29 de outubro de 2018

É a democracia...


Bolsonaro venceu as eleições e será o futuro presidente do Brasil. É o que nos diz as notícias desta manhã. As coisas, a notícia e a realidade, não têm nada de extraordinário nem surpreendente, afinal apenas a normalíssima consequência da democracia. Agora, para o bem e para o mal, é aguentar. Ou a democracia só é válida e meritória quando vencem os nossos? É que, e isto chateia muitos "democratas", há sempre os outros, por mais bolsonaros e trumpistas que sejam. Nenhum barco resiste só com o lastro demasiado à esquerda ou excessivamente à direita. É preciso misturar e equilibrar princípios e valores, ideológicos, sociais e culturais, porque as sociedades são, regra geral, uma amálgama deles.
Porventura o Brasil e os brasileiros fartaram-se da ilusória realidade de que a um partido basta dar o nome de trabalhadores para que as virtudes intrínsecas de quem trabalha fossem extensíveis a quem governa. Não foi assim e o povo não só se cansou como se revoltou porque, parece-me,  esta eleição em Bolsonaro foi mais do que uma eleição, talvez mesmo uma revolução. Para já pelos votos, depois, quem sabe, pelas armas. Esperemos que não, porque o Brasil, essa imensa nação irmã, merece mais, muito mais, a começar pelos políticos e depois tudo o resto.