4 de janeiro de 2022

Ainda sobre o atraso na vacinação

O regime Casa Aberta no processo de vacinação Covid-19 e gripe sazonal  pode ser interessante e importante para alguns contextos, mas não da maneira que tem sido aplicado ou gerido ou mesmo coexistido com o previo agendamento.. 

Desde logo porque gera situações descontroladas  com picos de acesso. Porque se há muitos que resolvem a situação em meia hora ou 45 minutos, há quem demore duas horas e meia e mesmo mais. Depois, não vejo porque é que alguém em Casa Aberta possa passar à frente de quem agendou com antecedência, sabendo-se que o agendamento tem sido acesível a todos. 

Depois há ainda a questão do facto de a hora previamente agendada pelos serviços não servir rigorosamente para nada. Se alguém que tem agendada a hora de 14:05 horas, por exemplo, mas quem tiver marcado para as 15:00 ou 16:00 horas, se estiver na frente da fila, é vacinado primeiro e até mesmo de quem tenha marcado para as 13:00 horas. O horário deveria ser precisamente um dos parâmetros rigorosos de acesso e ordenamento nas entradas. Não o sendo, gera estas situações aleatórias e de algum modo injustas. Ou será aceitável que a alguém que tem agendamento prévio  para as 14:05 horas, com horário fornecido pelo próprio sistema,, seja vacinado apenas duas horas e meia depois? 

Podemos e devemos aceitar alguma variação no processo, mas tanto é um exagero. Convenhamos que não é nenhuma consulta médica cujo tempo pode variar. Não é mais que uma linha de produção: - Entrada, Check-in, Vacina, Recobro, Saída. 

Quando assim não funciona só pode ser mesmo desorganização e desajustamento dos meios. Seja como for, o remédio é mesmo aguentar, refile-se, proteste-se ou não. Porque se voltar para casa sem a vacina, é apelidado de nagacionista e segregado no dia-a-dia.