14 de março de 2023

A causa da pausa

Parecendo que não, tenho estado afastado da rede social Facebook há quase três meses. Apenas alguns breves segundos para uma ou outra partilha que considerei com motivo para a interrupção da pausa, de resto, népias, zero!

Por conseguinte não tenho publicado, nem sequer lido o que os "amigos" e os outros publicam, partilham e comentam. Tenho estado mesmo a leste.

A verdade é que, como alguém que nunca se viciou na coisa, não custa fazer a pausa, seja de dias, semanas ou meses. De resto, a maioria das coisas ali publicadas são banalidades que se dispensam. Na larga maioria, egocentricidades, vaidades, partilha e replicação em cadeia de coisas de terceiros. A originalidade, aquilo que é nosso e vem de nós, que nos diferencia , é coisa pouco abundante. 

Assim, mesmo que periodicamente, sabe bem passar ao lado dessas banalidades, de gente que fala muito quando devia estar calada e que se cala quando devia falar, dos vaidosos, dos mestres das poses, das simpatias, dos likes dos mesmos aos mesmos, dos tomilhos, dos alecrins, dos loureiros, dos exageros e fundamentalismos da malta da bola, do chover no molhado, da cegueira da malta da política, dos diários dos extraordinários, dos "olha p´ra mim!" e das proezas dos novos inventores da roda e da pólvora. E agora com o ChatGPT, não devem faltar por ali novas novidades como se de repente, num click, o mais bronco seja o maior poeta e o analfabeto uma promessa das artes e da escrita a debitar pensamentos e reflexões. Fantástico! Nada como um mundo inclusivo!

Sabe bem, muito bem, como quem sorve a brisa fresca e iodada numa praia deserta pela manhã! Como costuma dizer o meu amigo A.P., as "coisas são como são" e "nem sempre nem nunca". Nunca digas "desta água não beberei" porque podes vir a ter sede, mas considera não a beber se ao lado tiveres uma fresca cerveja. Se com tremoços, melhor!