12 de março de 2024

Quando a morte se hospeda numa casa

Domingos José Gomes de Almeida, foi meu trisavô paterno, casado com Joaquina Rosa de Oliveira. 

Em 6 de Abril de 1894 morreu-lhe um seu filho solteiro, com 32 anos de idade, negociante de madeiras, de nome Domingos Gomes de Almeida. A sua mãe, a referida Joaquina Rosa de Oliveira morreu passados 4 dias, em 10 de Abril de 1894, com 77 anos de idade. E como não há duas sem três, passados outros 4 dias, em 14 de Abril de 1894 morreu o seu pai, o tal Domingos José Gomes de Almeida, com 81 anos de idade.

Não conheço os motivos desta sucessão de mortes, em menos de 15 dias, na mesma casa. Se por desgosto consecutivo da mãe após a morte do filho e depois do pai pela morte do filho e da esposa ou se por alguma circunstância de doença contagiosa ou de outra natureza. 

Provavelmente nunca o virei a saber até porque os assentos de óbito nada dizem a esse respeito. Apesar de morrer jovem o filho, por esses tempos era muito comum o falecimento de gente jovem.

Por outro lado, o pai com 81 anos e a mãe com 77 já tinham umas bonitas idades, tanto mais naqueles tempos quase sem grandes cuidados e tratamentos de saúde, em que a esperança média de vida era naturalmente baixa. 

Por conseguinte, fica apenas a surpresa e a curiosidade pela coincidência, mas é provável que tenha havido uma relação de doença ou emocional