18 de janeiro de 2021

Notas de um qualquer dia 18

Continuamos sob o signo da geada. Pena não contribuir para a erradicação do vírus. Infelizmente a realidade tem sido dura. Muito por conta da própria natureza do vírus e dos seus  mecanismos tão bem adaptados aos hábitos da nossa sociedade social mas também com um valente empurrão de equívocos e contradições por quem tem o dever e a obrigação de bem governar e melhor decidir.

Continua o tempo de campanha para as eleições presidenciais. Dizem que será no próximo Domingo mas ontem parece que houve milhares que já votaram antecipadamente. Até se sujeitaram a filas como na entrada de uma superfície comercial para compra de salsichas, latas de atum e papel de limpar o rabo. 

Em resumo temos um candidato que dispensa a campanha porque a vai fazendo no papel de presidente e a reeleição são favas contadas e daqui a poucas semanas António Costa pode voltar à Auto Europa a confirmar aquilo que desejou publicamente há alguns meses.

Entretanto, os candidatos são o habitual, fraquinhos quanto baste e até o Tino Silva não se livrou da tentação de voltar a dar um toque rústico à coisa. Mas, a meu ver, saiu dele a sentença mais acertada: Que o presidente Marcelo "apalhaçou" o seu mandato. 

Temos os extremistas André Ventura e Ana Gomes, aparentemente em lados opostos da barricada ideológica mas iguais no seus extremismos. Completam-se. 

Marisa Matias e João Ferreira são mais do costume, como dois duques num jogo de sueca, sem valor mas necessários ao baralho. Já Tiago Mayan, o candidato da Iniciativa Liberal tem a seu favor o facto de ser novato na corrida e e por isso têm-lhe dado alguma benevolência e até tem trazido algumas ideias interessantes. Mas no final não contará para o totobola.

No futebol, foi necessário um Porto-Benfica para que se confirmasse que por ali as coisas seguem com a esperada "normalidade". Sérgio Conceição, já se sabia, não sabe perder nem ganhar mas também nem empatar. O seu desaforo com o colega Jorge Jesus é de uma enorme falta de respeito, mas, não se pode esperar que um abutre seja uma rouxinol. É a natureza das coisas. Jorge Jesus, igual a si próprio, fanfarrão quanto baste nos momentos em que se safa de algumas lutas. Neste Benfica não vai longe, parece-me.

Por cá, na nossa terrinha, aproxima-se Outubro de 2021 e não fora algumas ruas com buracada a mais e a coisa corria sobre rodas e sem trepidações. Quanto às obras e melhoramento que se vejam, aguardam-se. Que mais não seja, se não houver tempo nem lugar para se gastar o dinheiro que competia à terra (400 mil euros - 100 mil por ano), que se faça uma trainada ou algo parecido, mas que se gaste.