21 de agosto de 2018

Meter água


Confesso que desconheço se existe ou não protocolo ou regulamento que definam as condições em que a Indáqua pode ou não intervir nos arruamentos públicos e se existe ou não fiscalização sobre essas mesmas obras, nomeadamente na posterior reposição dos pavimentos depois de abertas valas para redes, caixas ou ligações de ramais. Desconheço ainda se, em face desses eventuais protocolos ou regulamentos e dessas eventuais fiscalizações, resultam algumas penalizações.

Apesar de em rigor desconhecer a existência e ou aplicação desses instrumentos reguladores e fiscalizadores, parece não haver dúvidas que no geral, e pelo que é dado observar, será de alguma ou mesmo de total impunidade com que tais intervenções e sobretudo as consequentes reparações são feitas, já que são inúmeros os exemplos de valas que são abertas (por vezes em pavimentos novos acabados de fazer) e assim permanecem longas semanas, com os eventuais perigos para a circulação e prejuízos para os veículos, bem como as obras de restabelecimento de pavimentos que invariavelmente ficam mal feitas, com ressaltos e irregularidades e do mesmo modo assim permanecem indefinidamente. Tudo isto já para não falar em inúmeros casos de ruas com pavimentos abatidos e ondulados devido a uma insuficiente compactação das valas da rede. 

Em Guisande, como em muitas outras freguesias, são vários os casos flagrantes desta situação, incluindo na Rua do Cruzeiro e Rua Cónego Ferreira Pinto. À data em que escrevo, na freguesia de Louredo, no lugar de Tozeiro, na Rua João Paulo II, com pavimento novo, foi feito um rasgo profundo a toda a largura, com gravilha e terra solta a sujar a estrada e a colocar em risco quem nela circula. Já vai para semanas, ainda sem qualquer reposição de pavimento. Há dias assisti a um transeunte de automóvel que ali rebentou um pneu.  Não sei se apresentou ou não queixa. Possivelmente, sabendo das dificuldades impostas pela nossa burocracia, lá mudou o pneu e seguiu à sua vida, certamente a chamar filhos da mãezinha aos responsáveis por tão bela vala. Eu próprio, circulando de bicicleta, apanhado desprevenido por tal cratera, ali danifiquei um pneu e parti um raio e tive sorte em não cair. Também chamei pelos filhos da mãezinha aos responsáveis, mas achei uma perda de tempo reclamar ou apresentar queixa.

Creio, pois, que não havendo, devia haver fiscalização por parte da Câmara e as consequentes penalizações, mas gravosas para surtirem algum efeito. Afinal, enquanto prestadora do serviço de abastecimento de água e drenagem de esgotos, a Indáqua faz bem o seu papel, o de cobrar, mas parece que quanto a deveres em repor devidamente os estragos que faz, aqui a coisa mostra-se bem menos eficiente. Claro que sem fiscalização ou má fiscalização, o regabofe é fácil e assim torna-se a regra.

É o que temos e parece que não há volta a dar, bem à portuguesa.

16 de agosto de 2018

Nota de falecimento


Faleceu Maria Amália Ferreira da Silva, de 71 anos, do lugar de Fornos (Rua 25 de Abril, 515) - Guisande. 
O seu corpo estará em velório na Capela Mortuária de Guisande nesta quinta-feira, 16 de Agosto, a partir das 18:30 horas. O funeral será amanhã, sexta-feira, pelas 16:00 horas, com missa de corpo presente na igreja matriz seguindo-se o sepultamento no cemitério local.
Sentidos sentimentos a todos os familiares, de modo particular ao seu marido, Sr. Diamantino, seus filhos e irmãos.
Paz à sua alma e que descanse em paz!

12 de agosto de 2018

Barbearia Central - Contra os canhões, escanhoar



Infelizmente, que se conste, já não faz (desfaz) barbas o Sr. Albertino. Para quem estava habituado a esses luxos, como o Tio Neca, tem agora que se remediar com um escanhoamento às mãos do sobrinho. Mas gosta, sobretudo, do final, quando à moda do saudoso Ti´Antoninho, leva com umas generosas "chapadas" de Pitralon que lhe refresca e perfuma as rugas dos seus quase 95 anos, bem conservados, diga-se.
Esta Barbearia Central só abre portas por encomenda e uma vez por semana,  quando o sol espreita do lado de Vila Seca.

Já agora, a origem do termo escanhoar:

A parte inferior dos pêlos, tal como as penas das aves, está inserida em tubos naturais da própria pele denominados vulgarmente por canhões.
Escanhoar significa «cortar os pêlos da barba até aos canhões», ou seja, até ao limite acima da pele.

[fonte: Ciberdúvidas]

9 de agosto de 2018

Festa do Viso - Guia e apontamentos


Elaborei do zero um documento a que chamo de "Festa em Honra de Nossa Senhora da Boa Fortuna e Santo António - Enquadramento, caracterização e guia de orientação de alguns dos seus aspectos organizativos e tradicionais"

Como justifico no próprio "...este documento não tem pretensões especiais nem disciplinares nem como alguma espécie de jurisprudência, mas apenas um simples resumo com a visão pessoal de alguns princípios que têm sido tradição e por isso "quase" regra.
Resulta em muito da experiência na primeira pessoa (como festeiro em 2004, com a participação no programa de duas bandas filarmónicas, José Cid, Paulo Bragança e três bons ranchos folclóricos, um deles do Alto Minho) bem como do testemunho de muitos anos, alguns deles na condição de vizinho privilegiado da festa.
Obviamente que tão importante ou mais do que este documento, é a transmissão de conhecimentos que cada comissão cessante deve legar à comissão nomeada. 
Por outro lado, a estrutura da nossa Festa do Viso não é compartimentada, mas antes dinâmica e é o resultado de sucessivos melhoramentos e introduções. Cada Comissão de Festas do passado contribuiu para a identidade da festa, sempre com algum elemento ou momento diferenciadores. Assim, tudo o que possa contribuir para preservar e enriquecer a tradição e melhorar o que nem sempre corre bem, é importante e positivo. A busca da perfeição, ou quase, deverá sempre nortear o ser humano. No futuro procurar-se-á actualizar alguns aspectos agora omissos ou ligeiramente abordados.
Se estes apontamentos à laia de guia informal a alguém puder ser útil, tanto melhor. Se não, valerá pela intenção de o ser.

Em resumo, vale o que vale, eventualmente pouco ou nada, mas se a alguém interessar, pode fazer o download do PDF e dar-lhe o proveito que entender. [LINK] Entretanto, quando se justificar, para corrigir gralhas ou acrescentar outros apontamento, publicarei uma versão revista.

Incêndios - Mais do mesmo

Abaixo, alguns títulos de meios de comunicação social, recentes ou mesmo com algum tempo, mas que de algum modo indiciam o que de há muito parece indesmentível, ou seja,  a origem criminosa da maior parte dos incêndios florestais em Portugal e por outro lado, face a essa realidade, a mão leve da justiça mesmo que só à ponta do iceberg.
Enquanto isso, depois das tragédias mortais do ano passado, depois de muita demagogia, muita limpeza, muita ameaça de multas, aumento dos meios de prevenção e combates e alterações nas estruturas da protecção civil, uma nova tragédia de dimensões absurdas, agora na região algarvia da serra de Monchique. E o Verão até tem estado muito ameno, com excepção dos picos de temperatura da semana passada.
Afinal o que mudou? Parece que pouco, porque desde logo parece-me e parecerá a quase toda a gente que o problema não está a ser atacado pela raiz, ou seja no combate à criminalidade, com investigação profunda e com aplicação efectiva de penas pesadas para os dados como culpados. Apesar disso, por um lado os juízes dão segundas oportunidades e votos de confiança e os nossos governantes politicamente correctos evitam abordar esta questão como seja ela de somenos importância. Enquanto assim for, será sempre mais fácil aplicar pesadas multas a proprietários, muitos deles sem recursos físicos e financeiros para fazerem as limpezas conforme determinadas.
É o que temos, pelo que este assunto dos incêndios continuará a ser mais do mesmo.

Um homem de 39 anos que ateou nove incêndios florestais entre os meses de agosto e novembro de 2016 em Águeda, foi condenado a quatro anos e nove meses de prisão, com pena suspensa.
[fonte: TVI]

Dois bombeiros da corporação de Alenquer foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de terem ateado 20 a 30 incêndios neste concelho do distrito de Lisboa, disse esta quinta-feira à agência Lusa fonte policial.
[fonte: Diário de Notícias]

Habitantes de Alcobaça não têm dúvidas que incêndio resultou de fogo posto 480 bombeiros combateram as chamas na localidade. 
[fonte: CM]


A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve no passado sábado, um homem que estava a atear fogo ao Parque Natural Sintra-Cascais. O idoso, de 78 anos, foi apanhado em flagrante delito, avançaram as autoridades em comunicado enviado às redações.
[fonte: Notícias ao Minuto]

Indícios de fogo posto em Pedrógão Grande Associação de Comandos dos Bombeiros de Portugal garante que há relatos que indiciam mão criminosa na tragédia.
[fonte: CM]

A GNR anunciou hoje a detenção de um jovem de 19 anos em flagrante delito por suspeita do crime de incêndio florestal no Juncal, concelho de Porto de Mós, no distrito de Leiria.
[fonte: CM]

O suspeito foi surpreendido por um grupo de pessoas cerca da meia-noite. O suspeito estava com um isqueiro na mão numa zona de pinhal perto de uma estrada. Os populares chamaram as autoridades que lhe deram ordem de detenção. Depois de ter passado a noite nos calabouços da GNR, o jovem foi ontem presente ao Tribunal de Viseu para interrogatório judicial. Entretanto, o caso foi entregue à Polícia Judiciária de Coimbra, que agora procede a investigações. No período de três dias, foi a quarta detenção de supostos incendiários ocorrida na região de Viseu. No entanto, segundo o CM apurou junto de fontes policiais, são várias as investigações em curso relacionadas com o crime de fogo posto, havendo também já vários suspeitos referenciados.
[fonte: CM]