Mostrar mensagens com a etiqueta Tradições. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Tradições. Mostrar todas as mensagens

1 de junho de 2018

Guisande - Comunhão Solene - 2018



31 de Maio de 2018 - Dia de Corpo de Deus - Celebração da Comunhão Solene em Guisande.

Esta celebração religiosa e a festa a ela associada, continuam a marcar o calendário da nossa comunidade de S. Mamede de Guisande, mas obviamente sem o impacto e envolvência de outros tempos. Desde logo pelo número de crianças participantes, apenas seis, um enorme contraste quando comparado com o dia da minha Comunhão Solene, em 1973, por isso há 45 anos, em que entre rapazes e raparigas éramos mais ou menos sessenta almas em festa. É certo que por esses tempos esta celebração ocorria apenas de dois em dois anos, mas mesmo assim corresponderiam, em média, trinta crianças por ano. Uma enorme diferença, de facto, o que diz muito da tendência da nossa actual sociedade no que quanto à natalidade e suas causas diz respeito. Estas, as causas, porém, são contas de outro rosário e que para aqui não são chamadas. Apenas a constatação do enorme contraste entre ambas as realidades registadas em menos de meio século.

Para além da Missa Solene, da parte da manhã, a festividade contou com a reza do Terço ao final da tarde, seguindo-se a tradicional procissão solene que marchou até à capela do Viso, regressando à igreja matriz para o encerramento das cerimónias. A procissão foi acompanhada pela Banda Musical de S. Tiago de Lobão.

3 de abril de 2018

Cumpriu-se a tradição


Cumpriu-se a tradição pascal na nossa freguesia de Guisande. Depois de uma Semana Santa marcada pelas habituais cerimónias religiosas, no Domingo, abençoado com sol, o Compasso saiu à rua, com três equipas, uma delas liderada pelo Juiz da Cruz, o Sr. Arménio Silva, do lugar da Gândara, que foi acompanhado pelo pároco Pe. Arnaldo Farinha.
Ontem, Segunda-Feira, teve lugar o tradicional Almoço do Juiz da Cruz, que pelo quinto ano consecutivo decorreu no Restaurante Pomar, na freguesia de Gião. Participaram cerca de 90 convivas, incluindo o Pe. Farinha e o Sr. Juiz da Cruz. Tudo decorreu dentro da normalidade. 
Parabéns a todos quantos contribuíram para a dinâmica desta tradição que, apesar de os tempos serem marcados por outras distracções, ainda continua a merecer a dedicação e interesse da generalidade da nossa comunidade. Para além de tudo, continua a ser um forte elo de ligação e convívio familiar e comunitário.
Ficamos já espera do próximo ano, em que será Juiz da Cruz o Sr. Orlando Santos, do lugar de Fornos.

5 de fevereiro de 2018

S. Brás e Nossa Senhora das Candeias

Decorreu ontem, 4 de Fevereiro, na igreja matriz da freguesia do Vale, a tradicional festividade em honra de S. Brás e Nossa Senhora das Candeias. 
Quase sempre modesta no arraial, até porque em pleno inverno, não raras vezes sob frio e chuva, é, todavia, uma festa de tradição e que chama devotos de todas as freguesias das redondezas. Como muitas outras, no que à tradição e devoção diz respeito, já teve melhores dias, mas mesmo assim continua a ser uma referência nas festividades religiosas no nordeste do concelho de Vila da Feira.

S. Brás (em Latim S. Blasius, em Catalão S. Blai, em Francês S. Blaise, em Espanhol S. Blas), a quem os devotos recorrem para males de garganta, foi um médico e bispo nascido na cidade de Sebaste, ou Sebastia (na actualidade Sivas), na Turquia, numa região da então província romana da Arménia, e que terá vivido entre os séculos III e IV.

Já depois de ter assumido a profissão de médico, sentiu o chamamento de Deus a uma consagração cristã, pelo que terá deixado a sua vida citadina e a sua própria terra indo para os montes, optando por uma modesta vida solitária de oração e de penitência.

A sua fama de santo começou a espalhar-se na comunidade de Sebaste e, quando morreu o bispo daquela cidade, todos o aclamaram como novo pastor. São Brás só aceitou a nova responsabilidade pela forte insistência dos membros da comunidade, porque desejava muito mais a vida retirada de oração e contemplação. Mesmo como bispo continuava a viver numa caverna no monte Argeu, no meio de animais ferozes, com quem convivia, vindo somente à cidade apenas quando as obrigações de pastor o exigiam.

Na altura da perseguição aos cristãos ordenada pelo então Imperador Licinius Lacinianus (308-324), São Brás, conhecido pela sua extrema bondade, santidade e milagres, é preso pelo anticristão Agrícola, que governava a Capadócia e a Arménia, e obrigado a adorar os deuses pagãos. Negou-se São Brás, dizendo: “não quero ser amigo dos vossos deuses, porque não quero arder eternamente com os demónios”. Foi açoitado, posto no ecúleo (cavalete de tortura), submetido aos «garfos» com puas de ferro e lançado a um lago de água gelada, sendo, por fim, degolado. Decorria o ano de 316.

Os seus restos mortais foram recolhidos e sepultados pelos cristãos desse tempo numa humilde igreja na sua cidade,  mas mais tarde trasladadas as suas relíquias para a actual basílica localizada num monte com o seu nome.

O facto, verdadeiro ou lendário de que terá salvo uma criança que agonizava com uma espinha de peixe encravada na garganta, valeu-lhe popularidade e devoção, tornando-se desde então padroeiro das causas de saúde ligadas à garganta. Mas é também associado como protector dos animais e em algumas localidades onde se venera, cumprem-se ritos de bênção dos animais de modo especial de rebanhos.

O dia oficial das sua festividade é o 3 de Fevereiro e o seu culto se expandiu sobretudo a partir do séc. VIII, tanto nos países do oriente como no ocidente, mas também noutras partes do mundo, sobretudo na América latina com o culto a ser levado por espanhóis e portugueses. Até ao século XI S. Brás não entrava no calendário litúrgico romano, mas a partir daí nele começa a constar pela grande devoção que passou a ser-lhe dedicada em Roma, onde se diz terem-lhe sido erigidas trinta e cinco igrejas. Em Portugal é patrono de pelo menos uma dezena de paróquias, sendo que não é patrono da freguesia do Vale, apesar de ali  ser venerado e festejado.

Fotografia de S. Brás na igreja matriz da freguesia do Vale.

Estampa, pagela ou "santinho" com a imagem de S. Brás que se venera na igreja matriz da freguesia do Vale. 
De notar que esta imagem corresponde a uma versão de S. Brás diferente da imagem que está na lateral do altar-mor,  conforme fotografia acima. 
À falta de melhor justificação, e supondo eu ser a imagem da primeira fotografia acima a correspondente à versão principal do S. Brás na freguesia do Vale, este mais imponente e barbudo, nunca percebi esta situação da pagela ou "santinho" disponível em dia de festa reproduzir uma outra versão. Será esta a imagem da estampa a mais antiga e original? Se sim, porque não está ela no altar? Se não, porque se teima em distribuir uma representação secundária? É certo que independentemente da configuração da imagem sabemos que ambas representam o S. Brás, mas parece-me uma falta de coerência identificativa e até de cultura patrimonial que, infelizmente, se verifica em muitas paróquias e festividades no que ao "santinho" diz respeito. Recorde-se que há alguns, poucos, anos,  uma Comissão da Festa do Viso também caiu neste erro ao mandar estampar um "santinho" do Santo António que nada tinha a ver com as versões do santo existente, quer na capela, quer na igreja.
Também em Louredo, não neste ano, mas em anos anteriores, a estampa disponibilizada representa um S. Vicente que não o principal que se encontra no altar-mor.



Acima, três variantes de pagelas ou "santinhos" clássicos com a representação da cena  referentes a S. Brás e ao milagre da remoção da espinha de peixe da garganta de uma criança apresentada ao santo pela sua aflita mãe. Esta cena faz parte indissociável do folclore religioso relacionado à veneração deste santo mártir.


Pagela com a imagem de Nossa Senhora das Candeias que se venera na igreja matriz da freguesia do Vale.

Quanto a Nossa Senhora das Candeias, cuja festividade ocorre na freguesia do Vale em simultâneo com a de S. Brás, é também invocada como Nossa Senhora da Luz, ou Nossa Senhora da Candelária, ou Nossa Senhora da Apresentação ou ainda Nossa Senhora da Purificação. Embora com o culto expandido em muitos países, incluindo Portugal e Brasil, há referência de que o mesmo terá surgido nas Ilhas Canárias - Espanha onde  terá aparecido numa praia na ilha de Tenerife, pelo ano de 1400. Os nativos guanches da ilha teriam ficado com medo e tentado atacá-la, mas suas mãos teriam ficado paralisadas. A imagem teria sido guardada em uma caverna, onde, séculos mais tarde, foi construído o Templo e Basílica Real da Candelária (em Candelária). Mais tarde, a devoção se espalhou pela América. É assim a santa padroeira das Ilhas Canárias, sob a invocação de Nossa Senhora da Candelária.

A origem da Senhora da Luz tem as suas origens na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo de Jerusalém e da purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o nascimento de Cristo (sendo celebrada, portanto, no dia 2 de Fevereiro). 

De acordo com a lei mosaica (de Moisés), as parturientes, após darem à luz, ficavam consideradas como impuras, devendo por isso inibir-se de visitar o Templo de Jerusalém até quarenta dias após o parto; após esse tempo, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote a fim de apresentar o seu sacrifício (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e, assim, purificar-se. Desta forma, São José e a Santíssima Virgem Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu dever. Este, depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que ali lhe traziam, ter-lhes-ia proferido a Profecia de Simeão: «Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a Vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios e glória de Israel, vosso povo» (Lucas 2:29-33).

Com base na festa da apresentação de Jesus/purificação da Virgem, nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação; do cântico de São Simeão (conhecido pelas suas primeiras palavras em latim: o Nunc dimittis), que promete que Jesus será a luz que irá aclarar os gentios, nasce o culto em torno de Nossa Senhora da Luz/das Candeias/da Candelária, cujas festas eram, geralmente, celebradas com uma procissão de velas, a relembrar o facto.

27 de janeiro de 2018

S. Vicente Mártir - Louredo


Ocorre neste Domingo, 28 de Janeiro, a Festividade em honra de S. Vicente Mártir, padroeiro da freguesia vizinha de Louredo.
Noutros tempos, apesar de ocorrer em pleno Inverno, e por isso sujeita às inconstâncias do tempo, era uma festa de tradição nas redondezas e o povo, mesmo de Guisande, lá acorria ao "S. Vicente de Ferreira", para pagar promessas, comprar regueifa e figos.

Esta de convencer o povo, tanto de Louredo como das vizinhanças, que o seu patrono era o S. Vicente, mas o Mártir e não o de Ferrer (Ferreira), é uma luta antiga, travada pelo próprio e saudoso pároco louredense, Pe. Acácio Freitas. De resto, na sua monografia sobre a freguesia de Louredo, relata que deu logo com esta confusão do povo, mesmo no início da sua vinda para a freguesia. Passamos a transcrever essa passagem, que é elucidativa:

"Poucos dias após a entrada nesta paróquia, a 23 de Novembro de 1958, vieram ao meu encontro três senhores, cujos nomes já não recordo, dizendo ser a "Comissão de Festas em honra do Padroeiro, São Vicente Ferreira". Devo confessar que estranhei ouvir falar em semelhante Santo e sugeri se não seria "São Vicente Ferrer". 

Disseram-me que era assim que os párocos, meus antecessores, o apelidavam. Como fui apanhado de surpresa, combinamos o programa da festa para o dia 22 de Janeiro, como era da tradição. Após a sua retirada, fui imediatamente consultar o Afio Litúrgico, de Pius Parsch, que tinha mais à mão, e verifico afinal que no dia 22 de Janeiro se festejava São Vicente Mártir e não São Vicente Ferrer, cuja festa se celebra a 05 de Abril. 

No Domingo seguinte procurei elucidar a comunidade de que o Padroeiro de Louredo é São Vicente Mártir e não São Vicente Ferrer (vulgo "Ferreira") e apresentei as seguintes razões para que não houvesse lugar a mais dúvidas: 

a) — São Vicente Ferrer ("Ferreira") era natural de Valença, Espanha. Aparece vestido com o hábito dominicano e um sol com as iniciais de Jesus (J.H.S.) na mão. Foi presbítero, isto é, sacerdote pregador, como quase todos os dominicanos, e a sua festa celebra-se, como já foi dito a 05 de Abril. 

b) — São Vicente Mártir era natural de Huesca, também Espanha. Aparece vestido de diácono, (não chegou a ser ordenado de presbítero), geralmente com um corvo (que protegeu o seu cadáver de outras aves de rapina), sobre as sagradas escrituras numa das mãos e uma palma (a palma do martírio) na outra; ou então com a palma numa das mãos e uma embarcação na outra; ou ainda com a grelha (sobre a qual foi martirizado) a seus pés; além de outras insígnias alusivas ao seu martírio. Cf. "VIII CENTENÁRIO DA TRASLADAÇÃO DAS RELÍQUIAS DE SÃO VICENTE, 1173-1973, Câmara Municipal de Lisboa, Palácio Pimenta / 3 de Dezembro/1973". 

No entanto, e apesar de muitas vezes se ter insistido em Sermões, Homilias, Palestras etc, que é o São Vicente Mártir e não Ferrer, ainda nos nossos dias muitas pessoas continuam a falar na Festa de São Vicente Ferreira. 

Lembremos que o São Vicente Ferrer quase não é conhecido em Portugal; e São Vicente Mártir é padroeiro de muitíssimas terras, inclusive da cidade de Lisboa, onde é mais conhecido por São Vicente de Fora, por ter aportado, (segundo reza a tradição), a esta cidade numa embarcação, vindo da Catalunha. 

Então quem é o nosso padroeiro? Nasceu em Huesca, Catalunha, Espanha, por volta do ano 270, filho de pais nobres. Foi educado e instruído nas Sagradas Escrituras pelo Bispo Valério, de Saragoza, que ao reconhecer a sua sabedoria e virtudes o ordenou de Diácono e o incumbiu de levar a mensagem de amor, (que Jesus Cristo veio trazer a terra), a toda a Catalunha. 

Durante a perseguição de Diocleciano, imperador romano, foi convidado a renegar a sua Fé Cristã. Como não aceitasse o convite do imperador, foi açoitado e atormentado no potro. Continuando bem firme nas suas convicções religiosas, foi estendido sobre uma grelha incandescente; rasgadas as suas carnes com dentes de ferro; queimado com tochas ardentes etc. Resistindo a todos estes tormentos com um semblante de alegria, deitaram-no sobre um leito todo macio para tentar dissuadi-lo. Como a sua Fé se robustecia cada vez mais, recebeu a coroa do martírio pelo ano 304 da nossa era. 
Foi lançado a uma fossa e depois ao mar, mas um corvo de proporções gigantescas arrebatou-o às ondas e, segundo a tradição, tê-lo-á deixado sobre uma embarcação que o transportou até Lisboa. (São Vicente de Fora). "

Como se leu, o Pe. Acácio percebeu que apesar de ter travado uma luta constante e duradoura no sentido de catequisar os seus fregueses quanto ao seu patrono, seu nome e origem, admitiu que na actualidade (1967) ainda se fazia essa confusão. A confusão, que ainda se mantém nos nossos dias, resultava, no entanto e apenas, da transição das tradições, usos e costumes, incluindo os testemunhos orais. Assim, esta do S. Vicente de Ferreira em Louredo ainda está para durar.

Seja como for, no texto que acima se transcreveu da monografia de autoria do Pe. Acácio, é referido pelo próprio que o S. Vicente Ferrer ou Ferreira, é pouco conhecido por cá. Assim é, efectivamente, mas dá-se a curiosidade de tal santo espanhol estar precisamente muito perto de Louredo, nem mais nem menos que na Capela do Viso - Guisande, sendo que, mesmo aqui, pouco conhecido e divulgado como tal. Apenas mais um dos muitos santos e santas de Deus que vão adornando igrejas, capelas e ermidas.

Abaixo fica a imagem do respectivo santo do qual alguém, há tempos, teve a feliz ideia de o passar para uma bonita pagela.


Outra curiosidade, encontrei pela internet uma pintura barroca da escola espanhola de Francisco Ribalta, sem data precisa, mas do séc. XVII, em que  aparecem lado a lado estes dois S. Vicentes, o Mártir e o Ferrer, acompanhados de S. Raimundo de Penhaforte, outro santo espanhol. Como se vê, de algum modo estes santos apesar de não serem contemporâneos entre si, encontram-se pela arte e certamente na devoção e oração de muitos devotos.


23 de dezembro de 2017

É Natal na nossa aldeia



É Natal na nossa aldeia,
Feliz tempo que enternece;
Cada casa com mesa cheia,
E uma lareira que aquece.

À casa doce paterna,
Vão dar todos os caminhos,
Todos a ela acorrem
Quais aves aos seus ninhos.

Chegam filhos, genros e noras,
Chegam netos, já crescidos,
Qual bagos de doces amoras,
Todos juntos, bem juntinhos.

Na mesa grande há fartura
De coisas boas, da avó,
A fome também  é de ternura
De aconchegos e não só.

Abre-se espaço na mesa
Que a rainha é chegada,
Qual tesouro da pobreza,
Já fumega a caldeirada.

O bacalhau lá está, claro,
A batata e a penca que é couve,
O azeite dourado, do mais caro.
- Que Nosso Senhor o louve!

De vinho bom, bem regadas,
Santa e doce esta alegria,
Lá vêm, vejam, as rabanadas,
As filhoses e a aletria.

A mãe, avó eternecida,
Enlevada neste amor,
Junta as mãos, agradecida:
- Louvado Deus meu Senhor.

É Natal na nossa aldeia,
O do Menino, o de Jesus;
Nossa alma está cheia
Da sua imensa, intensa luz.

É Natal na nossa aldeia!



A. Almeida 12/2017

17 de dezembro de 2017

3ª Ceia Solidária de Natal







Teve lugar ontem, 16 de Dezembro,  a partir das 20:00 horas, nas instalações do Centro Cívico, cedidas pelo Centro Social, no Monte do Viso, a 3ª Ceia Solidária de Natal, organizada pelo Grupo Solidário de Guisande. Os dois salões encheram-se com mais de 150 pessoas para um convívio e partilha inter-geracionais. Muitos idosos e muitas crianças que com a sua alegria voltaram a ecoar dentro das paredes daquela que foi uma escola que marcou gerações de guisandenses.

Todo o jantar esteve com uma qualidade irrepreensível, com comida tradicional, a boa caldeirada de bacalhau, saborosa, bem confeccionada e em quantidade, e bem servida pelo vasto grupo de pessoas que prescindiram do conforto da mesa para se disponibilizarem a ajudar, tanto na cozinha como na serventia.
Para além dos responsáveis pelo grupo Solidário e Centro Social, de registar a presença do Sr. Padre Farinha e ainda do Sr. David Neves, membro da Assembleia de Freguesia e da Patrícia Pinho, representante de Guisande na Junta da União de Freguesias a qual esteve envolvida no grupo de serviço. Faltaram outras pessoas que eventualmente poderiam e deveriam estar, mesmo que a marcar ponto, mas como diz a cantiga, só faz falta quem cá está e é sempre bem preferível um bom jantar e um convívio com gente boa e bem disposta do que com gente aziada e a fazer frete, digo eu.

Parabéns a todos, de modo especial ao Grupo Solidário de Guisande e pessoas que tornaram possível este evento que começa a ser tradição. Todos foram inexcedíveis na dedicação e simpatia.

6 de setembro de 2017

Sardinhas assadas


Diz o nosso povo que as sardinhas só são boas e gordas nos meses que não têm erre na sua grafia (Maio, Junho, Julho e Agosto). No entanto, diz quem sabe e parece que é mesmo verdade, as coisas do tempo e do clima andam trocadas e daí não espantar que este popular peixe da nossa costa marítima também esteja a trocar as voltas à sabedoria relacionada com os meses. Daí, talvez em vez de Maio só a partir de Agosto e já até Setembro ou mesmo Outubro. A prova disso, assadas ontem, ainda gordas e saborosas..

17 de agosto de 2017

Dia de S. Mamede - Padroeiro de Guisande



Neste dia 17 de Agosto celebra-se e evoca-se o mártir S. Mamede, padroeiro da nossa paróquia de Guisande. Como habitualmente, a data e o santo serão lembrados com a celebração de uma missa a ter lugar pelas 20:00 horas na nossa igreja matriz.

7 de agosto de 2017

A ver as bandas a passar





Festa no Viso. Domingo à tarde. Depois da solene procissão, com 16 andores, entres eles o de Santo António e o de Nossa Senhora da Boa Fortuna, que com orgulho ajudei a carregar, a exibição das bandas de música de Lobão e do Vale, num encontro inédito no nosso arraial. Qual delas a melhor sob um ponto de vista artístico? É uma opinião que pouco importa, mesmo que a tenhamos, porque de destacar acima de tudo o simbolismo da presença de duas bandas de música de freguesias próximas, ambas com jovens músicos de Guisande, que em muito ajudaram a abrilhantar as festividades na nossa aldeia. Um destaque ainda para a missa solene, o ponto mais importante da festividade, como salientou o pregador padre Couto. A missa foi superiormente acompanhada musicalmente por um quarteto que com a sua qualidade vocal excepcional demonstrou que poucos podem parecer muitos. De facto um momento também ele inédito e que ajudou a marcar a solenidade da  eucaristia da festa.

19 de junho de 2017

Festa do Viso 2017 - Apresentação do cartaz




Decorreu ontem, Domingo, no Monte do Viso, o convívio de apresentação oficial do cartaz da Festa do Viso 2017. O evento organizado pela briosa Comissão de Festas teve início a meio da manhã e durou  pela tarde e noite fora. 
Quanto ao programa da Festa, agora apresentado, pareceu-nos equilibrado dentro do que nos últimos anos tem sido habitual, sem exageros, face à necessidade de não se gastar o que se não tem.
Vamos, pois, continuar a apoiar a Comissão de Festas na organização da festa da nossa terra.

Algumas notas pessoais:
Aspectos positivos:
No cartaz: - A referência aos nomes que compõem a Comissão de Festas. É justo e merecido para além de ficar essa referência para a posteridade.
No programa: - O regresso de duas bandas de música, no caso, a Banda Musical de S. Tiago de Lobão e a Banda Marcial do Vale, pelo que será um momento inédito em Guisande, a junção de duas bandas vizinhas que de forma individual ao longo dos anos têm passado pela nossa festa com alguma regularidade.

Aspectos menos positivos:
No cartaz: - A não referência à festividade em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António. É verdade que todos nos habituamos à referência simplificada de Festa do Viso, mas mais que a Festa do Viso é a festa em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António. Certamente que foi uma omissão não propositada.
- Eventualmente da responsabilidade e desatenção de quem elaborou o cartaz, detectam-se alguns erros e indicação incorrecta no nome Rancho Etnográfico "Os Pinheiros" de Lobão, quando deveria ser Rancho Etnográfico "Os Pinhoeiros" de Lobão. Também a  Banda de Lobão tem o seu nome um pouco adulterado já que correctamente é Banda Musical de S. Tiago de Lobão e não Banda de Música de Santiago de Lobão.
No programa: Fernando Rocha é um nome artístico por demais conhecido mas algo controverso. Se há muitos que são fãs e lhe acham piada, mesmo às suas frequentes piadas de muito mau gosto, outros mais não lhe encontram gracinha nenhuma. Eventualmente terá um perfil de actuação mais adequado a ambientes de acesso reservado como bares, pubs e discotecas e não tanto em arraial, pelo que será um desafio confirmar se a aposta da Comissão de Festas neste nome do entretenimento português, será uma aposta ganha em termos de assistência na segunda-feira à noite. Esperemos que corresponda às suas expectativas, sendo certo que é difícil agradar a todos, para além de que os artistas que agradam na generalidade cobram valores demasiado elevados para o orçamento da nossa festa, sobretudo pela época alta das festas em Portugal.


16 de junho de 2017

Cartaz da Comunhão Solene - Memórias de tempos idos


Quero deixar aqui um agradecimento às muitas pessoas que elogiaram o cartaz da Comunhão Solene, nomeadamente pela inclusão de fotografias antigas alusivas à procissão, e que trouxeram um sentimento de memória, nostalgia e saudade de outros tempos. Afinal recordar é viver ou mesmo reviver. Quantos de nós, os mais velhos, não guardamos doces recordações desse dia da nossa Comunhão Solene?  Certamente que quase todos. Pela parte que me toca, as memórias desse já longínquo dia 21 de Junho de 1973.

Comunhão Solene - 2017





Realizou-se ontem, 15 de Junho, Dia de Corpo de Deus, a cerimónia da Comunhão Solene ou Profissão de Fé na nossa paróquia. Foram oito crianças, duas raparigas e seis rapazes, que viveram de modo especial este dia, certamente marcante nas suas ainda curtas vidas e que mais recordarão.
A cerimónia decorreu dentro dos esquemas tradicionais, começando pela concentração na parte da manhã, junto à capela do Viso e descida em simples procissão até à igreja matriz onde pelas 11:30 horas decorreu a celebração solene da Eucaristia.
Já na parte da tarde, pelas 18:00 horas, a reza do Terço com Adoração ao Santíssimo, seguindo-se a procissão solene até à Capela do Viso onde decorreu uma simples cerimónia de agradecimento e dedicação a Nossa Senhora da Boa Fortuna, finda a qual regressou a procissão à igreja matriz onde se fez o encerramento com a tradicional oferta dos ramos a Nossa Senhora da Conceição e distribuição dos diplomas.
A acompanhar a procissão esteve a Tuna Musical Mozelense, que com muita qualidade emprestou pompa e circunstância à festividade.
Parabéns a todos os envolvidos neste  importante dia para a paróquia, desde as crianças, pais, pároco, catequistas, grupo coral, acólitos, ministros, Comissão Fabriqueira, Comissão de Festas e a todos quantos contribuíram e se empenharam na realização e organização deste dia cerimonial.

30 de abril de 2017

Maias – Vade retro satanás

maias_giestas

Por cá na nossa aldeia, como em muitas regiões do pais, revive-se hoje a tradição das Maias. Esta obriga a que nas fechaduras e fechos de todas as janelas e portas do exterior das habitações sejam colocados ramos de giestas em flor, as chamadas Maias. A colocação deve ser extensiva aos currais dos animais.
Se em alguma porta ou janela não for colocado o ramo de Maia diz-se que "entrará o diabo e chupará o sangue de quem ali morar".
Esta é uma tradição muito antiga e generalizada no país, sobretudo na região norte e dizem os estudiosos que tem a ver com ritos associados à Primavera e à fertilidade da terra e dos animais. Há também quem diga que tem reminiscências religiosas já que reza a lenda que Nossa Senhora, na fuga para o Egipto, com o Menino e S. José, espalhou ou semeou giestas pelo caminho para depois o encontrar no regresso.
Outra lenda, também diz que por alturas da Páscoa, estando Jesus em Jerusalém, os judeus marcaram com um ramos de giestas a casa onde Ele estava hospedado para melhor ser identificado na altura da sua prisão, mas no dia seguinte, todas as portas e janelas da cidade estavam ornamentadas com as flores das giestas, perdendo-se assim a tal marca.
São lendas, obviamente, mas que demonstram a riqueza das nossas tradições. Também há quem associe esta tradição a origens celtas, já mais ligadas ao início do Verão..

18 de abril de 2017

Almoço do Juiz da Cruz - 2017

Ontem, Segunda-Feira de Páscoa, a paróquia de Guisande manteve a tradição com a realização do Almoço do Juiz da Cruz. Teve lugar, pelo quinto ano consecutivo, no Restaurante Pomar, na freguesia de Gião. 
Foram cerca de 115 convivas que corresponderam ao convite do Juiz da Cruz, o Sr. Armando José Rodrigues Ferreira, do lugar de Fornos. De registar a participação do nosso pároco, o Sr. Padre Arnaldo Farinha, bem como do próximo Juiz da Cruz, o Sr. Arménio da Silva Oliveira, do lugar da Gândara.