13 de outubro de 2021

Medina dá de frosques

Fernando Medina, derrotado nas eleições para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, lugar a que se recandidatava, anunciou que não vai assumir o cargo de líder da oposição e por isso abandona o barco, regressando, para já, ao seu cargo de economista do quadro da AICEP, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, onde ingressou em 2003 e que suspendeu em 2005 quando entrou na política activa, então como secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional do ministro Vieira da Silva.

Não é caso inédito nem será o último, mas esta desistência é, óbviamente, um desrespeito pelas regras do jogo da democracia e, mais do que isso, pelo seu eleitorado. Deduz-se deste tipo de comportamento que esta gente apenas é candidata ao poder. Quando não o alcança, entende que já não tem nada a fazer e vai-se embora. Não há pachorra para um lugar secundário à frente da oposição. Era o que faltava!

É claro que figuras como Fernando Medina têm sempre lugar reservado em lugares bem remunerados em entidades e cargos ligados ao Estado e por ali vão andando e saltando alegremente como macacos na selva. É o sistema e por conseguinte, o eleitorado anónimo, esse é apenas importante para eleger o líder. 

A oposição socialista ao novo presidente eleito, será João Paulo Saraiva. Sem maioria, o Eng.º Carlos Moedas terá, pois, que saber resistir a ventos, chuvas e saraivadas. A ver vamos, mas não terá tarefa fácil com uma oposição cerrada à esquerda e não surpreenderá que daqui a pouco haja eleições intercalares lá para os lados da capital.

O Medina, esse assistirá na bancada.