15 de novembro de 2023

Preservar o que é nosso

Queira-se ou não, numa comunidade como a nossa, tanto a igreja matriz como a capela do Viso, são dos edifícios e património material que mais representam a nossa identidade, religiosa desde logo, mas também social, cultural, histórica, etc. Por conseguinte, e tanto mais que edifícios com o peso da idade, importa que tenham uma constante e permanente atenção aos aspectos da sua conservação e ao longo dos tempos sabemos que foram sendo sempre realizadas obras, umas mais profundas, outras superficiais. 

Certo é que essa atenção que deveria ser constante, e desde logo ao nível das coberturas e  telhados porque são elementos importantes na conservação dos restantes elementos, por vicissitudes várias tem sido descurada e por isso chegamos a uma situação em que há necessidade de obras urgentes.

Na capela do Viso estão identificadas as necessidades, que têm anos, e que em dias de festa nos envergonham perante quem vem de fora, e dessa constatação até foram lançados convites públicos a empreiteiros, mas certo é que parece que ninguém se mostrou interessado na obra, o que se compreende porque todos, de um modo geral, estão assoberbados de trabalhos, porventura mais fáceis e rentáveis do que estes que se perspectivam para a capela e igreja.

Por conseguinte será necessária uma abordagem diferente, e desde logo a começar pela identificação das patologias a resolver, as melhores soluções a adoptar e depois arranjar pessoal qualificado para fazer os arranjos, mesmo sabendo-se que poderá ter que se esperar por disponibilidades.

Mesmo na igreja matriz há problemas, com necessidade de intervir em rebocos e pinturas, tanto no interior como no exterior e ainda resolver infiltrações de água a partir das coberturas, que já são notórias na sacristia onde já pinga água em dias de chuva, estando já em processo de deterioração os revestimentos do tecto em madeira.

Espera-se, pois, quanto antes, permitindo as condições do tempo e a disponibilidade de empreiteiros, avançar para as intervenções necessárias. Não o fazer com a devida urgência é permitir o agravamento dos problemas e a deterioração das patologias o que poderá representar mais à frente custos acrescidos para além do natural mau aspecto destes nossos importantes edifícios comunitários.

Decida, pois, quem tem que decidir. À comunidade, cada um por si, competirá apoiar nos custos e encargos que tais obras venham a representar. Foi assim no passado e certamente que não nos escusaremos que continue a ser pelo presente e futuro. Não podemos é adiar o que já deveria estar feito.