17 de novembro de 2022

Rio Uima







Velho e sempre novo rio Uíma

De lágrimas frescas do monte,

Num misto de alegria e mágoa,

Correndo sereno, todo encanto.

Das fraldas do Mó, logo acima,

Brota num bolhão dito de fonte

E nem sabemos se feito de água

Ou, tão somente, rio de pranto.


Rio Uíma, antigo e velho Uma

Vais sem pressa, sem fulgores,

A saciar amieiros e carvalhos

A tecer com fio de prata e ouro.

De Duas Igrejas até Crestuma,

Seja lá mais por onde fores,

Segues o caminho, sem atalhos,

Ao encontro materno do Douro.