31 de março de 2022

Rebentou o balão


Há quem case por amor.

Dinheiro, ou interesse;

Por mais seja o que for

Promessa ou até prece.


Mas isto de por tal casar,

Foi já chão que deu uvas

Agora é mais o ajuntar

Qual mãos justas nas luvas


Se no Inverno sabem bem,

Já no Verão, nem por isso;

Postas de lado por vintém

Lá termina o compromisso.


Casa, descasa, casa, descasa,

Como norma já tida em conta

É o fazer da coisa tábua rasa

Ambos, cada um, barata tonta


Pobre, ou  triste casamento,

Teste, prova, experimentação;

Logo ao simples contratempo

O castelo de cartas vai ao chão.


E lá partem e repartem,

A pior parte a cada um;

Com má sorte ou sem arte

Rebentaram o balão! Pum!


Américo Almeida