10 de agosto de 2017

Mais esclarecimentos - Convites

Por esta altura de pré-campanha para as eleições autárquicas do próximo dia 1 de Outubro é natural que haja alguma desinformação e contra-informação, alguma por ignorância, outra intencional.
Neste momento, há algumas situações que já estão definidas, desde logo a composição das diferentes listas as quais já deram entrada no Tribunal. Não sendo ainda conhecidas oficialmente, já se sabe quem na nossa União de Freguesias encabeçará as listas. 
Pela minha parte, conforme já justifiquei, estarei de fora e a minha relação com as próximas eleições será apenas a de um eleitor independente, ainda sem definição de intenção de voto, já que estou a aguardar pela listas, seus nomes e pelos respectivos programas para poder decidir de acordo com os mesmos.

Apesar disso, porque têm surgido algumas dúvidas, volto a referir que a minha decisão de não recandidatura deve-se a algumas opções pessoais e obviamente pela assunção das responsabilidades próprias, por considerar que as coisas não correram conforme eu tinha perspectivado e por isso com alguma natural desilusão.  Mas esta é apenas uma conclusão e responsabilidade pessoais pelo que não falo pelos outros mas apenas pela parte que me toca. Porventura as minhas expectativas estavam desajustadas e exageradas face a uma realidade que no começo ainda desconhecia, nomeadamente o peso das responsabilidades herdadas das juntas extintas, nomeadamente de Guisande e Gião e que em muito dificultaram a acção e programa da Junta. Estas dificuldades objectivas, aliadas a um mandato curto e com as exigências de uma nova realidade administrativa, obviamente que marcaram todo o mandato. Quem quiser fizer uma análise de boa fé não pode deixar de as ter em conta.

Quanto ao convite, confirmo que, embora algo tardiamente, fui convidado pelo presidente a recandidatar-me para um lugar no executivo ou mesmo, recusada essa primeira hipótese, para a Assembleia de Freguesia, o que registei com apreço mas que, obviamente, declinei ambas as situações. Ficou assim livre o presidente para convidar quem quer que fosse para suprimir o meu lugar, não tendo eu indicado ou referenciado qualquer pessoa como alternativa. Por isso a escolha feita não teve nada a ver comigo nem teria que ter. 

Em resumo, não se tendo seguido um modelo de gestão baseado em alguma autonomia para os representantes das freguesias, que eu pessoalmente entendia como o mais adequado, porque decorrente de um melhor conhecimento das realidades locais, todavia, sempre procurei compreender e respeitar o modelo  seguido, mesmo que o considerasse como marcadamente presidencialista, com os defeitos e virtudes inerentes. Nestes três anos nunca deixei de colaborar com o executivo.  Fi-lo sempre, como já o disse, consciente de que bem acima do que seria suposto exigir-se a um simples vogal a quem a Junta, por definição legal, paga pouco mais que quarenta euros mensais.

Em todo este processo de convite, não guardo obviamente rancor ou desconsideração contra quem quer que seja. Se alguma desilusão sobra deste assunto, para além de ter sido feito tardiamente, foi a forma como a concelhia do partido tratou ou não tratou do assunto. Eram elementares alguns procedimentos de consulta ou "apalpar do pulso", que a meu ver não foram considerados com tempo nem mesmo a destempo. Mas isso são outras histórias e que para o caso já não contam para o totobola, sendo que ficam registadas.

Os dados estão agora lançados e que todos os intervenientes façam o seu melhor pois, como também já disse, acredito que todos, mesmo que com diferentes estilos,  projectos e visões, querem o melhor para a União de Freguesias e a sua população. Acima de tudo que seja uma campanha esclarecedora e sem ataques pessoais como, infelizmente, fui vítima há três anos.

9 de agosto de 2017

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - IV

Eleições Autárquicas 2017 - O que se vai lendo, vendo e ouvindo - III

A reforma administrativa imposta em 2013 extinguiu 10 das 31 juntas de freguesias do nosso Concelho, o que veio acrescentar dificuldades no que diz respeito à mobilidade, principalmente da população idosa, devido à extinção de diversos serviços administrativos.
Fomos contra essa reforma administrativa e continuamos contra uma decisão que consideramos prejudicial para os feirenses. Temos propostas concretas para reverter alguns dos problemas causados por essa reforma!

Margarida Rocha Gariso - Candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira - in página de candidatura no Facebook

7 de agosto de 2017

Escola Primária do Viso - A compra do terreno


- Acima: Vista parcial da escola em fotografia de 1961


Nestes nossos apontamentos relacionados com aspectos do passado de Guisande, voltamos ao tema da Escola Primária do Viso. Depois das referências relacionadas com a concessão da água que abastecia o edifício, de que já falámos aqui, neste artigo trazemos à memória a parte da aquisição do terreno cujo assunto mereceu referência numa das actas das reuniões da Junta de Freguesia de Guisande dessa época. O documento de tal reunião, está datado de 29 de Maio de 1949 e abaixo se reproduz, dividido em duas imagens para facilitar a ampliação. Para melhor leitura, transcreve-se a mesma:

Aos 29 dias do mês de Maio do ano de mil e novecentos e quarenta e nove, se reuniu a Junta da Freguesia de Guisande, concelho da Feira, na sala das sessões. Aberta a sessão e depois de lida e assinada a acta anterior, o presidente disse que acharia bem que a sessão de hoje referir-se-ía à apreciação das contas referentes ao terreno onde foi construído o edifício escolar situado ao lado do arraial da Sª da Boa Fortuna. Foram precisos 1071 metros quadrados ao preço de 7$50 cada metro, sendo o total de 8032$50.
A freguesia entrou com 4165$00, a Junta com 485$00 e a Câmara com 3382$50.
O referido terreno pertencia a dois proprietários desta freguesia, que são: Joaquim Gomes de Almeida, que vendeu 509 metros quadrados, que confina pela parte norte e nascente com o caminho público, sul com o arraial da Sª da Boa Fortuna e poente com Bernardina Joaquina da Conceição e a Bernardina Joaquina da Conceição vendeu 562 metros quadrados, que confina pela parte norte com caminho público, nascente com Joaquim Gomes de Almeida, poente com Glória Azevedo e do sul com o arraial da Sª da Boa Fortuna.
Não havendo mais nada a tratar, depois de lida e aprovada por nós vai ser assinada.

O presidente: António Leite D´Oliveira Gomes
O secretário: Joaquim Gomes de Almeida
O tesoureiro: António Francisco de Paiva



Ficamos assim a saber que o terreno, com uma área de 1071 metros quadrados foi adquirido a dois proprietários, concretamente a Joaquim Gomes de Almeida, meu avô (509 m2) e a Bernardina Joaquina da Conceição (562 m2), ao preço de 7$50 por cada metro quadrado, o que totalizou um investimento de 8032$50 escudos.
Não deixa de ser curiosa a fonte do dinheiro necessário à compra, cabendo 4165$00 à freguesia, certamente por peditório efectuado, 485$00  à Junta e  3382$50 à Câmara Municipal. Assim, ao contrário do que se poderia pensar nos dias de hoje, e sendo a construção das escolas da responsabilidade do Estado e das Câmaras Municipais, a Escola Primária do Viso não era de todo apenas um investimento público, já que pelo menos na parte que toca ao terreno era de maioria da própria freguesia. Por conseguinte, pelo menos quanto ao factor do investimento, o edifício era também propriedade de Guisande.

A ver as bandas a passar





Festa no Viso. Domingo à tarde. Depois da solene procissão, com 16 andores, entres eles o de Santo António e o de Nossa Senhora da Boa Fortuna, que com orgulho ajudei a carregar, a exibição das bandas de música de Lobão e do Vale, num encontro inédito no nosso arraial. Qual delas a melhor sob um ponto de vista artístico? É uma opinião que pouco importa, mesmo que a tenhamos, porque de destacar acima de tudo o simbolismo da presença de duas bandas de música de freguesias próximas, ambas com jovens músicos de Guisande, que em muito ajudaram a abrilhantar as festividades na nossa aldeia. Um destaque ainda para a missa solene, o ponto mais importante da festividade, como salientou o pregador padre Couto. A missa foi superiormente acompanhada musicalmente por um quarteto que com a sua qualidade vocal excepcional demonstrou que poucos podem parecer muitos. De facto um momento também ele inédito e que ajudou a marcar a solenidade da  eucaristia da festa.

6 de agosto de 2017

Cantou-se o fado à luz da lua






Ontem, na Festa do Viso, houve lugar ao fado. Não foi inédito, pois Paulo Bragança cantou-o em 2004, antes da actuação de José Cid, mas foi uma bonita noite. Porventura sem o silêncio ambiente que se exigia para melhor o sentir e apreciar, mas resultou muito bem e foi feliz a opção da Comissão de Festas em fazer do escadório do Calvário o cenário. 
O arraial esteve muito bem composto e andou por ali muita gente. Foi uma noite bonita com um cenário a condizer e ao qual não faltou o holofote da lua quase cheia.
Antes da noite de fados, uma curta exibição de danças de salão pelos pares que frequentam as aulas no Centro Cívico. Estiverem muito certinhos e já com movimentos de alguma desenvoltura. Parabéns ao centro Social e aos pares pela sua coragem e alegria. Parabéns à Comissão de Festas por esta bonita noite.
A festa continua porque hoje é o dia grande, com uma forte vertente religiosa em honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e de Santo António, com missa solene ao final da manhã e procissão lá mais para a tardinha. Haverá duas bandas de música (Vale e Lobão) e ainda o folclore e concertinas a fechar a noite.