5 de abril de 2021

Hoje como há 3 meses

Há três meses, em 6 de Janeiro passado, escrevi por aqui o que pensava em relação às próximas eleições autárquicas, particularmente no contexto da nossa União de Freguesias.

De lá para cá nada se alterou a não ser no crescendo das movimentações com vista ao posicionamento e formação das listas que hão-de concorrer. Por conseguinte já se sabem algumas coisas porque foram públicas, nomeadamente o facto de que o ainda actual presidente da Junta da União, não se recandidatará. Parece que o afirmou em entrevista a um jornal local, que ainda não li. Tal não constitui surpresa como surpresa não seria se voltasse a encabeçar a lista. Nestas coisas da política já não há nada que surpreenda a não ser a alguém que seja um verdadeiro "anjinho".

Quanto a quem será o cabeça-de-lista pelo PSD, tem-se falado, mas em rigor tanto se me dá que seja o A como o B ou mesmo o C. Nesta estrutura falhada  de uniões de freguesias, nomeadamente da nossa,  qualquer composição está destinada ao fracasso e ao desequilíbrio porque nasceu doente e coxa. Terá que ser reunido um conjunto de bons requisitos para que a coisa possa funcionar, desde logo, para além da qualidade das pessoas, uma filosofia que parece andar arredada na generalidade das uniões de freguesia, que é o respeito pela identidade de cada uma das partes e igual tratamento.

Posto isto, e apesar das tais "movimentações", que são normais, pela parte que me toca é um "peditório" para o qual já contribui, com grande custo, porque em rigor nada do que perspectivei e acalentei como uma mudança, e que alguém superior anuiu, porque posto em programa oficial, nada foi cumprido. De tudo quanto acreditei que fosse executado na freguesia de Guisande, nada foi concretizado. Mesmo nas mais simples questões tudo foi desconsiderado. Nem a localização da "cagadeira" do ecoponto no lugar da Igreja consegui que mudassem.

Também no que poderia ser um modelo de gestão adaptado à nova realidade de uniões de freguesias, com um papel relevante a cada um dos representantes, foi "chover no molhado" porque quem o poderia fazer preferiu não abdicar de nada, apenas continuar pleno no cadeirão das competências. Para o resto da tropa, apenas a função de "moços de recados" e limpadores de sanitários, como bons voluntários.

Por conseguinte, perspectivar que alguém que passou por esta provação, poderá estar receptivo a repetir a "dose" é algo descabido, mesmo irrealista. 

De resto, o que não falta por aí é gente capaz, até mesmo doutores e engenheiros. Também uma boa oportunidade para integrar os habituais "chicos-espertos" sempre tão ladinos a criticar e a rebaixar o papel de quem faz parte das juntas. É uma oportunidade de se chegarem à frente e mostrarem o que valem. Mas destes, a esperança é débil porque está-lhes na natureza serem apenas "papagaios" e mestres da bazófia. Preferem continuar a "andar por aí" a "cagar postas de pescada" e mandar "bitaites". Nisso são bons.

Vamos, pois, aguardar com serenidade as "movimentações". Apenas desejo que me passem bem ao largo.