12 de setembro de 2018

Sinais dos tempos


Bem sabemos que normalmente estas coisas, que não dependem única e exclusivamente da nossa vontade,  nem sempre são como desejaríamos que fossem. Daí poder compreender que a rua que liga Guisande a Louredo (Rua 25 de Abril/Rua de de S. Vicente) fosse marcada muito tempo depois de ser pavimentada e  já depois de outras ruas no concelho, mesmo que pavimentada antes. Ou mesmo que a Rua Nossa Senhora de Fátima passados cinco anos após a sua pavimentação continue ainda sem o remate das caixas e sem qualquer marcação no pavimento. Pormenores.

Já quanto ao tipo de marcação da Rua 25 de Abril/Rua de S. Vicente, parece-nos exagerado que toda ela tenha linha contínua. Percebe-se que com isso se pretende salvaguardar as questões de segurança e velocidades regulamentares, mas face a uma situação de trânsito lento, como um tractor ou outro veículo, seria razoável que existissem algumas zonas de linha interrompida que permitissem ultrapassagem em segurança e sem a tentação de transgressão, que assim é recorrente. Ora na referida rua há pelo menos dois ou três locais em que tal seria possível, nomeadamente no Reguengo, imediatamente a seguir ao viaduto e até meio da subida, no sentido nascente/poente. Mas, enfim, manda quem quer e quem pode. 

Em todo o caso, será adequado que a sinalização horizontal esteja compatível com a vertical, o que não acontece, por exemplo, conforme o atesta a fotografia acima, na zona de Louredo, no sentido poente/nascente em que em oposição à linha contínua no pavimento o sinal vertical no lado direito indica fim de zona de proibição de ultrapassagem. Ora tal contradição suscita naturalmente  confusões e delas perigos, até porque de acordo com a hierarquia das sinalizações, as verticais têm prioridade face às sinalizações horizontais/marcas rodoviárias no pavimento. Creio não estar enganado neste particular.

Quanto à sinalização no geral nas ruas da nossa União de Freguesias, há algumas lacunas que seriam de rectificar ou melhorar. Na altura em que era membro do executivo chamei a atenção para algumas situações de ausência de sinal de STOP em saídas secundárias para estradas principais e de trânsito mais intenso (por exemplo, Rua da República - Lobão -  para a Rua Nossa Senhora de Fátima - Guisande), no que pode proporcionar acidentes já que nestas situações o hábito dos condutores que seguem na rua principal é não pressupor a falta de tais sinais e assim considerarem que transitam com prioridade, não atendendo à regra desta. Depois...pumba, catrapumba. Ora o custo de um sinal é imensamente inferior ao de um acidente ou de uma vida.