30 de abril de 2023

Acólitos e acolitar

 



Amanhã. Segunda-Feira, dia 1 de Maio de 2023, acontece em Fátima a XXVII Peregrinação Nacional de Acólitos. As paróquias afectas ao Pe. António Jorge Oliveira, Guisande, Pigeiros e Caldas de S. Jorge, vão também participar com os seus acólitos, tendo para o efeito sido organizado um autocarro inter-paroquial.

Desde há alguns anos, e sobretudo com o empenho e incentivo do Pe. Farinha, e naturalmente com o apoio dos pais, Guisande tem tido um interessante grupo de acólitos, que enriquecem o cerimonial litúrgico dos serviços religiosos, tendo até merecido rasgados elogios, nomeadamente do Pe. Nuno, aquando da celebração da recente Vigília Pascal no Sábado Santo.

Apesar disso e sem qualquer depreciação, e é apenas a minha humilde opinião, parece-me que há ali alguma coisa que poderia melhorar. Assim, várias vezes e principalmente em cerimónias mais festivas e nas missas de Sábado, por vezes parece-me um número exagerado de acólitos, de algum modo atrapalhando-se e distraindo-se uns aos outros e por vezes mesmo a quem está na assembleia. Mas como não há fartura que não traga fome, ou o contrário, por vezes não está nenhum para amostra, como aconteceu ontem, Sábado, na missa das 17:30 horas, cabendo ao António "tapar o furo" e acolitar o pároco.

As coisas são como são e compreendemos que as nossas crianças e adolescentes andam muito ocupados e têm muitas actividades para além das ligadas à escola e também dependentes da vontade e disponibilidade dos pais, mas nestas coisas tem que haver algum sentido de responsabilidade e compromisso e não me parece de todo razoável que numa  missa estejam em simultâneo, 6, 7, 8 ou mais acólitos e no dia ou semana seguinte não esteja um único.  

Eu não sou nem tenho pretensões de ser acólito (e valorizo esta função), muito menos não sou padre e pároco, mas creio que, sendo possível, nas missas sem motivos litúrgicos mais festivos ou cerimoniosos, como no tempo de Natal e Páscoa, dois acólitos bastariam para as funções que deles se espera, pelo que até, no caso de um grupo ser numeroso, permitiriria existir uma escala de modo a que dentro do possível nas celebrações do fim-de-semana não faltassem acólitos e simultaneamente aliviasse o compromisso semanal dos elementos.

Seja como for, nas nossas igrejas os acólitos emprestam às celebrações um enriquecimento próprio, até pela habitual juventude dos mesmos, o que vai sendo raro na participação nas nossas missas, já quase sem jovens e crianças, mas convém que a sua participação e presença, a acontecer, tenha uma correspondência adequada e não ao ritmo das vontades e disposições. Ou somos ou não somos.