o funcionário que colocava as árvores na cova faltou nesse dia ao serviço eles estavam apenas a fazer o seu trabalho. Nem mais nem menos!

Que há coisas estranhas e difícies de compreender pelo senso comum, há!

22 de março de 2023

Comidos de cebolada


Por estes dias foi noticiado que a TAP, essa larga gamela onde todos os portugueses pagam a ração mas poucos dela comem, deu lucros!!!

Dizem que, depois de cinco anos a a dar prejuízos, registou em 2022 um resultado líquido de 65,5 milhões de euros.

Ao Governo importa fazer transmitir estas notícias, até porque está prestes a ser discutida (novamente) a privatização desse comedouro de dinheiros públicos e a maioria dos portugueses até será comida de cebolada, porque importa fazer passar o lado positivo da coisa mas faz-se de conta que é só isso. Lucro!

Como bem disse um certo analista, despediram-se 1600 trabalhadores, cortaram-se 95 milhões nos salários dos restantes e não se conta com os 118 milhões de euros de juros que a injeção de capital de 3.2 mil milhões custa todos os anos aos portugueses. Peanuts! Amendoins!

Perante estes números, estranho seria que a coisa não apresentasse algum lucro. É como alguém ir almoçar, pagarem-lhe a refeição, a bebida e a sobremesa, olhar para o chão e achar uma moeda de 1 euro e e depois gabar-se que teve lucro.

Este regozijo da TAP, do Governo e dos seus correligionáios do partido, depois do revanchismo ao anterior Governo de Passos Coelho, em 2016, por fundamentalismo politico e ideológico ao reverter então a privatização, que agora, largos milhões depois, pretende levar para a frente, é no mínimo um insulto à inteligência dos portugueses. Lamentável!