27 de fevereiro de 2023

O ChatGPT continua a dar pontapés na cultura e na geografia

Já tenho aqui falado do ChatGPT . Por curiosidade e para aferir das capacidades desta ferramenta que está a revolucionar as plataformas tecnológicas, continuo com os meus testes. Se é certo que em muitas matérias dá cartas, continua, porém, ainda a não saber as lições e por isso a algumas questões dá erros de palmatória com informações de todo incorrectas. Por exemplo: À questão de tecer considerações sobre a freguesia de Guisande, do concelho de Santa Maria da Feira, respondeu:

A freguesia de Guisande está localizada no concelho de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, em Portugal. É uma freguesia com uma área de aproximadamente 6,4 km² e uma população de cerca de 3.000 habitantes, de acordo com os dados do último censo.

Guisande é uma freguesia com uma forte tradição agrícola, sendo a produção de vinho uma atividade importante na região. A paisagem rural, caracterizada por colinas verdejantes e vales férteis, atrai muitos turistas que procuram fugir da agitação das cidades e desfrutar de um ambiente tranquilo e natural.

A freguesia de Guisande tem uma história rica, tendo sido habitada desde a época romana. Durante a Idade Média, Guisande foi um importante centro religioso, com a construção de várias igrejas e mosteiros, como a Igreja de Santa Eulália e o Mosteiro de São Salvador de Guisande.

Atualmente, Guisande é uma freguesia em desenvolvimento, com uma economia diversificada e um forte espírito comunitário. A preservação das tradições e da cultura local é uma prioridade para os seus habitantes, que organizam várias festas e eventos ao longo do ano, como as festas de São João e a Romaria da Senhora da Guia.

Em resumo, a freguesia de Guisande é uma região com uma forte identidade cultural, paisagens naturais deslumbrantes e uma comunidade unida e empreendedora, o que a torna um lugar especial para se visitar ou viver.

Como se pode ver, para além de algumas considerações básicas e comuns a muitas aldeias, dá um rol de deficientes informações, desde logo que temos por cá um mosteiro de S. Salvador e uma igreja de Santa Eulália. Temos as festas de S. João e da Senhora da Guia. 

Tem, pois muito caminho para andar e papinha Cerelac para comer o ChatGPT e ainda não é de confiar porque  com muitas calinadas. Algumas grosseiras.

A nascente do rio Ul








Há já algum tempo escrevi aqui um apontamento em que abordei a questão relacionada ao rio Ul e rio Antuã e a confusão que existe sobre a identidade de parte dos seus troços a jusante ao seu ponto de confluência. 

Sendo que por ora vai prevalecendo a versão de que o rio Ul é aquele que nasce em terrenos localizados entre a aldeia de S. Mamede, da freguesia de Fajões do concelho de Oliveira de Azeméis e de Monte Calvo, da freguesia de Romariz do concelho de Santa Maria da Feira, por estes dias dei por ali uma caminhada no sentido de verificar no próprio local o ponto onde é dado como seu nascimento.

Assim, deixando o carro na Rua Dr. Albino Soares dos Reis, junto às alminhas da Terrenha e do novo viaduto sobre o troço da variante Feira-Arouca, descendo a estreita estrada designada de Rua do Souto, de norte para sul, logo ali no fundo se depara com o rio que cai uns metros num barroco fundo, descendo depois de sul para norte pelo lugar de Monte Calvo. No lado oposto da estrada é possível verificar que para além de um troço em regueirão que desce pela berma da Rua do Souto, há águas que vêm debaixo dos campos do lado nascente. Seguindo para cima com o tal regueirão na borda esquerda da estrada, correndo em parte em conduta de meia cana em cimento, um pouco mais a sul o curso inflecte para dentro dos campos e para nascente e logo depois acompanha um caminho. À frente, vê-se que há ali uma junção de águas, vindas do lado nascente acompanhando o caminho e ainda do lado sul num barroco que inflecte para sul. Neste cruzamento de águas, um pouco para norte e já dentro dos campo, há ali uma grande presa que parece colher a maior parte das águas da referida junção e segue para noroeste a descoberto, durante alguns metros na borda do campo, e depois continua já de forma aparentemente canalizada e que irá desembocar precisamente no ponto da Rua do Souto onde a atravessa.

Assim, seguindo o tal barroco para sul, logo depois existe ali um ponto onde está afixada uma chapa com a inscrição "Nascente Rio Ul". Ora na verdade, apesar da boa vontade de quem ali colocou a placa, não se pode considerar de todo como sendo aquele ponto a nascente do rio Ul, até porque ainda um pouco mais a sul, existe uma caixa onde no seu fundo se vê água canalizada pelo menos de duas direcções.

Ou seja e em resumo, o tal ponto assinalado, é apenas uma referência e nem sequer se refere ao ponto onde todas as águas se juntam para formar a partir dali o rio Ul. Faria mais sentido que a tal placa se localizasse junto á estrada que é atrevessada já que ali se juntam as águas vindas do lado sul e do lado nascente por debaixo dos campos. Será dessa confluência de águas vindas de vários pontos que se pode considerar como formado o rio que segue a partir dali bem definido.

Assim, do que é possível observar no local, e tal como acontece com muitos rios, grandes e pequenos, estes são o resultado de ajuntamento de águas vindas de vários pontos, e no caso do lado sul e nascente, da encosta do monte de S. Marcos e mesmo do lugar de S. Mamede onde ali existe uma fonte e que certamente as suas águas vão acabar por desembocar mais abaixo ao tal ponto de ajuntamento.

Seja como for, mesmo que com diferentes nascentes, é naquela zona de amplos campos agrícolas que se reunem as águas que vão dar origem ao rio Ul.

26 de fevereiro de 2023

Paróquia - Contas apresentadas

 






Depois de vários meses sem apresentação das contas, foram afixadas publicamente os relatórios das contas da paróquia e a promessa de a partir de agora serem divulgadas com regularidade mensal.

Do que vi, sem por em causa a transparência e rigor das mesmas, parecem-me algo confusas na sua apresentação. Por exemplo, depósitos bancários a serem considerados pagamentos e depois novamente os mesmos como receitas. Ainda duas tabelas de pagamentos no caso das contas do mês de Janeiro de 2023. Em rigor depósitos bancários não devem ser considerados receitas nem despesas, mas apenas uma forma de gestão do saldo positivo quando este existe.

A meu ver, deveria haver apenas a descrição das receitas e sua origem e despesas e seu destino, em apenas duas tabelas e da diferença das mesmas resulta o saldo, como é norma em contabilidade de caixa corrente Várias tabelas de receitas e pagamentos ou despesas e itens relativos a depósitos considerados como receitas são desnecessários e só vêm confundir.

24 de fevereiro de 2023

Nota de falecimento

Faleceu Madalena dos Santos Alves, de 85 anos [18 de Janeiro de 1938 a 23 de Fevereiro de 2023], do lugar de Cimo de Vila - Guisande.

Cerimónias fúnebres na igreja matriz de Guisande, amanhã, Sábado, 25 de Fevereiro de 2023, pelas 11:00 horas, indo no final a sepultar no cemitério local.

Missa de 7.º Dia na próxima Sexta-Feira, 3 de Março de 2023 pelas 18:30 horas na igreja matriz de Guisande.

Sentidos sentimentos a todos os familiares, de modo particular a seu marido, Sr. Joaquim Gomes da Silva, seus filhos e netos.

Que Deus a tenha junto a si. Que descanse em paz!

23 de fevereiro de 2023

Querias calorias


Com tanta gente a dar à sola, seja a caminhar, a correr ou a pedalar, são muitos os que gostam de usar aplicações nos telemóveis e relógios que fazem o controlo das actividades. Pessoalmente na maioria das minhas actividades nem me dou ao trabalho de lavar o telemóvel quanto mais fazer o registo. Mas há malta que não perde uma e regista tudo, como tempo, distância, ritmo, elevação e gasto de calorias, médias, desafios, etc, etc.

Ora uma das questões de alguns utilizadores é esta: - Nas aplicações de monitorização de corridas e caminhadas como é que é calculado o gasto de calorias?

Pois bem: O cálculo do gasto calórico durante corridas e caminhadas pode variar entre diferentes aplicações de monitorização, mas geralmente é baseado em uma combinação de informações como peso corporal, idade, sexo, distância percorrida e tempo de atividade.

Uma das formas mais comuns de calcular o gasto de calorias é através da equação de consumo de oxigênio em repouso (VO2) e do gasto energético da atividade física. A maioria das aplicações usa algoritmos que estimam a quantidade de oxigênio que o corpo está consumindo durante a atividade física, com base na velocidade e intensidade da atividade, para depois calcular o gasto calórico.

Alguns aplicativos também permitem que os usuários entrem com informações adicionais, como o tipo de atividade que estão fazendo (corrida ou caminhada), o terreno (plano ou montanhoso) e a inclinação. Essas informações podem ajudar a refinar os cálculos de gasto calórico.

É importante lembrar que o cálculo do gasto de calorias é apenas uma estimativa e pode não ser totalmente preciso para todas as pessoas, pois cada indivíduo tem um metabolismo diferente e pode queimar calorias de maneiras diferentes durante a atividade física. Além disso, fatores como temperatura ambiente, umidade, roupas utilizadas e condições de saúde pessoais também podem afetar o gasto de calorias durante a atividade física.

Por outro lado, procurando saber o gasto médio de calorias durante uma hora d euma caminhada, tal depende de vários fatores, incluindo o peso corporal, a intensidade da caminhada e a velocidade. No entanto, em média, uma pessoa com peso corporal de 70 kg pode queimar entre 240 a 350 calorias por hora de caminhada moderada (cerca de 5 km/h). Já uma pessoa com peso corporal de 90 kg pode queimar entre 300 a 440 calorias por hora de caminhada moderada.

Importa ter em conta que essas estimativas são apenas médias e o gasto calórico pode variar de acordo com a intensidade e duração da caminhada, além de fatores como o terreno (plano ou montanhoso) e inclinação. A variação individual também deve ser considerada, já que a quantidade de calorias que uma pessoa gasta durante a caminhada pode ser influenciada pela idade, sexo, nível de condicionamento físico e metabolismo basal.

Em resumo, tudo isto é apenas uma merdice porque as pessoas que fazem este tipo de monitorização no geral gostam de saber as suas capacidades e resultados como se fossem super homens. Caminhar é caminhar e correr é correr. A ciência primordial é simples e existe desde que os homens das cavernas corriam para caçar as presas ou fugir delas. Por isso, calorias, médias, ritmos, velocidades, ganhos de elevação, em rigor são paneleirices que servem apenas para entreter e alimentar egos do género "a minha pila é maior que a tua".

22 de fevereiro de 2023

Sacerdotes - Vocação ou profissão?

Confesso que os valores que de um modo geral os padres e párocos cobram às suas paróquias, é assunto que não me prende a cuidados e como tal não tenho nem quero ter uma opinião rígida, porque neste como em muitos outros assuntos, há sempre diferentes opiniões e pontos de vista.  De resto, contribuir para tal pagamento por enquanto é coisa que não é obrigatória.

Por conseguinte considerar se será  muito ou pouco, até em função da proporcionalidade e recursos de uma qualquer freguesia e ainda sabendo que hoje em dia qualquer sacerdote acumula duas, três ou mais paróquias, é assunto que pouco adianta discutir e sobretudo porque nos dias que correm  já todos sabemos que os tempos de sacerdotes pautados por vocação e dedicação às causas do espírito e com o possível desprendimento material ou mesmo votos de pobreza, é coisa de um certo passado. Hoje em dia a realidade é diferente e não há outra forma de o dizer, os sacerdotes, os párocos são comuns assalariados e como quaisquer outros cidadãos reclamam todos os confortos materiais e acumulam riqueza. Padres desprendidos das cousas materiais, como o saudoso Pe. Domingos Moreira, que foi pároco de Pigeiros e Guisande, ou mesmo o nosso conterrâneo Pe. Agostinho da Silva, já serão modelos raros e em vias de extinção, se é que ainda os há.

Sinais dos tempos em que mesmo sob essa condição e supostamente com bons ganhos, acima da média de qualquer normal licenciado, doutor ou engenheiro, ainda falta gente à profissão. Por conseguinte, mesmo sendo da esfera da religião, funciona aqui a lei do mercado e da relação da procura e oferta. Enquanto assim for, não pode esperar qualquer paróquia que tenha como seu guia espiritual alguém a trabalhar pró bono. De resto e nestas coisas da Igreja, como parece que se dizia dos bonitos sermões de Frei Tomás, é olhar para o que ela diz e não para o que faz.

21 de fevereiro de 2023

Cozido de Carnaval - Enquanto dura...

 




Num tempo em que algumas das nossas tradições se estão a desfazer, outras ainda subsistem, como comer um cozido-à-portuguesa no dia de Carnaval, marcando simbolicamente o tempo de Quaresma que começa precisamente no dia seguinte, Quarta-Feira de Cinzas.

É certo que um cozido-à-portuguesa com carnes caseiras é um prato já raro eonde ainda é possível,  é paga a peso de ouro, mas com algum cuidado e pre-preparação, incluindo salga e aplicação de algumas horas de fumo, ainda é possível um vislumbre dos sabores e saberes dos antigos cozidos, quando era comum  acriação de porcos que comiam das sobras e do que a terra dava.

Mas não tenhamos ilusões: daqui a mais uma ou duas décadas o prato tradicional neste dia de Carnaval será constituiído por pizas, atum em lata, salsichas, hamburgueres e outras fasts-foods tão do agrado das novas gerações. É o que é e não há volta a dar!

20 de fevereiro de 2023

Bacalhau no Pinhão com vista para o Douro








Uma rápida viagem por terras do Douro. Paragem para pequeno almoço em Vila Real, na antiga Pastelaria Gomes com a prova das populares "cristas de galo", seguindo-se uma visita ao berço de Miguel Torga, em S. Martinho de Anta, em repouso à sombra dos ciprestes, ainda um saltinho à Senhora da Azinheira e depois uma passagem por Sabrosa e a descida ao Pinhão, onde almoçamos.

Dez anos depois de uma primeira vez, em trânsito para uma visita local, o regresso ao restaurante LBV 79. Não tanto por uma primeira boa impressão mas por falta de tempo de procurar de um local alternativo e porque a localizaçao é excelente com amplo parque de estacionamento e vista para o rio Douro que em frente se espraia.

Instalação cuidada e pessoal simpático. Ainda em S. Martinho de Anta, contactei para reservar mas informaram que não aceitavam reservas e que o atendimento seria por ordem de chegada com abertura às doze horas. Assim, para não facilitar e porque convinha partir cedo para outras paragens, uns ligeiros minutos antes do meio dia fomos os primeiros a entrar e a ocupar uma das mesas na sala no primeiro Andar. Foi-nos dada a opção de almoçar no pequeno terraço voltado ao Douro mas com a temperatura um pouco fresca, preferimos ficar na sala, mas pretendendo ficar um pouco desviado da porta de acesso ao terraço para evitar correntes de ar, foi-nos informado que a mesa pretendida estava reservada. Uma situação estranha já que meia hora antes fomos informados no contacto telefónico que não aceitavam reservas.

O menu apresentava variedade de pratos com doses individuais e a preparar na hora. para ser mais rápido optamos por bacalhau recheado com presunto com acompanhamento de batata frita e legumes salteados e pontilhado por duas azeitonas. Outra versão com puré de batata, dois camarões e legumes salteados e ainda outra com costeletas de borrego grelhadas com acompanhamento de batata frita aos cubos e um raminho de alecrim. Ainda uma salada mista de alface, tomate e pepino para acompanhar os pratos sem legumes.

Quanto ao vinho fomos num maduro branco da casa, bastante aceitável, fresco e com toques de casta moscatel. Uma garrafa de água, azeitonas, saborosas e pão, também saboroso. Porções de manteiga que não consumimos.

Quanto à comida, uma apresentação razoável mas de sabores e preparação sem qualquer deslumbramento. Doses individuais suficientes mas o bacalhau com postas estreitas e baixas e de tempero um pouco para o salgado. As batatas excessivamente queimadas. O puré com pouco sabor, consistência desligada e pobre. Sensaborona pelo que ficou nos pratos.

Com alguma comida a sobrar, nomeadamente o puré, não fomos nas sobremesas apresentadas, que pareciam comuns e algo caras. Apenas café e uma conta para quatro pessoas de 100 euros.

Em resumo, sem desmerecimento mas pratos um pouco caros para a relação de qualidade e quantidade, certamente a aproveitarem o fluxo turístico que ali ocorrre. Na nossa zona, com a mesma quantidade e qualidade até superior, come-se por metade do preço. Também o sistema de serviço, a confecionar na hora, sem pratos já prontos, faz com que a demora e a refeição se tranformem em quase duas horas à mesa. Deste modo não surpreende que em pouco tempo estivesse bastante gente em lista de espara.

Em resumo, uma experiência que não se pode classificar de negativa, mas muito vulgar e abaixo das expectativas a ter em conta a frequência e comentários ao local, sem qualquer nota de diferença na relação preço, qualidade, quantidade, serviço e tempo de espera. Numa próxima paragem no Pinhão, geograficamente um local bonito mas urbanisticamente desmazelado, confuso e com excessivo movimento, teremos que experimentar uma das outras opções de restauração.

17 de fevereiro de 2023

Era uma vez uma bonita tradição

A tradição da Páscoa na nossa paróquia e o papel do Juiz da Cruz no contexto da mesma, está em agonia ou mesmo já sepultada. Abandonada que foi a velhinha tradição do processo de eleição ou escolha, foi solicitado de forma reiterada à comunidade que alguém se voluntariasse para tal cargo. Não sei se apareceu alguém e quem, mas tudo indica que ninguém, pelo menos reunindo os critérios que pautavam a escolha, desde logo pelo critério de nunca ter sido juiz.

Pode-se assim dizer que a paróquia e mesmo a freguesia aos poucos está-se a descaracterizar no que de tradições se orgulhava e parece não haver volta atrás. É certo que as coisas têm que ser adaptadas aos novos tempos e circunstâncias mas parece mais que evidente que essa adaptação é mais no sentido de atenuar os estragos e de ajustar as coisas às limitações do que propriamente uma renovação com enriquecimento e valorização.

Todos somos responsáveis desta letargia porque desde a morte do Pe. Francisco, já há 25 anos, que a paróquia nunca encontrou um rumo certo, congregador e agregador. Foi meio século de descaractrização, de erosão e perda dos valores tradicionais de que nos orgulhavam enquanto comunidade. Parece-me, repito, que responsáveis somos todos nós, mas em muito também pelos critérios da Diocese e suas autoridades que olham para estas coisas das paróquias apenas como fontes de receitas.

No que respeita a esta tradição da Páscoa e do Juiz da Cruz, a coisa foi-se e já nada será como dantes. Os caminhos que vinham a ser seguidos só podiam dar a este destino. Desvalorizamos as coisas, desleixamo-nos e até alguns de nós andamos a mandar cartas registadas dirigidas à Comissão Fabriqueira a demitir-nos dessas responsabilidades como se nada tivéssemos a ver com elas. E não por razões de fundo mas tão somente por não gostarmos de assumir compromissos, de canseiras, de responsabilidades. Quem assim pensa e age não tem qualquer sentido de vivência em comunidade. É um direito legítimo de cada um, certamente que sim, mas que em muitos aspectos empobrece uma comunidade. É uma filosofia de "cada um por si".

Assim vamos indo e andando e esta freguesia não tarda a não ter ponta por onde se lhe pegue no que diz respeito à sua antiga e forte identidade e personalidade. Certamente que por sinais dos tempos, num contexto e realidade de estagnação em que damos conta que por ano morrem uma dúzia de pessoas (e só nos últimos 2 meses foram metade disso) e quanto a nascimentos apenas ou ou outro como amostra. Já se adivinha onde vamos parar. 

Numa altura em que se aguarda pelo desfecho do processo de pedido de desagregação da nossa freguesia da actual união, é de questionar que caso a coisa seja concretizada, quem é que dará a cara e o corpo ao manifesto e ao exercício de cidadania para liderar e defender os interesses da freguesia e da sua população? Porventura os mesmos que mandaramn cartas a demitir-se de outras responsabilidades? Quem apenas vive para si, como se a responsabilidade de cidadania e serviço público seja um dever e obrigação apenas dos outros? Mas quem são os outros? Os outros não serão também cada um de nós?

Pessoalmente, nesta matéria, não dou lições de moral a ninguém mas também as dispenso receber de outros porque creio que já fiz a minha parte no que diz respeito a participação na comunidade e na cidadania: Fiz parte de Grupo de Jovens, fiz parte do grupo de Leitores, só não fui Ministro da Comunhão porque a seu tempo alguém não quis, fiz parte do Grupo Coral, fiz parte da LIAM, fiz parte das comissões de festas de todas as festas religiosas, fiz parte da Comissão de Festas do Viso, fui Juiz da Cruz, fiz parte de duas associações culturais e da direcção do Guisande F.C. Colaborei com as diversas Juntas de freguesia em diversos momentos e acções e participei em eleições e fiz parte de uma Junta de Freguesia, mesmo que em condições difíceis. Apesar disso, sempre que posso e sou solicitado, procuro ajudar e contribuo para as despesas e eventos religiosos ou outros.

Como disse, não é nada de mais e muitos mais guisandenses também tiverem e têm este tipo de participação cívica e comunitária, mas tomara que todos, tanto os que ainda nada fizeram como os mais novos, tenham pelo menos alguma desta intervenção. Mas sabemos que tendencialmente não é este o caminho que as pessoas de um modo geral tomam nos dias de hoje. Isso dá trabalho, canseira,  perda de de tempo pessoal e até mesmo despesas e, para mal dos pecados, quase sempre sem reconhecimento público e até com críticas, na maior parte das vezes injustas e injustificadas.

Por todo este conjunto de coisas e situações, é que estamos neste estado. Como diria alguém conformado com a situação, "é o que é!" . A ver vamos no que dá mas as perspectivas e expectativas são baixas. Estamos em crise!

15 de fevereiro de 2023

As chatices do ChatGPT

Do tão falado ChatGPT, um modelo de linguagem baseado em Inteligência Artificial, questionado sobre as grandes limitações é a própria ferramenta quem responde:

- Como um modelo de linguagem treinado em larga escala, o ChatGPT é capaz de gerar respostas altamente coerentes e relevantes em uma ampla variedade de tópicos. No entanto, ainda há algumas limitações e falhas em seu desempenho, incluindo:

- Viés: assim como qualquer modelo de linguagem baseado em dados, o ChatGPT pode incorporar viés em suas respostas com base nos dados de treinamento disponíveis. Isso pode resultar em respostas que refletem preconceitos ou estereótipos.

- Conhecimento limitado: o ChatGPT só pode fornecer informações com base no conhecimento que foi fornecido em seu conjunto de dados de treinamento. Portanto, se houver informações ou conhecimentos ausentes ou limitados nesses dados, o ChatGPT pode não ser capaz de fornecer respostas precisas.

- Contexto limitado: o ChatGPT não é capaz de entender completamente o contexto em que uma pergunta é feita. Portanto, em algumas situações, o ChatGPT pode fornecer respostas que parecem relevantes, mas na verdade estão fora do contexto da pergunta.

- Falta de empatia e senso comum: embora o ChatGPT possa gerar respostas que parecem inteligentes e razoáveis, ele não tem empatia ou senso comum humanos. Portanto, em situações onde é necessário levar em consideração o contexto social ou emocional, o ChatGPT pode não ser capaz de fornecer respostas apropriadas.

- Erros de geração de linguagem: como em qualquer modelo de linguagem gerativa, o ChatGPT pode produzir respostas que contenham erros gramaticais ou semânticos. Esses erros podem afetar a clareza e a precisão da resposta.

Relativamente à falta de "empatia e senso comum", questionei a máquina para fornecer um exemplo de  decorrente dessas limitações. A resposta:

- Embora o ChatGPT seja um modelo de linguagem avançado e capaz de fornecer respostas úteis em muitas situações, ainda há casos em que sua falta de empatia e senso comum pode resultar em respostas inadequadas ou até mesmo ofensivas.

- Um exemplo de resposta que pode ser vista como falta de empatia ou senso comum seria o seguinte:

- Pergunta: "Minha avó acabou de falecer. O que eu devo fazer agora?"

- Resposta inadequada: "Sinto muito pela sua perda. Talvez você deva aproveitar a oportunidade para limpar a casa dela ou ver se há algo que você possa herdar."

- Embora esta resposta seja tecnicamente correta em relação à pergunta, ela não leva em conta o contexto emocional e social da situação. A resposta não demonstra empatia pela perda do indivíduo e oferece uma solução superficial e materialista para um problema emocional. Isso pode ser considerado inadequado ou ofensivo por algumas pessoas.

- Por isso, é importante lembrar que o ChatGPT é uma máquina e não possui as mesmas habilidades sociais e emocionais que os seres humanos possuem. Portanto, em situações que exigem empatia ou senso comum, é sempre importante usar o bom senso e considerar outros recursos, como conversar com amigos ou familiares, um profissional de saúde mental ou um especialista no assunto em questão.

Em resumo, de facto a ferramenta tem muitas limitações, porventura mais do que as que ela própria enumera, mas convenhamos que apresenta resultados surpreendentes em muitas matérias e como tal  pode ter um amplo e enorme contributo em muitas áreas do conhecimento, para o bem e para o mal. Os cábulas, aqueles que querem e precisam de mostrar trabalho, mesmo sem qualquer esforço ou talento, podem ter aqui um amigo para a vida e sem a necessidade de ter que o compensar com jantares ou prendas. Importa, pois, que paralelamente sejam criados mecanismos para interceptar "chicos-espertos", o que, diga-se, não será fácil.

13 de fevereiro de 2023

Viagem

Chegado aqui,

numa escalada suada,

eis-me no ponto cimeiro

do promontório agreste.

Em frente,

Diante dos meus olhos, 

Oferece-se um mar imenso,

Regaço pronto a acolher

a última nau ou caravela.

Embarcarei na viagem final

como marinheiro destemido

à descoberta do continente celeste, 

de uma nova terra 

que sustente a imortalidade.


12 de fevereiro de 2023

O sermão da montanha sempre actual

Neste 6º Domingo do Tempo Comum - Ano A, o Evangelho remete-nos para o Sermão da Montanha, feito por Jesus à multidão que o seguia. Esta parte é uma das passagens mais importantes do Novo Testamento, registada em 3 dos 4  evangelhos (deMateus, Marcos e Lucas). Nele, Jesus apresenta seu ensinamento moral e espiritual a uma multidão de pessoas que o seguiam.

Do ponto de vista teológico, o Sermão da Montanha é considerado uma das mais claras expressões da ética cristã e do reino de Deus anunciado por Jesus. Nele, Jesus apresenta aos seus seguidores a importância da paz, da justiça, da misericórdia, da fé e do amor ao próximo. Além disso, o Sermão da Montanha também apresenta o conceito de perdão, o papel da oração e a importância de viver de acordo com a vontade de Deus.

Do ponto de vista geral, o Sermão da Montanha é considerado uma das mais importantes passagens da literatura mundial. Ele tem sido estudado e debatido por filósofos, teólogos e pensadores ao longo dos séculos e continua a ser uma fonte de inspiração e orientação para muitas pessoas de todo o mundo.

Em resumo, o Sermão da Montanha é uma das mais ricas e significativas expressões do ensinamento de Jesus e uma fonte importante de orientação moral e espiritual para o cristianismo e para a humanidade em geral.

Ver para crer


Ouvi uns certos passarinhos a piar  que o município, aproveitando fundos europeus, irá requalificar alguns espaços desportivos no concelho e um deles poderá ser o rinque polidesportivo de Guisande, localizado no lugar de Casaldaça junto ao edifício de habitação social. Será mesmo?

Numa primeira análise, saber de qualquer investimento a fazer em melhoramentos e requalificações de espaços e equipamentos públicos é por si só uma notícia positiva e de louvar. 

Mas importará sempre, para que os dinheiros públicos sejam considerados como bem investidos em situações de necessidades concretas, que se procure saber e garantir uma adequada correspondência entre o investimento e a necessidade e como tal um bom aproveitamento.

Ora, no caso deste equipamento em Guisande, desconheço se, quem terá tomado a decisão do investimento com a requalificação do espaço, nomeadamente em todo o piso que está degradado e sem condições de drenagem, terá realiazdo um estudo prévio e enquadramento que sustentem que o equipamento será utilizado com regularidade.

Quem conhece o estado da situação a que chegou o nosso rinque polidesportivo e o seu grau de abandono e degradação, sabe que em grande parte isso decorre de o mesmo não corresponder a uma necessidade e procura efectivas. Ou seja, na actualidade, face a um notório decréscimo anual de nascimentos, de crianças e juventude, a população está a envelhecer e são poucos os que procuram este tipo de espaços para praticar desporto, desde logo porque, sem cobertura, apenas permite uma utlização sazonal. Quem de algum modo forma equipas para jogar, nomeadamente futebol de salão, procura pavilhões cobertos e confortáveis. Não há volta a dar. São mais que muitos os rinques abandonados e sem utilização.

Neste contexto não me parece que a eventual requalificação do espaço por si só venha a concorrer para uma mudança de paradigma e para uma utilização constante. Sem uma associação ou clube que o tenha à sua guarda e o dinamize e ali promova actividades com regularidade, não estou mesmo a ver que o espaço venha a ser bem utilizado e de forma recorrente e sustentada. Oxalá que seja o contrário e que as coisas mudem de modo a justificar-se qualquer investimento que ali se venha a concretizar, mas cheira-me que não. Provavelmente a coisa continuará às moscas e num novo ciclo de abandono e subaproveitamento.

Mas nestas coisas, ver para crer. Aguardemos para ver se o que se fala é mesmo verdade e, a acontecer, no que dará. Talvez ocorra um milagre e dele possamos depois concluir: - Foi dinheiro bem empregue!

10 de fevereiro de 2023

Rabiscos - Miguel Torga

 


A poesia

A poesia é uma importante forma de arte que desde há séculos tem sido valorizada em diferentes sociedades e culturas, sendo uma das formas mais antigas de escrita. Ela é essencialmente caracterizada por sua musicalidade, ritmo, e uso de recursos linguísticos específicos, como a metáfora, a personificação, e a assonância, para criar efeitos emocionais e artísticos.

A poesia pode ser usada para explorar uma ampla variedade de temas, desde aspectos da nossa personalidade até questões de carácter social, religioso, político, etc. Ela também pode ser usada como uma forma de autoexpressão, sendo  frequentemente usada para processar e compreender as emoções e as circunstâncias da vida.

Além disso, a poesia é conhecida por sua capacidade de evocar imagens poderosas e emocionantes na mente do leitor, e por sua capacidade de transmitir mensagens profundas e universais. A poesia pode ser encontrada em muitas culturas e tradições ao redor do mundo, e é apreciada por pessoas de todas as idades e origens.

Podemos concluir que a poesia é uma forma de arte rica e versátil, que tem o poder de inspirar, comover, e transformar.

7 de fevereiro de 2023

Rabiscos

 

Sorriso

Se soubesses, amor,

Quão me domina o teu sorriso,

Tinhas todo o poder sobre mim,

No arbítrio do bem ou mal.

Todo eu seria dor

Se me privasses do pleno juizo,

Mais valendo, que sofrer, o fim,

Como ferido um animal.


Mas creio que se por bem, apenas,

Sorrindo esses teus lábios doces,

Tão bom seria ter-te plena em mim.

Sorri, sorri sem dores ou penas,

Sorri, linda,  ainda como se fosses

A vida contida entre princípio e fim.

6 de fevereiro de 2023

Partícula



Ascendi à serra, sereno e só,

buscando um encontro de intimidade,

naquela aspereza criadora

granítica, despojada,

para me sentir envolto

numa nudez primitiva

onde a cama é de erva

e o cobertor de estrelas e luar.


A serra, ampla, sincera, tem este dom:

o de nos submeter

à insignificância que somos,

mas como um grão de areia

que faz sentido e dá forma

ao areal na imensa praia.


O universo majestoso é, afinal, 

uma massa densa de partículas, 

ínfimas mas plenas, 

onde cada ser

tem lugar, espaço e sentido.


A. Almeida - 06022023

Recreio permanente

Não há volta a dar. Os ditos programas de entretenimento que passam pelas nossas televisões, incluindo concursos, são de uma infantilidade enjoativa. A começar pela RTP, que por princípio teria outras responsabilidades e obrigações, tratam-nos como se fôssemos todos criancinhas. Bem sei que os tempos são outros, longínquos de Artur Agostinho, Henrique Mendes ou Igrejas Caeiro, mas não é preciso tanto. O nível anda por baixo, mas dizem-me que agora é assim, e que nestas coisas, modas e tendências (que até se dizem trends) copiam uns pelos outros o que de melhor (pior) se faz no resto do mundo. Os formatos são os mesmos e a fonte parece ser comum, como a Fremantle que produz a maioria dessas coisas (voices, masters chefes, got talents, preços certos, vai ou racha, etc, etc).

Já não há paciência e o problema é que, pelo menos na RTP, de algum modo andamos todos a pagar aquele recreio permanente. 

Felizmente que, na televisão paga, há sempre boas opções, ainda com documentários instrutivos e formativos. Ainda há muita coisa de positiva e cultural mas as coisas vão no sentido de tudo isso ser obsoleto. Anda já por aí a Inteligência Artificial a suprimir brechas de instrução e a transformar a ignorância de muitos em sabedoria. 

5 de fevereiro de 2023

Bodas de Ouro matrimoniais de Joaquim e Margarida


Ontem, Sábado, dia 4 de Fevereiro, celebraram Bodas de Ouro matrimoniais o casal Joaquim e Margarida, do lugar de Fornos desta nossa freguesia. A celebração foi feita durante a missa comunitária das 17:30 horas, celebrada pleo nosso pároco Pe. António Jorge.

Por isso há meio século que o Sr. Joaquim, natural de Argoncilhe, chegou a Guisande para um casamento para a vida com a D. Margarida.

Certamente que chegaram até esta data com altos e baixos, com momentos de alegria ou mesmo de dissabores e dificuldades, porventura com algumas situações de desânimo, como é próprio da natureza de qualquer casamento, mas certo é que para se chegar até aqui é demonstrativo de que foram capazes de cumprir o essencial do compromisso dado mutuamente quando se enlaçaram, o de fidelidade e de amor, tanto nos tempos de alegria como nos de tristeza, na saúde e na doença, todos de os dias da vida em comum. 

Amadureceram como pessoas, construíram o seu lar e dessas sementes têm filhas e netos. Fazem parte de uma família mais ampla, a da nossa comunidade onde sempre se integraram.

Pode parecer coisa de somenos importância, mas não é. É difícil, e pelo padrão dos tempos que correm já será proeza celebrar Bodas de Prata por vinte e cinco anos de vida em casal quanto mais cinquenta anos. Tal só se consegue com muito conhecimento mútuo, compreensão e tolerância sob os valores do casamento cristão. Ora estes valores, não constituindo regra, são quase a excepção que a confirma. Não surpreende, pois, o ritmo e a preponderância dos divórcios temporãos e das uniões a prazo, à experiência como se de coisas descartáveis se trate. Hoje em dia as ligações são quase só isso: Experiências em que ao primeiro desafio, mesmo sem ser grande o vendaval, o barco vacila e afunda-se. É o que é.

Ora o casal Joaquim e Margarida não serão um modelo perfeito de casal cristão, porque os não há, mas nesta conta redondinha de vida matrimonial, como as alianças que agora renovaram, têm demonstrado ser um casal muito unido, dois bons seres humanos optimistas e sempre bem dispostos, por vezes contagiantes, prontos para a brincadeira, convívio e um pé-de-dança, uma das qualidades que todos lhe reconhecem.

Merecem, pois, não só da sua família o orgulho, como da nossa comunidade, o apreço, respeito e votos de felicidades durante o tempo que Deus lhes quiser conceder.

Parabéns e venham mais 25!


[foto: cortesia de Domingos Magalhães]

2 de fevereiro de 2023

O liberalismo

Na política e na economia somos tantas vezes confrontados com os termos liberal, liberais e liberalismo. Até temos agora um partido político, a IL - Iniciativa Liberal, com representação na Assembleia da República e, pelas sondagens, em crescimento. Para explicar o que é esta coisa do liberalismo, e porque o saber não ocupa lugar, convém esclarecer que as linhas fundamentais do liberalismo incluem:

- Liberdade individual: o liberalismo enfatiza a liberdade individual como um valor fundamental e preconiza que as pessoas devem ter o direito de tomar suas próprias decisões e controlar suas próprias vidas, desde que não prejudiquem a liberdade dos outros.

- Mercado livre: o liberalismo apóia um mercado livre e acredita que a livre concorrência leva a preços mais baixos, melhores bens e serviços, e uma distribuição mais eficiente de riqueza e recursos.

- Estado mínimo: o liberalismo defende um Estado mínimo, que tem como objetivo fornecer apenas aqueles serviços que não podem ser fornecidos pelo mercado livre, como proteção da propriedade, manutenção da ordem pública e administração da justiça.

- Propriedade privada: o liberalismo considera a propriedade privada como sagrada e acredita que as pessoas têm o direito de fazer o que quiserem com seus bens, desde que não prejudiquem a liberdade e a propriedade dos outros.

- Igualdade perante a lei: o liberalismo defende a igualdade perante a lei, ou seja, todas as pessoas devem ser tratadas de forma igual sob a lei, independentemente de sua classe social, raça, gênero ou qualquer outra característica.

- Essas são algumas das linhas fundamentais do liberalismo, que é uma corrente política e econômica que tem como objetivo maximizar a liberdade individual e o livre mercado.

Quanto às origens destes ideaism corrente política ou ideologia:

Podem ser rastreadas até o século XVII e XVIII, na Europa Ocidental, durante a Era Moderna. Durante esse período, muitos filósofos, escritores e economistas começaram a questionar as estruturas políticas e sociais existentes e a buscar novas ideias para governar e organizar a sociedade.

Algumas das principais influências no surgimento do liberalismo incluem:

Iluminismo: O Iluminismo foi um movimento cultural e intelectual que surgiu na Europa Ocidental no século XVIII e defendeu a razão, a ciência e a liberdade individual. Muitos pensadores iluministas, como John Locke e Montesquieu, forneceram ideias-chave para o liberalismo político e econômico.

Mercantilismo: O Mercantilismo foi uma teoria econômica dominante no século XVII e XVIII, que defendia que o Estado devia controlar a economia para maximizar a riqueza do país. O liberalismo surgiu como uma crítica ao mercantilismo e defendeu a ideia de um mercado livre e uma economia governada pela lei natural.

Revoluções Gloriosas: As Revoluções Gloriosas na Inglaterra e na América no século XVII foram importantes para o surgimento do liberalismo. Essas revoluções enfatizaram a liberdade individual e o direito à propriedade privada, e forneceram modelos políticos para muitos países posteriores.

Essas são algumas das principais influências no surgimento do liberalismo, que se tornou uma das principais correntes políticas e econômicas na Europa Ocidental e em muitos outros países ao longo dos séculos.

O ChatGPT é um poeta do caralho

O ChatGPT está na bera. Do que tenho testado, está ao nível de um cientista e simultaneamente de uma criança que frequenta o Jardim Escola. Mas é muito interessante se bem usado, e tem caminho para andar, para além de que vai ajudar muitos cábulas, sobretudo aqueles que gostam de fazer brilharetes à custa do conhecimento dos outros. Mas adiante que a coisa está dar muita discussão e vai revolucionar muitas coisas.

Por estes dias pedi ao ChatGPT para escrever um poema sobre as virtudes do campo. Cá vai:


No campo, a natureza brilha,

Com virtudes que nos encantam.

O ar puro, a calma e a vida simples,

Tudo é perfeito, tudo é harmonia.


O canto dos pássaros e o barulho do vento,

É uma música que nos faz bem.

As árvores e os campos verdejantes,

Nos oferecem sombra e frescor.


No campo, a paciência e a simplicidade,

São virtudes que nos ajudam a crescer.

A gratidão pelo que temos,

É algo que aprendemos com a terra.


E não podemos esquecer,

Do amor e da amizade,

Que encontramos nas pessoas,

Do campo, que são tão sinceras.


Assim, deixamos aqui,

Nossa homenagem ao campo,

Com suas virtudes e belezas,

Que nos fazem bem a alma e o coração.


- Convenhamos que tudo tem lógica e soa bem, mas na realidade são todos lugares e ideias comuns ao tema e ao nível do que uma criança poderia escrever. É apenas texto de uma redacção dividido em quadras. 

Falta, pois, a alma e a profundidade da poesia que sai de uma pessoa e não de uma máquina. Mesmo assim, para pretensos e medíocres poetas, será uma mina de salomão e não tarda a sermos bombardeados por supostos poemas sobre tudo e mais alguma coisa, até, talvez, sobre um caldo de nabos. Mas quanto a isso, já me adiantei e pedi ao poeta máquina para o escrever. Cá vai e deliciem-se:


Sopa de nabos, doce e quente,

É um prato simples, porém tão saboroso.

Com cenoura, batata e temperos a condizer,

É uma delícia que aquecerá seu coração.


É a combinação perfeita de sabores,

Que se misturam em cada colherada.

E o cheiro que emana da panela,

É uma promessa de conforto e bem-estar.


Com um pão crocante a acompanhar,

A sopa de nabos é um banquete.

E o melhor de tudo é que é fácil de fazer,

E com ingredientes que você sempre tem em casa.


Assim, na cozinha ou na mesa,

A sopa de nabos é uma alegria.

É um prato que traz conforto e saúde,

E é um amigo fiel, que sempre está lá.