12 de novembro de 2022

Santinhos



Hoje em dia, qualquer celebração religiosa, da mais simples à mais significativa, comporta um caderno de encargos detalhado, a que não faltam naturalmente as bodas, os copos de água e afins, em quintas, quintarolas e espaços de eventos, todos xpto. 

Os vídeos e a fotografias são indispensáveis e obrigam a sessões prévias e detalhadas. Tudo muito profissional. 

Os convites, esses obedecem a uma escolha a envolver design, papel, tipografia, originalidade, etc, etc. 

Dizem, e eu acredito, que, por exemplo, um casamento assim a seguir à risca todos estes aspectos indispensáveis, é mais duradouro, vacinado contra divórcios extemporâneos e por isso, com grandes probabilidades de, com vida e saúde, chegarem a bodas de prata e depois de ouro.

Pois bem, ainda bem que assim é. Afinal, a garantia da felicidade a dois custa dinheiro mas é possível.

Longe vão os tempos em que o convite de um casamento se resumia a mandar imprimir umas pequenas estampas, ditas "santinhos", do tamanho de um cromo de jogador da bola. 

Até  mesmo o nosso saudoso pároco Pe. Francisco quando fez Bodas de Prata paroquiais e sacerdotais, assim fez, mandando imprimir uns santinhos, com pelo menos três diferentes ilustrações e no verso os dados e data do acontecimento, de que reproduzo na imagem que ilustra este apontamento.

Outros tempos, em que o acessório era mesmo isso, acessório. Mesmo com uns convites tão simples, certo é que não só fez as Bodas de Prata em 15 de Agosto de 1964,  como 25 anos mais tarde, em 15 de Agosto de 1989, completou Bodas de Ouro. Afinal, parece que o aparato dos convites e  afins pouco ou nada contará para o totobola da felicidade e matrimónio duradouro. Mas conta, pelo menos, para o dia. O seguinte já pouco importa. Peanuts!