30 de março de 2022

Porreiro, mas nem tanto


Confesso que gostava de me juntar de forma extasiante áqueles que por aqui saúdam tão efusivamente o apuramento da selecção nacional de futebol para o Mundial do Qatar, que dizem que vai ser disputado lá para o final do ano, terminando já quase pelo Natal.

Todavia, foi um apauramento mais que esperado e só surpreende que tenha sido necessário fazer mais dois jogos caseiros com selecções medianas para carimbar a presença. 

O jogo de ontem com a Macedónia do Norte foi o que se esperava, um jogo fácil, tanto mais que a abrir com uma asneirada da defesa adversária que fez de jogador português. 

Sendo certo que o adversário tinha eliminado dias antes a Itália, de forma estrondosa e surpreendente, em nada acrescentou à valia da equipa. De resto quem viu o jogo com a Itália terá percebido isso. 

Aqui há uns anos o Gondomar foi à Luz eliminar o Benfica num jogo para a Taça e o Torreense às Antas, eliminar o F.C. do Porto, com um golo de um gajo chamado Oeiras, e tantos outros exemplos parecidos e, todavia,  não foi por aí que o Gondomar ou o Torreense se tornaram potências do futebol nem venceram a Taça nesses anos. Por isso, a Macedónia foi ela mesma: Uma selecção fraca apesar do brilharete de aqui ter chegado. De resto fosse o adversário de ontem a Itália e se calhar estávamos todos aqui a vociferar com a malta do Fernando.

Posto isto, parabéns à malta, estamos onde era suposto estar, era escusado cansar o pessoal com dois jogos extra, mas mais do que isso é exagero.